Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 23
Escapada no Duzentos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final do episódio Planet of the Dead. Aproveitem...



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Anteriormente

“Você acha que Carmen está certa? Sobre o buraco de minhoca estar ali de propósito?” Rose perguntou quando se juntou ao Doutor.

“Você é o homem das respostas. Não vou te perder de vista.” Christina comentou.

“Doutor, espera! O que é aquilo?” Rose perguntou apontando para o horizonte.

“É tempestade de areia? Deve estar a quilômetros de distância.”

“É uma tempestade, mas quem disse que é de areia?”

“Certo. Eu programei o scanner para registrar o que eu não detectei e, então, inverter a imagem.” Disse Malcolm.

“Você fez o quê?” O Doutor perguntou meio surpreso.

“‘Vocês irão pagar pelos seus crimes, etc...’” O Doutor ia traduzindo. “‘Vocês vieram aqui no 200 para nos destruir.’ Desculpe, o que é o 200?”

“É a sonda. Chegou na tempestade.”

“Eles estão indo para a Terra!” Percebeu Christina.

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“Oh, como eu pude ser tão estúpido? Estúpido! Estúpido! É claro! É porque Rose não está aqui! Ela sempre faz as perguntas certas.” O Doutor ficou inquieto.

“Calma, Doutor! Do quê está falando?”

“A pergunta! A pergunta certa é: Por que os Tritovores caíram? Nós caímos por causa do buraco de minhoca, mas e eles?” O Doutor se virou para os Tritovores. “Por que vocês caíram?”

Os Tritovores imediatamente os levaram até um enorme poço.

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No ônibus...

“Parece uma tempestade.” Falou Nathan. Todos podiam agora ouvir o barulho parecido com trovões e logo deduziram ser uma tempestade.

“Se chover pelo menos teremos água.” Comentou Angela.

“Sem água. Tudo virará pó.” Previu Carmen, com sua voz sem emoção.

“Isso não vai acontecer, Carmen! Vamos todos sair daqui antes disso.” Disse Rose, quase sem certeza na voz.

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“Olhe, um poço de gravidade! Temos os mecanismos. Então, o que aconteceu?” Perguntou o Doutor.

*barulho de mosca*

“Ele disse que o sistema de voo falhou. Caíram 16 km.” Traduziu o Doutor. “Mas por que isso?”

O alien-mosca fez um barulho e deu de ombros.

“Acho que significa ‘não tenho ideia’.” Adivinhou Christina.

“Isso mesmo.” O Doutor concordou. “Espere um pouco, ainda tem o núcleo de cristal lá em baixo, não?” *barulho de mosca* “E parece que resistiu à queda. Se o cristal estiver intacto... Oh, sim! Melhor que gasolina!”

“Podemos usar o cristal para mover o ônibus?” Indagou Christina.

“Acho que sim. Para mover a nave pode ser demais, mas o 200 é pequeno o suficiente.”

“Como um cristal poderia levantar um ônibus?”

“De uma maneira supercomplicada do espaço sideral... Deixa para lá, você não entende! Só confie em mim!”

O Doutor foi verificar um painel próximo ao poço e constatou que o tal cristal realmente estava lá no fundo. Mas tinham um problema: as plataformas de acesso estavam congeladas. Ele achou dois comunicadores que viriam a calhar e deu um para Christina.

“Ponha o comunicador e fique aqui, de olho nas plataformas. Se acontecer algo, me fale.” O Doutor ordenou.

O Doutor e os aliens-moscas correram para fora do recinto e foram para outra sala onde podiam reabrir as plataformas. Imediatamente, eles tentaram reconectar os cabos. Enquanto isso, Christina aproveitou a oportunidade e se aproximou do poço com sua mochila.

“Christina, se a plataforma se mexer, me informe.” A voz do Doutor ecoou pelo comunicador no ouvido.

“Nada.” Ela respondeu enquanto retirava um equipamento da mochila.

“E agora?”

“Ainda não.” Ela amarrou o cabelo.

“Mexeu agora?”

“Não.” Ela prendeu um guincho no teto acima do poço e vestiu um equipamento de escalada.

“Alguma mudança?”

“Nadica de nada.” Terminou de se preparar e pegou uma lanterna para si. “Deixa só eu entender: você precisa do cristal... Então considere feito.”

“Por quê? O que quer dizer? Christina?” Ele não teve resposta. “Christina!” O Doutor saiu correndo de volta ao poço.

