A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 8
Capítulo 8.


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores!
Desta vez postei rápido não é? Dois capítulos!
Eles estão só amores um com o outro, mas enquanto tenta não se apaixonar por Edward, Bella continua trabalhando.
Mas ela que pense que ele está sendo bobinho assim... Surpresas mais pela frente aguardam vocês!

Chega de papo não é? Boa leitura e divirtam-se!

XOXO

Shelly Stewart.



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O celular de Edward tocou exatamente ás 3 da manhã. O toque era esquisito e ele despertou assim que ouviu o som estridente.

– É o meu. - eu disse levantando da cama e pegando rapidamente o celular. - Temos o mesmo toque, pode dormir só vou ver quem é.

Ele assentiu e voltou a cair de cara no travesseiro amassando o meu com uma das mãos.

Fui até o andar de baixo assim que pude constatar que estava sozinha realmente atendi.

– Alô?

Uma voz selvagem surgiu do outro lado.

– Edward? Pergunta.

Era Victoria, ela tinha recebido a mensagem.

– Olá Victoria. - digo.

O silêncio paira.

– Ainda está ai? Chamo.

Victoria pigarreia.

– Quem é você? Ela pergunta. - Por que está usando o celular do Edward?

Suspirei, eu sabia que iria acabar assustando ela.

– Sou uma amiga dele, ele está dormindo e esse é o único modo de eu conseguir falar com você. - digo rapidamente aos sussurros.
Ouço um suspiro.

– Você não é aquelas que quer tirar satisfações do porque ele ainda tem meu número na agenda dele, é? São 3 da manhã e não estou com a minima vontade de aturar ciúmes.
Reviro os olhos, convencida...

– Não, não. Queria falar com você sobre ele, bem Edward é um pouco estranho e ele disse que foi parceira dele, mas convenhamos que o cara é meio louco... Antes de me envolver preciso saber a opinião de alguém que já sabe, no caso você. Edward disse que tem um segredo...

Victoria soltou um “Ahhh” do outro lado da linha.

– Edward é esquisitão mesmo, mas se eu fosse você eu não me metia nessa não. O cara é louco, louco mesmo. Por isso que me afastei dele, ele se envolveu em algumas enrascadas...

– Isabella? - uma voz me chama do alto da escada. - São 3 da manhã, com quem tanto conversa?

Edward coça os olhos.

– Nada, é a minha mãe... Fuso horário sabe como é... - dou uma risadinha para disfarçar.

E volto ao telefone.

– Mãe está tarde, pode me ligar depois? Como assim perdeu, mãe? Anota meu número ai.

– O cordeiro está acordado não é? Entendi, espera ai. - Victoria some por alguns segundos. - Pode falar.

Cito meu número.

– Incrível como a tecnologia tem repulsa de você, enfim me dê noticias. - digo rindo. - Não esqueça de ligar viu, fico preocupada quando não tem uma ligação sua a cada uma hora.

– Já entendi, vou ligar. - ela resmunga.

Ri mais uma vez.

– Até depois mãe, tchau.

Edward franze a testa e sobe as escadas, subo atrás dele enquanto vasculho para apagar a ligação.

– Que mãe liga para uma filha ás 3 da manhã? Ele resmunga enquanto se deita, discretamente encosto na cômoda e empurro o celular devagar ali e me deito.

– Ela está em viagem, pensou que ainda era dez da noite, acredita? Ela sempre esquece.

Me aconchego em seu peitoral.

– Legal é que sua mãe liga para mim quando quer falar com você o que é bem estranho. - fiquei como pedra. - Não temos o mesmo toque e muito menos o mesmo celular, Isabella.

Ele ergue a mão com o meu celular. Apertei meu punho sobre os pelos de seu peito.

– Passei seu número para ela hoje quando foi para o banho, foi mal. - digo tentando enrolá-lo.

– E por que diabos faria isso? Você tem seu celular.

Droga.

– Pensei que dando seu número a ela, ela me deixaria em paz sobre você. Como atendi ela percebeu que estou bem e que você não é um cara mal que ela imagina que é.

Edward sorriu em meu cabelo.

– Então contou a sua mãe sobre mim?

Assenti sem olhá-lo.

– É fácil viu, é só me contar a verdade, bênzinho. - diz. - E sua mãe está certa de imaginar isso. Muito certa.

