Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 24
No Planeta Vermelho


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Vou postar esse capítulo como presente de Natal para provar que NÃO vou pular The Waters of Mars! hahaha Esse capítulo é muito bom e sei reescrevê-lo. #Sambando na cara de RTD.



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“UOU! Rose, você deve manter essa alavanca abaixada!”

“Estou tentando!” Rose tentou se equilibrar quando a TARDIS chacoalhou. “Isso não foi culpa minha, foi?”

“Eu não sei! Está desestabilizada! Deve ser a atmosfera lá fora! Segure-se, vamos pousar!”

Woooorp woooorp...

A TARDIS pousa em uma superfície firme.

“Chegamos! E todos vivos!”

“Doutor, onde estamos?”

“Você estava pilotando a TARDIS – ou quase isso – e não sabe?”

“Foi você quem pôs as coordenadas do lugar. Não tente me enganar.” Rose brincou.

“Ok, deixe-me te apresentar o lugar. Mas primeiro, precisamos vestir roupas especiais para a ocasião. Ou deveria dizer roupas espaciais?” Ele sorriu e levou Rose ao guarda-roupa.

Depois de meia hora, eles estavam preparados para sair.

“Apresento-lhe o Planeta Vermelho!” O Doutor exclamou quando saíram da nave.

“Oh, não acredito! Estamos em Marte!” Rose se acostumou bem com a roupa espacial alaranjada (e estranhamente familiar) e quis logo vagar por aí, explorando o planeta.

“Oh, não vagueie fora! É a primeira regra!” O Doutor exclamou.

Eles caminharam pelo planeta por alguns metros. Subiram em um pequeno monte e o Doutor apontou para frente, em uma superfície mais abaixo.

“Veja aquilo, Rose! Não é bonito?”

“É uma base espacial? Sério?”

“Virem-se. Devagar.” Uma voz robótica ordenou, mas o Doutor instintivamente levantou suas mãos porque sentiu algo tocando suas costas. Os dois se viraram e a voz continuou. “Vocês estão presos por invasão.” O dono da voz era um robozinho usado para andar em Marte.

O Doutor e Rose se renderam não por medo do pequeno robô, mas por curiosidade de chegar até à base espacial.

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“Digam os seus nomes, patentes e intenção.” Uma mulher loira perguntou a eles e o Doutor e Rose, sem as roupas espaciais, foram obrigados a respondê-la. Não tinham muita escolha, visto que ela tinha uma arma e podia usá-la.

“O Doutor... Doutor... Diversão!”

“Rose... Esposa do Doutor... Diversão!”

Um rapaz apareceu de repente correndo no andar de cima. Ele parecia não acreditar. “Mas como?!? É um homem... e uma mulher! Duas pessoas em Marte! Como?”

“Eles estavam usando estas coisas!” Uma jovem loira respondeu mostrando as roupas espaciais previamente utilizadas pelo casal. “Nunca vi nada igual.”

“O que o Controle disse?” O Doutor perguntou.

“A tempestade solar os tirou de alcance por 10 horas.” A jovem loira respondeu.

“Nada de papo-furado.” A mulher loira com a arma falou séria.

“É o segundo item da lista. O primeiro é ter uma arma apontada para nossas cabeças, especificamente a minha. O que põe minha cabeça em segundo e a arma em terceiro. Arma, cabeça, papo-furado. Odeio listas.” O Doutor divagava e Rose lançou um sorrisinho simpático pra mulher com a arma. “Mas você pode machucar alguém. Abaixe esta coisa.” Ele finalizou.

“E gostaria disso?”

“Eu claramente gostaria que não!” Rose respondeu indignada.

“Por que eu confiaria em vocês?” A mulher loira perguntou ainda apontando a arma.

“Eu dou a minha palavra... E estando a 65 milhões de quilômetros de casa, a nossa palavra é tudo o que você tem.” O Doutor respondeu calmamente.

A mulher encarou-o por longos segundos até dar uma ordem. “Mantenha o robô de olho neles.” Ela abaixou a arma.

O Doutor e Rose sentiram alívio e se viraram para ver o robô. O rapaz que controlava o robô fez uma pequena demonstração de como controla o robô.

“Não podem ser do Voo Mundial, pois nós saberíamos. Então devem ser um dos independentes, não?” Um homem de meia idade tentava adivinhar de onde o casal teria vindo.

“Certo, ok, vocês nos pegaram! Eu sou o Doutor, quem são vocês?” O Doutor falou já impaciente.

