A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Mais um capítulo pra vocês aqui. Vamos ver no que esse passeio vai dar, preparados(as)?

Let's go!

XOXO

Shelly Stewart.



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As luzes do parque se acenderam, antes de entrar eu parei para admirar a vista, pequenas lanternas iluminavam a entrada e o caminho. Edward já havia comprado os bilhetes só não sei quando ele fez isso. As estrelas eram pontinhos cintilantes no céu e tornavam essa noite tão especial, olhar para elas fazia meus olhos brilharem, o céu estava realmente incrível!

Edward me levou para dentro, o parque estava enchendo com crianças correndo com algodão doce na mão e adultos correndo atrás das crianças.

– Quer um algodão doce também, benzinho?

Edward brinca esboçando aquele sorriso torto, meu favorito, faço uma careta para ele.

– Você me encheu de batatas, se eu comer esse algodão doce vou vomitar em você. - resmungo brincando também.

– Chega de vômitos por hoje. Fiz uma lista, vamos nos mais leves. - ele me apontou um elevador que parecia do tamanho do prédio da BNW. Se isso era o leve, nem imagino o que ele esteja planejando para o mais extremo.

– Você está brincando, não é? Eu ri um pouco pra ver se ele admitia que não iriamos fazer aquilo, mas ele ficou extremamente sério.

– Não.

Balancei a cabeça rapidamente.

– Por que? Qual é o problema? Está com medo, garotinha?

Sua sobrancelha perfeitamente esculpida estava erguida, era um desafio. Isabella Swan adora desafios.

Virei as costas para ele e marchei até a fila do tal elevador gigante.

Senti Edward enlaçar minha cintura e me puxar contra ele.

– Não me dê as costas desse jeito. - sua voz era ameaçadora ao pé do meu ouvido, mas ao olhar para ele podia ver aquele sorriso cafajeste no rosto e um olhar terno, ele era um caldeirão de sentimentos ao mesmo tempo.

Resolvi não falar nada.

Ouvi um telefone tocar, era o meu. Tateei o vestido até conseguir puxá-lo de dentro do sutiã.

Era Victória.

Os olhos de Edward estavam em mim com toda a certeza, virei o visor de modo que ele não poderia ver quem estava ligando.

– Preciso atender, com licença. - tentei me soltar de seus braços, mas eram como ferro.

Estava chegando a nossa vez e eu precisava muito mesmo atender esta ligação.

– Moça, sugiro que guarde bem este celular, pois ele pode despencar de lá na hora em que o brinquedo descer.

Sacudi a cabeça.

– Mas... Eu preciso atender esta ligação.

Edward me lançou um olhar de aviso e estávamos já sendo levados para as cadeiras.

Não tive como protestar, enlaçaram minha cintura com um super cinto e fecharam a trava de segurança e pediram para eu segurar firme e puxar para ver se estava bem presa.

– Pronto. - e então ele levantou o polegar para mim e foi para Edward verificar se estava tudo bem. Fez isso com as outras pessoas e assim que estava tudo verificado ele se afastou e fez um sinal de positivo para o cara das máquinas. Forcei meu celular a ficar firme dentro dos meus seios, mas eles eram pequenos para segurar firme um aparelho desse em certa velocidade, Edward o pegou da minha mão e enfiou dentro do bolso frontal de sua calça jeans.

Começou a subir devagar, tudo lá em cima estava ficando mais próximo de mim e tudo lá embaixo parecia igual, todos lá embaixo eram iguais, acho que era assim que Deus enxergava todo mundo e era exatamente assim que ele queria que nós lá embaixo enxergássemos também

As cadeiras fizeram um clic e ficaram presas lá em cima. Segurei firme a trava, Edward estava relaxado ao meu lado, os braços soltos e as pernas balançando no ar.

– Sinta isso, Bella. É uma sensação ótima.

Eu estava com medo de me soltar, mas ele estendeu a mão como um convite olhando para mim passando naquele olhar toda a coragem que tinha, me senti confortada com aquele sentimento, estiquei os dedos na palma de sua mão e enlacei os dedos com os seus segurando firme sua mão.

Soltei minha outra mão e deixei minhas pernas leves, sem tirar o olho um segundo de Edward esperei... Ele mordeu o lábio e quando fiz menção de rir o negócio despencou, eu só conseguia gritar, gritar e gritar. Olhando aquele maravilhoso céu a minha frente, mesmo que todo borrado pela velocidade do brinquedo e subia e descia, para no meio do trajeto e depois despencava novamente, parecia que eu estava voando, pés, mãos ao vento e minha voz pairando no ar como se eu tivesse libertando tudo aquilo que estava preso em minha garganta, em meu corpo, mente e coração.

