Quinn e Rachel precisavam voltar para NY. Mas antes de ir para o aeroporto deram uma última passada na casa de Sue, onde agora Kitty morava.
Encontraram as duas loiras entretidas, arrumando as coisas da mais nova no guarda roupas.
– Hey vocês – Quinn lhes chamou a atenção – Estamos voltando pra NY. Só passamos pra ver se precisam de algo.
– Estamos nos entendendo, certo Kitty? – Sue respondeu.
– Com certeza, coach. – a loirinha sorriu – E, mais uma vez, obrigada por tudo Rach.
– Não tem que agradecer, baixinha – Rachel estava feliz por ajudar - Sue, tem meu telefone, se precisar de qualquer coisa, é só nos avisar. E – conclui – Meu pai já transferiu uma certa quantia pra sua conta. Pra ajudar com as despesas de Kitty.
– Eu disse que não precisava, Rachel...
– Eu sei. Mesmo assim... – deu de ombros – Só mais uma coisa – lembrou – O Dr Cory já adiantou os papéis. Talvez amanhã ele já passe por aqui pra acertar tudo.
– Você é rápida, Berry.
– Não imagina o quanto, Sue. – Queen riu.
As quatro se despediram, já planejando uma visita a NY.

–x-

Rachel estava sentada em sua poltrona no avião, observando Quinn cochilar. O silêncio a fez repassar em sua mente o último encontro com Russel Fabray, quando foram resgatar Kitty.

[Flashbak on]
Deixaram Beth em casa e foram se encontrar com Santana e Brittany.
O advogada da família, Dr Cory, já os aguardava na porta da mansão.
– Boa tarde, Cory. Agradeço por ter vindo tão rápido – Rachel o saudou – Tudo encaminhado?
– Olá, Rach. É sempre um prazer trabalhar para a família Berry. – sorriu – Já podemos tirar a menor da casa.
Era tudo o que Quinn precisava ouvir. Abriu o portão e entrou sem ser anunciada. Encontraram Russel na sala de estar, lendo o jornal e Judy Fabray tomando chá.
– Mas que diabos – o homem rosnou – Quem pensam que são para entrar desse jeito na minha casa?
– Sr. Fabray, sou advogado da família Berry, e estou aqui representando os interesses da menor Katherine Fabray.
– Sob ordens de quem? – quis saber exaltado.
– As minhas. – Rachel se impôs – Eu te avisei, Russel. Você não tem mais nenhum direito sob a Quinn, e acaba de perder o pouco que tinha sob a Kitty.
Falou, lhe entregando o papel do advogado ao homem histérico. Russel leu rapidamente e voltou a olhar para todos na sala.
– Pedido de emancipação? Sério? Isso é algum tipo de piada? – sorriu desdenhoso. – E a princesinha vai morar onde? Comer o que? Do meu dinheiro ela não vai ver nem a cor e...
– O senhor é surdo? – Rachel o interrompeu – Elas não precisam de você ou do seu dinheiro.
Quinn estava parada ao lado da noiva, observando sua mãe calada, com os olhos marejados.
– Você não vai dizer nada, Judy? – questionou, irritada – Vai ficar calada de novo?
A mulher apenas a olhava. Quinn podia sentir a dor da mãe, mas sabia que, como antes, ela não iria contra aquele homem horrível.
– Você o ama, mais que a suas filhas - constatou, chorosa – Me perdeu e agora vai perder a Kitty... E não vai fazer nada.
Rachel a abraçou, querendo acalma-la. Virou-se para as amigas.
– Por favor, ajudem a Kitty com as coisas dela. Vamos sair logo daqui.
As duas se adiantaram para o quarto da mais nova. Puck permanecia ao lado das duas, e parecia rosnar na direção de Russel.
Quando Santana e Brittany voltaram a sala com a Fabray mais nova, Russel segurou-a pelo braço com força.
– Não se atreva, Katherine...
Puck avançou no homem antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa. O rapaz acertou o homem em cheio no nariz.
– Se encostar nela outra vez, ou em qualquer uma das minhas meninas de novo, eu juro, que acabo de partir sua cara no meio, seu nojento.
Quinn foi a primeira a alcançar Puck. Segurou seu braço e o fez se afastar.
– Vamos embora. Não vale a pena. – olhou com desdém para o homem caído no sofá, com a mão no nariz que sangrava.
Rachel deixou que todos saíssem e, antes de os acompanhar, chegou bem próxima de Russel, para que só ele pudesse ouvi-la.
– Caso não tenha reparado, minha família tem tanto ou mais poder que você. – falou entredentes – Se sequer imaginar ir atrás das meninas, eu acabo com você. E o Puck... Vai ser o menor dos seus problemas – conclui – Passar bem.
[Flashback off]

Rachel sorriu com a lembrança. Russel podia ser assustador, num primeiro momento. Mas ele não era páreo para ela. A morena sabia exatamente onde estava pisando.

–x-

Ao chegarem finalmente em casa, encontraram Marley sentada na porta da frente da mansão. A morena tinha um sorriso bobo nos lábios e o olhar perdido.
– Bem vindas de volta, meninas.
– Hey, Marls – Quinn a abraçou – A quanto tempo está sentada aqui? Por que não nos esperou lá dentro?
– Não faz muito tempo, acho. E quis ficar aqui olhando a paisagem. O dia está tão lindo...
– Ok – Rachel riu – Alguém viu passarinho verde. Vamos entrar.
As três garotas entraram, mas não encontraram ninguém.
– Que recepção – a morena bufou.
– Devem estar lá nos fundos – Marley sugeriu.
Se encaminharam até a área da piscina. Marley sorriu e o casal ficou de boca aberta.