Paradiso escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 5
Dia 25 de Fevereiro de 2014


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo! Queria muito agradecer a todos que comentaram. Eu amei cada um deles, de verdade. Adoro como você falam com o Zach e adoro vocês! Espero que gostem ^^
E gente, nunca é cedo demais pra recomendar viu? *----------------------*



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Bem, quem disse que eu era idiota de sair de noite tomou na cara. Eu estou ótimo! E Arlo também está ótimo. Não há perigo, como eu já disse. É só um idiota achando que é melhor do que eu.

Bem, faz tempo que não escrevo nada. É que eu não estava com humor pra isso. Só aconteceu merda nos últimos dias.

Pra começar eu fui suspenso do meu trabalho. Eu me irritei com o cliente (o viado que eu falei para vocês, lembram dele? O “babaca”) durante uma entrevista. Ele queria saber porquê a demora para a realização da vingança dele. Eu disse que ainda estava pensando. Ele queria uma resposta naquele momento. Ele tava puto. E eu tava puto por causa da Henrietta. Então explodi. Disse que se ele queria se vingar, era só aparecer na porra da empresa com aquela cara de bunda que teria feito meu trabalho. Aí a coisa ficou meio violenta.

E eu fui o primeiro a ser suspenso, o que quer dizer que agora eu faço parte da história daquele inferno! Eles nunca irão me apagar! Todos irão ouvir meu nome.

Mas o ruim é que a maldita da Melinda veio falar comigo.

Ok, vou explicar quem é Melinda.

Ela é a melhor do ramo.

Sim, por mais inacreditável que pareça existe alguém melhor do que eu.

Melinda Steinkopf. Maldita alemã.

Ela se acha incrível e adora dizer isso para mim (que fico em segundo lugar o tempo todo). Hoje ela chegou toda sexy naquele vestido preto e sentou na minha mesa. Ele ficou olhando pra minha cara por um tempo. Ela me deixou desconfortável o suficiente para me fazer parar de guardar minhas coisas e olhar para ela.

–O que é que você quer, praga do diabo?

–Ah... por que todo esse mau humor, Russell?

–Sua presença já é o suficiente pra deixar qualquer um com bom senso puto, Melinda.

–Não consegue olhar para quem sempre está acima de você, Russell?

–Tá falando da sua bunda gorda? Não consigo mesmo. Pode dar licença? Você está tocando nos meus papéis.

–Sabe, Russell, eu sinto muito por você. De verdade. Eu nunca poderia saber como é ser sempre rebaixado. Ser o primeiro a ser suspenso na história da empresa? Eu não conseguiria viver com tanta vergonha.

–Ainda bem que eu sou mais forte do que você, então.

–Oh, acho que estou quase chegando lá.

–Chegando aonde? No trono de Satã? Tá na hora de alimentar o empregado dele?

–Sabe, eu entendo o motivo do seu estresse. Eu também ficaria irritada se a única pessoa que eu me importo percebesse que eu sou uma canalha. É claro que isso não pode acontecer comigo, já que eu não sou uma estúpida como você.

–E também não se importa com ninguém, vale ressaltar.

–Você também não. Bem, pelo menos, não mais.

–Ei! O que aconteceu entre Henrietta e eu fica entre Henrietta e eu, ouviu bem?!

–Claro, querido, ouvi perfeitamente. Mas sabe, são só negócios. Eu não tenho nada contra você, mas com certeza me entende quando digo que é puramente por causa do meu trabalho que estou fazendo isso.

–Mas de que merda você tá falando, Melinda?

E ela me agarrou e me beijou. E tirou um foto. Depois ela saiu da minha sala. Eu ia atrás dela, mas sinceramente, eu não estou a fim de pensar que eu já fui atrás de Melinda. Isso é vergonha demais.

Então vim pra casa. Eu admito que pensei que deveria ir atrás dela. Vai saber pra que ela vai usar aquela porra de foto. Ela é uma vingadora como eu e o gênio aqui achou que seria uma boa ideia foder com o cliente dele. Aposto que o desgraçado contratou os serviços dela. Mas claro que é contra a política da empresa vingadores irem atrás de outros vingadores, não importa de qual filial eles sejam. Acho que ela só está guardando isso como uma apólice de seguro, entende? Caso eu mexa com ela, a vadia vai ter com o que me ameaçar. Se bem que Melinda geralmente não espera motivos para foder com a minha pessoa. Ela não gosta muito de mim. Não que eu me importe, eu prefiro mesmo manter uma relação mais hostil com ela. É mais seguro.

