Rachel e Quinn não conseguiam acreditar no que viam. Leroy, Hiram, Kurt e Mercedes estava parados em frente a uma casa da piscina completamente reformada. E, pendurado á entrada uma faixa com os dizeres: “Bem vindas família Fabray-Berry”. Todos sorriam pra elas.

– Quanto tempo ficamos fora? – a loira questionou, sorrindo para a noiva.

– Eu não acredito – Rachel estava sem palavras. Apenas correu até os pais e os abraçou, sendo seguida por Quinn.

– Como conseguiram em tão pouco tempo? – quis saber – Ficamos fora por 3 dias.

– Contatos, meu bem – Hiram brincou. – Precisam ver como ficou lá dentro – continuou, as levando para o interior da casa – Ainda faltam alguns detalhes. Mas está praticamente pronta.

Todos os acompanharam. Rachel analisava cada centímetro, cada novo detalhe. Onde antes ficava a cama para os hospedes, logo na entrada, agora tinham uma cozinha bem equipada, com um balcão em L dividindo o cômodo da sala. A sala, por sua vez, era bem aconchegante, com a lareira de frente para o sofá, enquanto tinham o sistema de home theater na lateral.

– Está tão lindo, papai. – a morena apenas sussurrava.

– Esperem só para ver o restante – Kurt dava pulinhos animados.

Continuaram o tour pelos ambientes. Onde antes era o banheiro/sauna, agora tinham um amplo banheiro, todo equipado para o bebê.

– Nós pensamos que o ideal seria ter o box assim bem grande – Mercedes comentou – Pra caber a banheira do bebê e vocês poderem... Vocês sabem – falou corando.

– Acho que todo mundo entendeu, Cedes. – Kurt brincou. – Mas agora vem a melhor parte...

– Estou me sentindo no Extreme Makeover – Quinn divertiu-se.

– O quarto principal e o do bebê. – o rapaz abriu primeiro a porta do quarto das meninas.

O cômodo não era grande, mas tinha todo o jeito delas: cores neutras, uma cama enorme no meio do quarto, um guarda roupas embutido ótimo. À esquerda tinham a escrivaninha de Quinn, com todos os livros da garota e o notebook das duas.

– Está perfeito – a loira constatou.

Seguiram então para o quartinho do bebê. E as duas garotas não contiveram a emoção ao verem todas as coisas que já tinham comprado até então, arrumadas ali.
O berço de frente para a porta, uma poltrona confortável ao lado, com o urso imenso que Rachel comprará sentado nela. As paredes estavam pintadas de um amarelo bem clarinho. Tinham mais brinquedos espalhados pelo quarto.

– Como ainda não sabemos o sexo do bebê, quase não compramos nada ainda. Falta o enxoval do berço – Leroy pontuava – O tapete, várias roupinhas. Mas... Eu e Hiram compramos algo pra vocês duas.

Hiram se aproximou delas com um pacote bonito e lhes entregou.

– Abram – pediu.

Rachel deixou que a noiva abrisse o embrulho. Encontraram um livro de capa dura vermelho, escrito “Family” em letras douradas arredondadas.
As duas garotas estavam emocionadas, e seguravam o livro com toda a delicadeza que podiam.

– Obrigada. Obrigada a todos – Quinn agradeceu – Esta tudo tão lindo. Vocês são incríveis.

– Agora estou ainda mais ansiosa pra chegada do nosso bebê – Rachel comentou emocionada, abraçando Quinn e acariciando sua barriga.

–x-

Três meses já tinham se passado desde que tinham recebido a casa pronta de presente de Leroy e Hiram, e a cada novo ultrassom a expectativa aumentava, mas o bebê se recusava a dizer quem era para as mamães.
E chegara a hora de mais um exame. A ansiedade era tamanha, que além das duas mamães os avós e os futuros padrinhos, Kurt e Mercedes, também estavam acompanhando.

