Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 3
Conhecendo meu novo lar




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P.O.V Chaves
Eu tinha ido dormir em minha casinha, mas quando acordei, estava dormindo numa cama de solteiro bem confortável, as cortinas estavam paradas, e eu concluí que a janela estava fechada, me levantei bocejando e fui até o banheiro, eu nunca escovei os dentes outra vez na vida porque não tinha dinheiro, mas eu sabia como se escovava porque o Mestre Linguiça deu aula sobre isso. Cheguei em frente ao espelho e vi que estava com um pijama, coisa que eu nunca usei na vida, ele era branco com uns quadradinhos em volta, de onde será que surgiu aquele pijama se eu nunca tive um?

Terminei de escovar os dentes e saí do quarto pra ver se encontrava alguém, andei pelo corredor e vi três portas, a primeira era a do banheiro que eu havia acabado de usar, o outro era um quarto, onde eu vi uma cama de casal e uma mulher estava deitada nela "Meu Deus"-pensei-"Fui secruestardo, sequestardo, ah raptado!"- mas, apesar do medo, fui até ela e vi que era aquela mulher misteriosa que apareceu na vila e perguntou sobre a minha vida, será que ela ficou com pena de mim e me levou pra casa dela? Ou será que ela havia me sequestrado porque era uma doente mental que não podia ter filhos e quis me ter como filho a qualquer custo? Fiquei pensando nisso no quarto até que meu estômago roncou, então fui procurar a cozinha pra ver se encontrava algo.

Fui andando tão depressa que esqueci de observar a outra porta, mas resolvi deixar pra lá, afinal, podia comer primeiro e depois olhar. Quando cheguei na cozinha, tinha uma cena maravilhosa que eu nunca tinha visto antes: a mesa estava cheia de comida, sanduíche de presunto, suco de laranja, pão de queijo, um pedaço de bolo que eu não sabia ainda qual era, biscoito de chocolate, eu não resisti e acabei comendo com uma voracidade anormal, confesso, mas logo eu percebi que não era só pra mim e deixei pra lá, pra que a mulher que me trouxe pra cá pudesse comer também, depois disso, eu corri até o quarto onde eu acordei e procurei minhas roupas, ela estava limpa e passada, mas os remendos ainda estavam lá, talvez a mulher tenha lavado e passado enquanto eu dormia, mas como eu posso ter dormido tanto a ponto de ela ter tempo de fazer tudo aquilo? Será que ela me deu um remédio pra dormir enquanto eu ainda dormia assim mesmo? Já sei, vou esperar a mulher acordar e tirar todas as minhas dúvidas com ela, alguma explicação ela vai ter que me dar.

P.O.V Quico

O que será que deu no Chaves? Ele nunca foi de sair tão cedo assim nem quando é pra procurar emprego como ele fazia às vezes, por quê será que ele saiu assim tão cedo? Acho que vou perguntar para a Chiquinha.

–Chiquinha, sou eu Quico.- disse batendo na porta, mas ninguém disse nada, bati de novo e a Chiquinha apareceu vindo do outro pátio.

–O que você quer aí?- perguntou ela.

–Te perguntar se você sabe onde está o Chaves.-eu respondi.

–Eu te faço a mesma pergunta, mas agora eu estou ocupada procurando meu pai.-ela disse, mudando o humor de ríspida para preocupada.

–Por quê?- eu fiquei preocupado também.

–Não sei, acordei hoje de manhã e ele não estava em casa.-disse ela.

–Será que ele foi procurar emprego?- eu sugeri.

–Não, porque toda vez que ele vai fazer isso ele me avisa ou deixa um bilhete.-ela disse.

–Você procurou direito?- eu disse, cruzando os braços.

–Não.- ela disse, se rendendo.

–Vamos lá, eu te ajudo a procurar.-eu disse.

–Tá bem Quico, vamos lá.-ela disse.

P.O.V Chiquinha

Quico e eu procuramos por toda a casa algum bilhete que meu papai tenha escrito, mas não encontramos nada, eu fiquei tão desesperada que comecei a chorar ali mesmo e o Quico disfarçou e saiu da minha casa, pra variar, o que eu faço agora? Será que aconteceu algo de grave com meu papai e agora eu iria acabar igual ao Chaves?

Chaves? É isso, o Chaves também não está na vila como o Quico falou. É melhor eu sair na rua pra procurar os dois.

Chamei a Dona Florinda, que me atendeu com uma antipatia que eu vou te contar, por eu ser filha da "gentalha", humpf.

– O que você quer aqui?- ela perguntou sarcástica.

–Pedir sua ajuda pra encontrar o Chaves.

–O que houve com o Chaves?- ela começou a ficar preocupada.

–Ele sumiu. O Quico foi lá em casa e disse que ele não encontrou o Chaves nem no barril e nem lá onde ele sempre dorme.-eu disse.

–Meu Deus, espera aí menina.- disse a Dona Florinda, batendo na porta da Bruxa do 71, apesar de ter medo dela, pelo menos daquela vez ela faria uma bruxaria pra trazer o Chaves e meu papai de volta à vila.

–Ah, deixa ele pra lá, o Chaves é bem esperto, ele sabe se virar sozinho.-disse ela.

–Mas e o meu papai?-eu disse.

–O que tem o seu pai?

–Ele também sumiu, não sei se ele foi atrás do Chaves ou se ele sumiu junto com o Chaves.

–Ele não deixou nenhum bilhete?- perguntou a Bruxa e eu respondi que não com a cabeça.

–Meu Deus, temos que tomar uma providência!- gritou a bruxa.

Em pouco tempo, todo o pessoal da vila estava reunido para descobrir onde o meu papai estava, o Chaves não podia ter sumido assim, muito menos meu papai, então a gente não podia deixar isso passar em branco.


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Notas finais do capítulo

Como o Chaves foi parar na casa de Alejandra? E qual será o paradeiro do Seu Madruga? Vocês saberão no próximo capítulo, que postarei ainda hoje, abraços.



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