“A aristocracia resiste por um motivo.” Ela disse e se virou para ver a chegada do Doutor. “Estamos prontos para qualquer coisa.” Ela abriu os braços e se deixou cair no poço.

“Nãão!” O Doutor gritou, mas já era tarde demais. Enquanto ela caía, o Doutor tentou parar o guincho que a descia com a chave de fenda sônica. Ele conseguiu. “Assim é melhor.”

“Eu decido quando parar, obrigada.” Christina protestou.

“Você ia atingir a rede de segurança. Olhe!”

Ela olhou para baixo. De fato, local estava interditado por uma rede de proteção. “Que ótimo. O que eu faço?”

“Aperte um grande botão vermelho.”

Ela apertou e a rede sumiu. “Muito bem!”

“Agora volte aqui. Eu faço isso.” O Doutor disse autoritário.

“Vai sonhando!”

“Devagar!”

“Sim, senhor!” Ela voltou a descer, só que devagar.

“Cheia de mistérios, não é? Senhora Christina de Souza. Levando um guincho na mochila.”

“Não mais estranha que você, Homem do Espaço.”

“Eu tive uma amiga uma vez que me chamava de Homem do Espaço...” Houve uma pausa e ele voltou a falar. “Rose estava certa. Aquelas sirenes eram para você e você estava fugindo delas.”

“Tenho meus motivos. À propósito, você viaja à bordo de um foguete?”

“Bem, uma pequena cabine azul. Viaja além do espaço. Pode viajar no tempo, Christina. Estive na 1ª Guerra Mundial, criação do Universo, fim do Universo...” Ele estava dizendo a ela, abriu a mochila e encontrou algo. “E... estive na corte do Rei Athelstan, em 924 a.C., mas não me lembro de tê-la visto por lá. Então, o que faz com isso?”

“Com licença. Nunca se deve mexer na bolsa de uma dama.”

“É o Cálice de Athelstan.” Ele começou a contar a história do cálice quando se tocou. “Oh, eu sei por que estava fugindo da polícia. Senhora Christina, você é uma ladra. E roubar isso é um estilo de vida pra você.”

“E você desaprova isso?”

“Absolutamente. Exceto, a pequena cabine azul. Eu a roubei do meu povo.”

“Bom garoto! Pelo jeito, somos uma bela equipe. Poderíamos formar uma dupla.”

“Não, não com você! Rose é minha dupla.”

“Sempre a Rose.” Christina rolou os olhos e levou um susto ao ouvir um barulho assustador. “Doutor, cheguei e estou vendo o cristal. Oh, não! Uma das criaturas está aqui.”

“Ficou presa nas ferragens. Foi ela que causou a queda. Christina, dê o fora.”

“Não está se mexendo, acho que está ferida.”

“Não! Só está adormecida porque está gelado aí em baixo, mas seu corpo está aumentando a temperatura.”

“É, eu costumo causar isso.” Ela se esticou e pegou todo o conjunto que mantinha o cristal. “Eu consegui.” Ela gritou.

O Doutor usou a chave de fenda sônica para reativar o guincho e puxá-la de volta para cima. Por pouco ela foi atingida pela criatura que despertou. A criatura se voltou para o poço e começou a subir seguindo Christina que, no meio caminho, apertou o grande botão vermelho religando a rede de segurança. Isso impediu o avanço da criatura e o Doutor comemorou a esperteza dela. Ele a ajudou a sair do poço e saíram correndo até a sala principal da nave alienígena.

“Comandante, missão completa! Vamos para o ônibus, todos nós!” O Doutor falou para os Tritovores.

*barulho de mosca*

“Oh, não seja tolo! Um capitão pode abandonar o navio se tiver um ônibus esperando.” O Doutor insistiu.

A nave começou a chacoalhar mais forte. Logo deduziram que havia mais criaturas ao redor. O Doutor insistiu ainda mais até eles aceitarem. Porém, para a infelicidade dos Tritovores, uma criatura surgiu de um dos lados os devorou rapidamente.

“Corra!” O Doutor gritou para Christina, agora os últimos restantes.

Eles correram até a saída e correram pelo deserto. Foram correndo muito rápido e logo avistaram o ônibus.

“Até que enfim! Onde estavam?” Perguntou Nathan, o primeiro a avistá-los.

