Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 15
Aprendendo a recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Hello ^^ como vão?

Enjoy



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Sai do quarto e comecei a caminhar sem rumo, acabei parando na frente de uma igreja e resolvi entrar e ascender uma vela para minha avó, eu não era religiosa, mas minha mãe me disse uma vez que por mais que não acreditemos as almas gostam de ter seu caminho iluminado. Então comprei uma vela na porta da igreja e a acendi perto de Nossa Senhora.

– Que ela lhe proteja vó...

Sai da igreja e meu telefone tocou, era Tomás, eu pensei em não atender e depois dar a desculpa que não estava bem, mas ele não merecia isso, mesmo tendo feito birra de novo hoje.

– Oi Tomás

– Oi Ana, eu estou saindo agora, estou perto do hospital, quer que eu passe por ai?

– Não, eu já sai. Estou aqui perto na igreja de São Miguel Arcanjo, quer marcar para nos encontramos aonde? – A linha ficou em silêncio – Tomás? Você está me ouvindo?

De repente algo apareceu atrás de mim e me agarrou, e por instinto reagi dando uma cotovelada na pessoa e em seguida peguei seu braço e o torci fazendo com que parasse atrás de seu corpo. Forcei seu braço até que ele deitou para que seu braço doesse menos, o que eu não esperava, era que ele agarrasse meu braço e me puxasse para baixo, me fazendo cair em cima dele.

– Acho que você precisa de umas aulas de Yoga para acalmar a alma Ana.

– E você precisa aprender a não assustar as pessoas quando elas estão andando na rua. Tomás. – Eu olhava para ele com um pouco de ódio, mas reconhecendo que a brincadeira tinha sido engraçada. Ele estava sorrindo e quando fui tentar levantar ele me puxou para baixo e me beijou. – Eu sei que você me ama e eu também, mas podemos sair desse chão sujo?

– Podemos moça fresca. – Eu apoie minhas mãos no chão e levantei e ele ainda deitado jogou as pernas para cima e depois para baixo parando com elas flexionadas dando impulso para ele levantar.

– Nem metido você – Falei enquanto ele limpava a roupa.

– Isso não é ser metido, é mostrar suas qualidades, se valorizar. – Ele deu risada e me puxou para outro beijo, depois ficou me encarando e vi ele ficar confuso. – Você estava chorando? O que foi?

– Eu... Minha avó morreu, me ligaram do hospital um pouco antes da hora que eu ia sair e pediram que eu fosse imediatamente para lá, quando eu cheguei, o médico disse que ela teve outro ataque cardíaco e que não resistiu.

– Ana... Eu sinto muito, mesmo, vem cá. – Ele me abraçou e eu me senti um pouco confortada. – Você precisa de ajuda com alguma coisa? Quer que eu veja funerária?

– Obrigada Tomás, mas eu já cuidei de tudo, amanhã vou levar as roupas na funerária que ela tinha escolhido, a mesma que fez o enterro da minha mãe.

– Certo, então vejo que terei que mudar meus planos. Eu ia leva-la ao parque de diversões que foi montado no centro, mas acho que você não está no clima.

– Acho que não, mas podemos comer alguma coisa, estou morrendo de fome.

– Certo... Já sei, tem um restaurante muito bom aqui perto e ele é bem tranquilo. – Tomás segurou a minha mão e me levou até uma cantina italiana, a quatro quadras da onde estávamos.

– “Mamma Mia”, isso é meio clichê não? – Perguntei ao ler o letreiro.

– Um pouco, mas a vida é feita de clichês e a comida é realmente uma delícia. – Ele abriu a porta para mim e sentamos em uma mesa perto da janela, os bancos eram compridos de madeira assim como as mesas. Uma mulher na casa dos 45 anos nos trouxe o cardápio, ela era gentil e pude notar que ela tinha um sotaque italiano.

Olhando o cardápio tudo parecia realmente delicioso. Tomás escolheu um macarrão à bolonhesa com almôndegas e eu optei por um macarrão a carbonada, com uma parmegiana de frango.

Conversamos sobre coisas corriqueiras, sem grandes novidades. Tomás me ofereceu macarrão do prato dele e me fez sujar o rosto comendo, tive que ir ao banheiro lavar o rosto, quando voltei ele estava estranho, tinha um sorriso suspeito no rosto. Eu até pensei em perguntar o porquê daquilo, mas eu sabia que ele não responderia, tratei então de terminar de comer em silêncio.

Quando eu estava me preparando para levantar, ele me puxou para ficar sentada.

– Calma aí moça, eu tenho uma surpresa para você. – Ele fez um sinal para a garçonete que trouxe um “humilde” sorvete.

– Pensei que não gostasse de sorvete.

– Eu adoro sorvete, só não acho que VOCÊ deveria comer tanto sorvete, mas acho que isso merece um sorvete.

– Eu não como muitos doces, e sorvete sempre cai bem. – Comecei a comer, e estava uma delícia, o sorvete era de fabricação própria e devia ser o melhor que eu já tomara. Tomás não ficara para trás e comeu tanto quanto eu. Quando não aguentamos mais, eu resolvi dar o troco em Tomás e passei sorvete no seu rosto. Ele tentou revidar, mas eu desviei e ele sujou o banco, dando risada eu o sujei de novo, dessa vez ele fechou a cara.

– O que foi? Você que começou.

– E você revidou, agora quero que você limpe. – Ele veio e sentou ao meu lado no banco.

Eu achei que ele realmente estava bravo, mas logo percebi que era outra coisa, e comecei a dar risada, peguei o guardanapo, mas ele abaixou minha mão. Eu o fiquei encarando com o sorvete escorrendo no rosto e depois olhei para ver se tinha alguém os vendo (e graças a Deus não tinha) eu lambi o sorvete no rosto dele e ele me deu um beijo.

– Idiota – Eu disse em meio a uma risada.

– Eu sou idiota? Sou um gênio isso sim, você tomou mais sorvete e eu ganhei um beijo. – Ele deu um sorriso maroto e eu soltei um suspiro e balancei a cabeça.

– Vem vamos dar uma volta. – Ele me puxou e antes de sairmos deixou uma nota de 50 reais em cima do balcão na entrada.

– Depois eu tenho que te pagar, e não quero desculpas para que eu não pague.

– Você não vai pagar porque isso é uma retribuição ao jantar que você me ofereceu na sua casa.

– Esse jantar não se compara a minha lasanha de micro-ondas e um pote de sorvete.

– O que vale são os momentos, agora vamos que você deve estar cansada.

– Na verdade eu dormi a maior parte da tarde então acho que podemos dar mais uma volta. – Eu olhei para ele e segurei sua mão. – Que tal irmos até a praça que fica aqui perto?

– Sim madame. – Ele começou a assobiar uma música que eu jurava conhecer, mas não lembrava o nome e eu fiquei só escutando. – Sabe que música é essa?

– Eu já escutei, mas não lembro o nome.

– Se chama Come Home.

– Eu gostei, acho que já ouvi na TV, mas não lembro. – Nós sentamos na grama e ficamos olhando o céu. Tomás me falou das estrelas, e eu contei algumas coisas sobre astrologia, de como foram escolhidas as constelações dos signos e como eles nos influenciam. Rimos bastante e eu acabei pegando no sono sem perceber. Quando acordei de novo estávamos no quarto dele. Eu na cama e ele tomando banho.

Acho que vou lembrar daquela noite durante um bom tempo...


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Notas finais do capítulo

Algum comentário?

Saudades de vocês, se forem bonzinhos eu posto mais antes de terça ^^



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