Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 16
Future


Notas iniciais do capítulo

Hey little birds como vão?

Não recebi nenhum comentário, mas resolvi postar hoje porque é um dia feliz =D

Enjoy



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Tomás voltou para o quarto e eu levantei para tomar uma ducha.

– Onde ficam as toalhas?

– Terceira gaveta na parte do meio.

– Valeu. – Peguei uma toalha branca e achei uma camiseta de cinza desbotada linda, peguei também e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido só para tirar aquela energia pesada que fica em você quando se vai ao hospital, eu precisava de um banho revigorante, mas não seria aquela noite, sai e depois de me secar e desembaraçar o cabelo pus somente a camiseta do Tomás, percebendo que eu estava totalmente com o cheiro dele, um aroma muito embriagante na minha opinião. Quando sai do banheiro ele soltou uma risadinha.

– O que foi? – Perguntei me sentando na cama.

– Você está engraçada assim, nunca te vi tão descontraída.

– O que você quis dizer que nunca me viu tão parecida com uma vagabunda.

– Bom, nos meus sonhos você já esteve mais “vagabunda” do que isso, mas não estava tão descontraída.

– Acho que eu não deveria comentar isso. – Deitei e ele me abraçou.

– Nunca tinha visto você com o cabelo molhado.

– Agora está vendo e torça para ser a última vez, porque ele fica uma droga e molha tudo que encosta.

– Eu gostei. – Ele colocou a cabeça dentro do meu cabelo e ficou cheirando. – Tem um cheiro tão bom!

– Está com seu cheiro, na verdade eu estou toda com seu cheiro.

– Pra mim, você está com o seu cheiro, mas gosto que você pense que está com o meu.

– Idiota. – Eu virei e fiquei encarando ele. – Você é muito bobo, não sei como te deixam trabalhar na polícia.

– Eu sou idiota só quando estou perto de você, é parte do meu charme, para eu não ser muito melhor que os outros.

– Sei... – Eu beijei seu nariz e ele achou graça. – Acho que posso virar palhaça, tudo que eu faço você dá risada.

– Você só pode virar palhaça se for a minha palhaça particular. – Ele me beijou várias vezes. – Minha palhacinha. Linda. Agora vamos dormir que amanhã você tem muito o que fazer.

É, por mais que eu não gostasse de sair daquele mundinho, eu tinha responsabilidades...

De manhã quando eu acordei, Tomás não estava mais do meu lado, em vez disso ele chegara com uma bandeja cheia de comida, um verdadeiro banquete na cama.

– Bom dia flor do dia.

– Bom dia... O que você está fazendo?

– Preparei um café para nós, achei que daria um ânimo para você começar o dia hoje.

– Idiota... Mas já que você fez tudo isso, vamos aproveitar. – Sentei com as pernas cruzadas e para ele poder colocar a badeja em cima da cama.

– Tem suco, café, leite, cappuccino, iogurte e uma vitamina de banana que eu fiz. – Ele mostrava tudo como um garotinho que descobriu algo importante. – Tem pão também, e manteiga, presunto e queijo. Tem mais alguma coisa que você goste? Eu não sabia o que trazer.

– Está perfeito – Eu passei por cima da badeja e o beijei. – Obrigada.

– Não por isso. – Ele pegou uma caneca e colocou café com leite. Enquanto eu preparava um cappuccino para mim. Eu comi um pão com presunto e queijo e ele comeu um pão com presunto e queijo e outro com manteiga. Quando acabamos eu o ajudei a descer as coisas e lavar a louça.

Quando olhei para o relógio já eram 9:50 e eu tinha que estar em casa em dez minutos.

– Tomás eu... Me desculpa ter que sair de novo correndo, mas eu tenho que levar as coisas da minha vó na funerária e o Dante vai me ajudar a escolher uma roupa, já que ele era o único que minha avó confiava para isso.

– Não tudo bem. Eu te vejo de tarde?

– Se tudo correr bem sim. – Eu o beijei, corri até o quarto peguei minha bolsa e sai. No caminho mandei uma mensagem para o Dante avisando que eu ia me atrasar, mas ele não respondeu.