– Essa sala de espera está mais cheia do que eu esperava – Dr Hudson brincou – A Quinn já está pronta, mas não tem espaço pra todos vocês lá dentro. Como ela é minha última paciente do dia, vou reproduzir as imagens lá de dentro nessa tela – apontou para a tv. – Vamos lá Rachel?

A garota respirou fundo, sorriu e seguiu o médico. O restante dos acompanhantes se aglomeraram em volta da tv.
Rachel sentou- se ao lado de Quinn segurando sua mão. A morena tremia.

– Acha que dessa vez vamos conseguir ver alguma coisa, padrinho?

– Tudo vai depender da cooperação do bebê - sorriu, tentando acalma-la.

O obstetra iniciou o exame. Podiam ouvir os batimentos acelerados da criança, viam que o bebê estava acordado, se mexendo um pouco.

– O desenvolvimento está dentro do esperado – explicou – Está crescendo forte e saudável, o peso também está bom.

Quinn observava em silêncio, sentindo o aperto de Rachel em sua mão cada vez mais forte.

– Esse pestinha continua com as pernas cruzadas – o médico comentou – Vamos lá bebê, suas mamães querem te chamar pelo nome. - pediu, próximo a barriga da loira – Já se decidiram, por falar nisso? – quis saber.

– Sim – Quinn respondeu – Se for menina Dianna, se for menino Ethan.

Ao dizer os nomes, a loira sentiu um movimento mais forte em seu ventre, o bebê parecia estar se mexendo.

– O que foi isso doutor? – questionou.

– Sua resposta – sorriu – Ele descruzou as perninhas. É...

Na sala de espera, Hiram deu um pulo animado, assustando todos.

– É um menino.

Na sala de exames:

– Parabéns meninas. Vocês serão mães de um lindo garotinho.

Rachel sorriu, sentindo as lágrimas escorrendo por seu rosto. Quinn lhe deu um beijo demorado, sentindo a mão da morena em sua barriga, falando com o filho.

– Oi meu amor. Oi Ethan. – a voz de Rachel soava doce, e o bebê chutou bem onde a mão dela estava apoiada – Hey, meu príncipe. É a mamãe Rachel. Só quero que saiba que eu te amo muito, meu pequeno.

Quinn não conteve as lágrimas.

– Quinn, pode ir se trocar. Enquanto isso, vou gravar em dvd o ultrassom. O que acham?

– Obrigada padrinho! – a morena agradeceu, enquanto ajudava Quinn se levantar.

–x-

A noite, quando já estavam deitadas, depois de toda a festa e compra que fizeram ao saírem do consultório, Rachel parecia inquieta. E Quinn notou.

– Está tudo bem, meu amor? Parece preocupada com alguma coisa.

– Não é preocupação... É que.. – corou - Estou louca de vontade de cantar uma música... Pro Ethan – sorriu envergonhada.

– E por que não canta? – perguntou – Tenho certeza que nosso filho vai amar te ouvir cantar, tanto quanto eu amo.

– Nosso filho – sorriu boba – Gosto disso.

Quinn endireitou o corpo e Rachel encostou a cabeça próxima a barriga da noiva. Limpou a garganta, respirou fundo e começou.

[i]It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money, but, boy, if I did
I'd buy a big house where we both could live[/i]

Enquanto cantava, a morena fazia carinho no ventre de Quinn.

[i]If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much, but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you
And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple, but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world[/i]

Quinn sentia Ethan mexer dentro de si, e tinha a sensação de que seu bebê estava no ritmo da música. Sorriu com o pensamento.

[i]I sat on the roof and kicked off the moss
Well, a few of the verses, well, they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on
So excuse me forgetting, but these things I do
You see, I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen
And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple, but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world[/i]

Rachel terminou a música e olhou para Quinn. A loira a olhava com admiração.

– Gostou, my queen?

– Amei, morena. E o Ethan também. - sorriu, a puxando para um beijo.