Ah, como isso pode ser mais seguro, você se pergunta. Simples. Ela sempre usa o pior a cada conversa, o que quer dizer que quando estivermos em uma situação mais difícil, vou saber quais pontos ela tentará me atingir. Como ela fez hoje, usando Henrietta. Eu poderia avisar a ela que aquilo tudo não é nada. Que foi Melinda que me agarrou contra a minha vontade. Mas é claro que depois de todas as merdas que eu fiz, vai ser um pouco mais difícil para Henrietta confiar em mim. Mas já é uma ideia.

Eu vou atrás de Henrietta agora. Eu quero remediar as coisas o quanto antes. Melinda não é do tipo que se detém por uma simples norma da empresa. Se o viado for atrás dela e quiser minha cabeça, a maldita vai vir atrás de mim sem pensar duas vezes. Ela sempre esperou por uma oportunidade como essa que eu acabei de dar. Se eu não estivesse tão irritado naquela reunião, tudo estaria, ao menos, estável. Agora tá tudo seguindo perfeitamente bem na direção da boca de Satanás.

Vou pegar meu gravador e passo tudo para você assim que chegar da casa da Etta.

***

Ok, como foi lá? Foi uma merda.

Henrietta tinha companhia. Sim, exatamente o que você está pensando. Uma companhia masculina.

–Eu tô atrapalhando?

–Diria que sim. –ela tentou tapar o interior da casa com o corpo, mas eu vi um cara sentado no sofá dela. –Precisa de alguma coisa? É o meu dia de folga, sabe?

–Eu sei. Por isso vim logo aqui.

–E o que você quer? –ela disse com um tom neutro que ela nunca usou contra mim.

–Eu só queria dizer que... –suspirei. Nunca é fácil pedir desculpas, mas pra mim é difícil no nível de 846516845468352184312131354658187498. –Eu sinto muito, ok?

–Espere, você acabou de dizer que sente muito? Você está morrendo é? Acha que Deus pode te arranjar uma vaguinha lá no céu?

Eu só dei um sorriso. Um sorriso mínimo.

–Não queria ter te magoado. Eu fui um idiota.

–Não, você é um idiota Zach.

–Eu sei. –dei um leve sorriso. –Mas eu sempre fui o seu idiota. Eu gosto de ser idiota se for assim com você.

–Mas eu não preciso de idiotas, Zach.

Ela tentou fechar a porta, mas eu a segurei pelo braço.

–Mas eu preciso de você, Etta. Não quero que nada de ruim esteja entre nós. Eu fui um belo de um imbecil. Você tem todo direito de me querer assando pertinho do pé do capeta, mas, por favor, Etta, não faça isso comigo.

–Você age como se estivesse sendo injusta.

–Você está sendo injusta! Você tem outras pessoas, eu só tenho você!

–É, sei. E quem seria essa? –ela tirou o celular do bolso e me mostrou a foto que Melinda tinha tirado quando me beijou.

–Não é nada disso, Etta.

–É, com certeza que não é isso. E eu achando que... Ah, esquece. Vá embora, Zach. –e ela fechou a porta na minha cara.

Sim, eu vim pra casa logo depois. Ela não ia abrir a porta de novo e, se abrisse, íamos ter uma discussão bem pior do que essa. Vou tentar de novo amanhã. Quem sabe falar com Tom e ver se consigo ao menos fazer com que ela me escute por três minutos.

Ah, e vou deixar o meu software digitar por mim. Minhas mãos estão meio... instáveis. E eu tô cansado.

Tem alguém na porta. É claro que tem alguém na porta! Logo no dia que tudo tá de ruim nível Lúcifer.

–Quem é?!

Não tão respondendo.

–Ei! Calma aí! Para de chutar a porra da porta! Isso aí é carvalho, caralho! Espera! O que você tá fazendo! Fica longe de mim, sua puta de bordel! Larga de mim!

–Cale a boca, Russell!

–Quem é você?! Me solta!

–Eu sou a pessoa que vai salvar sua vida!


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Notas finais do capítulo

Gostarem? Comentem ^^
Zach vai responder a todos ok? Eu obrigo :D
That's All Folks!