Cheguei em casa em 20 minutos, e ele já estava lá.

– Está atrasada. – Ele disse com a cara fechada, ele odiava esperar.

– Eu mandei uma mensagem que ia atrasar.

– Eu acho que não vi. – Ele tinha visto sim, mas ignorou como sempre.

– Não irei comentar isso, besta. – Eu abri a porta e nós fomos direto ao quarto da minha avó. – Bom precisamos de uma roupa bonita, mas sem ser muito chamativa.

– Que tal o vestido verde, com flores?

– Não, ela não gostava dele, usava só para impressionar.

– E o azul? O com vários tons?

– Esse é bom, vamos deixar separado – Eu o tirei do guarda roupa, junto com um vermelho – E esse, ela me levava para o parque com ele.

– Acho muito exuberante.

– Tá e esse aqui, ela achava que você gostava. – Eu tirei um cinza com renda por cima e na base vermelho.

– Eu adoro esse, ela sempre usava quando eu ia visita-las.

– Então acho que temos um vencedor. Vou pegar os sapatos pretos, os mais altos.

– E qual deles não é alto. – Ele riu e eu também. – O que vai fazer com o restante das roupas?

– Vou guardar umas duas ou três peças o resto vou doar para alguma instituição.

– Posso ficar com um?

– Mas é claro, pode escolher.

– Quero o verde, eu gosto dele. – Eu sorri e fui buscar uma sacola para pôr tudo.

Depois de meia hora, nós tiramos tudo do armário e acabamos achando alguns álbuns de fotografia.

– Você vai guardar?

– Claro! Eles têm tudo o que sobrou da minha mãe e do meu avô.

– Calma, foi só uma pergunta, talvez não tivesse algo que você gostasse...

– Talvez não tenha, mas eu vou guarda-los mesmo assim. São memórias que eu não quero perder.

– Eu entendo... Vai querer almoçar? Porque acho que já acabamos por aqui.

– Pode ser, vou deixar isso na funerária, depois podemos comer.

– Ok, e você pensou sobre a minha proposta?

– Pensei e acho que dessa vez não vai rolar.

– Ah Ana, qual é, vamos lá. Isso podia nos deixar numa boa por bastante tempo, tipo um ano.

– Mesmo assim Dan, isso é muito pessoal para mim, eu gosto mesmo do Tomás e sem minha avó vou conseguir me manter mas estável trabalhando menos.

– Ai está mais um motivo, com esse trabalho, você pode descansar até a faculdade, vai poder enfim parar e estudar como você sempre quis e quem sabe se tornar engenheira.

– Pare de me chantagear, você sabe que eu não gosto disso. – Sai andando e ele veio atrás.

– E tem outro jeito de você me ouvir e cair na real?

– Eu já disse que não e a história acaba aqui. – Eu virei para encará-lo – Por favor eu não quero brigar com você de novo.

– Está bem... Não vou mais insistir. – Ele me estendeu a mão e eu peguei e saímos.

Passamos na funerária e deixamos tudo e a moça nos enformou que o enterro seria na manhã seguinte, às 10:00.

– Aonde quer almoçar?

– Que tal naquele restaurante no centro? Aquele que íamos sempre.

– O que você odiava? O que vende comida extremamente gordurosa?

– Esse mesmo. Depois que você foi embora eu ia lá às vezes na esperança de te encontrar, e acabei gostando da comida de lá.

– Eu sabia que você ia amar aquele lugar cedo ou tarde, a comida de lá é perfeita.

– Sim, perfeita para enfartarmos, só se for, mesmo assim admito que a batata frita com queijo de lá é perfeita. – Estávamos no ponto de ônibus, e ficamos falando de comida até o ônibus passar e descermos no restaurante.

O restaurante era pequeno e meio escondido, o que fazia ele ainda mais especial. Entramos e sentamos na mesa de sempre, embaixo da foto do Tio Sam e perto da caixa de som que tocava clássicos do rock.

Dante pediu duas porções de batata e dois hambúrgueres para nós, além de dois refrigerantes com refil.

