Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 5
Por um triz


Notas iniciais do capítulo

Hey,
Eu demorei um pouco, mas cá estou eu de novo ^^
Espero que vocês gostem do capítulo e queria agradecer a Filipah pelo comentário e por acompanhar a história e Izabela Chase Jackson por acompanhar
Suas lindas

Bjs e até lá em baixo

PS: Acho que uma música legal para o capítulo é Lucky - Jason Mraz para o começo e I'm not the one - 3oh3 do meio para o fim.



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Então como minha única opção, corri para dentro do prédio que ficava do lado da escola. Entrei fazendo o maior barulho e já corri para o segundo andar para tentar me esconder. Eu sabia que estava sendo seguida, então corri para o andar mais alto e entrei na primeira porta que eu vi. Haviam dois “caras” lá dentro, não havia outra palavra para descrevê-los eles não eram mais rapazes, mas também acho que não eram homens ao meu ver.

– Ei gata você vai ter que sair nós chegamos primeiro! – Disse um deles.

– Eu não posso, eu... É... Tudo bem a polícia está atrás de mim e eu não posso sair.

– Está bem, senta ai e fingimos que você é uma das nossas. Quer bebida? – Perguntou o outro. – Sabe já tivemos problemas assim, então fica tranquila não vamos falar nada para ninguém. Ele ligou um rádio que tocava rock e eu me apressei em tirar meu casaco, para não ser reconhecida.

A polícia entrou logo na sequência, fazendo o maior barulho.

– Parados e com as mãos para cima. Nós levantamos e erguemos os braços. Um policial nos revistou e reportou que não tínhamos nada de ilegal.

– O que fazem aqui? – Perguntou o que parecia ser o capitão.

– Estamos bebendo um pouco, e ouvindo uma música, não sabíamos que estávamos fazendo mal, vamos saindo já.

– Espera, antes eu preciso saber se vocês não viram ninguém passando por aqui. Um garoto, de 1,65 mais ou menos de capuz.

– Não – Respondemos em uníssono.

– Certo, então podem ir, mas deixem seus nomes que entraremos em contato caso achemos que estão mentindo.

– Certo senhor – Disse um dos caras e nós saímos. Descemos e cada um de nós foi para um lado e enquanto eu andava em direção ao ponto de ônibus tive uma enorme surpresa. Tomás estava lá embaixo anotando umas coisas em um bloquinho e eu tentei passar por ele sem ser notada, mas não deu certo, quando estava quase chegando ao ponto, ele pôs a mão em meu ombro me fazendo dar um pulinho.

– Oi – Ele disse – O que faz aqui há essa hora?

– Eu estava no prédio, com uns conhecidos. E você? Esse é um bairro perigoso.

– Digamos que eu estou bem acompanhado – Ele apontou para as viaturas da polícia.

– Ah, sim seus “companheiros” de trabalho. – Ele fez que sim com a cabeça enquanto ria do modo que eu falei companheiros.

– Quer que eu te leve para casa? A gente pode pegar uma carona o que acha?

– Não sei não, acho que policiais não vão muito com a minha cara, eu acho que eles pensam que sou ladra – Sussurrei pra ele o fazendo rir de novo.

– Ninguém vai ti fazer mal eu prometo. – Ele passou o braço em volta dos meus ombros e me levou até um policial alto e moreno. – Ei George pode nos levar até em casa?

– Claro Tomás. Mas quem é essa? – Perguntou o policial me olhando com um olhar doce, mas desconfiado.

– É uma amiga minha da escola.

– Interessante, e mocinha acho melhor você não ficar andando por essa região à noite, coisas meio ruins podem acontecer.

– Eu sei, não costumo vir para cá de noite, é que meus amigos ligaram e pediram para eu dar uma passadinha aqui para vê-los, já que eu mudei de escola. – Respondi a ele tentando fazer minha melhor cara de inocente.

– Agora que já temos tudo esclarecido vamos? – Perguntou Tomás.

– Sim – Disse George e nós entramos em umas das viaturas. – Aonde você mora?

– Eu moro perto do rio. Na avenida central.

– Certo. Você mora bem longe daqui.

– É, mas quando os amigos chamam você não recusa... – Dei um sorriso meio fraco, mas acho que convenceu os dois. – Desculpe eu estar tirando vocês dois da rota, se ainda for o caminho de vocês eu posso descer aqui e pegar um ônibus até em casa.

– Não é preciso, eu vou deixar o Tomás em casa antes, porque é mais perto e depois levo você.

Tomás pareceu meio desconfortável, quando George terminou de falar, não sei se era pelo fato de eu descobrir onde ele mora ou por eu ter que descer primeiro, ou os dois.

Não demorou muito para chegarmos ao bairro rico da cidade. Eu nunca tinha ido até lá, e tudo que eu conseguia pensar, era como tudo e todos eram metidos e espalhafatosos, tudo era tão grande e tão brilhante.

Paramos em frente a uma casa bem grande, mas diferente das outras, ela não tentava mostrar modernidade, mas sim preservar o antigo. Parecia uma casa do começo do século XIX, eu fiquei encantada com tudo que conseguia ver pela janela da viatura. Tomás havia virado para se despedir de mim e não pode deixar de notar o quão pasma eu estava.

Ele riu me fazendo olhá-lo, já fora do carro:

– Boa noite Ana. – Disse ele

– Boa noite Tomás – Eu disse fazendo um biquinho. Ele riu e se aproximou da viatura pedindo para eu abaixar o vidro, o que eu fiz depois ele me deu beijo na testa e se virou em direção a casa enquanto a viatura começava a se mover.

O resto da viagem foi silenciosa e calma, por precaução desci dois quarteirões antes do prédio em que eu moro e só fui até ele quando a viatura estava na outra rua.

Subi pensativa e entrei quase morrendo em casa. Foram muitas emoções para um dia só. O beijo de Tomás. As meninas na lanchonete. O roubo quase fracassado. A entrega desastrosa. E o pior mentir para Tomás de novo.

Aquilo me deixava péssima, podia até sentir as lágrimas brotarem em meus olhos, mas eu não podia me deixar levar, eu não iria chorar, não sem tanta necessidade.

Levantei e fui até o quarto da minha avó, que dormia tranquilamente. Verifiquei se ela estava com febre ou com a pressão baixa. Depois tomei um belo banho me deitei na cama e vi que uma luzinha do meu celular piscava sem parar, indicando que uma mensagem havia chego. Era Tomás:

“Já chegou”

“Já, estou quase dormindo”

“Kkkk então boa noite”

“Boa Noite Tomás, até amanhã.”

“Até Ana”

Eu coloquei o celular na mesinha de cabeceira e me aconcheguei nas cobertas. Quase não dormi aquela noite, algo me tirava do sério e não tinha nada a ver com ser quase pega pela polícia.


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Notas finais do capítulo

Comentários??
Tentarei postar um capítulo até sábado que vem, mas como sempre tudo dependerá da minha linda escola e suas lições de casa.



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