Gente, coloquei aquele aviso nas notas iniciais, ok?Esse é o capítulo 27, refeito. bjus da Titia Agatha and enjoy! (again)

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Pov. Emily

–Me. Explique. Isso. -Disse Isabel, esfregando alguma coisa na minha cara.

–Aliás, nos explique isso. -Emendou Hazel.

–Ahn... posso me retirar? -Perguntou Gus. -Parece mais um dos assuntos femininos que eu, na posição de homem, deve detestar.

–Não! -Exclamaram Isabel e Hazel, ao mesmo tempo.

–Pode, por favor, tirar isso da minha cara para eu enxergar? -Pedi.

Finalmente Isabel, muito hesitante, devo dizer, me obedeceu. Agora eu conseguia enxergar o que estava acontecendo: Eu ainda estava viva, sentada na minha cama, o livro, O Físico *, de Noah Gordon, ainda nas pernas, aberto onde parei. No lado esquerdo, estava Isabel, os olhos apertados e o celular, que reconheci sendo o meu, ainda estendido na minha frente, embora bem mais distante do meu rosto. Hazel estava sentada do lado direito, os braços cruzados e as sobrancelhas erguidas. E sentado atrás das duas na cadeira próxima á porta, estava Gus, no momento com Thomas começando a subir na cabeça dele, e ele tentando tirá-lo, sem sucesso.

–Ai! -Reclamou Gus, quando Tom puxou o máximo de cabelo que as mãozinhas gorduchas conseguiam pegar.

Isabel e Hazel ignoraram o fato, e olhei para a tela do celular.

Caixa de mensagem.

–Certo, essa é a minha caixa de mensagens, e daí? Alem disso, vocês não deviam estar bisbilhotando minhas coisas. Sou a mãe de vocês! -Reclamei.

As meninas trocaram um olhar debochado.

–Acontece, srta.Grace, que há cinco minutos atrás chegou uma mensagem para você. -Começou Hazel.

–De alguém chamado Sebastian. -Disse Isabel.

Hazel tomou o celular da irmã e procurou uma mensagem específica.

–Ainda não abrimos. -Continuou Hazel. -Mas olhamos as mensagens anteriores e estou ultrajada.

–O que há com as mensagens anteriores? -Desviei.

Hazel me lançou um olhar descrente.

–Vejamos... Sábado de manhã, dia após meu aniversário.-Falou ela. Depois continuou, olhando a tela:- "Emily, como vai? Passei para perguntar se o jantar ainda está de pé." você respondeu: "sim, mas infelizmente sábado não vai dar. Sexta que vem, então?" , e ele disse: "claro. Te vejo no Instituto amanhã, de qualquer forma. Até lá.", e você falou "até lá." de volta.

Ela terminou e olhou para mim, esperando uma resposta. Vi Gus sair de fininho com Tom nos braços. Isabel balançou os dedos na minha frente.

–Mãe, meu amor de vida, tenho a séria impressão de que você tem 30 segundos para explicar o que está acontecendo. -Disse ela.

Suspirei. Domingo de manhã, e eu estava mais ansiosa que nunca para a segunda. Depois do aniversário, restou pensar em Sebastian, e não é como se eu conseguisse parar.

–Eu nem sei por onde começar... -Tentei.

–Interrogatório, então. -Retrucou Isabel. -Nome completo?

–Sebastian Falabela. -Respondi, automaticamente.

As meninas travaram uma conversa telepática apenas pelo olhar e eu não conseguia acompanhar as caretas, sendo mulher ou não.

–O médico mais gato do Instituto inteiro? -Perguntou Hazel.

–O renomado e premiado Sebastian Falabela? -Continuou Isabel.

–1-Como vocês sabem quem ele é? 2-Como vocês sabem que ele é o médico mais gato do Instituto inteiro? 3-Como vocês sabem quem ele é? -Questionei, revoltada. -E 4-Quais são seus métodos de investigação?

Elas começaram a rir.

–Eu pesquisei os funcionários do Instituto, quando estava procurando você. Se não me engano, papai soltou alguma coisa sobre você trabalhar lá . -Disse Isabel.

–E eu pesquisei só pra saber dos bonitões mesmo. -Revelou Hazel.

–Eu ouvi isso, Lancaster! -Gritou Gus, do outro lado da porta.

–Pensei que não quisesse saber de assuntos femininos. -Gritou Hazel de volta.

–Não mude de assunto!

Mesmo assim, não ouve resposta, e Isabel foi buscar sorvete. Aparentemente a conversa vai ser longa. Quando ela voltou, sentamos em círculo de novo, o pote no meio e cada uma se servindo com sua própria colher na mão.

–Comece. -Mandou Isabel.

Revirei os olhos, mas contei tudo que lembrava, e a cada coisa via os olhos delas se arregalando.

–Ai meu Deus!–Gritou Isabel, histérica.

–QUE PERFEITO! -Exclamou Hazel.

–Ai meu Deus digo eu, que exagero! -Reclamei.

Mais uma vez, as meninas conversaram por caretas e olhares que eu não entendi. Quando finalmente se viraram para mim, as duas tinham sorrisos maliciosos idênticos.

–Você vai ter... -Começou Hazel.

–...O melhor encontro de todos. -Continuou Isabel.

–Prometemos. -Disseram ao mesmo tempo.