Paradiso escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 6
13 de março de 2014


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho, mas acho que está bom. Espero que gostem!



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Desculpem pela demora. O problema é que só agora que consegui meu notebook de volta.

Eu vou explicar tudo para vocês, podem ficar tranquilos.

Bem, vou começar por onde vocês viram acabar.

A mulher que me pegou se chama Magdalena Anastasiya. Ela não é muito de conversar. E ela odeia palavrões. Como ela me assusta mais do que uma Henrietta irritada com uma faca de cozinha, eu não xingo perto dela.

Magdalena é uma vingadora como eu. Ela foi contratada para me proteger. Adivinha de quem?

Aham, isso aí, você tá chegando perto, jovem padawan.

Da Melinda.

Muito bem, você acertou!

A maldita tá querendo me enterrar. Enterrar debaixo do pé do capeta.

Não, você não tá me entendendo.

Ela quer me por na cadeia.

No dia seguinte ao que Magdalena me sequestrou, apareceu no noticiário que eu matei alguém. Não, não “alguém”. Eu supostamente matei uma família inteira. Duas crianças, a mãe, o pai e os avós que moravam ali. Magdalena está me deixando fora do radar até que as coisas possam ser esclarecidas.

O que quer dizer: até que nós encontremos uma forma de ameaçar a Melinda que seja eficaz o suficiente para que ela faça toda essa história desaparecer.

Problema: estamos nisso desde o dia 26 de fevereiro e não encontramos nenhuma brecha. A vida vadia é feita de aço. Nenhuma ponta solta. A vida dela parece começar em Melinda e terminar nela.

Pais: mortos.

Ex-namorados: mortos (eu meio que tava esperando essa).

Filhos: nenhum.

Amigos: nenhum (eu também vi essa chegando).

Animais de estimação: nenhum (podia jurar que ela tinha um dragão que o diabo deu pra ela pelo bom trabalho, mas enfim...).

Alergias: não há registros.

Ela poderia ser filha da Madre Teresa de Calcutá com nossa falta de registros!

Bem, a falta de registros.

Magdelena não gosta nem um pouco da minha decisão me manter meus capítulos com vocês, mas vou continuar com eles. Ela não pode me impedir de fazer o que eu quero. Ela já tá sendo uma tirana, pelo menos isso ela tem que permitir!

Eu levei três dias para convencê-la a pegar Arlo lá em casa. Depois disso, uma semana pra conseguir meu notebook reserva, onde tem o back-up de tudo que eu faço. E até agora não consegui convence-la a irmos no restaurante do Tom.

Estou com saudade daquela torta de morango e do café com leite...

Ok, quem eu estou querendo enganar com essa história?

Eu estou com saudade de Etta

Eu preciso falar com a Henrietta.

Tudo vai de mal a pior com ela. Não queria que fosse assim.

Para ela eu sou um canalha, um traído e agora uma merda de assassino brutal.

–Ei, mas eu vou me livrar de você! –Magdalena grita.

Bem, eu fui checar o que era.

Aparentemente, Arlo entrou na gaveta de roupas intimas de Magdalena e ela queria retaliação. Eu tive que arriscar minha vida pra salvar o casco daquela tartaruga.

–Ah, Magda! É só um animal! Não fica assim! Ele não sabia o que tava fazendo, deixa o Arlo! Ele não vai fazer de novo!

–Eu vou arrancar o casco desse desgraçado! Eu disse para deixar esse bicho com alguém!

Ele tentou tirar Arlo das minhas mãos.

–Naaah! –me curvei para proteger Arlo com meu corpo. –Pelo amor de Deus, Magdalena, você não tem coração não, mulher?! Arlo é minha família, droga! –é, o máximo que eu pude dizer foi “droga”.

–Ei! Eu me importei o suficiente com você pra te tirar daquela casa antes que a coisa toda explodisse na sua cara, Zachary Russell!

–Eu prometo que vou cuidar dele. Arlo vai ficar bem longe das suas calcinhas!

Magdalena é bem bronzeada, mas pude ver quando ela ficou vermelha. Aparentemente ela tem algum problema com a palavra “calcinha”. Vai entender.

–Magda, você vai deixar meu Arlo em paz?

–Já te disse para não me chamar de Magda! Ou Lena ou Anastasiya!

–Tá, tá! Lena. –eu fiquei emburrado. Estava cansando dessa posse de Stalin que ela tem. –Você vai deixar Arlo em paz?

–Fique com essa tartaruga pervertida perto de você então!

–Não fale assim dele. –eu agi feito criança.

–E termine logo essa sua porcaria de escrita e vá dormir. Vamos embora daqui assim que o dia raiar!

–Tá! Me deixe um pouco, porra.

Ela bateu na minha cabeça. Com força.

–Filha da... Ok, vou fazer o que tenho que fazer.

Bem, aqui estou eu fazendo o que tenho que fazer.

Voltando ao assunto que me faz sair da minha casa e meu conforto. Melinda e o assassinato que ela forjou pra cima de mim.

Eu não acreditei no começo. Levei dois dias para dar ouvidos à Magdalena e entender toda a situação. Não pensei que Melinda seria capaz de algo assim. Geralmente não exageramos tanto em uma vingança. Eu só fico imaginando se ela matou aquelas pessoas ou se foi só algo extremamente conveniente para ela.

Mas eu devo admitir.

Melinda não era assim antes de...

Bem, antes de mim.

Mas isso é história para outra hora, não estou de bom humor agora. Magdalena fica pegando no meu pé e eu quero torta de morango.

Magdalena Anastasyia está me madando ir pra cama. É como ter uma mãe de novo. Só que uma bem chata que gosta de castigar os animais de estimação dos filhos.

Enfim, tenham um bom dia.


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Notas finais do capítulo

Comentem pessoinhas! Zach sente saudades de vocês hahaha
That's All Folks!