Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 19
Paz em Londres


Notas iniciais do capítulo

Hey, did you miss me?



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“Para que servem as crianças? Elas são força de trabalho.” A mulher de vermelho respondeu.

“Mas para o quê?” O Doutor queria saber.

“Muito em breve, todo o Império verá. E eles se curvarão em adoração.” Ela respondeu calmamente.

“Ele devia estar vigiando isso! Um Arco Dimensional.”

“Oh, isso é magnífico! Este trono pertence à realeza, com certeza! Você parecerá resplandecente!” Disse Srta. Hartigan para o Cyber-Líder.

“A cadeira que chamou de ‘trono’ não está designada para mim. Minha função é servir ao Cyber-Rei não se tornar o Cyber-Rei.” Respondeu o Cyber-Líder.

“Então, quem irá se sentar ali?”

“Contemplem! Eu me ergui! Testemunhem, humanidade! O Cyber-Rei de todos!”

“Eu reconheço essa voz! Parece ser da Srta Hartigan.” Rose comentou com Jackson.

O Cyber-Rei avançava sobre a cidade.

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O Doutor se virou para o Jackson. “Leve as pessoas até o parque! Leve Rose também!”

“Aonde você vai?” Jackson perguntou. Seu filho ainda permanecia em seus braços.

“Parar aquilo!” Ele respondeu.

“Irei com você!” Jackson retrucou.

“Você tem seu filho de volta. Tem uma razão para viver!”

“Mas eu preciso de você, Doutor!” Rose falou surgindo por trás de Jackson. Ela não estava muito distante, então ouviu a conversa. “E também irei com você!”

“O Doutor tem razão. Eu devo ficar aqui e proteger meu filho.” Jackson disse para Rose. Em seguida, se virou pro Doutor e falou para ele. “Mas acho que Sra. Smith deve acompanhá-lo. Afinal, ela pode ajudá-lo melhor do que eu.”

Rose se aproximou do Doutor e juntos correram pela rua de mãos dadas. Jackson ficou observando eles partirem e decidiu focar em encontrar um local seguro.

“Você tem um plano?” Rose perguntou.

“E desde quando, Rose Tyler, eu faço planos?” Ele respondeu para ela sorrindo. “Vamos ter que improvisar e eu sei como!”

O Doutor e Rose chegaram à antiga “base temporária” e começaram a revirar as malas. Jed, o homem que estava cuidando da TARDIS (o balão), apareceu e se surpreendeu com os dois. “Sr. e Sra. Smith! O que está acontecendo lá fora?”

“Ei, você é o Jed, não é? O que consertou o balão?” O Doutor perguntou e viu que ele concordou. “Jed, precisamos da sua ajuda!”

“Eu não vou sair daqui!” Jed avisou.

“Eu lhe darei 5 libras se nos ajudar!” Rose rapidamente negociou.

Jed pensou no assunto e aceitou o prometido. “Tudo bem. O que devo fazer?”

O Doutor pegou vários selos de dentro das malas e anunciou. “A TARDIS irá voar!”

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“Pessoas do mundo! Escutem-me agora! Seus governos irão se render! Se não... contemplem meu poder!” O braço direito do enorme robô se transformou em um canhão e atirou uma bola de fogo na cidade, causando muito estrago. O outro braço logo virou também uma arma, causando mais estragos.

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O Doutor ajudou Rose a subir no balão e depois ele próprio subiu. Ele segurava a estaca retirada do Arco Dimensional e constatou que tinha energia insuficiente. “Sem energia suficiente, vamos! Jed, solte o balão!”

“Vocês já voaram em um desses?”

“Não, nunca!” O Doutor e Rose responderam em uníssono.

“Ok, então poderiam me dar o dinheiro agora?” Jed perguntou enquanto trabalhava em soltar o balão.

“Ande logo com isso!” O Doutor retrucou.

Aos poucos, o balão ia pegando altura. “Boa sorte, Senhor!” Jed gritou admirado.

