A Lenda dos Santos de Atena escrita por Krika Haruno


Capítulo 57
Obstáculos


Notas iniciais do capítulo

Pessoas desculpem a demora em postar, é que a minha vida está muito corrida e para não postar um capitulo muito curto e prolongar demais a história, eu espero juntar um numero bom de paginas. Além da revisão que costumo fazer ( embora eu veja depois muitos erros rsrsr) Ta aí o capitulo com as primeiras batalhas!



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Os raios solares batiam com intensidade sobre a barreira do santuário, mas os brasileiros e cavaleiros não podiam ver, por causa da influencia de Hell sobre os domínios da morada de Atena. Um novo dia surgia para os brasileiros marcando o decimo quinto em solo grego e decimo primeiro sobre a guarda de Atena.

A deusa liberava seu cosmo, que em formato de bolinhas douradas seguiam em direção ao selo. O grupo maior tinha partido, restando Shion, Marin, Aldebaran, Giovanni e Miro.

– Fiquem perto de Atena. – disse Shion a Paula, Fernando, Bel, Helu e Marcela.

– Vamos Miro? – Mask estralou os dedos. – vamos acabar com esses ratos.

– Como quiser. – o escorpião trazia a unha vermelha.

– Tome cuidado. – disse Helu. – não vai dar uma de herói.

– Pode deixar. – aproximou dando um beijo nela. – não saia daqui.

Miro aproximou de Marcela tocando o rosto dela.

– Se cuida.

– Eu não quero ficar viúva.

– Pode deixar.

A conversa foi interrompida pelo som de trombetas. Voltaram a atenção para a arena dos aspirantes. O exército estava próximo e tinha mais contingente do que eles imaginavam.

– Marin, pode seguir com eles? – indagou Shion.

– Sim.

– Eles não podem chegar até aqui.

– Fique tranquilo mestre. – disse Miro. – vamos para-los.

– Tomem cuidado.

Os três partiram em direção ao exército. Os brasileiros ficaram atrás de Atena, que permanecia concentrada em sua tarefa. Rodrigo a fitava intensamente. Rezava para que os cavaleiros fossem rápidos. A combinação: cosmo e relógio de fogo aceso não eram interessantes.

Nordor seguia a frente do exército. Faria de tudo para impressionar Hell e conquistar um lugar em seu novo reino.

– Nordor. – um homem aproximou. – três guerreiros de Atena estão vindo para cá.

– Ótimo. Ogue.

– Sim senhor. - outro homem surgiu.

– Venha comigo. Vamos até a deusa. Grove e Botha cuidem dos três guerreiros. Use os soldados rasos.

– Sim senhor.

Nordor e Ogue sumiram.

Shion olhava atentamente para o local que Mask tinha seguido. Se eles parassem aquele exército, ele e Aldebaran poderiam proteger Atena e os brasileiros.

– Mestre... – Deba aproximou.

– Fique atento. Isso pode ser uma armadilha de Hell.

As meninas estavam sentadas atrás da deusa. Fitavam-na maravilhadas por conta do cosmo dourado e cândido dela. Mabel porem estava alheia.

– O que foi Bel? – indagou Fernando.

– Não estou com bom pressentimento... agora sim estamos em guerra. E se alguém nos atacar?

– Logo você tão confiante? – disse Heluane. – vai dar tudo certo. Giovanni prometeu colocar a cabeça de Hell na parede.

Bel sorriu não muito convencida. Algo lhe dizia que a batalha seria dura. E confirmando seus pensamentos, só ouviram o barulho de algo chocar-se contra a Muralha de Cristal feita por Shion que agiu com reflexo rápido.

Deba tomou posição.

– Não pensei que os homens de Atena fossem bons.

– Quem é você? – Shion não desfez a muralha.

– Sou Nordor. – sua armadura era toda negra. – sou subordinado a Hell e esse é Ogue, um dos meus generais.

Shion e Deba notaram os cosmos deles. Não eram pessoas quaisquer. O grande mestre desfez a muralha, criando outra ao redor de Atena e dos brasileiros. Tentaria mantê-la ao máximo.

– Shion. – Paula aproximou do material translucido.

– Vai ficar tudo bem. – disse sem olha-la.

– Se eu fosse você não diria isso. – Nordor deu um sorriso maldoso. – pois não vai ficar.

Deba sabia a profundidade daquela frase. Teria que lutar ao máximo para que nada acontecesse a Atena e Mabel.

O.o.O.o.O

Miro, Giovanni e Marin corriam em direção ao exército. Haviam sentido dois cosmos passarem por eles, mas não poderiam fazer nada apenas confiar em Shion e Aldebaran.

Resolveram não aproximar muito.

– São milhares. – disse Marin observando-os.

– E vamos derrota-los. – disse Mask. – ninguém vai passar.

Miro concordou com o olhar fixo para o fronte de batalha. Dois homens caminhavam na direção deles.

– São cavaleiros da deusa. – um dos homens era muito alto, talvez até maior que Aldebaran.

– E quem são vocês? – indagou Miro.

– Eu sou Grove. – disse o gigante.

– Botha. – respondeu o outro.

– Com sua agulha consegue abater os soldados? – Mask abaixou o tom de voz.

– Sim.

– Marin, cuide do menor, eu me encarrego do gigante e Miro, tente matar todos.

– Nem precisava dizer. – ajeitou o elmo da armadura. – boa sorte.

Usando a velocidade da luz, Miro passou pela dupla.

– Tome cuidado Marin. – disse o italiano. – não são meros soldados.

– Entendido.

Marin e Giovanni posicionaram-se.

– Vai se arrepender de lutar comigo.

– Grove é o seu nome, não é? – Gio carregou a voz com sarcasmo. – terá o prazer conhecer o inferno grego.

Ao lado...

– Rostinho bonito... – murmurou Botha com um olhar lascivo para a amazona. – imagine o resto.

