Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 11
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oiiee
Eu disse que daria um tempo nas postagens, mas estou em semana de palestras o que me deu um tempinho a mais para escrever

Espero que vocês se divirtam

Bjs Bia-chan



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Acordei com o toque do meu celular, mas Tomás não, decidir deixá-lo dormir e sai de fininho da cama, peguei o celular na bolsa e vi que já eram quase dez horas e haviam várias chamada perdidas do hospital. Liguei de volta e uma enfermeira atendeu.

– Bom dia como posso ajudar?

– Bom dia, eu chequei meu celular agora pouco e vi que haviam várias chamadas perdidas, queria saber do que se trata. Minha avó está internada o nome dela é Luiza Anjos dos Santos.

– Ah sim, eu liguei porque preciso que você compareça o mais breve possível ao hospital.

– Aconteceu algo de grave?

– Eu não sei dizer meu anjo, o médico só pediu para que eu ligasse.

– Ok, eu já estou a caminho. – Desliguei o telefone e minha preocupação oscilava, eu dizia a mim mesma que estava tudo certo, mas ainda sim não conseguia acreditar em minhas palavras.

Me vesti correndo e peguei um papel em cima da bancada e rabisquei um bilhete pedindo desculpas a Tomás e de dizendo meu motivo de sair, peguei a mochila e eu já estava saindo quando algo me fez parar. Tomás se mexera e falara eu achei que ele tinha acordado, mas era só um sonho, um sonho comigo. Ele dizia meu nome e coisas sem sentido. Voltei e lhe dei um beijo rápido e ele acalmou. Em seguida eu já corria escada abaixo.

Não havia ninguém no primeiro andar então eu mesma abri a porta e sai a mil na rua, para minha sorte um ônibus vinha vindo e eu não tive que esperar. Desci no hospital e passei como um raio pela recepção, quando cheguei ao 9º andar respirei fundo antes de ir falar com o médico que terminava de dar algumas instruções a uma enfermeira.

– Doutor, você mandou me chamar – Eu disse assim que ele dispensou a enfermeira.

– Sim, sim Ana, sua avó pediu para vê-la, ela teve uma recaída ontem, então achou melhor que você viesse antes que algo de pior acontecesse.

– Certo, eu vou entrar então. – Meu coração desacelerou um pouco. Ela estava viva, mal, mas viva.

Luiza estava dormindo quando eu entrei, então deixei minha mochila na cadeira e resolvi ir pegar algo na máquina de bebidas no fim do corredor. Escolhi uma Coca-Cola para me dar algumas energias.

Voltei para o quarto e minha avó havia acordado e estava sentada olhando para janela.

– Oi vó – Eu disse indo abraça-la. – O médico disse que você piorou o que houve?

– Eu tive uma parada cardíaca, mas nada grave. Acho que vou sobreviver mais alguns dias.

– COMO ASSIM NADA GRAVE? Uma parada cardíaca é grave, por mais que não mate sempre, ela é grave. O que você fez? – Eu estava indignada.

– Eu não fiz nada acho que foi o remédio novo que eles estão me dando.

– Então pare de tomar e eu vou falar com o médico depois.

– Sempre brava e mando, como sua mãe – ela me olhava com ternura, vendo em mim o reflexo da minha mãe. Eu admirava minha mãe até o fim, mesmo com todos os erros ela era perfeitamente linda e forte, mas aquele homem a quem eu consegui chamar de pai a estragou a fez ficar totalmente diferente e a fez morrer. Se um dia eu o encontrasse teríamos problemas.

– Tenho que ser assim, já que a senhora não se cuida direito.

– Meu pardal você sabe que eu não tenho mais jeito, vou morrer o médico já deve ter lhe dito isso.

– Você não vai morrer, não enquanto eu puder evitar.

– Você não pode evitar isso para sempre, os remédios não estão mais fazendo efeito, estão fazendo mais mal do que bem na verdade. – Meus olhos encheram de lágrimas e ela pegou minha mão. – Você não tem que temer minha partida, só aceitá-la e conviver com ela, porque por mais que eu parta estarei sempre no seu coração.

– Eu sei, só não quero que a senhora vá agora, com quem eu irei ficar? Você é minha única família, e a que eu mais amo. – Minha voz saia totalmente embargada e era tomada por soluços.

– Você certamente vai encontrar alguém para ser sua nova família, na verdade eu chamei alguém para vê-la. Ele deve chegar na hora do almoço.

– Ele? – Meu coração gelou. Quem minha avó poderia ter chamado? Tomás não, porque ela não o conhecia, ou conhecia, ele havia vindo ao hospital me procurar e pode ter falado com ela, mas também pode ser “aquele homem”, se bem que eu acho que ela não mantém contato com ele.

