Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 12
Memórias...


Notas iniciais do capítulo

Desculpas, acho que é o mínimo que eu posso dizer

E divirtam-se



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***2 anos antes***

Estava sentada no canto do pátio coberta de lixo, entulho e toda molhada. Sim eu parecia uma coitada, talvez eu fosse, mas não queria a dó nem a piedade de ninguém, não por aquilo. E foi então que ele se aproximou, eu não o conhecia, tinha certeza disso, mas algo o atraiu até mim, mas eu via em seu olhar que não era pena nem dó.

– Ei você menina, olha pra mim. – Ele me chamou de longe, mas eu fingi não ouvi-lo. Mas ele insistiu... – Garota eu tô falando com você, dá pra você prestar atenção?

Continuei a ignorá-lo e isso parece que o deixou irritado e mais curioso, ele veio até mim e puxou meu cabelo até conseguir ver meu rosto.

– Eu estava falando com você caso não tenha percebido.

– Caso você não tenha visto eu estou ocupada tentando me limpar e pensando como eu vou voltar à minha sala para pegar o meu material. – Eu puxei a mão dele do meu cabelo e voltei a olhar para o chão.

– Levanta, vamos levanta que eu não tenho o dia todo. – Ele começou a puxar meu braço.

– O que você quer de mim? – Perguntei levantando e o encarando.

– Vou te ajudar.

– E porque você faria isso? – Eu estava extremamente desconfiada.

– Porque eu sei pelo que você está passando, ou você acha que é a única bolsista por aqui? Não, eu já passei por coisa pior do que você passou hoje, mas como você vê eu ainda estou vivo e vou te ajudar, agora para de me olhar desconfiada e me siga.

Eu queria saber quem era ele, mas acho que ele não diria tão fácil, então resolvi entrar na dele, o dia não podia piorar, ou podia?

Ele me levou até o ginásio, tirou uma chave do bolso e abriu a porta, lá dentro fomos até o vestiário, onde ele abriu um armário e tirou uma muda de roupa, uma toalha e uma necessaire.

– O banheiro é ali atrás e os chuveiros do lado esquerdo tem água quente. Vou esperar você aqui.

– Sério? Você acha mesmo que eu vou tomar banho enquanto você fica aqui? Você acha que eu sou boba? Isso é mais uma armação daquelas meninas. Quanto você recebeu pra isso?

Ele começou a rir, e muito, quando parou ficou me encarando e depois de um tempo foi se aproximando de mim até me acuar contra a parede.

– Moça seu eu realmente fosse acabar com você não seria assim que eu faria e além do mais já contei minha história para você, se não acredita ótimo a saída você já sabe por onde é, mas se você tem um pingo de confiança e amor por si mesma, porque você está horrível e não está podendo recusar ajuda, entre naquele banheiro antes que meu altruísmo se esgote.

Eu tinha medo dele, mas achei que ele estava sendo verdadeiro e eu fui. Tomei banho e me troquei e quando voltei ele estava lá, sentado com toda a paz do mundo, olhando o celular.

– Está pronta? – Ele não desviou os olhos do celular.

– Sim, as roupas estão meio grande, mas estou mais apresentável do que antes.

– Qualquer coisa seria mais apresentável do o seu etilo antigo. Agora vamos ao próximo passo, achar sua mochila.

– Ela não está perdida, está na minha sala, o problema é entrar lá e pegar.

– Gata, você não sabe quem está falando, a única que eu preciso saber é onde é a sua sala e em aula do que você estaria.

– Minha sala é no terceiro andar, a penúltima do lado direito e eu estaria em aula de Biologia.

– Você não tinha como facilitar, bom vou precisar que você venha comigo e que vá até minha sala no segundo andar, terceira a esquerda, você vai falar com o Carlos e pegar minhas coisas, se alguém perguntar sobre mim você fala que eu te paguei cinco reais e você não sabe de nada, entendeu?

– Sim. – “Eu acho” pensei comigo.

Voltamos ao prédio da escola e quando chegamos ao segundo andar nos separamos. Segui até a sala que ele falou e entrei nela, o professor não notou, ele estava lendo e a sala estava uma completa confusão. Eu não tinha noção de onde começar a procurar a mochila até que vi uma garota e um rapaz que estavam meio que isolados de toda aquela bagunça, decidi ir até eles.

