Try escrita por Kashmyra


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Não vou comentar nada.
Apenas leiam.



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Seus lábios eram macios.

Não conseguia pensar em mais nada. Suas mãos desceram pela minha cintura. Suspirei com seu toque. Ele separou seus lábios dos meus, mas logo tornou a beijá-los com mais intensidade. Seus lábios se pressionavam nos meus, de um jeito que me deixava louca, que tirava o ar de meus pulmões. Ele puxava meu corpo para mais perto, não saberia como, já estávamos grudados. Hans me beijava com tanta paixão que eu me senti de pedra por não corresponder. Minhas mãos estavam em seu peito, eu tentava o empurrar, mas não tinha coragem de mover um só músculo. Ele beijava meu lábios de um jeito doce, pressionando em cada parte, sem deixar nenhum lugar sem atenção.

Eu estava paralisada, não sabia o que fazer, eu correspondia? Eu estava dando meu primeiro beijo. Não era bem assim que eu imaginava.

Não! Isso não poderia estar acontecendo. Eu não gostava de Hans a ponto de beija-ló. Eu estava traindo Anna. Empurrei seu peito com toda a força que eu tinha. Desvencilhei-me de seus lábios:

–Não Hans, eu não quero, não faça mas isso. –Supliquei

Ele me analisou, com um olhar de sofrimento, sua mão esquerda acariciou meu rosto, mas ainda tinha seu outro braço do meu lado, não tinha para onde fugir.

–Elsa, será que você ainda não percebeu? -perguntou aborrecido.

Olhei para baixo, não tinha coragem de olhar em seus olhos. Ele estava realmente? Puxou meu queixo para cima, até ficarmos cara a cara. Então encarei aqueles olhos verdes. Tão bonitos.

–Estou apaixonado por você Elsa. -declarou Hans.

Ouve um silencio perturbador no quarto. Minhas bochechas coraram. O que? Ele estava apaixonado por mim? Como? Ele nem me conhecia direto. Ele tinha gostado de Anna não de mim. Eu fiquei atônica. Então era por isso que ele quis voltar? Para me conquistar? E se ele estivesse mentindo? Sem saber o que responder, empurrei seu braço e sai correndo do seu quarto.

–Elsa, por favor... -Hans tentou segurar meu braço.

–Não! Fique longe de mim!-Assustada. Sem querer, das minhas mãos saíram gelo e passaram milímetros do seu rosto.

–Elsa... -Ele tentou segurar meu braço de novo, ele não desistia!

–Hans, por favor, deixe-me ir. - Disse com aperto no coração e bati a porta em sua cara e sem pensar duas vezes, sai em disparada pelo corredor até meu quarto.

Era muita com para minha cabeça, primeiro Aron e sua família, agora Hans.

Cheguei em meu quarto e fui direto para minha cama. Pulei nela e enfiei minha cabeça nos travesseiros.

Aron era filho de Jacques e Rose. Eles estavam conspirando contra mim, e queriam me tirar do trono fazendo eu me apaixonar por seu filho, assim ele se tornaria rei. Então quer dizer que Aron nunca gostou de mim realmente? Isso me deixou triste, eu estava começando a ter um sentimento mais forte por ele. Mais concreto, eu estava decidida que iria me apaixonar, e agora, uma decepção tão grande. Virei e comecei a encarar o teto. Fiz cair neve, e observei os flocos de vários tipos diferentes caírem do teto. Era tão surreal, que até eu às vezes duvidava.

Toquei meus lábios, ainda podia sentir os de Hans ali. Suspirei. Eu dei meu primeiro beijo. Mas não acreditava, era a pessoa menos provável que eu poderia imaginar. Sinceramente, não sabia se podia acreditar em Hans. Mas... Ele se declarou para mim. Não totalmente mais ele falou que estava.

Meu coração bateu forte quando pensei nisso. Eu não estava apaixonada por Hans, nada disso. E se eu estivesse o que poderia fazer? Anna nunca mais olharia na minha cara. Sei que ela ama Kristoff, mas seria uma traição muito grande.

Tentei parar de pensar em Hans, mas o quanto eu mais tentava, mais eu acabava pensando. Então decidi pensar, por uma vez.

Dês da vez que o vi saindo do barco, até a ultima, quando quase o acertei com meu gelo.