Ele nem imagina que Renée não sabe dele ou pelo menos da minha relação com ele. Edward adormece e fico pensando no que ele quer realmente dizer entretanto nunca diz... Isso era frustrante demais. Eu o amaldiçoei por ter aparecido bem na hora em que Victoria iria me dizer algo que prestasse. Pelo menos consegui algo... Ela seria uma carta na minha manga, eu estou quase lá





– Pare de trabalhar! - Edward pega o tablet das minhas mãos e o lança longe. Já se passaram dois dias que ele estava aqui na minha casa, compartilhando a cama e fazendo meu café da manhã. Victoria não havia mais ligado.
Vaca.

Ela havia dito que me ligaria e no entanto não o fez. Fiquei frustrada e colada no meu celular desde então.

Tenho recebido e-mails de trabalho de Jane e Eric, o que me mantinha ocupada durante praticamente 23 horas do dia.

– Se tocar naquele tablet ou notebook novamente eu juro pra você que os tomo e faço uma fogueira com eles.

Abro a boca surpresa com tanta agressividade.

– São as minhas coisas e a minha casa, Cullen. Aqui sua influência não é nada.
Edward abaixa os olhos para mim, me desafiando.

– Posso mandar proibir a venda de tablet e notebooks para você.

Cruzo os braços.

– Mando minha mãe comprar para mim.

Edward fica cara a cara comigo.

– Paro a fabricação dessas coisas.

Meu queixo vai ao chão porque ele não está brincando, estava falando super sério e eu sabia que realmente ele faria pois sua influência era grande demais.

– Odeio você por causa disso, manipula a tudo e a todos.

Edward revira os olhos.

– Isso é uma qualidade e você ama quando faço isso. É irresistível, eu sei.

Empurro seu ombro.

– Como um cara bonito pode ser tão convencido, egocêntrico e babaca ao mesmo tempo?

Edward sorri torto.

– Outras qualidades que você adora. Sou irresistível.

Reviro os olhos e me jogo no sofá, suspirando como uma criança de cinco anos.

– Isso é extremamente chato. - resmungo.

Edward se senta ao meu lado e puxa minhas pernas para o seu colo.

– O que é tão chato?

Dou de ombros.

– A vida é um saco de chatices.

Ele sorri.

– Há uma vida fora de uma tela de LCD que você não tem coragem de enfrentar, Bella. Se parasse de se fechar e de sempre repetir as mesmas coisas no dia veria que vale a pena viver essa chatice.

Fico quieta porque sou a favor da tecnologia para me livrar do contato pessoalmente. Nunca fui uma pessoa sociável, sempre achei que era melhor sozinha assim como Charlie.

– Se for passar uma semana comigo você vai precisar viver as minha chatices. - jogo minha cabeça para trás fechando os olhos.

Edward ri.

– Não preciso não, você é extremamente adaptável para mim, me adaptei a você e agora tenho que adaptar você a mim de um modo que os dois fiquem felizes. É simples.

Tenho vontade de rir, mas não o faço.

– Já cozinhamos juntos, me visto na sua frente, compartilhamos o celular e dormimos juntos. Já é meia maratona concluída, Isabella.

Sorri porque ele estava animado em fazer isso dar certo.

– Tá não é uma chatice completa ter você aqui, mas ainda não me acostumei com isso.

Me leva pra sair, podemos ir pro centro de Seattle em um parque ou na campina em Forks, jantar no restaurante de sempre ou...

– Um jogo de beiseball?

Eu ri com essa porque de tudo o que eu falei ele só pensou em beiseball... Garotos.

– Já basta eu ter crescido vendo os jogos na TV com o Charlie. Não quero viver a experiência ao vivo.

Edward então abre minhas pernas e se enfia no meio buscando meu olhar, mas tapo o rosto.

– Vou te manter bem ocupada essa semana, você desperdiçou dois dias do meu tempo agora vamos fazer algo de verdade. Olha para mim.

Abaixo a mão e encaro seu olhar dourado.

– Não se preocupe porque não vamos nos tornar dois coelhos, vou fazer você se esgotar de outra forma...

E então ele levanta e oferece a mão me levantando.

Esse cara é uma caixinha de surpresas.




– Precisa olhar para fora, Bella! - Edward exclama do banco do motorista de seu Volvo reluzente.

Ele parecia uma criança feliz em um brinquedo radical. Está ventando bastante e olho para fora onde tudo passava em um vulto porque Edward teve a ideia de me colocar no carro e dirigir a quase 200 Km/h.