– Acho que isso dá para começarmos, o que acha?

– Acho que isso aqui dá para nos alimentar por uma semana. Olha o tamanho desse hambúrguer. Acho que deveria ser chamado de “prédioburguer”. – Eu tentava morder aquilo, mas não conseguia de tão grande, enquanto isso Dante ria e tomava um pouco de refrigerante. – Desisto eu perdi a pratica para comer isso.

– Vamos Ninha é só você ir devagar, coma pelas beiradas, sem deixar o recheio cair. – Ele deu outra mordida e apontou para eu fazer o mesmo, eu consegui morder, mas quase todo o recheio saiu do hambúrguer e eu tive que pôr para dentro. – Eu disse sem derrubar o recheio.

– E eu disse que perdi a pratica. – Peguei algumas batatinhas dei um gole no refrigerante e depois voltei a comer o hambúrguer, dessa vez sem deixar cair nada.

Ficamos comendo durante uma hora mais ou menos, eu disse que era muita comida, mas o Dante insistiu que comêssemos tudo, o que ele queria na verdade era tentar me convencer a trabalhar com ele, mas eu o cortei todas as vezes que ele tentou começar o assunto.

– Bom Ninha querida, eu ajudei você com as roupas, fui a funerária e lhe paguei um almoço, acho que podemos nos despedir agora, já que você não quer falar de trabalho comigo.

– Sim, muito obrigada e até amanhã no enterro. – Eu levantei e fui embora, não deixaria que ele ficasse me enchendo o saco. Meu celular tocou e eu atendi sem olhar achando que era Tomás, mas não era.

– Oi Tomás, eu estou no centro, onde quer me ver?

– Boa tarde senhorita Ana Júlia, sinto lhe dizer que não é o Tomás, e sim a secretária do seu último cliente. Ele me pediu para que lhe contatasse já que ficamos sabendo que a senhorita recusou nossa proposta de trabalho.

– Sim, eu fiquei sabendo dessa proposta, mas devido a questões pessoais eu declinei dele.

– Sim nós sabemos, mas mesmo assim, meu chefe queria falar com você, está ocupada agora, quer que eu ligue mais tarde?

– Não, pode colocá-lo na linha, quero acabar logo com isso. – Sentei numa muretinha de um prédio.

– Estou passando a ligação, um instante. – A linha fez um bibe e após alguns segundos outra pessoa atendeu.

– Boa tarde. – Era uma voz feminina.

– Boa tarde, eu estou falando com a pessoa certa?

– Sim senhorita Ana Júlia, você está, sou Amanda Vargas, presidente da filial de uma empresa da qual você não conhece, ela trabalha com desejos, o que meus clientes desejam eu tenho que ir atrás.

– Eu entendo, mas esse desejo vai além do que eu aceito como trabalho, pois estou envolvida com uma pessoa da família a qual pertencem os objetos e eu não misturo trabalho e vida pessoal.

– Fiquei sabendo do seu caso amoroso com o filho do dono dos objetos, sei que considera traição, mas você não pensa em si mesma? Esse dinheiro pode ser muito bom para você.

– Senhora Vargas eu agradeço a sua preocupação com o meu futuro e que você tenha me escolhido, mas minha resposta é não. Eu acabei de perder uma pessoa muito importante para mim e acho que isso me fez repensar na minha vida, então eu passo essa.

– Certo, pode me fazer uma consultoria então? Eu vou contratar um ladrão chamado Máscara Negra, você o conhece? – Ela estava de brincadeira comigo, queira me deixar com raiva. Máscara Negra era um idiota, um perdedor, incapaz perto de mim, mas se achava o tal e já realizara alguns bons roubos.

– Sim, ele não é de todo ruim, se Dante conseguir desativar os alarmes por um bom tempo ele consegue, já que não é tão rápido e ágil.

– Certo, muito obrigada senhorita e espero que um dia você ainda possa trabalhar para nós. – Ela desligou sem que eu pudesse dar uma resposta e eu fiquei sentada pensando no que significava aquela conversa.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam?

Volto sábado que vem no máximo

Bjs my little birds



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