Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 5
A nova escola


Notas iniciais do capítulo

Vejamos como Chaves se sai na nova escola, capítulo narrado somente por ele.



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POV Chaves

Acordei às 6:15 da manhã, sendo que Alejandra me disse que eu teria que estar lá às 7:00 , então tinha tempo de sobra. Fui ao banheiro, escovei os dentes e desci para o café, banho eu tomaria só quando voltasse da escola, eu gosto de tomar banho uma vez por mês, mas a Alejandra (é, eu ainda não me acostumei a chamá-la de mãe) me disse que é preciso tomar banho todo dia, duas vezes por dia, então, tinha que me acostumar.

Durante o café, dei um beijo nela e me sentei:

–Escuta Chaves, como é seu primeiro dia lá, eu vou com você até lá, a partir de amanhã você vai e volta com o motorista, tá?- ela disse.

–Tá bem.- eu disse, meio a contragosto.

Fomos até o carro do motorista e ele partiu, demorou vinte minutos pra ele chegar lá, entrei às 6:59 quando chegamos lá, era uma escola enorme, tinha sete janelões de um lado, um portão de metal que deveria ser o portão de entrada, e logo do outro lado, mais sete janelões, nunca vi nada igual, minha antiga escola não era assim, descobri que o nome da escola era Escola Francisco López, uma escola particular fundada nos anos 70, chegando lá, ela me levou até a diretoria:

–Seja bem-vindo Chaves. Olha, não estou dizendo que esse seu nome "Chaves" é esquisito ou feio, mas é que é muito curto, então, aqui na escola, a pedido da sua mãe, será reconhecido como Fernando, Fernando Chávez, o que acha?- disse a diretora Sofia.

–Fernando Chávez.- eu repeti.-É. Legal.- eu disse.

–Então Fernando Chávez, este aqui é o seu horário, boa sorte.- disse a diretora, fazendo sinal pra porta. Alejandra me mostrou como funcionava aquele horário e me levou até o corredor da sala onde eu ia ter minha primeira aula, mas não foi difícil achar porque os corredores são bem marcados com placas azuis de metal, então não era difícil de se perder. Cheguei na sala que o papel dizia, mas só tinha três pessoas conversando no fundo, o resto era tudo vazio, escolhi a terceira carteira da fila do meio, eram quatro fileiras, eu estava na terceira fileira ao lado da janela, que ficava do lado direito da sala, sentei e coloquei os cotovelos na mesa esperando a aula começar, quando senti uma mão em meu ombro, me virei e vi um garoto de cabelos pretos com uma franja caída na testa, olhos azuis e nariz fino, no estilo bad boy, mas não acho que ele era um.

–Aluno novo?- ele me perguntou. Respondi que sim com a cabeça.

–Meu nome é Horácio.- respondeu ele estendendo a mão.

–Chaves.- eu disse, mas me lembrei do nome que seria conhecido aqui- Fernando Chávez, mas pode me chamar de Chaves, lá onde eu moro todos me chama assim.-completei.

–Vem comigo.-ele me disse, me chamando pra conhecer os outros dois garotos.

–Aquele ali é o Esteban-ele apontou para um garoto de cabelos castanhos parecidos com os do Seu Madruga, só que mais tratado e mais bonito, já que o Seu Madruga quase não toma banho e olhos pretos que estendeu a mão pra me cumprimentar, apertei de volta- e aquele é o Sérgio- ele me mostrou o garoto de cabelos cacheados negros com luzes vermelhas, e olhos verdes, pela cara dele, ele devia ser rebelde, mas logo depois sorriu e me cumprimentou, nisso, a professora de matemática chegou e me apresentou à turma.

No recreio, nós fomos até o pátio, era um pátio grande, onde tinha uma quadra de futebol que o Sérgio jogava, Esteban e Horácio me contaram que ele era craque no futebol, comi um pedaço da torta de maçã que minha mãe havia feito pra mim e um suco de laranja que eu havia comprado na cantina com o dinheiro que ela me deu. Estava uma delícia. As outras aulas foram de Ciências, Português e Inglês, passaram muito demorado, mas era normal para um primeiro dia de aula em uma escola nova.

Na saída, esperei pela minha mãe e o motorista no portão da escola, ela levantou o vidro e acenou pra mim, eu corri para o carro, estava doido pra voltar pra casa, cheguei no carro, ela me recebeu com uma tonelada de beijos, mas depois me perguntou sobre a escola:

–Como foi a escola?- ela me perguntou.

–Foi bom. Já tenho três amigos novos.-eu disse.

–Ah, que bom.- ela disse.

Durante o caminho de volta, pensei em pedir para o motorista parar em frente à minha antiga vila, mas decidi ir só mais tarde um pouquinho.Cheguei em casa e já senti um delicioso cheiro de comida, o que fez minha barriga roncar mais alto, subi pra tomar banho, troquei de roupa e desci pra almoçar, strogonoff de carne com batata e arroz com feijão. Nunca provei nenhuma daquelas coisas, mas só em olhar já vi que era bom, e era delicioso. Depois, escovei os dentes e descansei um pouco para mais tarde ir na vila, mas acabei dormindo demais. Quando acordei eram 16:00 da tarde, estava morrendo de fome, desci correndo pra tentar ir à vila, mas pensei que mesmo que eu fosse, ia ter que ir embora rápido, já que quando eu chegasse lá ia ser cinco ou seis da tarde e eu ia aproveitar pouco, então, decidi não ir, apenas desci pra comer alguma coisa e quando cheguei na cozinha, ela estava colocando um copo de suco de laranja com um sanduíche de presunto.

–Filho, eu já ia te acordar.-ela disse, sorrindo.

Sorri também e comecei a comer, quando terminei, ela me deu de presente um tal de celular, meus amigos da nova escola tinham, mas eu não sabia que ia ter um tão logo que chegasse em casa. Ela passou o resto da tarde me explicando como ele funcionava, pra minha sorte, eu só não entendi aquilo que ela me disse que eu não ia precisar, e excluiu aquilo em seguida, depois, ela me mostrou o computador que tinha no meu quarto, eu já tinha visto, mas não sabia o que era nem como ele funcionava, ela me explicou tudo e me ajudou a criar contas em várias redes sociais que até Horácio, Esteban e Sérgio já tinham, tais como Facebook, Twitter, Skype e What's Up.

Ficamos conversando no Skype até a hora do jantar, onde eu comecei a sentir saudade dos meus amigos e senti também um bocado de culpa por não ter ido até a vila visitar eles, e o pior é que eles devem estar achando que foi minha mãe que não me deixou ir, mas amanhã, quando eu visitá-los, eu vou explicar porquê que eu não fui, agora, só precisava me preparar para amanhã. Terminei o jantar e subi pra tomar um banho e dormi, mas antes de pegar no sono, admiti pra mim mesmo que eu estava começando a gostar da minha nova vida apesar da saudade, por fim, apaguei na cama.


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Notas finais do capítulo

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