Assim que pousamos lentamente no chão, eu estava rindo, rindo que nem uma retardada enquanto o moço retirava a minha trava e me ajudava a levantar da cadeira.

Edward estava rindo também e passava a mão nos cabelos bagunçados sem arrumar.

– Isso foi incrível! - consegui falar, segurei a barriga porque doía de tanto que eu estava rindo. - Eu poderia me jogar de lá se eu pudesse só pra sentir essa sensação novamente.

Edward para de rir.

– Se joga de lá de cima que eu me jogo junto só pra pegar você. - diz.

Reviro os olhos.

– Provavelmente morreria.

Edward suspirou e me apertou junto ao seu corpo enquanto andávamos pelo parque.

– Eu iria proteger seu corpo com o meu, eu morreria, mas não deixaria que você morresse.

Confesso que isso me tocou de uma forma extraordinária, era assim o amor? Eu não sabia, mas o que quer que fosse isso estava maravilhoso para mim.

– Isso foi profundo, Edward Cullen. - digo sorrindo segurando sua mão. - Assim eu vou acabar me apaixonando.

Edward ri.

– Já era para ter acontecido, meu charme nunca demorou tanto para afetar uma pessoa. Você deve ser anti-homens.

Dessa eu tive que rir.

– Não, eu devo ser anti-Edward. - ele me mostrou a língua de modo muito infantil, eu fiz uma careta. Ele queria que eu me apaixonasse por ele, mas acho que isso já aconteceu... Eu não sei, não dava para admitir isso ainda.

Estávamos próximos a barracas, uma você tinha que acertar o palhaço que estava no meio para ganhar um urso gigante. Outro você tinha que derrubar as latinhas para ganhar uma baleia gigante. Outro você tinha que acertar a cesta de basquete com uma bola que aparentemente parecia grande demais para caber na cesta, nela se você acertasse a cesta, você ganhava a bola de basquete estranha.

Tinha outra barraca típica daquelas que você tem que martelar com muita força pra fazer a bola de metal pesada acertar o final.

No final daquela fileira de barracas, havia uma que tinha uma fileira de patos com olhos diabólicos passando, parei em frente a ela.

Tinha um homem encostado no canto com um palito na boca, o queixo em uma das mãos estava entediado.

– Quer tentar? O homem perguntou quando me viu parada em frente a sua barraca. - Cinco dólares por cinco tentativas.

Ele ergueu a arma de bolinhas, preta e bem projetada, o cartucho continha bolinhas amarelas, era uma arma de pressão. Era como paintball.

E levantou uma sobrancelha em desafio.

– Quer tentar? perguntou novamente. - Acho que é melhor deixar seu namorado tentar ele deve saber atirar melhor que você, moça.

Edward soltou minha mão.

– Deixa comigo. - ele disse.

Balancei a cabeça e coloquei um braço a sua frente o puxando para trás de mim.

– Machistas. - exclamo para os dois. - Me passa essa arma logo, vou derrubar esses patos e você vai me dar meu prêmio.

Passei os cinco dólares a ele que Edward tinha em mãos, ele me entregou a arma de plástico com um cartucho cheio de bolinhas amarelas.

Charlie já havia me ensinado a atirar em Forks disse que era por proteção ou se eu fosse atacada por algum urso. Além de atirar ele me ensinou a lutar. Mantive o sorriso no canto da minha boca, me posicionei como Charlie ensinou, segurei a arma de modo certo.

– Você só tem cinco tentativas, se não acertar as cincos não leva o prêmio e não adianta chorar depois. - o homem disse, eu estava louca para fazê-lo calar a boca.

Bufei ao ouvir tanta ladainha, ele apertou um botão e os patos começaram a andar um pouco rápido demais.

– Isso é trapacear. - falei para ele abaixando a arma de plástico. - Aumentou a velocidade dos patos!

O homem riu e deu de ombros.

– Já está contando derrota?

Trinquei os dentes com força e ergui a arma, ela não tinha mira como uma arma de dardos de brinquedo que geralmente vendiam em lojas de brinquedo.

Edward se mantinha ao meu lado, calado e com os braços cruzados.

Fechei um olho e com o outro mirei o último pato, respirei fundo porque eu não teria tempo de atirar devagar, meti o dedo no gatilho e apertei ao acertar o primeiro virei a arma para o segundo e atirei, voltei ao terceiro e atirei, virei ao quarto e atirei, virei ao quinto e atirei e isso tudo deve ter durado uns dez segundos.