“Entre e fiquem sentados!” O Doutor gritou de volta. Ao chegarem em frente à porta do ônibus, o Doutor mexeu no material retirado do poço e arrancou o cristal dele.

“Para que serve o cristal?” Questionou Christina.

“Oh, nada! Não precisamos do cristal!” Ele respondeu e o jogou para trás.

“Eu arrisquei minha vida por isso!” Christina protestou.

“Não, não! Você arriscou sua vida por isso: as garras!” Ele mostrou as garras.

Rose apareceu na hora, um pouco preocupada. “Oh, graças a Deus, você apareceu! O que é isso?”

“A nossa volta para casa! Venha ver!” Ele a respondeu e a puxou pela mão (que ele sentiu falta de segurar) e a levou para um dos lados do ônibus.

“Doutor, conte-me, onde você esteve?” Rose ainda queria saber.

“Eu estava caminhando no deserto quando uns alienígenas nos sequestraram, eu e Christina.” Ele viu que ela ia fazer perguntas e então continuou. “Mas eles eram amigos, os Tritovores. Veja, eles tinham essas garras aqui que vão ajudar a levantar o ônibus.” Ele ia contando rapidamente enquanto acoplava uma das cinco garras em cada roda do ônibus.

“E essas garras consertam os pneus?”

“Algo parecido com isso.” O Doutor respondeu e foi ocupar o assento do motorista. “CHRISTINA! Você tem um martelo?” Ele gritou.

“Na verdade, eu tenho.” Ela vasculhou a mochila e lhe entregou o martelo.

“Rose, telefone! Ligue para Malcolm.” Com a ordem do Doutor, ela rapidamente pegou seu telefone e rediscou o número. Pôs o celular no ouvido dele para que ele tivesse comunicação enquanto ele encaixava a quinta garra no volante. “Malcolm, sou eu!”

“Eu estou pronto!” Malcolm respondeu.

“Pronto para quê?”

“Eu não sei! Diga-me você!”

“Vou tentar voltar, mas tem algo nos seguindo. Precisa achar um jeito de fechar o buraco de minhoca.”

“Será que uma carga comprimida como resposta para uma contraoscilação poderia funcionar?” Malcolm perguntou.

“Oh, Malcolm! Você é brilhante!”

“Vindo de você, senhor, significa muito! Doutor, o que está te seguindo? A Capitã quer saber a natureza exata...”

“Desculpe, eu tenho que ir!” E Rose desligou o telefone.

O Doutor terminou de juntar a garra ao volante, mas algo deu errado. “Ah, não é compatível! Ônibus, nave, nave, ônibus! Preciso integrar os dois sistemas.”

“E como fará isso?” Perguntou Christina que ainda estava do outro lado do Doutor.

“Preciso de algo não-corrosivo, maleável, condutor, algo... ouro!” Ele se virou para Christina quando disse a última palavra.

“Oh, nem pense nisso.” Ela recusou.

“Christina, de que vale aquilo agora?”

Nesse momento, ouvindo a conversa, Barclay apareceu segurando seu relógio pronto para entregá-lo. “E quanto a isso? Meu relógio?”

“Eu disse ouro!”

“Mas é ouro!” Vendo que o Doutor fez uma cara de dúvida, ele tentou outra ideia. “E quanto às alianças de casamento? Carmen e Lou poderiam entregar a deles e eu tenho certeza que é ouro, juntamente com a sua e de...”

“Barclay, eu não vou retirar a aliança de ninguém! Christina tem o que a gente precisa!” O Doutor a encarou de novo.

“O que seria isso?” Rose questionou.

Barclay voltou ao seu lugar, pelo menos ele havia tentado, e Christina finalmente retirou o cálice da mochila.

“Tem mais de 1.000 anos, valor de 18 milhões de Libras. Prometa ter cuidado!”

“Eu prometo!” Ele o tomou nas mãos tendo o maior cuidado e apoiou próximo ao volante.

“Uma pergunta: como ela conseguiu isso?” Rose indagou.

“Sabe as sirenes que você ouviu em Londres?” Vendo que Rose acenou que sim, ele continuou. “Pois é, eles estavam procurando por isso.”

“Uma ladra! Eu sabia!”

“Pelo menos o cálice vai salvar nossas vidas, querida! Doutor, por favor, tenha cuidado como cálic...” Ela se interrompeu quando o Doutor começou a martelar o cálice na sua frente. “Eu te odeio!”

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Em Londres...