– Vai ficar só na imaginação.

– É o que você acha.

O.o.O.o.O

O grupo maior corria em direção a entrada de Aries. Precisavam ser rápidos, mas tinham as meninas. Elas tentavam acompanhar, entretanto nem poderiam comparar a força delas com os cavaleiros de ouro.

– Está tudo bem Ester?

– “Sim.” – disse, mas nesse ritmo não chegaria nem na primeira casa.

Mu fitou o rosto dela sujo de terra. Foi na hora que estava dominado pelo golpe de Aryeh. Sentiu-se culpado, pois poderia ter sido muito pior.

– Me desculpe, de certa forma levantei a mão contra você.

– “Está tudo bem Mu. Estava sendo controlado.”

– Mesmo assim...

Por não estarem correndo, os demais podiam prestar atenção na conversa.

– “Já passou. O importante é que você voltou a si.”

Saga ouvia atentamente. Se Mu, que não fizera quase nada, sentia-se culpado e ele? Já tentara matar a brasileira três vezes, fora os insultos e demais coisas. A flecha de Aiolos deveria ter atingido o coração, matando o na hora.

Cristiane não andava perto dele, sabia que Saga evitaria a presença dela por causa da culpa e para não piorar a situação optou por ficar perto de Kanon.

Gabe esforçava-se para caminhar. Sentia o peito oprimido, mas não queria trazer mais problemas para Aioria. Não bastasse a guerra ele ainda teria que se preocupar com ela.

– Gabe está tudo bem? – indagou o próprio.

– Sim. Só estava pensando. – sorriu. – está tudo bem.

Chegaram a escadarias de Aries, que estava tomada por um portal. Afrodite aproximou, olhando a inscrição no alto.

– Se não me falhe a memoria... está escrito na antiga linguagem nórdica.

– Sabe o que significa? – indagou Dohko.

– Não. Mas boa coisa não deve ser.

– Vamos entrar. – Kamus tomou a frente.

Assim que passaram o portal, sentiram a atmosfera mudar drasticamente. O ar tornou-se pesado e sombrio. As meninas, que estavam dotadas da “sensibilidade” também sentiram. Logo avistaram a construção que estava no lugar das duas primeiras casas. O castelo parecia ter saído de filmes de terror. O cosmo que emanava dele era forte e temível.

– Dois grupos. – disse Dohko.

Os cavaleiros entenderam, formando um grupo que seguia na frente e outro atrás tendo as meninas no meio.

Entraram no castelo, que parecia vazio. Seguiram por um longo corredor até caírem num grande salão, iluminado pelo luar e por tochas.

– Sejam bem vindos a Nidavellir.

Kamus já tomou posição, pois conhecia aquela voz.

Havia uma escada ao final do salão. Kalisha descia lentamente. No rosto um sorriso e o cosmo muito maior do que ele tinha mostrado antes.

– O que é Nidavellir? – indagou Aioria.

– Hell dividiu o santuário nos nove reinos. Passaram pelo portal Svartalfheim? Acredito que sim. – sorriu. – é o mundo dos elfos negros. Nordor é o seu rei.

Olharam entre si, Shion e os demais teriam problemas.

– Aqui é Nidavellir, o mundo dos anões. Em seguida é Muspheiheim, o mundo do fogo, depois Niflheim o mundo de gelo, Hellheim, o mundo da minha senhora. Midgard, o mundo dos humanos. Alfheim, o mundo dos elfos da luz, Vanaheim, o mundo dos Vanir e por ultimo Jotunheim, onde Hell está.

– Então temos que passar por esses mundos até chegar a ela. – disse Shaka.

– Na teoria sim, na prática... mas eu sou bonzinho, vou deixar... – olhou para o grupo. – oito de vocês passarem. A escolha.

– Eu fico. – disse Shura já dando um passo a frente.

– Eu também. – Aioria pronunciou. – vão, não temos tempo a perder.

– Podem passar. – Kalisha estralou os dedos, fazendo uma porta surgir no final do salão.

– Tomem cuidado. – disse Dohko. – e vocês se escondam. – disse a Julia e Gabe, que já foram arrumar um lugar.

– Vai tranquilo Hian. – Aioria tocou no ombro dele. – logo alcançaremos vocês.

Kalisha sorriu ao ouvir aquilo. Eles achavam que iam passar...

– Vão logo! – gritou o guerreiro.

As meninas despediram das duas, seguindo seus dourados. Rezavam para que o reencontro fosse breve. Assim que o grupo passou pela porta ela sumiu. Kalisha voltou a descer as escadas, parando no primeiro degrau. A expressão do rosto outrora despreocupada tornou-se cruel.

– Que comece a carnificina.

*** Templo de Hefesto***

Atena observava a batalha que começaria na sua frente. Queria ajudar seus cavaleiros, mas seu poder deveria ser exclusivamente para o selo. Tinha que garantir tempo para que Shaka e os demais chegassem até Hell. O olhar voltou-se para Rodrigo. Como estava com medo de que algo acontecesse a ele. Se houvesse um meio, o colocaria para fora da barreira.

– Ogue. – Nordor empunhou seu machado. – o grandão é todo seu.

– Vou destroça-lo.

Aldebaran afastou-se um pouco de Atena e dos demais para evitar quaisquer impactos. Ogue o seguiu sempre trazendo um sorriso cínico no rosto. Sua aparência era estranha, era de homem, mas com orelhas pontudas e pele escura. Trazia uma armadura toda negra e um grande machado nas mãos.

– Não vai colocar seus trajes?

– Não. – Deba analisava-o. Teria que tomar muito cuidado ou acabaria morto rapidamente.

– Está com pressa de morrer?

– Não.

– Já entendi que é de poucas palavras. – empunhou o machado. – deve ser de ação.

