Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 39
Married


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Ai meu Deus ;-;
Vou chorar de novo.
Atualização da fic:
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5 Recomendações (;-; que recomendação linda, cara)
11.514 Acessos. 11.514, PORRA!!!!
Ok, respira Agatha. Agora, vamos ao casamento. Enjoy!



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*No dia do casamento*

Pov. Hazel

–Ai meu Deus. Ai meu Deus. -Sussurrei, como um mantra, de nervosismo.

Eu tinha tido meu dia de noiva. Gus tinha tido sua despedida de solteiro. Eu estava desesperadamente nervosa. Gus nem se fala.

Eu vou me casar. Em meus plenos 18 anos, eu vou casar com o amor da minha vida. Eu vou ser feliz. Eu vou ser paradoxa como o amor, porque eu vou viver o amor. E, embora todos digam que isso vai me tirar a liberdade, eu nunca me senti tão livre.

Não quero enrolar mais. Já passei 18 anos assim. Agora eu quero viver e ser adulta de verdade.

–Certo. Está preparada? -Perguntou Isabel.

–Sim. -Respondi, a voz tremendo de ansiedade.

–É isso que você vai responder quando o padre perguntar? -Questionou Ela, rindo.

–Está brincando? -Ri.

–Ok, ok. Sem surtos histéricos. -Uma pausa. -Preparada?

–Pelo amor que lhe foi concedido por Deus, traga papai aqui logo. -Me irritei.

Ela riu de novo e saiu. Sim, eu disse papai. Sebastian se casou no civil com mamãe um mês atrás, uma cerimônia decididamente menor do que a minha. Mamãe conseguiu, mas eu não, escapar da mão de decoradora da filha. De qualquer forma, ele insistiu que o chamássemos de "papai" até que Gus começou a chamá-lo de "sogrinho". Descobrimos recentemente que eles adoram se irritar.

Papai surgiu e piscou, surpreso, ao me ver.

–Você está linda. -Comentou ele.

–Obrigada. -Respondi, mais nervosa ainda. -Vamos?

Ele deu um sorriso de lado.

–Mas é claro.

Fomos até a igreja de carro. Todos estavam lá. Reconheci rostos que quase tinha esquecido, alguns que pensei que nunca veria, como Carla Gude. Sim, aquela que tentou por um mês inteiro ficar com o Gus e não conseguiu. Ela estava parecendo até feliz, e um tanto envergonhada.

Sebastian abriu a porta do carro e saiu. Vi todos prendendo a respiração, mas ainda não conseguia enxergar Gus. Sai, ajudada pelo meu mais novo pai.

Todos bateram palmas. O sorriso que agora rasgava minha cara provavelmente ia demorar a sair, e era o que eu mais desejava.

Cheguei, guiada por papai, na porta da igreja. A decoração estava tão perfeita que me controlei para não chorar só por isso. É, vai ser um dia difícil para minha maquiagem.

Finalmente, comecei a andar, Isabel e Kaitlyn de damas de honra na frente, juntamente a um animado e já andando Thomas que era levado pela duas. De longe, enxerguei pela primeira vez o Gus. MEU Gus. Só meu.

Ele estava de literalmente tirar o fôlego. Graças a Deus eu não tenho mais leucemia, porque se eu não fosse SEC estaria morta agora.

Eu nunca estive tão ansiosa para alguma coisa. Tão ansiosa pra chegar em algum lugar. Tão feliz com uma coisa tão simples.

Mas eu sabia que era ele. Ele que estava dando luz, cor e intensidade a tudo. Sempre ele. Augustus deixava tudo melhor, e ele estava presente em tudo hoje, em todo lugar. E eu já me sentia nas nuvens por isso.

Pov. Gus

Ela estava linda. Linda como nunca. Linda de um jeito inesquecível. Eu me sentia grato à qualquer ser superior que controlasse o Algo para onde eu um dia iria só por poder presenciar a beleza em que Hazel se encontrava agora. (http://www.polyvore.com/casamento_gus_hazel_okay/set?id=136660507)

O sorriso dela iluminava tudo. Os olhos dela brilhavam. O corpo dela se encaixava perfeitamente no vestido e deixava o simples incrivelmente belo. Mas até porque, era Hazel Grace que se encontrava ali. Só o fato de ser ela já tornava tudo esplêndido.