“Ah, vamos. Somos os primeiros colonos espaciais da História. Todos no planeta Terra sabem quem nós somos.” A mulher loira que disse ser a capitã respondeu com desdém para a pergunta do Doutor.

“Como assim são os primeiros?” Rose perguntou em desentendimento.

“Vocês são os primeiros? Os primeiros humanos em Marte?” Ele olhou para todos os seis colonos ao redor. “Então essa é... a Base Bowie 1.” O Doutor adivinhou. “A base número um? Fundada em 1º de julho de 2058? Estabeleceram a Base Bowie 1 na Cratera Gusev… Há quanto tempo estão aqui?”

“17 meses.” A capitã respondeu.

“Então é 2059.” O Doutor fez uma cara pensativa. Rose começou a achar sua expressão um pouco estranha, mas então ele gritou. “Ahh, minha cabeça é tão estúpida! Você é a Capitã Adelaide Brooke! E Ed, você é o oficial Edward Gold!” O Doutor foi nomeando cada um dos colonos enquanto apontava para eles. “Tarak Ital, médico! Yuri Kerenski, enfermeiro! Steffi Ehrlich, técnica sênior! Roman Groom, técnico Junior! Mia Bennett, geóloga!”

“Como eu disse, Doutor, todos sabem nossos nomes.” A Capitã disse.

“Eles nunca esquecerão.” Ele olhou ao redor de novo. “Que dia é hoje? Qual é a data exata?”

“Dia 21 de novembro de 2059.”

“Certo!”

Por fora, Rose sabia que o Doutor estava bem, mas algo o incomodava. Ele não estava agindo normalmente, sempre excitado e feliz por estar em um evento histórico. “Doutor, tem algo errado?” Ela teve que perguntar.

O Doutor rapidamente puxou Rose pelo braço para se afastarem deles. “Nós deveríamos ir.” O Doutor anunciou para todos. “Nós realmente temos que ir. E sinto muito. Sinto do fundo do meu coração.” Ele se virou para Rose e viu que ela estava ficando preocupada.

“Doutor, o que está havendo?”

“Rose, não sei o que vai acontecer, mas este é um daqueles momentos que não tenho escolhas.” Ele disse um pouco triste. Em seguida, ele voltou para os outros e fez questão de cumprimentá-los e agradecê-los. Então, o Doutor se lembrou de que havia mais dois e nomeou-os de Margaret Cain e Andrew Stone.

O homem chamado Ed foi até um computador e chamou por Maggie. “Maggie, se quiser encontrar dois únicos seres humanos que você verá nos próximos 5 anos é melhor vir aqui e dar uma olhada.”

Todos aguardavam a resposta de Maggie, mas o que apenas ouviram foi um ruído muito estranho que saiu pelo alto-falante.

“O que foi isso?” A geóloga Mia perguntou.

Enquanto a equipe tentava descobrir o que houve com Maggie e Andrew, o Doutor e Rose permaneceram afastados conversando baixo.

“Doutor, você tá muito estranho.”

“Rose, você se lembra do que é um ponto fixo?”

“Sim... Lembro-me de quando tentei salvar meu pai. Não foi uma experiência muito boa para nós dois.” Rose sorriu com as lembranças, mas voltou a ficar séria quando viu que o Doutor estava bem sério. “Oh! Eles vão morrer aqui...”

“Precisamos sair.” O Doutor já havia tomado a decisão.

“Doutor!” A voz da Capitã o interrompeu. “Aconteceu alguma coisa no biodomo*. Eu estou indo para lá e você vem comigo.”

“Sinto muito, eu... Eu gostaria muito de ajudar, mas estamos de partida agora mesmo. Como se nunca estivéssemos aqui.”

A Capitã ordenou que trancassem as roupas espaciais dos dois. “Doutor, isso começou assim que vocês chegaram, então não vão a lugar algum.”

“Você não pode nos obrigar a ficar aqui!” Rose retrucou.

“Posso e vou, porque essa base está sob meu comando. O Doutor vem comigo e você fica aqui!”

Sem as roupas espaciais, o Doutor e Rose foram obrigados a permanecerem na base contra suas vontades. Rose sabia sobre pontos fixos. E se aquele era um ponto fixo, então ela não queria estar lá para saber o que ia acontecer. Ela ficou com o coração na mão quando o Doutor teve que ir investigar involuntariamente.

Minutos depois, a Capitã e o Doutor andavam por um extenso corredor em direção ao lugar onde devia estar Maggie, acompanhados de Tarak Ital e o robozinho.

