Contrariada, Kate so foi trabalhar na segunda feira da outra semana, ao invés de quatro, ficou seis dias em casa, Castle havia ligado para Roy que falou que só tinham papeladas a serem feitas e que ela podia se recuperar melhor em casa.

– Chefinha, sentimos sua falta, como esta se sentindo? –Ryan falou quando Kate chegou ao distrito.

– Muito bem Ryan – ela sorriu para o amigo – temos alguma coisa?

– Não, nenhum caso.... – ele ia dizendo até que o telefone toca.

– Beckett – ela atende – okay, já estamos indo.

Na cena do crime Espo e Lanie cumprimentaram Kate e Castle e então começaram a investigar o caso. Homem, 35 anos, branco o nome era Sulivan Oliver, causa da morte tiros no peito. Então os detetives começaram a sua investigação, indo entrevistar pessoas, analizando a cena do crime.

Durante todo o dia eles reuniram pistas e colocaram no quatro, quando já estava tarde resolveram ir embora.

E assim se passaram duas semanas, nenhuma pista nova, nada que levasse ao assassino, o que frustrava os detetives e Castle.

– Qual é Castle, sem idéias malucas? – Espo falou.

– Teorias malucas não vão ajudar no caso – ele disse, botou a mão na cintura e todos os três o encararam – imitei certinho, hã.

Kate revirou os olhos e sorriu indo em direção ao Capitão.

– Alguma novidade?

– Nenhuma, senhor – Kate disse.

– Vou dar mais uma semana, mas se não sair de onde estamos, teremos de arquivar.

Os detetives assentiram e voltaram ao trabalho.

Mas não adiantou, uma semana depois o caso continuava idêntico, nenhum suspeito novo, nenhuma pista nova. Em casa, Kate estava irritada, nem Brutus conseguiu animar a detetive.

– Brutus, sai estou com dor de cabeça hoje – falou e passou reto pelo cachorrinho que não entendeu e continuou a pedir carinho se enroscando nas pernas dela – agora não Brutus – ela murmurrou mas o cachorro não deu bola e se deitou ao pé da cadeira de Kate. – Caramba, que dor de cabeça – ela falou e colocou a cabeça entre as mãos.

– Está se sentindo mal? Podemos ir a um hospital. – ele disse preocupado e se aproximando dela.

– Não Castle, eu estou bem – ela disse mal humorada.

– Tudo bem – ele disse e se sentou de frente para ela.

– Huum, panquecas – falou e pegou uma boa quantidade e colocando no prato, Castle estranhou mas não falou nada, no momento era bom deixar Kate quietinha.

Ela não costumava ser assim, mas estava estranha nos últimos dias, Castle achava que era porque eles estavam com um caso difícil nas mãos o que a deixava muito nervosa. Eles então comeram em silencio e foram da mesma forma para a 12ª.

Ao chegar Kate perguntou se tinham novidades, mas os garotos negaram, ela bufou e foi até Lanie, rezando para que ela tivesse encontrado alguma coisa, mas nada. Então foi novamente para sua sala e sentou em sua mesa olhando o quadro, Roy iria encerrar o caso hoje se não conseguissem nada. O telefone de Ryan toca e todos acharam que era algo sobre o caso.

– Jenny, oh sim, meu Deus – ele falou assustado – mas você está só de oito meses uma semana e três dias – falou – okay, já estou indo – e pegou seu casaco na cadeira – ela, vai... é... bebe.

– Já entendemos bro, vai lá ver seu filho nascer, nós cuidamos de tudo aqui e estaremos lá assim que der – Espo falou e bateu nas costas do amigo.

Ryan sai apavorado e apertava loucamente o botão do elevador.

O dia se passou, mas não conseguiram nada de novo para o caso, que acabou por ser fechado, então pegaram suas coisas e foram até a maternidade onde Jenny estava, avisaram Ryan que estavam indo e ele liberou a entrada dos quatro amigos na sala onde estava Jenny e seu bebe.

Os quatro entraram no quarto e foram parabenizar os pais, para então ver no bercinho ao lado da cama de Jenny, um bebezinho pequenininho enrolado numa matinha rosa.

– Apresento a vocês, Sarah Grace – Jenny disse com os olhos marejados e um orgulho na voz.

Ryan sorria de orelha a orelha e foi até o bercinho pegar Sarah. Os amigos e aproximaram da menina que abriu os olhos, azuis como os de Ryan e bocejou. Kate sorriu para a garotinha e sentiu seus olhos se enxerem de lágrimas, Jenny notou e falou.

– Quer segurá-la? – falou para a amiga.

– Posso? – Kate sorriu ainda mais.

Então Ryan passou Sarah para o colo de Kate que não segurou as lagrimas que corriam por seu rosto. Ela acariciou o pequeno rosto perfeito da menina e Sarah segurou o dedo de Kate com seuus dedinhos pequenininhos.

– Acho que ela gostou de você – Castle sussurrou maravilhado com a cena.

Kate apenas assentiu e então devolveu Sarah ao pai.

– Me dêem licença – ela falou e saiu do quarto, Castle estranhou e foi atrás, enquanto Lanie e Espo paparicavam a bebe.

– Kate o que aconteceu?