Ogue partiu para cima dele. Aldebaran desviava dos ataques, na medida do possível, mas acabou levando alguns cortes nos braços, rosto e mãos.

– Desse jeito não vai aguentar.

O brasileiro limpou o rosto. Precisava fazer alguma coisa, mas sem cosmo e armadura...

– Não aguentará nem isso...

O guerreiro começou a girar o martelo e quando atingiu grande velocidade o lançou. Deba não conseguiu defender sendo acertado. Mabel que acompanhava tudo da barreira feita por Shion, levou as mãos ao rosto. Ricardo morreria se continuasse desse jeito.

Shion também olhava a batalha.

– Não se preocupe com o destino do seu amigo. – disse Nordor. – vão se encontrar no inferno. Ainda mais que está sem proteção.

Realmente Shion usava apenas suas roupas de grande mestre.

– Agradeço a preocupação, mas dispenso. – tomou posição.

– Ora... – ironizou. – como quiser.

Nordor partiu para cima de Shion. Apesar de está sem armadura, o ariano conseguia se defender das investidas.

– Não é atoa que ele é o grande mestre. – disse Fernando.

– O que adianta ser o grande mestre sem armadura? – Paula estava aflita.

Shion revidou um ataque com um soco, Nordor saltou para trás.

– Vamos melhorar as coisas... – o olhar desviou para as meninas.

Ele elevou seu cosmo, disparando uma bola de energia contra a muralha. Rapidamente Shion pulou na frente.

– Muralha de Cristal!

Uma nova muralha surgiu diante dele. O ataque de Nordor bateu violentamente.

Enquanto isso, Deba amargava com mais cortes. Estava nervoso, pois o adversário não tinha um grande nível, mas sem cosmo, era como se Ogue fosse um cavaleiro de ouro.

– “Desse jeito ele vai me matar...”

– Desistiu de lutar?

– “Mas que droga.”

Ogue caminhava em direção a Aldebaran. O brasileiro não se mexeu. Na barreira Bel assistia a tudo desesperada.

– O que ele está fazendo? – indagou Helu. – por que ele não se mexe?

– Deba... – murmurou Bel.

Ricardo não se mexeu, mesmo quando Ogue parou a um metro dele.

– Isso é valentia ou medo... – sorriu.

Ele não respondeu.

– Deve ser medo. – ergueu o martelo. – foi acabar com esse sentimento.

Tudo foi muito rápido. Antes de ser atingido, Deba segurou o martelo com uma das mãos, provocando um ferimento sério nela, mas agindo com esperteza, usando a outra mão deu um soco em Ogue. O guerreiro sentiu uma forte dor no estomago, a ponto de soltar o martelo. Deba o pegou e nem pensando, atingiu o guerreiro no pescoço. Um liquido esverdeado esguichou.

– Seu cretino. – Ogue levou a mão ao pescoço para conter o sangue.

– Vai sangrar até morrer.

Na barreira, os brasileiros comemoravam. Deba tinha ganhado a luta. Shion respirou aliviado.

– Acha que seu amigo venceu? – indagou Nordor. Ainda despejando seu cosmo. – aprenda uma coisa, nós somos imortais.

Shion arregalou os olhos.

Ogue, começou a gargalhar e Deba não entendia porque ele ainda conseguia rir com um ferimento tão grave.

– Vocês são tão ingênuos... – Ogue tirou a mão. O corte feito por Aldebaran havia sumido completamente. – somos imortais.

*** Arena dos Aspirantes ***

Os defensores de Atena sentiam-se como se estivessem num filme. Nunca tinham visto criaturas como aquelas, só esperavam que tudo resolvesse rapidamente.

Grove e Giovanni se encaravam. O guerreiro trazia nas mãos uma barra tripla.

– Vou destroçar seu corpo.

– Você fala demais. – disse Giovanni avançando.

Os dois trocavam socos e chutes. Como portava sua armadura, o italiano conseguia aguentar os golpes da barra e a altura de Grove, apesar de ameaçadora, deixava-o um pouco lento.

Usando sua força física, Giovanni tentava derruba-lo.

– Pode tentar inseto. – disse Grove. – não poderá fazer nada contra mim.

O guerreiro girou a barra, lançando-a contra o cavaleiro. Ele até conseguiu desviar o corpo, mas teve o braço retido. Grove puxou-o com força, lançando- o contra o chão.

– Essa doeu... – murmurou o cavaleiro.

– Que tal voar?

Grove o puxou, jogando-o do outro lado.

Botha não escondia o sorriso. Faria aquela mulher sofrer. Marin analisava o inimigo. Ele portava uma lança, o que impossibilitava uma aproximação. Precisava ver seus movimentos antes de traçar uma estratégia. Sendo assim avançou contra ele.

– Já quer brincar?

Marin deu socos e chutes ao mesmo tempo em que evitava ser acertada pela lança. Botha parecia se divertir com ela.

– Você é até forte para uma garota, mas nunca poderá me vencer.

O guerreiro deu um soco nela derrubando-a no chão.

Miro olhava as centenas de homens a sua frente. Pelo que pôde ver, eram simples soldados.

– Vai dar trabalho, mas...

Elevou seu cosmo, sua unha do indicador direito brilhou em vermelho.

– Agulha Escarlate!

Disparou várias agulhas que ao atingirem os alvos, derrubavam os soldados. Da primeira vez derrubou dez. Miro continuou avançando distribuindo agulhas e defendendo-se dos ataques das armas carregadas por eles.

Giovanni já havia sido jogado quatro vezes no chão e aquilo estava irritando-o.

– Desgraçado, - levantou. – vou fazer questão de ter sua cabeça na minha parede.

– Se conseguir... – ironizou.

O cavaleiro partiu para cima dele, faria aquilo a moda antiga. Primeiro elevou seu cosmo, não poderia usar seu golpe principal, mas abriria um buraco na barriga dele. Grove girava sua barra. Ao aproximar do guerreiro, Mask sumiu das vistas dele.