Ele era louco mesmo, eu apertava sua coxa e segurava o puxador da porta.

– Meu Deus, Edward!

Estou em êxtase, eu estava com medo.

– Não vou bater, tenho um reflexo bom. - o volante rodou suavemente em sua mão e ele ultrapassou dois carros em zig-zag sem perder o controle do volvo.

Busquei o ar com mais força.

– Percebi, você é louco. - sussurro a meia voz. - Quando sua racionalidade voltar, pare o carro que eu quero vomitar.

Meu estômago estava se revirando de medo, Edward riu.

– Você consegue ficar na frente de um traficante de armas, sofrer ameaças de morte numa boa, mas passa mal quando dirijo rápido demais. Cadê o senso de auto-preservação, Bella? Você é esquisita.

Ele vai desacelerando devagar quando entramos em um tráfego carregado.

– Pronto, acabou a diversão. - anuncia, olhando para mim. - Wow, wow Bella, coloque a cabeça para fora.

Mas ele faz isso por mim, Edward agarra minha nuca com uma mão e força -a contra a janela aberta e eu solto tudo o que estava no meu estômago.

Quando termino ele me passa um lenço.

– Você é fraca para velocidades. - ele ri baixinho.

Reviro os olhos meio sonolenta.

– Eu deveria me desculpar, mas não vou fazer isso. Você merece um surto assim pra acordar para o que tem de melhor na vida.

Mas quase não estou ouvindo mais sua voz.

– Durma um pouco, Bella. Quando chegarmos eu acordo você ou podemos voltar...

Balanço a cabeça.

– Eu aceitei me divertir com você. É só uma consequência, vomitar me deixa com sono. Mas não vou ficar fora por muito tempo ainda tenho que ouvir o seu pedido de desculpas.

A ultima coisa que eu vi naquela hora foi o sorriso terno de Edward, até que um pouco de loucura era saudável para o meu sono.



Acordei devagar, esticando meu corpo, despertando os membros dormentes. Bocejei alto e logo senti o gosto estranho na minha boca, olhei ao redor e achei uma garrafinha de água e algumas balas no banco do motorista...

Foi ai que prestei atenção em uma coisa... Na verdade em uma coisa que não estava ali.
Edward.

Estava escurecendo e estávamos parados em algum lugar. Levei a mão para abrir a porta, mas estava trancada.

– Edward! - Não houve resposta, entrei em desespero. - EDWARD! EDWARD! NÃO, NÃO, POR FAVOR, EDWARD!

Gritei bem alto apertando-me por inteira.

A porta se abriu rapidamente, mãos me tateando.

– Shh, shh. Estou aqui. - ele estava ofegante enquanto me apertava. - Desculpe, me desculpe... Fui comprar algo pra você comer e como estava dormindo eu sai e tranquei a porta. Desculpe.

Lágrimas queimavam meus olhos. O alívio tomando conta de mim.

– Se você tivesse ido embora eu iria te caçar até o inferno e matar você. - comento em meio as fungadas. - Nunca me deixe sozinha assim.

Ele me apertou firme e beijou meus lábios de leve.

– Desculpe. - disse novamente.

Ele me entregou um saco de batatas onduladas e uma coca cola bem gelada.

– Coma, o parque vai abrir daqui a pouco. - disse animado agora e passando os polegares em minhas bochechas molhadas.

– Desculpe. - disse mais uma vez.

Assenti.

– Já disse isso milhões de vezes. - falo enquanto tomo um gole da coca.

Edward se senta comigo e fecha a porta, acendendo as luzes do carro.

– Não só por isso, mas também pela brincadeira com o carro hoje de tarde.

Encaro aquela pele pálida e seus olhos dourados.

– Eu disse que acordaria para ouvir isso. - murmurei. - Faça isso mais vezes para eu vomitar e dormir bem desse jeito.

Ele riu balançando a cabeça em descrença.

– Você é absurda, Isabella.

Joguei uma batatinha para ele e com seu bom reflexo abriu a boca neste momento e ela pousou em sua boca.

– É uma qualidade minha e você acha um charme.


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Notas finais do capítulo

~~suspiro apaixonado~~

Hmm Victoria... Será que Bells conseguiu passar a perna em Edward?

Até o próximo capítulo!

XOXO

Shelly Stewart.