Ele havia mudado, não poderia negar, todas as vezes que ficamos sozinhos, ele sempre arranjava uma maneira de me tocar, não de me machucar, mas sim de... Arrepiei-me, quando me lembrei da vez que ele me deu o colar, ele estava atrás de mim, perto de mais. Ou quando estávamos no jardim e pela primeira vez ele tentou me beijar, suas mãos na minha cintura. Gemi. Suas mãos nas minhas bochechas, aquele toque me fazia sentir arrepios. E agora no quarto. Corei com meus pensamentos. Mas eu não poderia negar. Eu havia gostado do beijo, mas do que poderia gostar. Ele me abalava de um jeito que eu nunca havia sentido, nem mesmo por Aron, ele me deixava paralisadas, sem saber o que fazer, eu odiava esse poder que ele tinha sobre mim. O que era? Medo? Não eu não tinha medo de Hans, não mais, depois do que aconteceu. Eu tenho certeza que ele não me machucará. Não tinha como provar isso, mas agora tenho. Ele estava apaixonado por mim. Toquei de novo meus lábios. Não sabia o que sentir.

Meus devaneios foram tirados por batidas na porta.

–Alteza? A janta está servida. -Jacques falou.

Jacques, um homem tão bom em complô contra mim. Mais tarde eu tiraria satisfações.

Levantei-me, não percebi que o tempo passou tão rápido. Acho que pensar em Hans fazia meu mundo parar.

Dês de quando você é assim Elsa? Pare com essa ladainha, você não deve se apaixonar por Hans, não pode.

O jantar foi à coisa mais perturbadora que já tive, com Rose e Jacques me observando, às vezes os encarava e lançava um olhar gélido Rose não se abalava e devolvia o olhar, já Jacque desvia com medo. Marido e mulher era difícil de imaginar. Era dia de sopa, e agradeci, pois assim seria mais fácil para escolher talheres e Rose não daria opinião. Foi meu primeiro Jantar sem Anna, fiquei com o coração na mão, ela e Kristoff sempre sentavam um de frente para o outro e eu no meio. Era tão bom poder ter a companhia dos dois. Eram sempre risadas. Piadas e às vezes os pegava flertando, era tão lindo de se ver. E agora eu comia sozinha numa sala onde estavam estudando meu comportamento. Era tão ruim, não consegui aproveitar minha sopa, queria terminar o mais rápido possível e voltar ao meu quarto.

–A sopa estava ótima Laura. -Agradeci a cozinheira e levantei-me da cadeira.

–Alteza, antes que vá á seus aposentos, tenho que lhe entregar algumas cartas. -Disse Rose, aproximando-se de mim.

–Muito obrigada. -Disse pegando as cartas. Ele me olhou com aqueles olhos de águia, que observava tudo e depois saiu.

Fui direto ao meu quarto, e sentei-me na minha cama, abri a primeira carta.

“Elsa,

Se não for muito incômodo queria marcar algo para a gente, não um piquenique, mas quem sabe um jantar, ou quem sabe apenas olhar o sol se por? Eu queria muito pedir desculpas pelo que fiz, e estou muito envergonhado. Por favor, aceite meu convite.

Se sua resposta for sim, estarei de esperando amanhã depois do almoço no meu quarto.

Atenciosamente, Aron.”

Aron... Ele queria me ver de novo, mas eu, depois de toda a conversa com Hans, mudei de idéia, queria ele o mais longe possível. Se bem que nem deixei ele se explicar, daria uma chance. Mas qualquer que seja a resposta dele falaria para que não queria me envolver. Pensaria em algo.

Abri à segunda, mas com as primeiras palavras meu coração murchou:

“Irmã

Estou com Kristoff.

Logo, logo estarei ao seu lado novamente, só preciso que saiba que eu estou bem.

Beijos, Anna.”

Anna... Ela estava bem, era tudo que me importava agora, um alivio cresceu em meu peito, mas onde ela estava? Por que ela estava longe? Por que não me avisou? Perguntas pipocaram na minha cabeça. Mas infelizmente não tinha como responde-lás, esperaria Anna chegar para entupi-la de perguntas e dar uma bronca, nunca mais queria que ela ficasse longe de mim.

E por fim, abri a terceira carta. Meu coração disparou começou a disparar

“Não consigo tirar seus lábios de meus pensamentos. Isso é loucura?

Acho que estou ficando louco, por você. Será que seria muita ousadia querer encontrar você de novo?

Soltei o ar preso em meus pulmões, eu me sentia em perigo ficando sozinha com Hans, mas ao mesmo tempo eu queria, e muito. Não, você vai falar com Aron, você não pode mais querer encontrar Hans. E quando ia devolver a carta ao envelope vi que tinha algo atrás, continha apenas três palavras, mas que me deixaram com um sentimento que eu nunca poderia descrever:

“Eu te amo"


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Notas finais do capítulo

In love