– Como??

– Vá pro inferno!

Disparou a queima roupa por trás. O ataque atravessou as costas dele, abrindo um buraco. Grove foi ao chão.

Botha caminhava em direção a Marin, ela esperava o tempo certo para atacar.

– E então? Vai deixar de resistir?

Quando ele chegou a certa distancia, ela avançou contra ele. Botha preparou para contra-atacar usando a lança, mas a amazona foi mais rápida e desarmou-o. Marin girou a lança enfiando-a no peito dele. Botha deu alguns passos e foi ao chão.

Miro havia derrubado uma centena de soldados, respirava ofegante, mas não teria dificuldade de derrubar todos. Já se preparava para a segunda leva de soldados...

Giovanni limpava as mãos.

– Um a menos. – o olhar passou pela área a procura de Marin e Miro. – para onde eles...

Quando deu um passo, sentiu Grove se mexer.

– Não é possível... – murmurou.

– Surpreso?

O guerreiro levantou-se como se nada tivesse acontecido. Giovanni assistia com assombro o buraco na barriga fechar.

– Não somos como vocês, nós somos imortais.

– “Merda.” – pensou.

Marin respirou aliviada ao ver Botha no chão. Com ele derrotado poderia ajudar Mask ou Miro. Estava partindo, quando começou a ouvir uma risada. A japonesa voltou a atenção para o homem que levantava.

– Muito esperta. – disse, arrancando a lança do peito. O buraco se fechou. – mas vai ter que se esforçar um pouquinho mais para me matar. – jogou a lança no chão. – isso se conseguir, pois eu sou imortal.

Miro ergueu o braço mirando sua unha para os demais soldados. Sua intenção foi interrompida quando viu os soldados mortos levantarem.

– Que porra é essa?

– Acho que esqueceram de te avisar.

Miro olhou na direção da voz. Os soldados abriam espaço, para alguém que parecia ser importante.

– Como vai guerreiro da deusa?

– Quem é você?

– Meu nome é Crilim, sou um dos generais que servem a Nordor. – de todos, ele tinha a aparência mais humana.

– E o que não me avisaram? – indagou Miro não gostando nada da situação.

Crilim abriu um grande sorriso.

– Nós somos imortais.

*** Nidavellir ***

Julia olhava aquele sorriso de Kalisha, estava ficando com medo do que poderia acontecer.

– Gabe... – olhou para o lado vendo a amiga respirando lentamente. – Gabe o que foi?

– Nada... – deu um meio sorriso.

Aioria e Shura estavam mais a frente encarando o guerreiro.

– Julia e Gabe se escondam. – disse o espanhol.

Nem precisou de Shura repetir, as duas foram se esconder atrás de algumas pilastras.

– Elas não vão participar? – sorriu.

– Sua luta é conosco. – disse Aioria, já dando um passo a frente.

– Já entendi. – levantou as mãos de forma despreocupada. – nada de mexer com as garotas.

– Prepare-se! – o grego tomou posição. – Relâmpago de Plasma!

O ataque de Aioria partiu em direção a Kalisha que nem se mexeu. Os raios cruzavam o espaço aproximando cada vez mais do guerreiro. As meninas acompanhavam admiradas. Relâmpagos poderiam ser lindos, mas bastante perigosos. O ataque chocou-se contra Kalisha, mas não o tocou. Parou a centímetros dele, que continuou sem se mexer. Todo o poder de destruição dispersou em segundos. Antes que sumissem completamente, Shura aproveitou para atacar. Usando seu braço esquerdo disparou a Excalibur. O processo foi o mesmo.

– Estou decepcionado. – Kalisha não desfez sua postura. – Kamus é mais forte que vocês.

– Você ainda não viu nada.

Aioria partiu para cima dele, dando socos e chutes. Kalisha simplesmente desviava.

Shura olhava preocupado. Aioria disparou uma grande quantidade de energia, ele lançou seu golpe e nem as duas forças encostaram em Kalisha. Havia algo de errado e havia mesmo...

– Afaste-se Aioria! – gritou.

Era tarde, quando o leonino percebeu, Kalisha estava com um golpe prestes a ser lançado. Sem chance de defesa, acabou sendo acertado. A intensidade foi tanta que bateu contra uma pilastra indo ao chão.

– Aioria! – gritou Gabe correndo até ele.

– Não Gabe. – Julia tentou dete-la.

– Aioria! – ajoelhou ao lado dele.

– Sai daqui Gabe... – nem a fitou, o olhar estava fixo em Kalisha.

– Deixa a sua garota cuidar de você. Está precisando. – o guerreiro riu.

– Eu vou acabar com você. – o grego levantou.

– Aioria...

– Se esconda já. – a fitou.

– Mas... ai... – gemeu, levando a mão ao coração. – ai.

– Gabe. – Aioria a amparou. – Gabe o que foi?

– Nada. Só uma dorzinha, mas estou bem.

Julia ficou preocupada, não era a primeira vez que Gabe reclamava de dor naquele lugar. Aioria a levou para perto da paulista.

– Toma conta dela.

– Pode deixar. Vem Gabe.

Shura acompanhava a cena, não estava com um bom pressentimento em relação a Gabe. Depois de deixa-la, Aioria retornou para o centro do salão.

– Você está bem?

– Sim Shura. – limpou o rosto. – não foi nada.

– Querem atacar juntos? – Kalisha cruzou os braços.

– Esse filh@#$%. – o grego cerrou o punho.

– Vamos.

Shura foi pela esquerda e Aioria pela direita. Kalisha sequer virou o rosto para acompanhar a movimentação. Ao chegarem próximo o suficiente...

– Excalibur!

– Relâmpago de Plasma!

Os dois golpes partiram em direção a ele.