Jackson reencontrou Rosita e juntos admiraram o balão no céu. Jackson quase não acreditou ao ver sua ‘TARDIS’ voando.

Lá em cima, o Doutor e Rose jogavam pra fora sacos de areia para aliviar o peso do balão e fazê-lo subir mais alto. Quando chegaram a uma altura adequada, eles perceberam que o robô estava se virando em direção ao balão. Ficaram um de frente pro outro.

“Excelente! O Doutor! Outro homem vem me enfrentar esta noite! Oh, mas ele tem companhia.”

“É a Srta Hartigan.” O Doutor murmurou e depois gritou para o cyber-robô. “Srta Hartigan! Eu lhe ofereço uma chance! Pode ter a mente mais brilhante que este mundo já viu! Bastante forte para poder controlar os Cybermen!”

“Eu não preciso de você para me sancionar!” Ela respondeu.

“Não, mas uma mente dessas merece viver! Os Cybermen vieram a esse mundo usando um Arco Dimensional! Com este aparelho, eu poderei achar um mundo para você! Sem pessoas para converter!”

“Eu tenho um mundo aqui em baixo! E é abundante de mentes, prontas para se tornarem uma extensão da minha! Por que eu deixaria esse lugar?”

“Porque se não deixar... eu terei que detê-la!” O Doutor avisou.

“Por favor, Srta Hartigan! Se renda!” Rose também gritou.

“Vocês pensam que eu sou idiota?”

“Não. A pergunta é: o que você pensa que eu sou?” O Doutor mantém um olhar de fúria para Srta Hartigan e aponta os selos em direção ao Cyber-Rei.

“Destruam eles!” Srta Hartigan declarou.

“Você me obrigou a fazer isso!” O Doutor disse e rapidamente ativou os selos que lançaram um raio, atingindo exatamente o capacete encaixado na cabeça de Hartigan. O raio parou, mas o Doutor não parecia preocupado e Rose notou.

“Então eu fiz com que falhasse! Suas armas são inúteis, Senhor!”

“Eu não estava tentando matar você! Tudo que fiz foi quebrar a Cyber-conexão, deixando sua mente aberta!” O Doutor estava explicando. “Aberta, acho que pela primeira vez em muitos anos. Então você poderá ver! Olhe pra si mesma! Olhe para o que você fez! Sinto muito, Srta Hartigan. Mas olhe o que você se tornou!”

Srta Hartigan olhou fixamente para um ponto longe, em seguida, olhou para os lados diretamente para os homens de metal. Ela gritou com o que viu. Sentiu horror pelo que fez. Um raio azul atravessou os Cybermen, eletrocutando-os enquanto a mulher gritava. Isso durou até os Cybermen explodirem e evaporarem no ar, seguidos pela Srta Hartigan sobrando apenas vestígios do vestido vermelho. Foi uma terrível morte e o Doutor e Rose encararam seriamente.

Lá embaixo, Jackson comemorava feliz. “Eles conseguiram! Destruíram o robô!” Mas não pôde comemorar muito tempo, pois o gigante robô iria cair e eles sofreriam as consequências se ficassem embaixo. Não durou muito para a população começar a correr.

Lá em cima, Rose constatou que a peça retirada do Arco Dimensional estava carregada.

“Doutor, está pronto!” Ela o entregou. “Tem certeza que isso teletransportará esse robô?”

“Oh, eu espero que sim!” Ele apontou para o gigante de metal e um grande portal azul o fez desaparecer.

“Eu diria que ele usou o Arco Dimensional para transferir os restos do Cyber-Rei pelo Vórtex Temporal! Lá pode ser desintegrado de forma segura!” Jackson conseguiu dizer rapidamente antes de parar para respirar e ficar surpreendido. “Oh, eu aprendi bastante!” Ele riu e teve uma ideia. Subiu em um ponto alto e disse para todo mundo ouvir: “Senhoras e Senhores, eu conheço aquele casal, são Doutor e Rose lá no céu! E sei que eles têm feito muitas proezas por várias vezes! Mas nunca, nenhuma só vez, o Doutor recebeu um só agradecimento! Mas não mais! Eu digo para vocês que nessa manhã de Natal: Bravo Senhor, bravo!” Todos aplaudiram e gritaram ‘vivas’ ao Doutor e Rose.

