Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 18
Saúdem o Cyber-Rei


Notas iniciais do capítulo

Hey, people! Mais um capítulo com a continuação... mas, calma! Não é o último!
Citações de The Next Doctor...



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Anteriormente

“Ora, vejam! Jackson Lake tinha um selo de informação!” Anunciou o Doutor.

“J. L.! É o relógio de Jackson Lake.”

“Eu me lembro...” Jackson disse para os companheiros, mas seu olhar estava longe como se estivesse olhando dentro de sua mente. De fato, suas lembranças estavam voltando. “Oh, meu Deus! Caroline! Eles mataram minha esposa! Eles a mataram!”

“Doutor, essa coisa está fazendo um barulho esquisito. O que é?” Rose quis saber.

“Ativação! O chamado para a guerra! Os Cybermen estão se movendo!” Ele respondeu quase gritando e saiu correndo rapidamente.

“Ok, ok! Hããn, vamos por aquele caminho.” Ele apontou em uma direção e começou a correr, mas parou imediatamente. “Oie! Espionar assim é trapaça!” O Doutor exclamou.

Uma mulher de vestido vermelho apareceu e se posicionou entre os dois Cybermen. “Ora, ora, ora! O que temos aqui?” A dama em vermelho perguntou com um sorriso nada agradável.

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“Venha devagar! Não deixe que a toquem!” O Doutor aconselhou a dama. Rose se perguntou se ele não viu o cinismo no sorriso dela.

“Mas eles não me machucariam, meus belos garotos. Eles são meus cavaleiros de armadura brilhante! Literalmente!” Ela disse calmamente.

“Mesmo se a converteram, não é o padrão de fala deles! Ainda tem vontade própria, venha pra cá! Eu posso de ajudar!” Ele tentou de novo.

“Não houve conversão, senhor! Ninguém nunca pode alterar a minha mente. Os Cybermen me ofereceram a única coisa que eu queria: liberação!”

“Duvido que precisem convertê-la! Quem é você? O que vão fazer com as crianças?” Rose exigiu saber.

“Sou eu que faço as perguntas aqui! Quem são vocês?”

“Eu sou o Doutor e esta é Rose Tyler!” Ele respondeu e Rose deu um aceno sarcástico.

“E eu sou Rosita!” A outra mulher acrescentou. “Se alguém estiver interessado.”

“Fique quieta você! Duvido que eles te paguem para falar.” A mulher de vermelho disse rudemente. Rosita empalideceu e desviou o olhar, se sentindo ofendida.

“Ei, ninguém te deu o direito de falar assim com ela!” Rose defendeu Rosita.

A mulher de vermelho apenas a ignorou e focou sua atenção no homem de terno. “Quem é você exatamente, que sabe tanto sobre os meus companheiros?”

“Eu te disse, eu sou o Doutor!”

“Incorreto. Não corresponde à imagem que temos do Doutor.”

“É, é porque os seus arquivos estão corrompidos! Deve ter acontecido no Vazio! Mas olha, olha! O selo de informação do Doutor!” O Doutor tirou o selo do bolso da calça e jogou pro Cyberman com quem estava falando. “Pode experimentar! Vamos, ligue!”

“O núcleo foi danificado. Este selo de informação pode danificar as cyber-unidades.”

O Doutor olhou pra Rose e deu um sorriso descontraído. “Bem, valeu a tentativa.”

“Núcleo reparado. Baixando... Download completo. Você é o Doutor. Você será deletado.”

“Não, não! Deixe-me morrer feliz! Diga-me uma coisa: para que precisam das crianças?”

“Para que servem as crianças? Elas são força de trabalho.” A mulher de vermelho respondeu.

“Mas para o quê?” O Doutor queria saber.

“Muito em breve, todo o Império verá. E eles se curvarão em adoração.” Ela respondeu calmamente.

“E tudo foi planejado para o dia de Natal. Então esta foi sua ideia, Srta...?”

“Hartigan, sim! É o dia perfeito para um nascimento, com uma nova mensagem para as pessoas. Só que dessa vez, não serão as palavras de um homem. Agora... obrigada, fico feliz por ter participado de sua última conversa. Deletem eles!” Hartigan ordenou.

“Deletar! Deletar!” Os dois Cybermen foram avançando. O Doutor esticou o braço de forma protetora para Rose e Rosita, mantendo-as logo atrás. Uma onda de energia surgiu de trás dos Cybermen atingindo-os. Ambos caíram no chão.

“Ao seu dispor, Doutor!” Jackson Lake apareceu de repente equipado com vários selos. “Sra. Smith, Rosita, vocês estão bem?” Ambas sorriram para ele.

Srta Hartigan cambaleou com a surpresa do ataque. “Sombra!” Ela gritou. “Sombra!”

O Doutor agarrou a mão de Rose. “Corram, vamos lá!” Ele gritou.

“Uma última coisa.” Rosita deu a volta e lançou um soco no rosto pálido de Srta Hartigan.