– Agora ele morre. – disse Julia olhando os brilhos dourados.

Houve uma forte explosão, que cegou os por alguns segundos. Pela intensidade, Kalisha não tinha morrido, mas ao menos estaria ferido.

– O que... – Shura deixou escapar.

O guerreiro de Hell estava sem um arranhão sequer. Os dois voltaram para a posição inicial.

– Nada o acerta. – disse Aioria.

– Tem algo errado.

– Não tem nada errado. – o rapaz deu um passo. – nem ao menos estou usando meu poder para me defender. É muito simples. – parou. – vocês são fracos. – ergueu o braço esquerdo. – e por conta disso, Nildavellir será o tumulo de vocês. Atom Förstörelse.

Uma grande bola negra partiu em direção aos cavaleiros. Eles até tentaram segurar o ataque, mas não conseguiram, sendo acertados.

– Shura! – gritou Julia.

*** Muspheiheim ***

O grupo corria em direção ao próximo castelo. Todos seguiam num profundo silencio e com Aiolos não era diferente. O cavaleiro voltou a atenção para o relógio de fogo. Tinham apenas sete horas para destruir Hell e o selo. Olhou para as mãos. Sentia seu cosmo, mas será que seria o suficiente para usar a armadura?

– Está tudo bem? – Sheila tocou-o no ombro.

– Está.

– Vai dar tudo certo. Temos tempo. Só me promete uma coisa.

– Lá vem você com suas promessas... – revirou os olhos.

– Quando recuperar a armadura, vai me levar para voar pelo santuário.

– Eu tenho cara de pássaro? – arqueou uma sobrancelha.

– Entenda como quiser. – sorriu. – promete?

– Se eu disser não, vai brigar comigo... prometo.

Isa balançou a cabeça. Sheila parecia criança.

Chegaram ao castelo, mas não puderam entrar, pois um rio de larva circundava-o.

– E agora? – indagou Jules.

– Usamos a ponte para atravessar. – Dite apontou para a esquerda.

A travessia foi feita com cuidado e o portão principal estava aberto.

– Tomem cuidado. – disse Shaka.

Entraram e não sentiram cosmo algum. Tudo estava escuro com iluminação apenas no final do corredor. Mas repararam que o ambiente estava quente. Os cavaleiros circundaram as brasileiras para evitar qualquer surpresa.

Alcançaram o que seria o salão principal e agora entendiam do porque de sentirem o ambiente quente: um rio de larva descia pela lateral do salão.

– Sejam bem vindos cavaleiros de Atena a Muspheiheim.

Voltaram a atenção para o alto. Alfarr estava parado no alto de uma elevação vulcânica.

– Alfarr... – murmurou Kanon.

– Há quanto tempo Kanon. – disse, mas voltou a atenção para Saga. – sempre achei que no fim voltaria a ser um cavaleiro. Hell perdeu tempo com você.

– Felizmente meu outro lado foi detido.

– Pena que não aproveitará por muito tempo. – deu um pulo parando a pouco deles. – gostaria de terminar nossa batalha. – olhou para Kanon.

– Como quiser. – o marina deu um passo. – sigam em frente, eu cuido dele.

– Tem certeza? – indagou Kamus.

– O que estão esperando para ir?

Trocaram olhares. Saga e Shaka olharam para Mu que entendeu o recado.

– Podem passar. – Alfarr abriu passagem.

Aproveitaram para ir. Vendo as intenções de Mu, Ester parou ao lado de Suellen.

– “Vamos nos esconder.”

– Sim.

As duas afastaram do local da batalha. Até então Kanon, não tinha visto o ariano.

– Eu não preciso de uma babá. – disse o geminiano.

– Vou cuidar das meninas. – deu nos ombros.

– Preparado Kanon? – Alfarr tomou posição.

– Sim.

*** Templo de Hefesto ***

Ogue brincava com o martelo como se nada tivesse acontecido. Seu ferimento no pescoço tinha recuperado completamente. Por outro lado, Deba estava com a mão esquerda sangrando.

– Pensou que com um simples ataque poderia me matar? – Ogue ergueu o martelo.

Aldebaran estava preocupado. Se ele era realmente imortal, vence-lo seria uma tarefa impossível.

– Vamos movimentar as coisas. - O guerreiro começou a elevar seu cosmo, o que assustou o taurino. – quero ver você pular.

Ogue deu um soco no chão, a terra começou a tremer. Deba olhava para todos os lados a espera do golpe, mas acabou pego de surpresa. O solo afundou para depois ser atravessado por raios de energia. O brasileiro foi atingido em cheio.

– Droga... – limpou o rosto. O corpo já estava cheio de ferimentos.

– Quero ver até quando vai durar...

Dentro da barreira, Bel rezava. Sem cosmo e armadura, o brasileiro não teria a menor chance.

Nordor continuava a despejar energia e Shion dava sinais de cansaço, pois estava mantendo duas muralhas.

– É inútil.

O guerreiro elevou seu cosmo, aumentando a carga de energia. A barreira foi desfeita na hora e o ariano arremessado contra a segunda.

– Shion! – gritou Paula.

O cavaleiro nem a olhou. Levantou já elevando seu cosmo. Teria que agir rápido.

– Revolução Estelar!

Disparou seu ataque contra o guerreiro. Nordor nem se mexeu, pois o ataque do ariano desviou dele.

– Como?

Dentro da barreira todos ficaram surpresos.

– Reconheço que tem seu valor Shion, mas não o suficiente. – o cosmo de Nordor queimava ao redor. – quero ver o que sua deusa vai fazer quando o ver sendo morto. – olhou para Atena. – será que ela vai parar o que está fazendo?

