Amor Cumplice escrita por Bia chan
Notas iniciais do capítulo
Olá meus amores >.
Eu queria agradecer a linda da Grey Salvatore pelo comentário, foi muito estimulante, então esse capítulo vai para você ^^
Enjoy
– Olá – Dante disse com um sorriso que parecia sincero e estendeu a mão para cumprimentar Tomás. – É um prazer conhecê-lo.
– Digo o mesmo – Tomás o cumprimentou de volta e sorriu presunçoso.
– Bom, eu acho que já vou indo, como já fiz o que tinha para fazer aqui, vou voltar ao hospital e me despedir da sua avó. – Disse Dante levantando e pegando sua bandeja.
– Calma Dan, me espera que eu vou com você. Minha avó não vai gostar que você volte desacompanhado – Eu puxei a bandeja dele para baixo e ele sentou de novo e eu voltei a comer. – Tomás você não prefere sentar em vez de ficar com esses braços em volta do meu pescoço?
– Não preferia, mas como você insiste... – Ele puxou a cadeira ao meu lado e sentou. Ele estava desconfortável e eu sabia, mas não iria fazer o jogo dele, não hoje.
Eu terminei de comer em silêncio e os três fomos até o hospital, quando chegamos pedi para o Tomás esperar na entrada, ele pareceu não ligar e ficou mandando mensagens no celular.
– Seu namorado é bem ciumento hein. – Dante debochava de mim no elevador.
– Pelo menos ele não é ladrão.
– Claro que não, ele é rico caso não saiba.
– Eu sei, já fui à casa dele, mas o que mais me preocupa é que ele é assistente na delegacia.
– Tá de brincadeira? Você está namorando um garoto rico que dá uma de mini policial nas horas vagas? – Ele me encarou como se não acreditasse. – Você não é a Mulher Gato Ninha, não devia se arriscar assim, se for presa não acho que o seu Bruce Wayne vai lhe tirar da cadeia.
– E é para isso que você está aqui não é? Como disse minha avó, você é meu melhor amigo, meu porto seguro.
– Sou sua segunda opção isso sim, mas tudo bem, quero ver o que isso vai dar. – A porta do elevador abriu e nós saímos. Dante puxou o celular do meu bolso e acionou a câmera tirando uma foto nossa. Depois desbloqueou e começou a digitar sem deixar eu ver, quando terminou jogou o celular em cima de mim. Olhei e o contato dele estava na minha agenda com a nossa foto, na qual eu estava horrível.
– Sempre engraçado você. – Eu sorri e ele me envolveu num quase abraço.
– Esse é meu charme Ninha. – Entramos no quarto da minha avó conversando sobre fotos e vimos minha avó entubada e inconsciente. Eu corri até a cama. E fiquei chamando por minha avó, sem perceber Dante saiu do quarto e voltou com o médico que logo começou a nos explicar que ela não conseguia respirar e chamou a enfermeira, e que tiveram que colocar ela nos aparelhos, mas não estava funcionando muito, o médico achava que ela não conseguiria passar do fim semana, mas eu não acreditava nisso.
Como ainda eram 14:00 resolvi ir para casa e voltar no hospital de noitinha. Me despedi de Dante na portaria e fui encontrar Tomás onde ele havia ficado, mas ele não estava lá e eu sabia que era de propósito. Mesmo assim resolvi ligar para ele. No quarto toque ele atendeu.
– Oi Ana, eu tive que vir voando para delegacia, parece que houve um incêndio criminoso na zona sul e eu acho que vou ter que ir para lá, mesmo que eu não vá tenho que ficar por aqui. Podemos nos ver de noite?
– Acho que sim, eu vou para casa, mas lá para umas 18:00 eu vou voltar para o hospital para ver se a minha avó melhorou um pouco.
– Ela teve outra recaída? – Antes que eu pudesse responder pude ouvir alguém o chamando.
– De noite a gente conversa Tomás. – E eu desliguei.
As ruas estavam vazias por mais que fosse uma tarde tranquila de sábado, por isso acabei parando e comprando um café em uma cafeteria movimentada, mas que eu amava.
Cheguei em casa e deixei o corpo cair em cima do sofá. Eu realmente não sabia quanto tempo iria aguentar mais com a minha vó no hospital, aquilo era muito para mim. Acho que tudo que estava acontecendo na minha vida era muito, nova escola, o Tomás, a volta do Dante, o roubo que podia me fazer descansar por meses, era muita coisa para uma semana só. Suspirei e fechei os olhos e por incrível que pareça adormeci.
Acordei com o meu celular tocando e por incrível que pareça foi bom porque eu estava em um pesadelo horrível. Atendi o celular ainda meio sonolenta e confusa e sem ver quem era.
– Alô?
– Alô senhorita Ana Júlia? Aqui é do hospital São Martins e precisamos que a senhorita venha imediatamente para cá, o médico quer falar pessoalmente com você.
– Estou indo. – Respondendo isso eu sai correndo de casa com o coração a mil, peguei o primeiro ônibus que passou que não parava exatamente em frente ao hospital, mas era perto e dava para eu ir correndo.
Quando eu cheguei ao quarto da minha avó a porta estava fechada e o médico estava na porta com uma enfermeira e ambos preenchiam algumas fichas. Quando ele me viu dispensou a enfermeira e se aproximou de mim.
– Ana, eu acho que você sabe o que aconteceu. – Ele soltou um suspiro. E eu senti uma lágrima descendo por meu rosto. – Sinto em dizer mas sua avó faleceu faz quinze minutos, ela teve um ataque cardíaco e dessa vez não conseguimos salvá-la, sinto muito mesmo.
– Eu...eu posso vê-la?
– Claro, e leve essas fichas com você, preciso que preencha-as para a liberação do corpo para o enterro e preciso também que traga roupas colocarmos nela. – O médico me deu uma prancheta com caneta e se afastou.
Quando cheguei à porta, parei um instante e respirei fundo antes de abrir a maçaneta e entrar. Havia uma cortina antes da cama da minha avó, eu a afastei e quando a vi ali deitada, imóvel, cai no chão e chorei, muito, de soluçar, de dor o peito. Quando consegui parar levantei e fiquei olhando para ela com os olhos marejados. Toquei seu rosto, beijei sua testa e senti seu cheiro uma última vez, sentei então na cadeira ao lado da cama e liguei para Dante.
– Alô – Disse ele em um tom grosso, devia estar trabalhando em algo.
– Dan, a vovó morreu. – Eu disse e voltei a chorar.
– Ninha... Meus pêsames, você quer que eu vá para ai? Precisa de alguma coisa? O enterro você já sabe onde vai ser?
– Não precisa vir, não agora, eu queria que você viesse amanhã para me ajudar a juntar as coisas dela, escolher a roupa para colocar nela, essas coisas. Você pode vir?
– Posso – A voz dele estava mais caída e parecia que ele estava chorando. – Estarei na sua casa às dez em ponto.
– Está certo, obrigada e até... – Desliguei o telefone, voltei a olhar minha avó e resolvi ir, não havia mais nada a fazer.
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E aí o que acharam??
A música do final a letra não tem muito a ver com o trecho, mas eu adoro ela, por isso eu pus.
Beijos de Luz Bia
E bom começo de ano