– Oi por acaso vocês sabem quem é Carlos? – Perguntei

– Depende de quem pergunta.

– É que um cara me encontrou no corredor e me pagou cinco reais para vir aqui pegar a mochila dele. – Sim eu consegui lembrar a mentira.

– O Dante está muito folgado – Disse a garota se levantando e pegando uma mochila toda surrada – Aqui está e quando você entrega-la fala pra ele que a gente precisa falar com ele.

– Pode deixar moça – Eu dei uma piscadinha e sai da sala rapidamente, mal fechei a porta e o garoto (Dante) estava me esperando já, puxou a mochila e saiu andando.

– Ei espera, dá minha mochila e uma moça na sua sala falou que precisava falar com você. – Eu sai correndo atrás dele.

– Vamos logo, pare de enrolar, e sobre a garota eu resolvo depois, ela não pediu para você voltar né?

– Não.

Ótimo. Agora vamos embora – Chegamos ao térreo e seguimos para o pátio que ficava no fundo da escola. – Agora vem a pior parte, como você deve saber a escola toda é vigiada por câmeras para que não fujamos, porém sempre há uma brecha. As câmeras desse lado do pátio não nos filmam completamente tem uma faixa de um metro e meio de largura pela qual vamos correr até o muro, quando chegar ao muro, você tem que ser rápida por lá as câmeras conseguem te ver, mas elas giram então você tem dois minutos para subir sem ser vista – Ele deu uma pausa para respirar. – Você acha que consegue?

– Acho que não custa tentar.

– Mais uma coisa, coloque esse casaco e ponha o capuz, e caso sejamos pegos você me implorou para te tirar daqui e me pagou. – Ele me deu um moletom preto que eu vesti rapidamente. – Vamos, fique ali – Ele apontou para um local entre duas colunas e eu parei bem no meio. – Isso agora quando eu der o sinal você sai correndo, pula nas trepadeiras do muro escala e fica sentada em cima me esperando, não desça senão a câmera da rua vai ver. Pronta?

Eu fiz sinal positivo com a mão e ele levantou o braço e ficou olhando para as câmeras do muro, quando eu menos esperava ele abaixou o braço e eu sai correndo, cheguei ao muro e comecei a escalar, não foi difícil admito, acho que fiz tudo em menos de três minutos. Sentei no muro e fiquei olhando ele se preparar. Ele fez exatamente o mesmo que eu, só que um pouco mais lento e com menos leveza. Quando ele sentou ao meu lado estava um pouco cansado, mas bem.

– Bom agora vem à descida, a mesma margem de dois minutos para descer. Seu tempo começa agora. – Ele bateu nas minhas costas e eu comecei a descer, primeiro virei de costas para o muro e fui encaixando o pé onde dava. – 30 segundos Dante - gritou lá de cima e eu pulei na calçada e atravessei a rua.

Ele desceu todo atrapalhado e eu tentei não rir, mas fez isso antes do tempo acabar (sim eu cronometrei) e veio me encontrar.

– Bom é aqui que eu me despediria de você, mas quero lhe perguntar algumas coisas e ver se está disposta a trabalhar comigo.

– Trabalhar? Tirando alunos da escola? Eu acho que passo, como você notou não sou muito popular. – Eu sai andando e ele veio me acompanhar com um sorriso um tanto suspeito no rosto.

– Minha cara o trabalho que eu quero lhe propor é muito mais do que arrancar a mesada dos riquinhos dessa escola, eu tenho algo muito maior para você e que lhe dará um conforto econômico muito maior.

– Tá você começou a me convencer, agora me conta tudo e vamos ver se eu topo.

– Assim que eu gosto, mas isso não pode ser discutido no meio da rua, vamos vou levar você para comer e lá conversaremos....

E eu fui na lanchonete que um dia viraria meu trabalho legal e conheci aquele que me tiraria da legalidade, do meu rumo e da miséria também.

Também posso dizer que ele roubaria meu coração.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?

Comentem por favor isso me motiva a escrever, me dá ideias >.
Beijos meus bolinhos de arroz e até breve =*



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