Try escrita por Kashmyra


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Então ai está o aguardado capítulo da conversa de Hans e Elsa!
E pra quem é TEAM Hans , aposto que vão delirar com esse capítulo!



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Andando pelo corredor, formulei algumas perguntas na minha cabeça para Hans. O que eu iria perguntar? Não tinha certeza do que iria ouvir, e muito menos se iria acreditar. E se ele falasse a verdade e eu não acreditasse? Eu estava me torturando. Eram só umas perguntas, mas elas envolvem Aron. E a pior parte: ficar sozinha com ele. Não tinha uma boa experiência. Mas já sabia o que fazer, era contar até três, e se não desse certo, usar meus poderes.

Havia chegado à porta do seu quarto, mas ainda não tinha reunido coragem suficiente para bater, minha mão estava parada no meio do caminho. Respirei fundo, dei quatro batidas. Não tive que esperar muito, pois logo ele abriu a porta, estava com o cabelo molhado, e logo que olhei para baixo, vi que estava com uma toalha enrolada na cintura e sem camisa. Virei o rosto que já estava vermelho. Pude ouvir uma risadinha.

–Desculpe-me Alteza, não sabia que a senhorita apareceria aqui tão cedo. – Disse Hans. Eu apostava com todas as minhas fichas, que ele estava sorrindo.

–Pode por uma roupa?-perguntei ainda com o rosto para o lado. Ficava mais corada a cada minuto.

–Mas qual é o problema?-perguntou inocente. Qual era o problema? Ele estava praticamente nu na minha frente! Olhei rapidamente para meus pés, mas antes minha pude ver um lampejo de seu peito molhado.

–Eu... Eu volto mais tarde... -Disse envergonhada e dando meia volta.

–Não!-Ele segurou meu braço. -Me de 1 minuto. - E sumiu dentro do quarto.

Esperei, ainda estava parada na frente da porta, não me atrevi a olhar para dentro do quarto. Em menos de segundos ele já estava me convidado para entrar, percebi que suas costas estavam molhadas e modela perfeitamente. Tirei esse pensamento.

Hans puxou uma cadeira de uma mesa que estava no canto da sala, abarrotada de papeis, deveria ser o relatório de cada seção, já que ele era Guarda Geral. Ele se sentou nela, e pediu para que me sentasse na cama.

–Então... -Ele começou. –O que leva a vossa alteza a visitar o quarto de um mero empregado?

–Bom... Vir ver como você está. Depois da briga de hoje pensei que estaria acabado. -Tentei não provocar, mas não conseguia, sabia que o estado de Aron era pior que o de Hans.

–Já foi visita-ló?-perguntou.

–Sim. -Mas logo me arrependi de ter provocado. Ele se remexeu na cadeira certamente desconfortável.

–Então acho que quem ganhou aquela luta fui eu. -Riu, mas logo seu rosto mudou. -E o beijo? Conseguiram dar finalmente?- Perguntou sarcástico.

–Não. -Pude ouvir seu suspiro. Ele estava aliviado. Revirei os olhos. -Mas não vim aqui para falar da minha vida pessoal, vim aqui para ver como você esta, e pelo visto está ótimo. -Levantei-me. -Agora vou direto ao assunto. -Vir-me-ei e o olhei. - Porque você ameaçou Aron com seu passado? O que tem de tão importante em saber quem são seus pais?

–Parece que está duvidando de seu pretendente. - Falou irônico.

–Ele não é meu pretendente. -Mas sabia que ele tinha razão, esta prestes a beija-ló. -Agora, que fazer o favor de me responder?

–O.K, sente-se. –Mandou

–Não quero sentar.

–Sente-se. –Mandou tão autoritário que sem argumentar mais, sentei na cama.

–Já se perguntou por que Rose sempre é rígida com você?-perguntou Hans.

–Calma como você sa... -Parei, eu nunca havia pensado numa resposta coerente.

–Já se perguntou por que Jacques apoiou você para o piquenique?

–Opa! Como você sabe disso? Esta ouvindo minhas conversas?- Fiquei nervosa com isso, eu não queria raciocinar, mas já tinha uma idéia. Não poderia ser.

–Só responda.

–Não. -Respondi.

–Acho que você já sabe então. - disse Hans, cruzando os braços sobre o peito.

–Não. - Levantei-me da cama e comecei a andar de um lado para o outro. -Não, não, não!-Como isso pode ter cabimento? Rose e Jacques eram... pais de Aron? Levei minhas mãos à cabeça. Por que Aron havia mentido? Por que Jacques mentiu? Todos esses anos ao nosso lado, e nunca uma palavra, que tinha uma esposa, um filho! Senti uma dor no peito. Mentira. Era o pior tipo de traição.

–Você está mentindo. -disse esperançosa.

–Porque eu mentiria? – Disse ele dando de ombros.