Apesar da altura, o Doutor e Rose ouviram os aplausos e souberam que eram para eles. “É a primeira vez que as pessoas aplaudem pra gente.” Rose observou.

“Então vamos aproveitar.” Ele começou a acenar para a multidão. Acenando com uma mão, o Doutor usou a outra para puxar Rose mais perto dele pela cintura. “Agora é só descobrir como fazer esse balão descer.” Ele conseguiu tirar uma risada alta de Rose e, vendo seu sorriso de língua entre os dentes, ele agradeceu por tê-la mais uma vez e não se arrependeu de ter casado com ela, mesmo que tenha sido de forma apressada, mas foi real. Casado... O Doutor lembrou que agora Rose era sua esposa, o que significa... Ele ainda tinha que cumprir suas obrigações de marido, a começar pelo anel! Sim, ele tinha um perfeito para ela.

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“A cidade se recuperará. Londres sempre se recupera. Embora os eventos de hoje fiquem na história, sendo falados pelos séculos que virão!” Jackson falou enquanto caminhava, com o Doutor e Rose o acompanhando de mão entrelaçadas.

“Sim, isso é engraçado!” O Doutor disse calmamente.

“Por quê?” Jackson perguntou intrigado.

“Porque não me lembro de ter ouvido falar deste acontecimento na história de Londres. E eu sou de Londres.” Rose que respondeu.

“Mas uma nova história começa para mim. Eu me descobri um viúvo, mas com um filho e uma boa amiga!” Jackson virou a cabeça para ver Rosita cuidando de seu filho, um pouco distante de onde ele estava.

“Cuide bem dela. Ela é maravilhosa!” O Doutor afirmou.

“Ela é a melhor escolha para ser a babá de Frederic.” Disse Rose.

“E quanto a vocês, Sr e Sra Smith?”

“Oh, é só Doutor e Rose! Rose Tyler na verdade, não Smith!” O Doutor explicou a ele. “Nós vamos continuar com nossa velha vida. Viajar para todos os lugares!”

“Vocês poderiam se juntar a nós! Um jantar de Natal! Uma celebração em memória daqueles que perdemos...” Jackson fez um olhar triste.

Em sua cabeça, o Doutor já imaginou responder que não, mas quando abriu a boca para falar a voz de Rose foi mais rápida. “É claro que adoraríamos ficar, Jackson. Afinal, também perdi pessoas que amo.”

No final, o Doutor aceitou também. Se Rose queria então ele faria isso, por ela. Todos conversaram muito durante a ceia de Natal e o Doutor percebeu que isso fazia bem à Rose, e até à ele mesmo. Na hora da despedida, o Doutor não queria perder tempo, mas deu oportunidade a Jackson de conhecer a TARDIS (a verdadeira) por dentro. Ele ficou encantado.

“Acho que isso é um adeus, Doutor!” Jackson disse ao Doutor do lado de fora da TARDIS.

“Chegadas e partidas. Suponho que agora podemos partir. Se é que me entende...” O Doutor olhou pra dentro da TARDIS a fim de certificar que Rose não estava por perto.

“Oh, é claro! Havia me esquecido que eram recém-casados, então... Eu acho que é hora de Doutor e Rose partirem para além das estrelas.”

“Adeus, Jackson! Obrigado por tudo!” O Doutor entrou na TARDIS e começou a desmaterializar.

“Eu que agradeço, senhor!” A TARDIS sumiu e Jackson foi para casa.

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Na TARDIS, Rose havia trocado de roupa na pressa de tirar aquele vestido e voltou para a sala de console usando uma calça e blusa simples.

“Hoje foi muito divertido, apesar da iminente destruição de Londres que conseguimos evitar. Foi bom derrotar os Cybermen.” Ela disse para ele.