Nordor partiu para cima de Shion, tudo foi tão rápido que o cavaleiro percebeu a presença dele tarde demais. O guerreiro deu uma sequencia de socos e o ariano recebia, pois estava preocupado com a barreira. Aquela era a única segurança de Atena, Paula e os demais. Paula trazia os olhos marejados, vê Shion daquele jeito e sem conseguir fazer nada era agoniante.

– Desapareça.

O guerreiro de Hell disparou a queima roupa, Shion recebeu todo impacto indo ao chão.

– “Shion...” – Atena estava em pânico.

A situação não estava diferente para Aldebaran. O ferimento da mão não parava de sangrar e o restante do corpo já estava bem castigado. Um ataque mais duro e ele seria morto.

– E então cavaleiro da deusa? – Ogue sorria. – não vai fazer mais nada?

– “Droga... se ao menos pudesse usar meu cosmo...” – Deba não sabia o que fazer, começando a ficar desesperado.

– Já que não vai fazer nada...

Quando o taurino percebeu Ogue estava em cima dele. Com um golpe rápido, o acertou com o machado, provocando um corte profundo no braço direito. Foi por muito pouco que o machado não pegou o peito. Deba recuou alguns passos levando a mão ao corte.

– Eu não vou cortar seu corpo. – o guerreiro jogou o machado no chão. – acho que vou te espancar até morte.

Na barreira, Atena, Bel e os demais acompanhavam a luta. Aldebaran seria morto. Ogue caminhava em direção ao taurino, que não sabia o que fazer. Uma luta mano a mano daria lhe chances, mas só podia contar com a força de suas mãos, alias, mãos estas já machucadas.

– Vai se render? – Ogue fechou o punho.

Mabel sentiu o coração falhar quando viu Ogue erguer o braço contra Aldebaran. O guerreiro não media forças para bater. Atena estava agoniada, se continuasse daquele jeito perderia seu cavaleiro.

Deba recebia todos os socos, tentava revidar, mas não conseguia.

– Não passa de um inútil. – Ogue elevou seu cosmo, mirando no taurino.

O cavaleiro recebeu o ataque a queima roupa indo ao chão. O corpo ficou coberto de sangue.

– Deba... – as pernas de Bel fraquejaram e ia ao chão se Rodrigo não tivesse amparando-a.

– Bel.

– Ele está morto...

No chão, Shion sentia o gosto de sangue na boca. Se continuasse naquele ritmo, morreria rapidamente. Quando abriu os olhos, viu que Nordor estava bem a sua frente. O guerreiro agachou.

– Pensei que estava morto, pois seu amigo ali, não aguentou.

Com dificuldade o ariano virou o rosto em direção a Aldebaran. Ele estava caído.

– Ricardo...

– Não se preocupe. – Nordor ergueu a cabeça de Shion pelos cabelos. – logo você e aqueles humanos serão os próximos. Hell irá me recompensar por ter matado a deusa.

– Não ouse...

– Ogue! – Nordor gritou. – traga o cavaleiro.

O outro obedeceu. Sem qualquer problema, pegou Deba pelo braço arrastando-o pelo chão pedregulho. Bel não aguentava olhar. Ogue levou-o até perto da barreira deixando-o ao lado.

– Ricardo!! – Bel batia na barreira. – Deba!! Oh meu Deus...

O estado do cavaleiro era critico. Marcela, Heluane e Fernando temeram por seus pares.

– Foi muito fácil. – Ogue foi para perto de Nordor.

– Imagino que sim.

– E quanto a esse?

– Ele preza tanto sua barreira, que vou destruir os dois juntos.

– Não se atreva... – Shion levantou.

Nordor apenas sorriu. Fechando o punho, acumulou uma boa quantidade de cosmo. Shion preparou-se para defender, mas não adiantou. O corpo do grande mestre chocou-se de forma violenta contra a parede. Nos primeiros segundos nada aconteceu, mas depois os brasileiros mais Atena viram a muralha transparente trincar e em seguida espatifar por completo.

– Shion!

Paula nem se importou com vulnerabilidade em que estava. Correu para perto do ariano.

– Shion! Shion!

Mabel também não se importou, aproximando de Aldebaran.

– Deba... – ele estava muito machucado.

Lentamente ele abriu os olhos.

– Bel...

Assim que a barreira desfez, Rodrigo passou a frente da deusa. Estava temeroso. Sempre achou que apesar dos problemas eles eram os cavaleiros de Atena, mas pela primeira vez a dúvida sobre a força dos santos de Atena abateu sobre ele.

*** Niflheim ***

O próximo castelo ficava onde antes eram as casas de Leão e Virgem.

– Não acham estranho eles nos deixarem passar? – indagou Afrodite.

– É intencional. – disse Shaka. – pelo menos Kalisha e Alfarr não tem poder suficiente para derrotar todos nós juntos. Eles querem que a gente se separe.

– Se é isso que eles querem, - iniciou Saga. – ao menos Shaka chegará a Hell.

Olharam para o cavaleiro.

– Não se lembram quando tivemos que subir as doze casas? Ou o próprio Seiya? Ao menos Shaka tem que chegar.

As meninas olharam entre si, o grupo só estava diminuindo.

– Qual de nós ficará para trás agora? – Jules indagou baixinho, apenas para elas escutarem.

– Acho que quem ficou para trás terá mais sorte. – disse Juliana. – acredito que a tendência é piorar. É claro que a Hell deixou seus guerreiros mais fortes perto dela.

– Vai dar tudo certo. – disse Sheila. – vão ver, no final vamos rir de tudo isso.

Chegaram ao palácio, que ao contrario do outro era feito de gelo.

– Está em casa Kamus. – disse Dite apenas para descontrair.

– Miro teria um enfarte aqui. – sorriu.

Com o clima mais ameno entraram. Realmente aquele era o habitat do aquariano, pois fazia muito frio ali. Os cavaleiros não sentiam muito, mas as meninas...

Dohko pegou na mão de Jules, elevando um pouco seu cosmo.

