Try escrita por Kashmyra


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Desculpeeem pela demora.
Fiquei tão empolgada nesse capítulo, que nem vi o tempo passar, hahaha
Não, não estou ficando louca.



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Eu deveria parar de ser tão precipitada, mas agora já era tarde de mais, teria que seguir em frente. Minha mão pairava na porta de Aron, hoje eu teria minha conversa definitiva, iria falar que não queria me envolver, que nosso único relacionamento seria com o trabalho, nada além disso, não por causa de Hans ou do seu...Beijo. Mas sim porque ele traiu minha confiança. Não podia mais olhar para ele sem sentir um desconforto enorme.

Mas não posso negar, a carta de Hans me deixou abalada, seu beijo me deixou abalada,tudo me deixou abalada.Dormi com sua carta e a de Anna, abraçadas. Se já não conseguia tirar ele da cabeça, agora seria impossível.

Bati em sua porta, e assustei-me com a rapidez com que ele abriu.

–Elsa, que bom que aceitou meu convite. Precisamos conversar.-disse Aron.

–Precisamos mesmo. concordei.

Entrei em seu quarto, estava escuro, pois a chuva ameaçava cair lá fora e a iluminação não estava das melhores.

–Bom Aron,vou ser rápida.- Virei-me para o olhar, ele estava fechando a porta e de repente me bateu um medo de ficar sozinha com ele. Eu nunca me livraria desse medo? Era incrível, eu deixei de ter medo de Hans, para ter de Aron. Ironicamente eles trocaram de lugar.

–Eu vim aqui não para um passeio, muito menos para um piquenique. -Falei ríspida, não queria ficar mais nenhum minuto com sua companhia.—Bom Aron, eu queria dizer que não quero ter mais nenhum relacionamento com você, desculpe, eu não deveria ter o quase o beijado, estou muito arrependida. Desculpe-me novamente.— Disse.

Eu não saberia o que esperar de sua feição, pois ele não tinha nenhuma, não parecia surpreso, nem bravo, muito menos triste.

—Já disse tudo que queria, estou indo.— Apressei-me até a porta, mas quando tentei girar a maçaneta e empurrar a porta, ela não abriu. Tentei com mais força, mas ela nem se mecheu. Estava trancada no quarto. E ele gargalhou. Gargalhou muitos alto.

—Elsa,tão ingênua...— Disse Aron. Quando ele proferiu essas palavras senti uma repulsa muito grande.

—Deixe-me sair Aron.— ordenei, não aguentava mais nenhum minuto naquele lugar.

—Se eu fosse você, não iria querer sair tão cedo. Já que talvez a notícia que a rainha que não governa e prefere ir a piqueniques se espalhe por Arendelle.

Suas palavras me pegaram de jeito. Senti um arrepio passar pela minha nuca.

—Do que você está falando? -Perguntei temendo a resposta.

— A esse ponto, creio que o incrível Hans, já deve ter contado a vossa alteza quem são meus pais.

—Já, e seus planos também, então tire seu cavalinho da chuva. -Respondi áspera. Ele riu.

— Ah Elsa, você não sabe nem da metade.

—O que você quer?

—Quero que case comigo.

Eu ri, ri muito, da onde ele tinha tirado essa ideia? Ele deveria ser muito convencido para pensar que eu casaria com ele.Ou muito mimado, castiguei-me por ter cogitado a idéia de me apaixonar por ele.

—Nunca.

—Pois eu acho bom aceitar, ou o povo de Arendelle vai saber quem é a verdadeira rainha.

Parei de rir, ele estava falando sério, comecei a suar, e a temperatura da sala começou a cair rapidamente.

—Não tenho nada para esconder. Comecei a tremer, mas não era evidente, o que ele tinha contra mim? Qual segredo ele tinha? Encostei-me na porta, tentando aliviar meus tremores.

—Vamos refrescar sua memória então alteza.

Suas palavras me davam nojo, não conseguia nem o encarar.

—Lembra-se do dia do nosso piquenique? Acho que você lembra-se muito bem, pois bem, naquele mesmo dia uma mulher acabou se assidentado e infelizmente morreu.—Ele gesticulou com as mãos.

—O que? Jacques havia me falado que não tinha nenhum assunto pendente... — Não, Jacques havia me enganado. Havia mentido para mim,ele e Aron era farinha do mesmo saco. Claro eram pai e filho. Queriam o poder. Então eu fui para o passeio, enquanto ele foi resolver o problema, e eu fiquei como vilã, uma rainha que não quis saber de seu povo.

—Acho que já ligou os pontos, boa menina. — Disse Aron irônico

—Porque ? Porque fizeram isso? — Perguntei desesperada.

—Hans não te falou? Eu quero ser rei, minha mãe e meu pai não querem mais ser empregados, me dediquei a vida inteira, não mereço ser apenas um chefe da cavalaria, até o idiota do Hans conseguiu um cargo maior do que o meu.—disse franzindo a cara de nojo.

—Não fale assim dele! — Gritei, não podia acreditar no que estava acontecendo, eu fui enganada, como fui tola, deveria ter acreditado em Hans, eu não deveria ter me entregado tão depressa, eu fui burra. Minha respiração começou a falhar, estava sufocada, apoiei-me na parede com uma mão no peito. Não conseguia acreditar no que tinha feito.

