Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 6
Indo de mal a pior


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, não darei desculpa pela demora, por mais que hajam muitas, mesmo assim, ela não vem ao caso...

E eu queria agradecer a quem está seguindo, que no meu usuário aparece que são 7 pessoas, mas quando eu entro na página da fanfic só aparecem 3, mesmo assim eu agradeço a todas (os)

Divirtam-se e preparem-se e até lá embaixo.
Vou colocar duas músicas no capítulo. Vão estar como links.



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O dia amanheceu, o despertador tocou e eu não ouvi nem vi absolutamente nada, só acordei quando ouvi meu celular tocar pelo que seria a terceira vez. Peguei e atendi:

– Ana cadê você? O sinal já vai tocar. – Era Vanessa

– Droga eu to em casa, acho vou atrasar acho que nem vou a essa altura

– Sua feia! Fica saindo de madrugada chamar e agora não aguenta vir para escola.

– Claro Vanessa, eu saio todos os dias, com um monte de gente que eu conheço na rua e falo ‘Saiam comigo porque minha melhor amiga, não quer fazer isso’ – Eu ri enquanto falava e ela também. Não conseguíamos ficarmos bravas uma com a outra

– O Tomás quer falar com você...

– Diz pra ele que eu não quero

– Mas quem disse que sua opinião conta – Já era Tomás falando, tive vontade de desligar na hora, mas iria fazer o jogo dele, pelo menos dessa vez.

– Então me diga o que deseja de mim, Mr. Tomás.

– Que você venha para escola consolar duas almas carentes que clamam por você.

– Acho que hoje ficarei devendo essa. Eu dormi mal e pouco e estou um tanto dolorida, vou ficar em casa, mas te vejo no trabalho e avise a Vanessa que nosso passeio de amanhã ainda está valendo.

– Está bem então, eu aviso e até de tarde amor. – Ele desligou e me deixou pensando. “Amor” foi do que ele me chamara? Ou teria sido apenas uma alucinação pela falta de sono? Iria ficar com a segunda opção, não achava que ele me considerava tanto em tão pouco tempo.

Decidi parar de pensar naquilo e ir tomar café, que meu estômago já estava reclamando. Mas antes que eu chegasse à cozinha a campainha tocou e lá fui eu ver quem era.

Abri a porta e lá estava meu sindico favorito estava lá com um sorriso de orelha a orelha:

– Vejo que você não foi à escola, já está se preparando para ser despachada?

– Pelo contrário, fiquei para lhe pagar logo de manhã. – Dei um sorriso sínico a ele e me virei para pegar o dinheiro que estava na minha mochila. Quando abri o envelope, além do dinheiro havia um cartão que resolvi ler depois. Voltei contando as notas e entreguei a ele a quantia que devia o deixando com uma cara horrível, que me fez rir e antes que ele pudesse dizer algo fechei a porta e tranquei.

Virei-me e com toda confiança do mundo entrei na cozinha e preparei um super café da manhã. Eu estava mais tranquila quanto ontem à noite e sabia que se eu quisesse continuar perto de Tomás, teria que decidir se contava para ele sobre meu segredo ou se o mantinha sem culpa.

Minha avó me chamou e eu corri no quarto dela preocupada, mas ela só queria saber por que eu não estava na escola, e eu respondi que tinha perdido a hora. E que ia sair para fazer compras. Ela só sorriu e voltou a olhar pela janela.

Tinha que leva-la para passear. Essa seria a missão da semana.

Antes de sair resolvi dar uma olhada no bilhete que estava junto com o dinheiro. Nele havia uns agradecimentos, o que era normal eu receber, mas o que me surpreendeu foi um pedido para que eu comparecesse a um encontro com o contratador que ele tinha uma oferta muito importante para mim. Olhei aquilo e me pareceu muito era estranho, além de suspeito, eu sempre recebia propostas dos mesmos clientes, mas era de forma mais discreta, eu geralmente só ficava sabendo que eram os mesmo pelos bilhetes com o dinheiro. Mesmo assim era uma proposta na qual eu deveria pensar.

Saí e fui ao mercado, quando voltei fui fazer o almoço e me preparar para sair, quando ouvi minha avó tossir e fui levar água para ela, mas quando cheguei ela estava pálida e com a cabeça caída, isso fez com que meu coração desse uma parada e voltasse batendo dez vezes mais rápido. Corri até a cama e chequei seu pulso. Estava muito baixo. Tirei o celular do bolso e chamei a emergência.

A ambulância chegou uns quinze minutos depois, e eu já estava mais do que acabada de chorar e de preocupação. Os paramédicos colocaram minha avó na ambulância e perguntaram se eu iria junto ou se havia alguém mais velho (o que seria mais preparado emocionalmente) para ir junto. Respondi que não e entrei. No caminho do hospital liguei no trabalho para avisar que não ia. Meu chefe não gostou, mas também não podia me impedir já que eu era a parenta viva mais próxima da minha avó.

