Capítulo 16:

Pov. Duda

Minha raiva pelo Juca estava cada vez maior, o pior é que ele estava me batendo muito mais do que eu nele, mas eu não podia deixar isso assim. Eu tava caído no chão por causa do soco que ele me deu na barriga, mas consegui me levantar e como ele estava indo em bora, dei uma rasteira no mesmo. Ele praticamente voou pro chão e quando caiu gritou de dor. Saí correndo, pois se algum funcionário visse aquilo era suspenção na certa.

Entrei no quarto ainda assustado, estava com medo que aquele idiota contasse tudo pro Jonas. Fiquei mais assustado ainda quando vi Bia sentada na minha cama, fiquei olhando pra ela com uma cara tipo “hã?” e não sabia oque dizer.

Bia- O que aconteceu?

Duda- Eu que pergunto! Porque você ta aqui?

Bia- Eu só vim falar com você rapidinho.

Duda- Fala aí!

Bia-Olha... Eu não sei deveria estar te contando isso, até porque se eu te conheço, sei bem que depois vai ficar se achando. –Ela disse e parou.

Duda- Fala logo Bia!

Bia- Lembra que você me perguntou por que eu tinha te ajudado naquela noite que você bebeu? –Concordei com a cabeça. – Eu fiz isso porque apesar de tudo eu gosto de você Duda!

Não sabia exatamente oque tava acontecendo, até captar a informação fiquei olhando para ela com uma cara de desentendido, mas depois que todas aquelas palavras fizeram sentido na inha cabeça eu abri o maior sorriso do mundo.

Duda- Eu também gosto de você!

Ela se aproximou de mim e ficamos a milímetros de distância, eu não acredito que isso estava acontecendo! Mas como alegria de pobre dura pouco, ao invés de me beijar ela simplesmente saiu do quarto sem mais nem menos. Quer saber? Eu nem me importei com isso, estava mais feliz que nunca. Deitei na minha cama com um sorriso no rosto e fiquei lá por um tempo.

Pov. Pata

Decidi tomar um ar antes das aulas começarem e por isso fui até o jardim que aparentemente estava vazio. Sentei na grama e viajei nos meus pensamentos, até que tive a impressão de ouvir alguém gritar. Parei e fiquei atenta, ouvi novamente e me levantei para procurar quem estava fazendo isso. Olhei para os lados e percebi que tinha alguém á minha esquerda, e fui correndo até lá.

Pata- O que ta acontecendo? –Disse um tanto desesperada e paralisei quando vi que era o Juca caído no chão com muita dor.

Juca- Até que em fim alguém chegou.

Pata- Porque você ta assim? –Disse me ajoelhando.

Juca- O idiota do Duda me deu uma rasteira. –Disse se sentando com a minha ajuda.

Pata- Você não consegue levantar?

Juca- Não sei, eu torci o tornozelo, mas acho q da pra levantar sim. O problema é o meu braço.

Pata- O que tem seu braço?

Juca- Não sei, ta doendo muito. Mas não deve ser nada, melhor a gente ir.

Pata- Pera aí! É melhor você ir na enfermaria, vai que aconteceu alguma coisa?

Juca- Não aconteceu nada!

Pata- Você consegue mexer seu braço? –Eu disse e ele tentou mexer, sem sucesso. –Ta vendo? Vamos! –Eu disse puxando ele.

Juca- Mas eu não quero dizer que eu e o Duda brigamos. –Disse no caminho

Pata- Porque não?

Juca- Se o Jonas souber com certeza vai dar no mínimo uma suspenção.

Pata- É só você inventar alguma coisa.

Nós fomos até a enfermaria e descobrimos que o Duda quase quebrou o braço, a enfermeira teve imobilizar. Fiquei esperando lá, não sei por que, mas preferi assim. Depois nós saímos e fomos direto para a aula, pois ela já tinha começado e estávamos atrasados.

Pov. Thiaguinho

Como hoje é sexta-feira, só tem uma aula depois do almoço, depois disso a gente ta finalmente liberada pra ir embora. Eu estava com a Tati guardando o material no armário.

Thiaguinho- Já que o povo ta de castigo, oque você acha de a gente fazer alguma coisa amanhã?

Tati- Pode ser, mas oque?

Thiaguinho- Sei lá, qualquer coisa!

Tati- Então amanhã você passa lá em casa depois do almoço, daí a gente decide!

Thiaguinho- Aham! –Disse com um sorriso no rosto.

Matheus- Vocês viram a Ana? –Disse se aproximando de nós.

Tati- Eu acho que ela foi pro quarto, mas não tenho certeza.

Matheus- Valeu! –Disse saindo.

Thiaguinho- O que será que deu?

Tati- Sei lá! Mas espero que ele e a Ana se entendam de uma vez, ela anda tão tristinha.

Thiaguinho- Coitada!

Pov. Ana

Decidi ir para o quarto já que não tinha muito oque fazer, mas depois me lembrei de que tinha esquecido meu celular na sala de aula, e quando fui sair do quarto, o Matheus entrou e eu fiquei olhando para ele sem entender.

Matheus- Oi.

Ana- Oi (?)

Matheus- Eu sei que eu não deveria entrar assim do nada, mas é que eu não quero mais ficar brigado com você. –Ele disse e eu sorri.

Ana- Eu também não.

Matheus- Vamos fazer alguma coisa nesse fim de semana? Pra gente conversar melhor.

Ana- Eu não posso –Disse com um ar triste. – To de castigo aqui na escola nesse fim de semana.

Matheus- Já? O que você fez?

Ana- O pior é que eu não fiz nada, mas você sabe como é o Jonas, vê coisa até onde não tem!

Matheus- Mas oque aconteceu?

Ana- Eu fui pegar água de noite e o Binho também foi, daí a gente se encontrou e começamos a conversar, mas o Jonas apareceu e disse que a gente tava se pegando, não nessas palavras é claro... Que raiva.

Matheus- O Binho, é? Então ele vai ficar de castigo também?

Ana- Sim. E de brinde a sonsa da Teca também vai!

Matheus- E oque ela tem a ver com a história?

Ana- Nada, mas parece que ela beijou o Binho e o Jonas viu, algo assim.

Matheus- Hum... Que pena que a gente não vai poder sair. Até segunda! –Disse me dando um selinho e depois saiu do quarto.

Abri um sorriso do tamanho do universo e fui atrás do meu celular. Cheguei na sala, peguei ele e quando fui sair o Binho estava entrando.

Ana- Oi! –Eu disse sorridente, pois ainda não acreditava no que havia acontecido agora pouco.

Binho- Oi... O que aconteceu pra você ta tão feliz?

Ana- Nada de mais. –Disse saindo, mas ele me puxou.

Binho- Eu te conheço Ana, pode falar! –Disse cruzando os braços.

Ana- Ta bom. É que eu e o Matheus nos acertamos!

Binho- Como assim? Vocês estão juntos?

Ana- Mais ou menos...

Binho- Hum... Que bom pra vocês. Eu só vou pegar meu livro... Eu tinha esquecido! – Disse pegando o livro, todo atrapalhado por sinal.

Ana- Eu tinha esquecido meu celular. Tchau Binho! –Disse saindo.

Continua...