—Eu chamo como eu quiser.— Disse dando de ombros.—Voltando aos fatos, como você já deve ter os ligado, papai foi até o local e inventou uma desculpa , dizendo que você estava doente.—Ele me encarou, eu o fuzilei com meus olhos, mas do que adiantava?

—Mas que tal o povo saber que você estava em um encontro, do que em um acidente para dar pêsames a família?—Ele riu.

Meu coração parece que havia parado de bater. Estava processando as suas palavras. Estava a ponto de ter um colapso.

—Eles não vão acreditar em uma palavra de um mordomo, eu vou negar tudo. Nunca vou casar com você.— Disse tentando acreditar em minhas próprias palavras.

—Ai que você se engana minha querida.— Ele disse , meu estômago embrulhou quando ouvi a palavra “querida”.

—Tenho mais uma prova que a compromete.— Dessa vez ele deu um largo sorriso e veio até mim. Tentei fugir dali, mas ele foi rápido e me prensou contra a porta, eu senti nojo de meu corpo estar encostando no seu, de um homem tão baixo. Ele segurou meu queixo, mas rapidamente mordi sua mão e ele a tirou dali, mas logo em um movimento rápido e agarrou meu pescoço e o começou a apertar.

—Que tal Anna descobrir que você, a irmã exemplo, a certinha, que protege a todos, beijou seu pior pesadelo?

O ar que eu tentava deixar em meus pulmões acabou saindo, eu fiquei asfixiada, sem ar, pontos pretos dançavam em minha visão, enquanto Aron apertava mais ainda meu pescoço.

—Aron...por...largue...— Tentei dizer, mas não conseguia suas mãos estavam fortes de mais, minhas mãos inutilmente tentaram tirar as suas dali, estava me desesperando, senti que iria desmair, estava fraca de mais para usar meus poderes. Quando pensei que não iria mais aguentar ele me largou, e eu fui de encontro ao chão duro.

Coloquei minhas mãos em volta de meu pescoço, tentando puxar o máximo de ar para dentro, respirava com dificuldade.

—Você...não pode...fazer...iss...— Tentava falar, mas minha garganta estava muito dolorida para que eu pudesse responder, lágrimas desceram de meu rosto por conta da dor.

Como ele soube do beijo? Hans nunca teria contado a ele. Agora eu estava em uma bela de uma enrascada. Se fosse só o povo de Arendelle estaria tudo bem, eu acharia uma solução, mas agora, também tinha Anna, eram muitas provas contra mim, eu não tinha por onde escapar.

—Deveria fechar a porta em momentos íntimos. —Disse brincando.

Não poderia ser. A porta ! Estava aberta o tempo todo, castiguei Hans por ter me beijado. Castiguei-me por ter me aproximado de Aron, castuguei-me por ser uma rainha tão ruim.

—Parecia que você estava gostando, pois nenhuma hora ouvi você falando não. Já havia um algo entre você?—perguntou aparentemente enciumado.

Mas eu falei não! Ele deve ter pego a parte em que ele me beijou, e eu fiquei lá atônica, sem fazer nada.Com muita dor ainda o respondi:

—Não.

—Melhor assim, agora meu amor.— Ele disse me puxando do chão e me envolvendo em seus braços. A repulsa que senti quando falou “amor” foi muito grande. Tentei socar seu peito, o empurrei, mas nada mudou, ele era forte de mais.

—Vamos nós casar!—Ele comemorou beijando o topo da minha cabeça e me erguendo do chão.

Estava a ponto de socar sua cara, ou quem sabe enfiar uma estaca de gelo em seu coração, isso seria muito ruim, sem falar que o mataria, eu não era assim, prometi nunca mais fazer mal a alguém usando meus poderes, eu deveria ter imaginado, um homem com tantas boas intenções não deveria ser perfeito.

—E você vai fazer tudo o que eu mandar, começando pelo jantar de hoje! Já mandei mamãe convidar todos os empregados, e as pessoas mais importantes de Arendelle. Vamos anunciar nosso noivado!—Disse Aron entusiasmado.

—O QUE? — Gritei, mais o grito saiu rouco, minha garganta queimava por conta do esforço. Eu já sabia a resposta.

Lágrimas começaram a cair de meu rosto, a tristeza invadiu meu peito, eu teria que me casar com Aron, não por amor. Mas sim por chantagem. Eu não casaria por que eu o amo, mas sim por que tenho medo. Soluços começaram a sair pela minha garganta, e minhas lágrimas não paravam de cair.

—Não fique assim não meu amor, sei que é muita felicidade, mas eu até já marquei o casamento! Será daqui um mês! Isso não é ótimo? —Ele me abraçou com mais força.

Coloquei minhas mãos em meu rosto para não ter que por em seu peito. Eu chorava descontroladadamente. Eu nunca mais poderia achar o amor da minha vida. Eu não me casaria com um homem que me amace. Eu casaria com Aron.

—Então você aceita minha proposta? Você se casa comigo, eu viro rei, e as pessoas não saberiam de sua fugidinha, e Anna não saberá da sua traição.

Em meio aos soluções e com um dor enorme no coração eu respondi:

—Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, plis