Todos os patos estavam derrubados, ergui a sobrancelha para o homem e mirei na cabeça dele.

– Deveria falar menos da próxima vez. - ele estava surpreso assim como Edward ao meu lado. Virei a arma rodando a no dedo até ela ficar abaixada e a ofereci ao homem.

Ele fez uma cara de ódio para mim e me entregou uma grande estrela em azul-claro, era bonita e macia.

Me virei para Edward e ergui a estrela como um troféu, ele ainda estava surpreso.

– O que foi? perguntei quando ele enlaçou os dedos no meu e enfiou a estrela debaixo do braço.

Edward balançou a cabeça e não respondeu.

Tinha algo errado, sua expressão não estava divertida, ele não estava feliz com a minha conquista no “derruba-patos”, estava apenas calado com a sobrancelha unida de tanto que ele franzia a testa.

– Edward... - comecei, mas ele me interrompeu quando olhou para mim com aquele sorriso torto, mas não estava como deveria estar não chegava aos olhos era como se ele estivesse sorrindo por sorrir.

– Eles tem um túnel aqui poderemos navegar por ele. - havia um pouco de animação em sua voz, eu queria conversar sobre o que estava acontecendo, talvez no túnel ele me contasse.

Sorri.

– Seria ótimo. - respondi com a mesma animação.





Navegamos por um pequeno rio que havia no parque, eles chamavam de “Túnel do amor”, havia um túnel ao logo de todo esse rio, iluminado com uma luz rosa e vermelha, tinha cheiro artificial de rosas, o barquinho rosa não era nada confortável. Edward colocou minhas pernas sobre uma das suas e passou o braço por meus ombros encostei a cabeça em seu ombro forte. Pronto eu estava confortável, ele estava normal agora, comentando uma coisa ou outra que me fazia rir, então até esqueci de questionar o que o deixou tão calado. Havia sido uma noite maravilhosa, ele estava me fazendo tão bem... Por mais que eu não queira admitir, havia algo nele que estava mexendo comigo de forma muito boa e eu estava amando isso.

Assim que acabou o curto passeio no rio, compramos algodão doce que dividíamos enquanto fazíamos outras coisas, ganhei aquela baleia gigante e Edward me deu o urso.

Ele estava satisfeito de ganhar algo, quando brincamos naquele termômetro de força da bolinha de metal, eu não consegui ganhar nada, mas na vez de Edward ele se sentiu mais confiante que tudo. Me deu uma piscadela e rodou o cabo de madeira do martelo nas mãos como se fosse um taco de beiseball.

Ele não fez uma careta nem nada disso, só olhou para o alvo no chão e o acertou, foi com tanta força que atingiu o final, metal com metal fez um barulho bem alto. O cara elogiou Edward pela força e entregou o prêmio a ele. Acreditem foi a coisa mais sexy que eu já vi, ele era forte apesar de não ser tão musculoso comparado a Emmett, mas era forte e gostoso da mesma forma. Ele me deu um sorriso malvado e depois piscou.

Estávamos com muita coisa nas mãos, tivemos que ir até o carro e largar tudo lá, o porta-malas do Volvo reluzente de Edward estava lotado de ursos e camisetas com frases estranhas.

– Temos mais uma coisa para fazer. - ele disse enquanto me levava de volta ao parque direto a uma mulher que vendia acessórios do parque.

Edward examinou todas as coisas que estavam expostas, no canto havia uma pulseira de metal cheio de pingentes bem entalhados com detalhes do parque o elevador, o carrinho do túnel, o carrossel, a arma de derrubar patos de metal, algodão doce, saco de pipoca e um ursinho.

– Quero aquela pulseira. - Edward disse e a moça a ergueu para entregar a ele que lhe deu bem mais do que ela pediu pela pulseira.

– Uma coisa para tornar memorável. - ele pegou meu pulso direito e encaixou ali a pulseira que tintilava sob minha pele, meus olhos ficaram grudados naquela pulseira não havia nada que fosse mais bonito que ela, mesmo que fosse uma pulseira de parque de diversão.

– Sempre que olhar essa pulseira, lembre-se que você teve que vomitar para consegui-la.

Corri os dedos lentamente por ela e sorri.

– Obrigada. Ela é linda! - exclamo e o abraço com força.

Edward me afasta e segura minha mão.

– Hora de jantar. - diz baixinho e saímos do parque.