Ela finalmente parou do meu lado. Sebastian me deu a mão dela, e eu nem o escutei direito. Hazel me encarava com intensidade, uma intensidade completamente correspondida. Os olhos dela eram um mar azul onde eu me perdia, e eu sabia que ela também se perdia nos meus.

O padre começou a falar, mas sua voz era um zumbido. As coisas não existiam e eu estava com Hazel, só nos dois, sozinhos na nossa Terceira Dimensão Compartilhada. Só isso já valia tudo.

–Augustus Waters. -O padre me chamou, agora mais alto.

Algumas risadinhas ao fundo me disseram que ele devia estar me chamando a algum tempo.

–Sim? -Perguntei.

–Seus votos. -Lembrou ele.

–Ah, sim. Ér... então, tem como repetir, ou eu me viro mesmo? -Perguntei, porque tinha perdido tudo o que ele havia dito.

Mais risadas, mas Hazel ria também, então não me incomodei.

–Dê um jeito. -Murmurou o padre.

–Certo. Hazel Grace. -Comecei, voltando a encarar o mar azul dela. Mas não ia aguentar encará-la. Fechei os olhos. -Um dia, à muito tempo, quando eu me senti à beira da morte, você me falou de matemática. Eu nunca fui bom em matemática, e duvido que um dia eu consiga ser, mas eu achei um erro na sua lógica. -Ri, nervoso. -O que quero dizer, é que você me agradeceu pelo nosso infinito em dias numerados. Mas, mesmo se ainda tivéssemos um prazo pequeno de dias na nossa vida, o nosso infinito não ficaria resumido a ele. Eu nunca mais tive medo do esquecimento, porque eu notei que, mesmo que fôssemos esquecidos na terra, seríamos eternizados nas estrelas. As mesmas estrelas que bebemos em Amsterdã. As mesmas estrelas que nos trouxeram dificuldades, riscos de morte e coisas de boas à perfeitas. As mesmas estrelas que são culpadas por tudo que acontece em nossas vidas. O nosso infinito Hazel, vai além da nossa vida. É algo infinito, afinal. Nunca haverá fim. Só uma eternidade nas estrelas.

Abri os olhos. Hazel estava chorando, embora a maquiagem não estivesse borrada. O sorriso dela estava tão incrivelmente feliz em contraste aos olhos emocionados. Notei que até eu, que tinha feito o discurso, tinha deixado uma lágrima cair.

–Sua vez, Srta. Hazel Grace. -Disse o padre.

–Não sou boa com romantismos, isso sempre foi a qualidade de Gus, como foi explícito alguns minutos atrás. -Falou ela, com um pouco de dificuldade. -Mas posso tentar. -Ela respirou fundo. -Augustus Waters, você começou algo que nem mesmo você pode parar. E isso é clichê demais, e eu, como universitária, deveria dizer algo mais inteligente, mas isso realmente não importa. Porque eu me apaixonei gradativamente e de uma hora pra outra pela sua voz, pelo seu sorriso e andar cafajeste, pelas suas metáforas e por tudo em você. E esse momento é mais um efeito colateral da vida, como eu e você, mas mais do que isso, é um efeito colateral de um amor que, como você de forma muito melhor do que um dia eu poderia fazer me corrigiu, vai durar um infinito que será realmente infinito. E a culpa pode ou não ser das estrelas, mas eu te amo mais do que sou capaz de explicar em palavras, mesmo se eu falasse sobre isso pelo resto da minha vida.

Todos estavam chorando. Homens, mulheres, até o padre. Só Thomas ficava rindo de tudo.

–As alianças. -Resmungou o padre.

Isabel chegou, chorosa e saltitante, com as alianças. Voltou rapidamente para o banco.

–Augustus Waters, repita comigo. -Começou o padre. -Hazel Grace.

–Hazel Grace.

–Prometo amá-la na riqueza e na pobreza.

Repeti.

–Na saúde e na doença.

Repeti.

–Até que a morte nos separe. -Completou o padre.

No entanto, falei:

–Por toda a nossa eternidade nas estrelas.

O padre ficou meio irritado, meio compreensivo. A Hazel disse basicamente a mesma coisa, menos o meu nome, claro.

Colocamos a aliança um no outro e quando o padre me mandou beijá-la, não deixei nem ele terminar a frase. E naquele beijo eu me senti selar o começo de um infinito verdadeiramente infinito.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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