“Li tudo sobre você, Capitã Adelaide. Mas tem uma coisa que nunca disseram: Valeu a pena? A missão?” O Doutor perguntou casualmente.

“Tivemos resultados excelentes da análise do solo.”

“Não, como um todo. Porque eles dizem que você sacrificou tudo. Que devotou toda a sua vida para chegar até aqui.”

“Era um caos lá em casa. Por 40 longos anos. O clima, o ozônio, o apocalipse do petróleo... Quase alcançamos a extinção. Então para voar sobre tudo isso, para pisar num mundo sem fumaça, onde a única linha reta é a luz do Sol. Sim, valeu a pena.”

O Doutor se alegrou. “Essa é a Adelaide Brooke que sempre quis encontrar.”

“O que é aquilo?” Adelaide notou algo mais adiante e correu para verificar. Era Maggie deitada no chão. O médico Tarak examinou-a rapidamente e solicitou um kit médico para Yuri através de um comunicador.

O enfermeiro Yuri e o oficial Edward chegaram bem rápido ao local.

“Não toquem nela! Usem luvas!” O Doutor advertiu.

“Façam o que ele diz! Leve-a para enfermaria. Coloque-a em quarentena.” Avisou o médico.

“Vamos para o biodomo. Tarak, fique comigo. Yuri pode cuidar dela. Ed, volte. E robô, fique aqui de guarda.” Falou a Capitã.

“Oficial Ed, Rose está bem por lá?” O Doutor perguntou ao Edward. É claro que ele saberia se algo tivesse acontecido com ela. Ele sentiria através da ligação deles, mas não custava perguntar.

“Sim, ela está.”

“Ed, volte ao seu posto. Doutor, você continua comigo.” Ordenou a Capitã pela última vez.

“Capitã, aquele som que ouvimos no biodomo...” Steffi, a técnica, começou a falar pelo comunicador. “Fiz algumas análises e, de acordo com o computador, é o Andy. Está registrado como impressão vocal de Andy Stone.”

“Compreendido.” Respondeu a Capitã.

Tarak abriu a porta que dava para o biodomo. Os três passaram e chamaram por Andrew que não respondeu. Estava escuro e o Doutor usou sua chave de fenda sônica para ligar as luzes.

“O que é esse aparelho?” A Capitã perguntou-lhe.

“Chave de fenda.” Ele respondeu mostrando a chave de fenda sônica.

“Você é um doutor ou um mecânico?”

“Sei lá! Esse sou eu... o mecânico do Universo!”

A Capitã foi investigar um pouco mais adiante enquanto o Doutor admirava uma flor ao lado. Logo, ele foi chamado de volta ao lado da capitã.

O enfermeiro Yuri informou pelo comunicador que Maggie havia acordado, mas que ela não se lembra do que aconteceu.

Tarak procurou por Andy, ainda desaparecido, em outro corredor do biodomo. “Andy, Andy! Onde você está?” Ele procurou pelos caminhos em que passava. Parou quando viu uma figura no meio de um dos corredores de plantas. “Aí está você, Andy!” A figura permaneceu parada de costas. “Você está bem? Andy...” Então Tarak percebeu algo estranho e decidiu se aproximar. Com a lanterna em mãos, ele pôde ver que Andy estava encharcado e água não parava de pingar de suas mãos, como uma cascata. “Andrew, olhe para mim.”

Andrew se virou, mas não era Andrew de verdade. Era uma criatura no corpo de Andrew, cujos olhos eram brancos e sua boca continha fissuras na qual saía água, muita água. Ele fez o mesmo som ouvido anteriormente e atacou Tarak.

Perto dali, o Doutor e a Capitã ainda procuravam sinais de Andy. Através do comunicador, a voz de Yuri falava com urgência. “Aqui é da enfermaria. Temos um problema. A condição de Maggie é... eu não sei! Eu não sei o que é! É água! Está saindo dela!”

“Yuri, se acalme! Conte o que aconteceu.” A Capitã o respondeu.

“Tem água saindo da boca dela! Como se... como se estivesse se afogando!”

“Ok, fique calmo! Tarak, esta área não é segura, vamos voltar. Tarak?” Silêncio. “TARAK?” Ela gritou. Como não houve resposta de Tarak, a capitã e o Doutor começaram a correr.

“Yuri, mantenha-a presa. Trave as portas no máximo! Estou indo.” Oficial Ed ordenou ao Yuri e foi em seguida ajudá-lo. Rose sentiu a tensão na voz dele e percebeu que todos estavam sendo alertados.

Continua...

*Biodomo: Sistema ecológico fechado.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal! Até o próximo capítulo...



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