Edward não quis me levar para jantar, ele queria que nós fizéssemos o jantar porque era importante pra ele reservar isso pelo menos. Edward não trocou de roupa, não sei porque. Eu subi para tomar um banho e colocar uma de suas camisetas, ele gostava quando eu vestia ela.

– Você ficaria bravo se eu verificasse meus e-mails depois do jantar? Perguntei testando-o enquanto encostava-me ao seu lado para ajudá-lo.

Edward continuou a cortar os legumes com precisão de mestre.

– Sim, eu ficaria.

Franzi a testa, eu não iria provocá-lo.

– Obrigada pelo dia de hoje, acho que nunca me diverti tanto como hoje. - parei de cortar e olhei para ele. Que sorriu ainda olhando para os legumes.

– Estou as suas ordens, Isabella.

Decidi não falar mais nada porque ele parecia não querer falar, então só cozinhei.

Assim que sentamos no chão com nossos pratos, eu resolvi quebrar o silêncio... Antes que eu acabasse era quebrando a cara dele por não me dizer o que estava acontecendo.

– Exijo que me diga porque está tão quieto, isso não é normal. - resmungo.

Ele suspira e come antes de falar.

– Não tem nada de errado. - ele disse calmamente. - Está tudo perfeitamente bem, Isabella.

Balancei a cabeça lentamente.

– Não, não está. Você está vestido com a mesma roupa e não está falando muito desde que eu quase atirei aquela bolinha amarela no crânio daquele cara da barraca.

Edward franziu a linda testa.

– Está tudo bem eu só fiquei um pouco surpreso por ver você daquele jeito.

Ele deve ter ficado intrigado com o jeito que lidei com aquela arma, Charlie havia me ensinado a como atirar e a como segurar uma.

– Charlie. - respondi.

Ele não me questionou como eu pensei que faria, somente levantou a sobrancelha e voltou a comer.

Voltei a macarronada não mais sentindo tanta fome, mas terminei ela a forçando passar pela garganta. Edward se levantou pra buscar o vinho.

Eu estava totalmente frustrada, havia algo de errado com Edward e eu queria saber o que era. Algo em mim estava borbulhando, corroendo meu coração... Eu queria estar com ele e queria que ele me dissesse porque estava distante de mim... Eu percebi que havia algo bem forte nascendo nas terminações nervosas do meu corpo, percebi que estava me importando com ele, de um outro modo... De um modo mais profundo.

Me ergui sobre os pés e marchei em direção a ele que estava em frente a geladeira escolhendo o vinho barato pra tomar, estava franzindo a testa daquele jeito, ele estava frustrado e com raiva.

Larguei o prato no chão fazendo bastante barulho quando ele se espatifou e agarrei a blusa de Edward o virando para mim, esmaguei sua boca na minha e empurrei seu corpo para fechar a porta da geladeira, ouvi o vidro reclamando pela agressividade, mas não me importei.

– Isabella. - Edward pronuncia meu nome com surpresa.

Continuei a agarrá-lo na cozinha até que ele pega meus dois pulsos e o segura nas minhas costas mantendo distância.

– O que está fazendo? pergunta ofegante.

Franzi a testa mordendo o lábio, eu estava um pouco louca.

– Beijando você.

Edward me encarou.

– Por que?

Eu não acredito que ele iria começar a me questionar.

– Porque eu quero beijar você. - sussurro impaciente.

Edward esboça aquele meio sorriso.

– Então você me quer?

Seu olhar é totalmente penetrante, estava escuro como se ele sentisse fome... Ele não apertava meu pulso com força, não queria me machucar, mas percebi que ele estava forçando os músculos.

Eu não podia fazer nada mais, eu tinha que admitir...

– Eu quero. Eu quero você, Edward Cullen. - falo em um sussurro firme.

E eu queria mesmo e desta vez era bem verdade.

Edward deu seu sorriso perverso e em um gesto veloz me ergueu sob a bancada da cozinha me beijando profundamente. Arrancava sua blusa e a largava ali pelo caminho, tirou a única peça de roupa que eu usava... Sua blusa e a jogou no chão também, ao contemplar meu corpo ele sorriu e em dois segundos eu estava em seu colo sendo carregada rapidamente pelas escadas para o quarto onde ele pôde arrancar de mim toda a confirmação de que sim... Eu estava apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Bella admitiu sua paixão, mas... O que há de errado com Edward?
Estranho não é?
Não percam o próximo capítulo.

XOXO

Shelly Stewart.