“Pronto! É só transmitir isso e a passagem se fechará.” Malcolm disse em triunfo.

“Então, faça isso!” A Capitã estava de prontidão.

“Claro, assim que o Doutor passar!”

“Desculpe-me, mas acredite em mim. Aquele buraco de minhoca é uma grande ameaça e eu tenho um dever com cada homem, mulher e criança deste planeta. Devemos fechá-lo imediatamente.” Ela o viu protestar e acrescentou. “Isto é uma ordem.”

“Não, não, não. Não podemos abandoná-los! Ele é o Doutor! E Rose! Você a conhece! Quantas vezes eles já salvaram nossas vidas? Eu não permitirei, senhora. Não permitirei!”

Inesperadamente, a capitã sacou uma arma e apontou para Malcolm, fazendo-o estremecer de medo.

“Agora, soldado.”

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“Atenção, passageiros. Aqui é o seu motorista. Segurem-se firmes!” O Doutor anunciou para todos.

“Por quê? O que ele vai fazer?” Barclay perguntou curioso.

“Faça o que ele diz!” Christina ordenou. “O que está fazendo?”

“Vamos lá, isso! Você consegue, belezinha...” Ele tentava ligar o ônibus.

Rose rolou os olhos por causa da mania dele de chamar máquinas por nomes carinhosos e então sentiu o ônibus se levantar. Ela imediatamente começou a sorrir.

“Garras de antigravidade, eu não falei? Bem, aqui vamos nós!” Ele virou o volante para dar a volta.

Christina foi para o corredor do ônibus para ver o pessoal. Eles estavam impressionados pelo ônibus estar voando. Christina se viu sorrindo.

“Doutor, eles estão vindos!” Carmen avisou.

Pelo espelho retrovisor, o casal pôde ver o enxame se aproximando. “O que são essas coisas?” Rose não sabia e perguntou.

“Eu não sei. É um enxame enorme e eles devoram tudo! Próxima parada...”

“Planeta Terra!” Rose completou a frase. O Doutor guiou o ônibus pelo buraco de minhoca e o atravessou. Como previsto, o ônibus foi capaz de atravessar tranquilamente sem machucar as pessoas e logo estavam em Londres. A felicidade e o alívio tomaram de conta de todos os passageiros e Christina nunca esteve tão feliz de poder voltar à Londres.

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“Capitã! O ônibus voltou, senhora, e está voando!” Um soldado avisou à Capitã imediatamente. Ela recolheu a arma e saiu do trailer para ver com seus próprios olhos. Ela quase não acreditou no que viu, mas foi interrompida quando duas criaturas saíram do buraco de minhoca por onde o Doutor havia saído.

“Código Vermelho! Abrir fogo!” A Capitã ordenou.

Dentro de trailer, o cientista Malcolm recebia uma ligação do Doutor.

“Malcolm, feche a passagem agora! Faça um loop no integrador e mantenha o sinal mapeado.”

“Qual a quantidade, senhor?”

“500 Bernards! Agora!” O Doutor gritou desesperado, mas, em seguida, sentiu um alívio quando ouviu Malcolm comemorar que deu certo.

Enfim, o buraco de minhoca foi fechado com sucesso e UNIT combatia com as criaturas que conseguiram passar pelo portal. Uma dessas criaturas estava perseguindo o ônibus durante o voo.

“Doutor, está vindo em nossa direção.” Gritou Nathan tentando se segurar.

“Ah, mas não vão conseguir nos pegar.” Com habilidade, ele girou o volante e acertou a criatura com a traseira do ônibus, lançando-a para longe. Os passageiros comemoraram a vitória quando UNIT destruiu a última das criaturas que passaram pelo portal.

Christina olhou para os lados e sentiu-se em casa novamente. Estava a salvo e queria agradecer ao Doutor da melhor maneira possível. Seus pensamentos foram interrompidos com o som das palmas vindas dos passageiros. Lou apontava para frente na direção do motorista (o Doutor, no caso) para que os outros vissem a cena. Christina se virou curiosa e encarou o Doutor beijando Rose. Todos sabiam que havia romance entre os dois. Christina não estava surpresa, mas queria estar no lugar de Rose naquele momento, pois sentia algo pelo Doutor apesar de não ser correspondida.

No banco do motorista, o Doutor se inclinou para capturar os lábios de Rose, que ficou feliz e satisfeita por estarem todos vivos, com exceção do motorista original do 200 que havia morrido naquele planeta.