– Obrigada.

Todos fizeram a mesma coisa, com exceção de Saga que seguia sem olhar para trás. Desde a Arena estava pensando em dar um basta na sua relação com a mineira. Seria o melhor para ela. A brasileira merecia uma vida sem problemas e ela não teria ao seu lado.

Afrodite balançou a cabeça negativamente. Aproximou-se da mineira segurando a mão dela.

– Mais quentinho?

– Sim. Obrigada.

– Não ligue. – falou baixo apontando com olhar para Saga. – tá na TPM.

Ela riu.

– Estou acostumada... – abaixou o rosto.

– O que foi?

– É que... quando ele está de “Ares”, mesmo com a brutalidade, eu só sinto fisicamente. Quando está como “Saga” os ferimentos são internos. É meio confuso eu sei... mas a forma que ele me trata quando está como “Saga” dói mais... As atitudes... Confuso?

Apesar dos outros não estarem escutando, Shaka ouvia perfeitamente.

– Um pouco, mais te entendo. Mas isso vai passar. – a abraçou. – não quer namorar comigo?

– Dite!

– Eu estou sobrando nessa história. Eu quero encontrar a tampa para a minha panela.

– Pode deixar que vou te apresentar a algumas amigas. Sozinho é que você não fica. – sorriu.

– Obrigado.

A conversa foi interrompida, pois chegaram a um enorme salão feito de gelo. Havia vários ornamentos, num típico palácio da nobreza.

– Sejam bem vindos cavaleiros de Atena.

Olharam para a escada no alto.

– Erda... – murmurou Afrodite.

– Esse é o meu mundo. Niflheim, o mundo de gelo. – começou a descer as escadas. – assim como os demais não tenho intenção de reter todos vocês, por isso... – olhou para Saga. – Ares se mostrou um inútil mesmo.

O geminiano ficou em silêncio.

– Quem vai ficar?

– Sigam. – disse Dite tomando a frente. – eu cuido da princesa.

Erda deu um sorriso.

– Não demore. – disse Dohko.

– Pode deixar.

Kamus segurou mais forte a mão de Isabel. Ela o fitou.

– Esconda-se.

– Tudo bem.

A brasileira procurou um lugar seguro para se esconder. Kamus aproximou-se de Afrodite.

– Importa-se se eu ajudar? – deu um fino sorriso.

– Não. – Dite fitou o grupo. – sigam.

As meninas trocaram um rápido olhar com Isabel. Os cavaleiros seguiram e Erda não esboçou reação alguma até a completa saída deles.

– Creio que vamos nos divertir muito. – disse.

– Digo o mesmo. – disse Afrodite.

Kamus só relaxou quando viu Isabel escondida no fim da sala. A luta não poderia ser muito extensa, pois aquele lugar estava muito frio.

**** Arena dos Aspirantes****

Giovanni olhava incrédulo para o guerreiro a frente.

– Que porra é esse de imortais?

– Significa que nunca poderá me vencer. – brincava com a lança. – seu inseto.

Grove girou a lança. Dezenas apareceram indo em direção ao italiano. Ele esquivava, mas algumas acabaram acertando-o.

– Você já está enchendo o saco. – segurou uma lança.

– Então vamos terminar logo com isso. – o guerreiro elevou seu cosmo. – nem vai se levantar.

– Será?

Quando Grove daria um passo, sentiu o corpo paralisado.

– Como?

– Minha vez de brincar com você.

Gio partiu na velocidade da luz, disparando vários raios de energia. Deixaria-o tão machucado que ele não conseguiria mais levantar. Grove recebeu os ataques sem conseguir revidar. Foi ferido em vários lugares.

Enquanto isso... Marin fitava apreensiva, o ferimento de Botha cicatrizar.

– Imortal..?

– Sim querida. Pode tentar quantas vezes quiser, nunca vai me derrotar.

A amazona não respondeu. Diante desse novo quadro teria que traçar outra estratégia.

Miro arregalou os olhos ao escutar a afirmação de Crilim.

– Imortais?

– Sim. – os olhos verdes o fitavam com cinismo. – é uma pena que tenha se esforçado tanto para derruba-los.

Miro olhou ao redor. Os homens que ele tinha derrubado estavam de pé.

– Droga.

– Eu poderia deixa-lo lutar infinitamente com eles, mas quero me exercitar um pouco. – Crilim pegou sua espada. – o que acha?

– Pode dizer o que quiser, - elevou seu cosmo, sua unha ficou vermelha. – você vai morrer.

O grego disparou seis agulhas, mas o guerreiro não desviou, sendo acertado por elas. Crilim foi de joelhos ao chão, sentindo uma forte dor. Miro deu um sorriso, mas que foi morrendo a medida que Crilim começou a rir.

– Tenho pena dos seus adversários. – levantou. – essa dor é alucinante. Pena que o efeito passa.

Do outro lado os brasileiros assistiam os últimos pedaços da muralha desaparecerem. Agora todos estavam vulneráveis.

– Sua ultima proteção caiu deusa. – disse Ogue. – eu vou mata-la.

O guerreiro começou a andar em direção a Atena. Fernando passou a frente de Marcela e Heluane. Rodrigo continuou perto de Atena.

– Saia Rodrigo. – disse a deusa com voz baixa.

– Não.

Atena ficou desesperada. Deba e Shion estavam no chão. Os brasileiros sem proteção e se ela parasse o ritual, o selo poderia voltar a abrir.

– Um mortal corajoso. – Ogue brincava com seu martelo. – não tem energia alguma e mesmo assim vai continuar na frente dela?

Rodrigo não respondeu.

– Não quer falar... pois bem... – ergueu o martelo. – será a primeira morte do dia.

O baiano não estava com medo de morrer, apenas temia não conseguir proteger Saori do ataque.

– Morra!

Ele fechou os olhos, assim como Atena. Quando abriram, só viram o braço de Ogue erguido.