– Nada – ela disse chorando.

– Kate, você esta chorando, isso não é nada.

– Eu estou emocionada não posso? – ela falou alto e recebeu uns “shii” de quem estava na sala.

– Pode, claro que pode, mas você esta exaltada, o que esta acontecendo Kate?

Ela então foi até ele e o abraçou.

– Desculpe, me desculpe Rick, eu não sei o que esta acontecendo, eu só fiquei emocionada ao ver a Sarah, pensando – ela engoliu em seco – amor, faz três meses que estamos tentando.

– Oh querida – ele a abraçou forte – tenha paciência, vamos esperar o momento certo, quando menos esperar vai ser você lá com nossa filha ou filho no colo – ele separou-se um pouco dela para poder acariciar seu roto – não fique assim, está bem?

Ela suspirou forte e assentiu.

– Vamos voltar lá para dentro, eu sai feito uma louca. – falou e enxugou as lagrimas que restavam com a mão, e então pegou a mão de Castle e entraram novamente no quarto.

Assim que entrou Lanie e Jenny a encararam preocupadas e Kate tratou de sorrir para acalmar as amigas.eles ficaram mais um tempo ali e então resolveram ir para casa.

– Você esta bem? – Lanie perguntou quando saiu do quarto de Jenny, os rapazes estavam conversando um pouco antes de ir.

– Estou sim, só fiquei emotiva – ela disse rindo sem graça – tola não é?

– Não sei se “tolice” é o seu diagnostico – Lanie disse.

Kate não entendeu mas não teve como perguntar ao que a amiga se referia pois logos os rapazes chegaram e eles foram embora.

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– No que esta pensando Kate? Você esta no mundo da lua desde que saímos do hospital.

– Eu não gosto de arquivar casos – Kate mentiu.

– Vamos esquecer isso por um momento, que tal? – ele falou.

– Tem razão – falou dando um beijinho nele e deitando-se na cama.

Mais tarde naquela madrugada Kate acordou um pouco indisposta, correu rapidamente para o banheiro e vomitou o jantar. Ela se levantou, puxou a descarga, escovou os dentes e rezou para não ter acordado Castle. Foi devagar até a porta do banheiro e viu que ele dormia tranquilamente na cama e se juntou a ele, deitou de barriga para cima e suspirou, começou a raciocinar.

Era a segunda vez que ela vomitava durante a madrugada, seu humor estava uma verdadeira caixinha de surpresas e ela estava atrasada a pelo menos duas semanas. “Mas o médico fez os exames, não é possível” ela pensou.

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Kate acordara decidida, depois de ficar enjoada com o cheiro do café da manha e inventar uma desculpinha qualquer para Castle, ela decidiu que iria fazer o teste, mas queria conversar com Lanie primeiro.

Foi mais cedo para a 12ª dizendo a Castle que Lanie havia chamado, ao chegar surpreendeu Lanie por ter aparecido tão cedo.

– Como é possível Lanie? O médio fez os exames.

– Kate, a quanto tempo foi o acidente?

– Huum, quase um mês – ela falou e parou na porta do necrotério – podemos ficar aqui fora? – deu um sorrisinho amarelo.

– Tudo bem – elas se sentaram num banco ali fora – vamos revisar, sua fome aumentou, você engordou, tem vomitado e seu humr anda um pouco desregulado. – Lanie disse e Kate assentiu. – porque você não faz um teste e descobre logo Kate? Olha, algumas mulheres começam esse sintoma na terceira semana de gravidez, e já que faz quase um mês que você sofre o acidente...

– Obrigada Lanie – Kate levantou e a abraçou, surpreendendo Lanie mais uma vez.

– Me avise quando você souber – Lanie sorriu.

Então Kate voltou para o departamento de Homicidios. O dia passou sem nenhuma novidade e Kate estava nervosa e ansiosa para o fim do turno.

Assim que saiu da 12ª foi até a farmácia agradecendo por Castle ter saído mais cedo para buscar Brutus no banho. Ela aproveitou que estava sozinha em casa e fez os testes.

– Senhor, esses dez minutos não passam – ela andava de um lado para o outro, e os três testes estavam lado a lado na pia do banheiro.

Quando finalmente se passaram os dez minutos ela ouviu a porta abrir.

– Querida, cheguei – falou Castle imitando Dino, da família Dino.

Ele então ouviu um barulho no seu quarto, colocando Burtus no chão correu até lá e viu Kate caída a alguns passos da cama.

– Kate – ele berrou e foi até ela – Kate – disse pegando-a no colo e a colocando em cima da cama.

Depois de alguns segundos ela abriu os olhos que varriam o cômodo até se focarem nos olhos azuis de Castle. Ela então se sentou e colocou o pé no chão, mas gemeu.

– Kate, fala alguma coisa – ele disse preocupado.

– Acho que virei o pé – ela disse tirando os saltos, o seu tornozelo estava dolorido.

– Mas o que esta acontecendo, porque você desmaiou?

– Oh - ela disse e encarou a pia do banheiro, chamou Castle com o dedo e ele a ajudou a ir até a pia. Ele ficou parado na porta esperando por uma explicação dela e viu seus ombros ficarem rígidos.