Através do espelho retrovisor da frente, o Doutor avisou aos passageiros sua chegada à Londres. “Senhoras e senhores, chegamos ao nosso destino final. Sejam bem-vindos a bordo do poderoso 200.”

Aos poucos, o ônibus foi pousando na estrada e ali esperavam a Capitã da UNIT e o Dr. Malcolm. O Doutor abriu a porta do transporte, pegou seu casaco e saiu triunfante seguido por Rose. Eles se desviaram dos soldados e foram ao encontro da Capitã, ignorando o procedimento padrão. Christina furtivamente tentou acompanhar o Doutor, mas foi impedida por um soldado da UNIT e logo se sentiu ignorada pelo casal.

Um homem de óculos reconheceu o Doutor e mostrou sua felicidade. “Doutor!”

“Você deve ser Malcolm!” Adivinhou o Doutor.

“Oh, oh, eu amo você!” Malcolm foi logo abraçando o alien pelo qual ele tinha grande admiração. “Eu amo você! Eu amo você!”

Vendo que o Doutor ficou sem jeito, Rose falou com Malcolm. “Woh, vai com calma, amigo! Ele ainda é meu!”

“Sim, Senhora! Sim, fico lisonjeado por me chamar de amigo. Prazer em conhecê-la.” Ele também abraçou Rose.

“Volte para sua estação, Dr. Taylor!” Ordenou a capitã. Malcolm apenas acenou e se retirou. No meio do caminho, ele não pôde evitar de dizer um último ‘Eu amo você’ pro Doutor, que acenou de volta. “Eu te saúdo, Doutor, mesmo que não goste.” A capitã saudou o Doutor que virou o rosto para não ver. “Estamos seguros contra aquelas coisas?”

“Eles irão fazer de novo. Criar uma nova passagem. Não é culpa deles, é o ciclo da vida. Mas, vou ver se posso desviar as passagens para planetas inabitados.” O Doutor explicou.

“Então, teremos muito trabalho para fazer.” Falou Rose olhando pro Doutor e depois se virou para encarar a capitã. “Cá entre nós, capitã, aqueles dois rapazes ali...” Ela apontou para Barclay e Nathan atrás dela. “Eles são muito bons em crises. Nathan precisa de emprego e Barclay é bom com mecânica. Poderia usá-los.”

“Rose tem razão. Eu os vi trabalhar enquanto estávamos naquele planeta. Recrutas Nathan e Barclay, joias da UNIT.” Completou o Doutor apoiando a ideia de Rose.

“Verei o que posso fazer. E tenho algo para vocês também!” A capitã apontou para algo coberto por uma manta. Um soldado revelou o conteúdo mostrando a cabine de polícia azul que alegrou o Doutor imediatamente.

“Ahh, melhor do que um ônibus, sempre! Olá!”

“Foi achado nos jardins do Palácio de Buckingham.” Disse a capitã.

“Caramba, como eu me esqueci que estava lá?” Disse Rose lançando um sorriso.

“Bem, agora tenho três aliens mortos para explicar. E não acho que queira ajudar com a papelada?”

“Nem um pouco!” Respondeu o Doutor sem tirar os olhos da TARDIS.

“Será que nos encontraremos de novo, Doutor e Rose?”

“Eu espero!” O Doutor apertou a mão da capitã para se despedir.

“Obrigada mais uma vez, capitã!” Rose agradeceu.

“Fico feliz que conseguiu o que queria. Aliás, Doutor, eu devo incluir que Rose é sua esposa nos arquivos?”

“Você sabe, capitã, que deve ser discreta.” Ele respondeu.

“Vou aceitar isso como um sim.” Ela disse por fim e se retirou.

Do outro lado, os passageiros estavam sendo analisados por aparelhos para a segurança deles. Christina já perdia a paciência. “Pra mim já chega disso!” Ela reclamou e saiu em direção ao Doutor.

Ela chegou sorridente. “Uma cabine azul, bem como você disse! Então pronto, vamos lá!” O Doutor apenas a encarou. “Vamos, lá Doutor! Mostre-me as estrelas.”

“Não!” Ele respondeu.

“O quê?”

“Eu disse não.”

“Mas eu salvei sua vida.” Christina retrucou zangada.

“E?” Ele respondia indiferente.

“Estamos cercados pela polícia. Vou ser presa!”

“Sim.”