– Sim, uma pessoa amada para momentos difíceis, vai ser uma surpresa para você. Agora vá tomar um ar que lugar de gente nova não é dentro do hospital, volte na hora do almoço.

– Mas isso é daqui uma hora e meia. – eu olhava para o relógio que marcava 10:30.

– Vá ao shopping é aqui pertinho, mas não almoce, eu prometi a ele que vocês iam almoçar juntos.

– Vamos vó me dê uma pista sobre ele.

– Eu já te dei uma pista, já disse que é ele e eu não quero estragar a surpresa, agora vai,vai. Só volte meio dia e dez, porque ele sempre atrasa.

Eu bufei, virei os olhos e ela me ignorou voltando a olhar pela janela, eu peguei meu celular na bolsa e fui ao shopping.

Era rápido chegar ao shopping, uns dez minutos de caminhada rápida eram o suficiente, mas eu não estava a fim de ir então demorei uns bons vinte minutos. Quando cheguei fiquei sentada num banco perto da porta olhando o movimento da rua. Devia ter trazido meu livro, mas eu sai com pressa e só peguei o celular. Que estranhamente mostrava que eu tinha mensagens. A primeira era da Vanessa.

“Adorei à tarde no shopping. Espero que tenha gostado também, a próxima vez será para irmos ao cinema você topa?”

“Claro que topo, assim que eu receber mês que vem nós vamos.”

A outra mensagem era do Tomás.

“Sua avó está bem? Assim que der me liga”

Resolvi que ligaria depois do meu “encontro” de almoço.

Havia também uma ligação perdida que não era do hospital, o número eu não reconhecia, então resolvi retornar.

– Alô?- Falei assim que o telefone parou de chamar. – Oi, eu recebi uma ligação de vocês hoje no meu celular e queria saber o porque.

– Olá, bom dia. Posso saber seu nome para que eu possa checar o motivo da ligação.

–Bom dia, sou Ana Julia.

– Sim, senhorita Ana Julia, meu chefe pediu para que eu ligasse para que conversássemos acerca de um trabalho que você realizou para ele.

Eu não estava acreditando, o cara do último roubo queria que eu realizasse outro, estava me ligando para isso? Aquilo era absurdo além de indiscreto.

– Seu chefe tem noção do risco que eu estou correndo?

– Ele tem sim, esse número é muito bem protegido, tanto que se alguém tentar acessar essa ligação não conseguirá seu número.

– Certo, assim eu fico mais tranquila, mas o que seu chefe quer comigo?

– Ele precisa de outro serviço seu, as especificações viram depois que você aceitar esse trabalho.

– Olha eu não costumo aceitar trabalho de um mesmo negociante ainda mais de um que quase me fez ser presa.

– Mas a recompensa será maior que a primeira, em vez de 3 mil serão 5,5 mil. O que acha?

– Preciso analisar o que vai ser pego no negócio, onde está e como será feito o pagamento e a entrega, porque não irei correr o risco de novo de ser pega.

– Sim, sim senhorita, mandarei tudo no endereço da última vez, segunda feira e peço que você responda no máximo até quarta às 15:00 por favor.

– Certo, tenha um bom dia senhora.

– A senhorita também – E eu desliguei e fiquei encarando o céu, será que eu deveria aceitar aquele trabalho? Parecia uma roubada, mas eu poderia passar uns meses sem trabalhos extras e tinha também as despesas do hospital... Eram coisas a serem pensadas, mas não agora, porque já eram 11:55 e eu tinha um “convidado” para receber.

Voltei bem depressa ao hospital, mas sem correr. Cheguei ao quarto exatamente 12:06 para dar a minha avó o prazer de me mostrar o desconhecido, que não era desconhecido.

Abri a porta e o rapaz estava de costas, conversava animadamente com minha avó, até a fazia rir. Fiquei parada um pouco na porta observando os dois, tentando ver se eu descobria que era aquele ser. Mas nada, nem a aparência das costas, nem a voz, nada me lembrava de ninguém. Decidi me aproximar.

– Pardal você voltou. Como foi no shopping?

– Tranquilo pena que não pude almoçar estava tudo tão vazio.

– Acho que você tem razão, não vale a pena me esperar para almoçar. Eu mesmo não esperaria. – O rapaz virou para mim e quando eu vi seu rosto congelei.

– Então, o que achou da minha surpresa?

– Eu...Eu acho que ela realmente me surpreendeu – Respondi pasma a olhar para o rapaz sentado no banco e para minha avó sorrindo sem parar.

Eu estava realmente surpresa. E perdida também.


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Notas finais do capítulo

Agora é que o bicho vai pegar kkk Quem vocês acham que é a "surpresa" da vó da Ana?

E ai o que acharam?
Comentários?

Bia-chan



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