O Doutor olhou surpreso. “Posso dizer que desaprovei completamente! Vamos!” Os quatro correram para longe.

“A fortaleza no rio! Preciso entrar!” O Doutor falou quando se esconderam atrás de um muro.

“Estou à sua frente!” Jackson começou a falar. “Minha esposa e eu viemos para trabalhar na universidade. E, apesar de minha memória não estar intacta, isso estava na bagagem. Um certificado de compra.” Jackson retirou um papel com uma fita vermelha em volta. “Rua Latimer, número 15. E se eu descobri os Cybermen lá no porão, então...”

“Deve ser uma entrada! Brilhante!” O Doutor completou o raciocínio.

“Ainda tem mais! Eu me lembro do porão e da minha esposa... Mas juro que havia algo mais naquele lugar!”

“Você vai recuperar sua memória por completo. E vamos encontrar o que quer que esteja faltando.” Rose prometeu a ele.

“Para isso, você pode contar com a gente. Talvez seja a chave para derrotar os Cybermen!” O Doutor concluiu.

“Então, a caminho!” Jackson deu a palavra final e começou a correr. Ele e Rosita deixaram o Doutor e Rose para trás.

“Ok, ele não precisa mandar duas vezes!” Rose falou e olhou para seu vestido que escolheu especialmente para a época.

“Vamos, Rose! Ele nos deixou para trás.”

“Que bom que ele pode correr! Francamente, Doutor, eu me lembro de você dizer ‘sem corrida nesta viagem’.” Rose levantou um pouco a saia do vestido com uma das mãos e agarrou a mão do Doutor com a outra. Juntos, eles começaram a correr.

“Reclamando?”

“Você sabe que senti falta desta vida... Mas, no momento, sinto mais falta das minhas calças.”

“Depois disso, eu vou levá-la para conhecer Shakespeare.” Ele respondeu quando viraram uma esquina. “Espero que a Rainha Elisabeth I não esteja lá pra me matar...” Ele viu seu olhar de estranheza. “Depois te conto.”

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Jackson Lake foi o primeiro a chegar ao porão de uma velha casa. Ao cruzar a porta, deu de cara com um Cyberman e usou o selo, segundos antes de ser atacado. O Doutor surgiu por trás dele. “Ele devia estar vigiando isso! Um Arco Dimensional.” Ele disse se ajoelhando em frente ao estranho objeto no centro do porão. “Outra peça roubada dos Daleks! Foi como viajaram no tempo!”

Rose se aproximou e também se ajoelhou. “Jackson, você não conseguiu se lembrar dessa coisa?” Ela perguntou.

“Eu acho que não. Eu não... Não consigo ver. Parece escondido!”

“Não tem energia suficiente!” O Doutor analisou. “Vamos! ‘Avanti!’” Ele saiu correndo e todos o seguiram.

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Enquanto isso...

“Oh, isso é magnífico! Este trono pertence à realeza, com certeza! Você parecerá resplandecente!” Disse Srta. Hartigan para o Cyber-Líder. Eles estavam agora diante de um trono.

“A cadeira que chamou de ‘trono’ não está designada para mim. Minha função é servir ao Cyber-Rei não se tornar o Cyber-Rei.” Respondeu o Cyber-Líder.

“Então, quem irá se sentar ali?” Perguntou Srta. Hartigan. O Cyber-Líder apenas se virou para olhá-la e então ela compreendeu. “Não! E acho que você se lembra do prometido! Disseram que eu seria a percursora!”

“Todos saúdam o Cyber-Rei! Todos saúdam o Cyber-Rei!” Os Cybermen disseram em uníssono.

“Mas vocês prometeram que eu nunca seria convertida!” Srta. Hartigan protestou.

“Isso foi designado como ‘mentira’.”

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“O que os Cybermen querem?” Perguntou Rosita acompanhando os passos do Doutor e Rose através de um túnel escuro.

“Eles nos querem. É o que os Cybermen são. Cérebros humanos em conchas de metal.” O Doutor explicou para Rosita.

“Na verdade, eles querem que cada coisa viva seja como eles! Foi horrível quando os enfrentamos da última vez.” Rose completou.

Ao chegarem no final do túnel, eles conseguiram observar a movimentação que ocorria do outro lado. Incontáveis crianças faziam trabalho escravo sob vigilância dos Cybermen.

“O que é aquilo?” Perguntou Rosita apontando para uma enorme máquina mecânica no centro do local recém-descoberto.

“É um motor e um motor gera energia. Mas para o quê?!” Rose respondeu e percebeu que o Doutor lançou-lhe um olhar de surpresa. “O que foi?! Eu sou inteligente também!”

O Doutor sorriu.

“Nós podemos libertá-las!” Jackson concluiu já impaciente com a situação.

“Não, não, não, não...” O Doutor advertiu e saiu correndo pelo túnel até chegar a um computador de informações do motor. “Energia em 90%! Se pararmos o motor, a energia acaba e os Cybermen virão correndo...” Ele ia dizendo quando a tela do computador oscilou. “Ooh, espere... Flutuação de energia. Não era pra acontecer!”