No hospital, os médicos disseram que ela teve uma queda brusca de pressão, o que acarretou na queda de pulsação e que ela estava com problemas respiratórios e teria que ficar uns dias em observação.

– Os problemas não tão sérios, mas é melhor prevenir. – O médico disse e eu afirmei com a cabeça. – Não tem mais ninguém para comunicar? Mas alguém que possa ficar aqui com ela?

– Não... – Eu disse com a voz rouca. – Só eu... Porque precisa dizer mais alguma coisa doutor?

– Bom como você já sabe a saúde de sua avó não está nem foi das melhores, então se ela não tiver uma melhora enquanto estiver aqui, pode ser melhor não levá-la mais para casa... E se preparar para o pior.

Parece que minhas lágrimas não tinham fim, e eu chorava cada vez mais. Perder minha vó, a única pessoa que eu tinha, a única que me apoiara à vida toda, que estivera comigo em todos os momentos. Isso não podia estar acontecendo. Eu queria gritar, dizer que era tudo mentira, que era uma conspiração, mas eu sabia que não era... Desde jovem minha avó fumava e lá estavam às consequências disso tudo.

O médico disse algumas palavras de conforto e se retirou com uma desculpa qualquer. Eu me sentei em um banco no corredor e fiquei olhando o chão, pensando? Não, não havia no que pensar. Foi então que meu telefone tocou, e por instinto atendi.

– Alô? – Tentei passar segurança em minha voz, mesmo assim ela saiu tremula.

– Ana? É o Tomás. Você está bem? Eu acabei de passar na lanchonete para falar com você, mas um rapaz disse que você não tinha ido trabalhar por problemas pessoais. O que aconteceu?

– Na...nada – Eu não queria que Tomás soubesse mais de meus problemas, eu gostava dele, mas agora não era uma boa hora para conversar.

– Ana, por favor, me deixa saber o que está acontecendo. Você não precisa enfrentar tudo isso sozinha, me diz onde você está que eu vou te buscar e vamos conversar. – Tomás soava preocupado e triste também.

– Não é nada, eu só... Só preciso de um tempo sozinha. – Falei e desliguei o celular antes que ele pudesse dizer algo e nós dois nos aborrecermos e nos magoássemos mais. Eu tinha que afasta-lo antes que ele entrasse no meu inferno pessoal.

Assim que desliguei saí do hospital e comecei a vagar pela cidade, sem prestar atenção em nada, só andando por ai, até que um braço me puxou e eu gritei e comecei a me debater.

– Ei, calma, sou só eu. – Eu olhei para cima e era Tomás.

– Co... Como me achou? – Perguntei surpresa em vê-lo.

– Rastreei seu celular durante nossa ligação e depois perguntei para o guarda do hospital e umas pessoas na rua se tinha te visto. Não foi muito difícil achar uma menina com os olhos inchados e cabeça baixa andando sem rumo – Ele deu um sorriso fraco.

– Agora que me achou e viu que estou bem, eu já vou indo – Tentei me soltar dele mais foi em vão. – Me deixe ir, por favor!

– Não. Você não está bem! Eu sei que você esteve no hospital. Quem está lá?

– Me diga você! Não é você que sabe tudo sobre mim? Diga-me quem eu fui ver no hospital.

– Ana, por favor, eu sei que olhei algumas coisas sobre você, e outras eu percebi pelo modo que você agia, mas agora estou tentando ser seu amigo te ajudar.

– Eu não preciso disso! E você não deveria querer ajudar alguém como eu. Acho que você já teve o prazer de ler a minha ficha e ela não é das mais agradáveis.

– Ana! Eu não fiz isso! Já olhei seus arquivos, mas não sua ficha criminal, eu nem sabia da existência dela. E mesmo assim, eu quero te ajudar pela Ana que eu conheci, não pela Ana do passado. – Ele estava ficando com raiva, mas ainda estava mais triste que bravo.

Eu não conseguia encará-lo, não podia, eu iria ver aquela cara triste e desapontada e ficaria com pena dele e me sentiria mais idiota que eu já estava.

Ele se aproximou e levantou meu rosto, mas antes que eu pudesse encará-lo desviei o rosto, mas ele não desistiu e me fez olhar para ele. Seu rosto estava abatido e cheio de tristeza, talvez até mágoa.

Não aguentei e chorei de novo. Ele me abraçou e ficamos assim no meio da calçada, ele me abraçando e eu chorando mais que um bebê. De onde será que vinham tantas lágrimas?


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam da nossa pequena Ana?
Acho que esse foi o capítulo mais triste que eu já escrevi, queria saber o que acharam.

Beijos Bia-chan

PS: Se tiverem alguns comentários eu posto o próximo capítulo (que já está pronto) logo.
SIM, eu sou má kkk



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