Tudo dentro de mim estava revirado, eu sabia que era verdade. Como pude ser tão burra? Não tinha percebido isso foi um grande erro. Mas, o que isso tem de grave? Eles mentiram tudo bem. Mas o que isso afeta?

–Por que você me disse isso?

–Para abrir seus olhos. -Disse Hans

–Abrir meus olhos? Ok! Acredito. -disse sarcástica.

–Você não vê Elsa? Ele quer casar com você, depois se tornar rei. Porque você acha que Rose nunca gostou de você? É que ela acha que você não governa bem, que tirar seu posto. -disse serio.

Fiquei pasma. O que ele acabou de dizer foi muito grave. Uma acusação que se for verdade mudaria tudo na minha vida.

–Mas Jacques gosta de mim... Sempre me ajudou. -tentei achar algo a que me segurar, não queria acreditar.

–Você gostaria de ser empregada uma vida inteira? Agora que surgiu essa possibilidade de Aron se tornar rei, você acha que ele não vai ajudar? A sair dessa vida e se tornar pai de um rei?

Era impressionante, ele tinha a resposta na ponta da língua, não perdia uma. Fiquei desnorteada. Por que essas pessoas estavam contra mim? Eu sempre tentei ser boa para meu reino, mesmo com meus poderes, sempre tentei proteger a todos, e agora o que eu recebo em troca?

–Eu nunca disse que casaria com Aron. –me expliquei

–Mas já cogitou essa hipótese. -Disse Hans tristonho.

–Eu... -Não poderia negar, eu já havia pensando nele como pretendente.

–Por que está me falando isso?-Perguntei

–Porque você pediu. -falou rindo.

–Não... -corei. -Estou perguntando, porque você estava o ameaçando.

–Não quero que você confie em pessoas erradas, não pela segunda vez. -disse Hans, e me encarou. Olhei em seus olhos, não estavam verdes, era um tom sombrio.

–Hans eu... – Sabia que ele estava falando da conversar do jardim.

–Você mesma não falou que já havia confiado em mim? E se enganou? –Perguntou Hans, se levantando da cadeira.

–Eu sei, mas... -tentei argumentar.

–Elsa, só não quero que se machuque de novo, sei que fiz mal, muito mal, mas eu realmente mudei, ou você acha que 8 meses na cadeia é pouco para se redimir?-Disse ele parando na minha frente.

Fiquei atônica.

–Você foi para uma... Prisão?-perguntei boquiaberta.

–Sim, iria ficar por mais dois anos, mas sai por bom comportamento e por ter me candidatado para servir Arendelle, eu queria voltar e acertar as coisas com você e Anna, mas principalmente com você.

Eu deveria acreditar nas suas palavras? Meu coração dizia que sim, ele estava me ajudando. Contando-me toda a verdade. Desmascarando a família de Aron. Contando sobre sua vida. Mas minha mente mandava um sinal de alerta, “Ele está perto de mais”, “ Não confie nele de novo!”. Era uma dúvida cruel, não sabia em quem acreditar.

–Já confiei uma vez, por qual razão devo acreditar? – Perguntei desconfiada

–Já disse que mudei. Você é que não me deixa provar. –respondeu, aproximando-se de mim. Cada passo que ele dava, eu dava um para trás. Distancia entre nós era essencial para eu ficar calma.

Ele tinha razão, eu não o deixei provar, não dei uma chance, mas deixei Aron entrar, sendo que era ele que tinha me traído. Eu agradecia mentalmente por Hans ter chegado na hora do beijo. Senti algo duro nas minhas costas. Estava encurralada entre ele e a parede. Meu coração começou a bater muito forte, comecei a suar. E aquele arrepiou chato subiu pelas minhas costas.

–Como você provaria?-Desafiei, sabendo que já estava em uma situação péssima.

–Assim. -Ele levou sua mão até o cinto da calça e a outro ele apoiou na parede ao lado do meu ombro. Tirou de lá algo brilhante. Engoli em seco.

–O que você... –Mas antes que pudesse terminar a frase, ele levantou a faca, fechei meus olhos. Fui tola de acreditar. Agora pagaria o preço.

Ouvi um barulho de algo caindo no chão, e quando abri os olhos, ela estava lá, bem longe do alcance de Hans.

–Você achou mesmo que eu faria isso? Depois de você começar a acreditar em mim?-Perguntou aborrecido.

–Eu nã... - Fiquei arrependida. – Como você provaria?-Perguntei de novo, tentando refazer a cena. Pois a que foi, não tinha sido a melhor. Meu coração estava martelando, e minha mente estava gritando “Perigo!”, “Perigo!”

–Assim.

Ele segurou meu pescoço e o puxou até ele.

Hans fez algo pior do que me ferir.

Ele juntou seus lábios nos meus.

Ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Entããão,
curiosidade mode:on
Eu amo muito vocês sabiam ?
Muahahaha