“Mas você estava certo. Não é pelo dinheiro. Eu só roubo as coisas pela aventura... e hoje, com você... eu quero mais dias desses.” Ela olhou para Rose que estava ao lado do Doutor. “Por favor, permita-me que eu viaje com vocês. Eu quero que todos os dias sejam assim.”

“Não sou eu quem decide, Christina. E meu marido tomou uma decisão.” Rose firmemente falou.

“Por que não?” Christina perguntou ao Doutor.

“Pessoas viajaram comigo e eu as perdi. Quase todas elas.” Ele fez uma pausa e colocou o braço esquerdo em volta de Rose. “Rose foi a única que me restou, que voltou pra mim. Como eu disse antes, eu já tenho uma dupla.”

Nesse momento, o Inspetor MacMillan chegou por trás do Doutor e apartou a conversa. “Senhora Christina de Souza. Oh, como esperei para falar isso.” Um policial chegou para algemá-la. “Você está presa sob a acusação de roubo. Tudo o que você falar poderá ser usado contra você, etc., etc. Denninson, leve-a.”

Os policiais a levaram deixando o Doutor e Rose sozinhos, mas não por muito tempo. Lou e Carmen pararam para falar com eles. “Doutor e Rose, tomem cuidado.” Disse Carmen.

“Vocês também!” Rose retribuiu o carinho.

“Costeletas ao molho, ótimo!” O Doutor disse simpaticamente.

“Não, mas você tenha cuidado. Porque sua canção está terminando, senhor.” Carmen disse séria.

“O que quer dizer?”

“Está voltando. Está voltando através das trevas. E então, Doutor... terão quatro batidas.” O Doutor congelou com as palavras dela.

“Vamos, Carmen. Você está os assustando.” Lou fez um gesto de desculpas e se retirou com Carmen.

Rose observou a face sem expressão do Doutor. Ele estava assustado, ela percebeu. “O que quer dizer que sua canção está terminando? E quem está voltando?”

“Eu não... Eu não sei! Vamos pra TARDIS.”

Rose deu um passo para entrar na TARDIS, mas ela notou que o Doutor deu uma última olhada na direção em que Christina era levada. Rose tomou uma decisão. “Ok, use! Eu sei que você quer libertá-la, afinal, ela salvou nossas vidas. Use a chave de fenda sônica.”

“Rose, você é brilhante!” Ele fez exatamente o que ela falou. Apontou a chave de fenda sônica e soltou as algemas de Christina. Foi o mínimo que poderia fazer.

Christina percebeu e não perdeu a oportunidade. Ela correu o mais rápido que podia. Ouvia-se o protesto dos policiais mandando-a parar. Ela subiu no 200 e trancou a porta. Os policiais continuavam gritando.

“Eu manteria distância se fosse você.” O Doutor apareceu do lado.

“Você vai responder também, senhor! Ajuda a uma fugitiva.” O Inspetor ameaçou.

“Ah, sim, vou entrar naquela cabine de polícia e ficar preso ali.” Ele apontou pra TARDIS. “E acho que não vão se importar se minha esposa for também. Você sabe, eu preciso de companhia.” Ele se virou e fez seu caminho. Uma Rose sorridente o aguardava.

“Saia agora!” O Inspetor MacMillan estava completamente irritado.

Christina apenas acenou e deu a partida no ônibus. Levantando voo, ela foi embora sumindo na escuridão da noite.

“Veja só, Doutor! Sua invenção está sendo muito útil.” Brincou Rose. Ele sorriu em resposta. “E acho que você tem uma historinha pra contar. Sobre o que você fez no deserto.”

“Não era só um deserto, era San Helios, esse é o nome do planeta.” Ele trancou a TARDIS e foi para o console.

“Obrigada... por mais cedo. Pelos chocolates.”

“Não tem de quê.”

“Doutor, eu estava pensando...” Ela fez uma pausa e continuou ao perceber que o Doutor estava esperando que ela continuasse a falar. “Bem, eu estava pensando se você poderia me ensinar a pilotar a TARDIS.”

“Rose, isso é...”

“Eu sei que pode ser difícil no começo e que você precisa ter muita paciência comigo, mas eu quero tentar.”

“Bem, eu só ia dizer que isso é maravilhoso! Brilhante!” Ele esbanjou um sorriso e a abraçou. “Amanhã cedo nós começaremos sua primeira lição.”

“E hoje não?”

“Hoje não!”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem o que acharam!
XOXOXO