– Meu braço... – ele tentava mexer, mas sem sucesso.

Nordor deu um sorriso discreto.

– Você tem o seu valor. – disse fitando um ponto.

Todos olharam para onde ele dirigia a atenção. Paula ajudava Shion a levantar.

– Está bem?

– Sim... – olhava para Rodrigo. Foi por pouco que não parou Ogue com sua telecinese.

– Então foi você seu maldito! – Ogue recuou. – vou mata-lo por isso.

O grande mestre não respondeu, voltando o olhar para Paula.

– Chame as meninas e afaste-se daqui.

– E deixa-lo aqui?

– É uma ordem. – disse frio.

Atrás de Atena, Heluane analisava a situação. Aldebaran estava no chão, Shion bastante ferido e Atena não poderia protegê-los. Então permanecer naquele local seria um erro.

– Marcela e Nando, vamos sair daqui.

– Sair? – Marcela a olhou.

– Se ficarmos aqui só vamos atrapalhar. Shion não conseguirá defender todos nós.

– E a Paula? A Mabel e o Rodrigo? – indagou Fernando.

– Eles não vão querer seguir conosco. Não temos escolha.

Marcela e Fernando olharam entre si. O que era o correto a se fazer?

– Vão logo. – escutaram a voz de Rodrigo. – Heluane tem razão. Vão.

– Tome cuidado. – disse a fluminense saindo correndo.

– Cuidado cara. – Fernando a acompanhou, sendo seguido por Marcela.

Shion os viu correr.

– Vá com eles.

– Não saio daqui. – disse a paraense. – e não aceito ordens.

Nordor e Ogue notaram os três correndo.

– Estão fugindo.

– Deixe Ogue. São apenas ratos. Vamos brincar com esses que sobraram.

O guerreiro moveu rapidamente as mãos, Paula, Rodrigo e Bel sentiram como se uma força os puxassem. Os três foram colocados juntos numa área próximo a Atena.

– Solte-os! – exclamou Shion.

– Solta-los? – Ogue caminhava lentamente até eles. – soltar nossos brinquedos?

Com muita dificuldade Deba virou o corpo, ficando de barriga para baixo. O olhar foi para onde Bel estava.

– “Desgraçado... se encostar nela...”

Shion tentava andar, mas as pernas simplesmente não obedeciam. Ogue parou diante dos brasileiros.

– Quem vai morrer primeiro... – olhava para todos. – vou escolher você. – apontou o dedo.

Deba sentiu o sangue gelar, Ogue apontava para Mabel.

Não muito longe dali, Heluane, Fernando e Marcela corriam em direção a arena dos aspirantes.

– Para onde vamos Helu? – indagou a paulista.

– Para um local em que podemos esconder.

– Mas...

A conversa foi interrompida por uma explosão. Os brasileiros foram ao chão.

– Que porra! – gritou Marcela. – caralho.

– Estão bem? – indagou Fernando.

– Na medida do possível... – Helu levantou, mas sentiu o chão tremer. – caralho...

– Vamos sair logo daqui.

Quando aproximaram da arena, ficaram amedrontados. Havia dezenas de soldados.

– Ferrou...

A luta entre Giovanni e Grove seguia intensa. Naquele momento o cavaleiro tinha saltado para trás.

– Quero ver até quando vai aguentar.

– Sou persistente. – o italiano sorriu.

Ouviram vozes alteradas, Grove voltou a atenção para o aglomerado de soldados.

– Seus amigos parecem abelhas numa colmeia.

– Também... acharam diversão. – o guerreiro sorriu.

O italiano sentiu um arrepio ao ouvir aquilo. Não se importou se dava as costas para o inimigo. Correu até o lugar.

Helu, Marcela e Fernando estavam cercados pelos soldados.

– Agora vamos morrer. – Marcela agarrava o braço do mineiro.

Mascara aproximou do grupo distribuindo socos e chutes em todos os soldados para abrir caminho. Ficou temeroso ao escutar uma voz familiar.

– Faz alguma coisa Fernando! – gritou Heluane.

– Eu??

– Eu não quero morrer!! – gritou Marcela.

Tudo que sentiram foram vários raios dourados transpassarem os soldados.

– O que foi isso...?

– Pu#@$ Heluane, o que você está fazendo aqui???

Os olhos da brasileira marejaram ao ver o italiano. Ele estava muito machucado.

– Gio... – correu abraçando-o.

– Você está bem? – acariciou os cabelos.

– Sim.

– O que estão fazendo aqui?

– Shion e Deba estão em apuros. – disse Fernando, aliviado por está na presença de um cavaleiro. – a luta está sendo difícil.

A expressão do canceriano endureceu. Queria ajuda-los, mas se saísse dali, Marin e Miro teriam muito trabalho em conter o exército. Aproveitou, chamando o escorpião por cosmo.

O grego acabava de desferir mais uma agulha em Crilim.

– Até quando vai continuar brincando assim? – o guerreiro levantou.

– Até você cair. – parou ao sentir o cosmo de Giovanni, sem pensar duas vezes abandonou o campo de batalha.

– Está fugindo...

– Só vou resolver algo e já volto. Eu jamais fujo.

Os brasileiros esconderam atrás do canceriano quando os soldados levantaram.

– Eles não morrem? – indagou a fluminense.

– São imortais.

Os soldados avançaram, mas segundos depois foram ao chão. Marcela suspirou aliviada ao ver Miro.

– Miro...

– Não deveria está com o mestre? – aproximou.

– Eles estão com problemas. – disse Giovanni. – precisamos arrumar um local para...

A frase foi interrompida por uma explosão.

– Marin! – gritou o grego.

Giovanni elevou seu cosmo, derrubando todos os soldados que estavam por perto.

– Vamos.

Os cinco seguiram para onde Marin estava.


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