“O que está acontecendo?” Jackson perguntou.

“Não, isso é estranho! O software está se reescrevendo. Está mudando...”

“Doutor, isso é ruim?” Rose quis saber.

“Depende do tipo de mudança...” O computador parecia que ia explodir na frente deles. “Wow, está descontrolado!”

“Está acelerando! 96%... 97%...” Jackson observou.

“Se alcançar os 100%... o que acontecerá com as crianças?” Rose perguntou desesperada e viu que Rosita imaginava o mesmo.

“Elas serão dispensáveis! Vamos!” O Doutor respondeu e incentivou todos a correrem até local onde as crianças estão sendo escravizadas.

“Todos saúdam o Cyber-Rei! Deletem a força de trabalho! Deletar, deletar!”

O Doutor, Rose, Rosita e Jackson ouviram os Cybermen gritarem e se apressaram em retirar as crianças do local. Os alarmes soavam.

“Tudo bem! Todos vocês para fora! Vocês me ouviram? É uma ordem!” O Doutor gritou.

“Todos vocês corram!” Rose ajudou e se aproximou do Doutor. “Doutor, os Cybermen falaram algo sobre Cyber-Rei!”

“Eu ouvi! É pior do que eu imaginava!” Ele respondeu.

“Todos, vamos! O mais rápido que puderem!” Jackson gritou e utilizou o selo contra os Cybermen que apareciam, matando-os.

“Tem uma torta quente para todos que correrem!” O Doutor tentava incentivar as crianças a correrem mais. “Rosita, leve-os até a saída! Ao sair, continue correndo! O mais rápido que puder.”

Enquanto Rosita fazia seu trabalho de levar as crianças para longe, Rose procurava por mais crianças, de todos os lados possíveis, até que ela viu Jackson parecendo um pouco desorientado e confuso. O Doutor tentava decifrar o que o motor fazia, então ela decidiu ajudar Jackson. “Jackson, qual o problema? Você está bem?”

Ele não respondeu de imediato. Em seu cérebro, ele sentia um colapso de memórias voltando e então olhou para cima... O que ele viu o fez congelar de medo. “Aquele é meu filho! Meu filho!”

Rose acompanhou seu olhar e viu um garotinho no outro andar do local, visivelmente assustado. “Doutor, é o filho de Jackson!”

“O quê?!?” Ele perguntou surpreso e olhou para cima, onde Rose apontava.

“Frederic! Ele está muito assustado!” Jackson tentou chegar até seu filho, mas foi impedido quando todo o lugar começou a tremer.

“Eles terminaram com o motor! Isso vai explodir!” O Doutor advertiu. Imediatamente, ele pegou uma espada e se virou para Rose. “Fique aqui com Jackson!” Antes que ela respondesse, ele a puxou pelo quadril e a beijou. Heroicamente, ele correu até uma corda e a cortou, fazendo-a puxá-lo até o andar de cima. “É isso aí! Olá!” Ele se abaixou na altura do garoto ficando de costas para ele. “Agora, segure firme! Não largue!” Ele disse ao sentir o garoto em suas costas.

O Doutor saltou e agarrou a corda bem a tempo de quase ser atingido por uma explosão. Em meio a fumaça ardente, o Doutor apareceu carregando o garoto e o entregou ao Jackson. “Feliz Natal!”

Jackson sorria e chorava aliviado.

“Wow, você agiu como herói!” Rose brincou com o Doutor.

“Isto foi... diferente!” Ele respondeu. Mas não podiam parar por aí. Ele percebeu que o lugar estava se desfazendo. “Vamos para a rua! Mas, primeiro... vou pegar isto!” Ele retirou uma espécie de estaca de aço do Arco Dimensional e saíram correndo.

“Contemplem! Eu me ergui! Testemunhem, humanidade! O Cyber-Rei de todos!”

Na rua, era possível ver um enorme robô se erguendo a partir do Tâmisa. Toda a população parou para ouvir a voz que vinha dele. O Doutor, Rose e Jackson aparecerem na rua a tempo de ouvir o Cyber-Rei.

“Veja, Rose! É este o Cyber-Rei que eles estavam falando, se lembra?” O Doutor falou.

“É enorme! E o que é exatamente um Cyber-Rei?” Ela quis saber.

“É uma nave! Um encouraçado! Linha de frente em uma invasão! E dentro do seu peito, uma cyber-fábrica! Pode converter milhões!” Ele começou a pensar em um plano para impedir o Cyber-Rei.

“E eu andarei! Eu caminharei através desse pequeno mundo!”

Ao dizer essas palavras, o Cyber-Rei começou a andar com as enormes pernas de robô e a multidão se encheu de desespero e pavor.

“Eu reconheço essa voz! Parece ser da Srta Hartigan.” Rose comentou com Jackson.

O Cyber-Rei avançava sobre a cidade.

Continua...


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