“Rose, deixa eu te mostrar uma coisa.” O Doutor a guiou pela mão através do corredor da TARDIS e só parou quando chegaram em frente a uma porta que Rose sabia ser um dos quartos. Na porta tinha um símbolo dourado estranho para Rose. O símbolo era formado por círculos entrelaçados a uma rosa, tudo dourado. “Este é meu quarto... ou era. Agora é nosso! A TARDIS juntou nossas coisas aqui.” Ele explicou a ela, então abriu a porta e entrou seguido por Rose.

Abriu uma das gavetas da cômoda ao lado da cama de casal e retirou um objeto quadriculado. “Eu sei que é tradição na Terra usar um anel. Eu tenho... este anel que quero lhe dar.” O Doutor abriu a caixinha e mostrou a ela o conteúdo. Rose engasgou com a beleza que viu no diamante. Era belíssimo, mas humano nenhum tinha visto algo como aquele anel que parecia mudar de cor conforme mexia na luz, alternando entre rosa e azul, às vezes violeta. “Essa pedra era comum para o meu povo, mas agora está extinta. Eu tinha amostras da pedra e as lapidei até formar o diamante do anel.” Ele pôs o anel no dedo da mão esquerda dela que encaixou perfeitamente. “Rose, diga alguma coisa!”

“É muito lindo, Doutor. Perfeito! Eu nem acredito!”

No entanto, o Doutor também tinha um anel para ele e Rose fez questão de colocá-lo. Era um anel simples dourado, mas que firmava o compromisso. “Em Gallifrey, também tem uma tradição que é realizada após a cerimônia de casamento, que é a ‘ligação de mentes’. Não sei se vai funcionar com você por ser humana, mas quero tentar.”

“E o que é ‘ligação de mentes’?” Rose quis saber.

“Ligação de mentes é uma prática telepática importante que era, obrigatoriamente, incorporada ao casamento, onde as mentes de ambos os cônjuges se conectam em uma só. Assim, um pode sentir as emoções e sentimentos do outro a partir da ligação. E a ligação dura para sempre.” Ele explicou.

“Então você será capaz de ler minha mente depois da ligação?”

“Não, na verdade não. Mas serei capaz de sentir sua presença o tempo todo, assim como você em relação a mim.”

“Será que dá certo mesmo eu não sendo telepática?”

O Doutor mostrou traços de dúvida. “Então... é o que eu quero descobrir.” Ele a levou até a cama. “Preciso saber se você concorda, aí eu posso começar.”

“Quero estar para sempre ao teu lado, Doutor, mesmo que eu tenha que fazer essa ligação com você, será um prazer.”

O Doutor sorriu, subiu na cama e ficou de joelhos mostrando que ela deve fazer o mesmo de frente pra ele. “Então vamos lá! Só preciso agora que você feche seus olhos e deixe o trabalho para mim.”

Rose obedeceu. O Doutor levantou as mãos e apoiou dois dedos em cada lado das têmporas dela e fechou os olhos. A ligação foi rápida e fácil. O Doutor estranhou esse fato, mas não se queixou. Ele teve acesso total à mente dela, assim como ela teve acesso à dele. Ambos viram os verdadeiros sentimentos que um sentia pelo outro, mesmo que não falados. Ambos amavam e eram amados.

Sem perder muito tempo, o Doutor beijou Rose apaixonadamente e ela aprofundou o beijo. Em seguida, ele retirou os dedos das têmporas dela e deslizou sobre suas costas até chegar na cintura, onde encontrou o final da blusa dela e a puxou para fora de seu corpo. Involuntariamente, ela deixou que ele retirasse sua roupa antes de perceber o que estava acontecendo e antes de perceber que era isso que ambos queriam.

A TARDIS flutuava e cantarolava no espaço tranquilamente. Se o Doutor não estivesse ocupado (ou até mesmo Rose) ele teria escutado a alegre melodia que a TARDIS transmitia, pois finalmente seu Ladrão foi domado pelo Lobo Mau.


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Notas finais do capítulo

Please, não se esqueçam de comentar.

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