A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal!
Vamos a mais um capítulo... Desta vez vamos desvendar um pouco dos planos de Bella... Ela ainda não desistiu.
Prontos?

Divirtam-se!

XOXO

Shelly Stewart.



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Um toque exigente estava preenchendo o quarto, Edward estava deitado ao meu lado com a respiração regular, o peito pálido subindo e descendo devagar. Vi sua sobrancelha se erguendo e depois se franzindo mas atendi rapidamente e ele voltou a dormir tranquilamente.

– Alô? Pergunto baixinho.

A voz de Victoria preenche rapidamente o silêncio.

– Até que enfim atendeu! Preciso me encontrar com você rapidamente... - ela fez uma pausa desesperada.

Meu coração gela.

– Onde? Pergunto logo a ela, sussurrando e olhando sempre para trás pra ver se

Edward ainda dormia.

– No shopping em frente a loja da Tiffany’s, nas primeiras horas da manhã te pago para um café e conversamos.

Assenti para o telefone mesmo que ela não visse e ela desligou.

Apaguei a chamada de Victoria no celular e o enfiei embaixo do travesseiro.

Eu teria que escapar dele antes que ele acordasse, ele não me deixaria sair. Não se ele não estivesse junto.

Fitei seu belo rosto, ele estava calmo o rosto de um belo Anjo, talvez um Anjo caído pelos seus erros e pecados, mas mesmo assim um Anjo. Um belo Anjo. No inicio da noite havia o atacado sexualmente e ele me fez dizer diversas vezes em voz alta que o queria e quando fitei seus olhos dourados cheios de luxúria confessei meus pecados, minha sentença, confessei o que havia adiado e manipulado, confessei o que estava preso em mim dentro da gaiola que eu o colocara, libertei minha paixão.

Ainda era madrugada, 3 da manhã em ponto então decidi que iria dormir mais um pouco me aconchegando em seu peitoral frio, ele moveu suas mãos sobre mim lentamente e soltou um gemido em meio ao sono, porém não acordou. Beijei a pele perto de seu mamilo e encostei minha cabeça ali onde eu podia ouvir a batida fraca de seu coração.





Os primeiros indícios de luz me fez despertar, Edward ainda dormia agora com o braço mais frouxo sobre mim, o afastei devagar substituindo meu corpo por um travesseiro, ele abraçou o travesseiro com força e continuou a dormir.

Fui até a minha gaveta e puxei as roupas, uma calcinha e sutiã sai fechando a porta do quarto bem devagar.

Tomei um banho rápido e vesti um macacão simples e sapatilhas, peguei uma barra de granola na cozinha peguei as chaves do volvo dele e saí.
Sei que pegar seu Volvo era pegar pesado, mas eu tinha que ser silenciosa e rápida e o Volvo era meu melhor amigo para isso. Dei ré rapidamente e acelerei, o carro se movia com leveza sob meus pés. Seattle passava por mim como um vulto, escolhi morar um pouco longe da cidade em si... Prédios e movimento me estressavam depois que morei na silenciosa Forks.

Cheguei ao shopping e entrei indo até onde Victoria disse que me encontraria. E lá estava ela, informalmente vestida com uma cabeleira volumosa que parecia fogo, uma tocha formosa que moldurava seu belo rosto pálido, cachos foguentos descendo em espirais perfeitas até a metade de seus seios.

Ela viu minha aproximação e sorriu de modo selvagem.

– Isabella Swan? Perguntou cordialmente, sua voz era doce e selvagem ao mesmo tempo.

Estendi minha mão para ela.

– Victoria. - respondi. - Prazer em conhecê-la.

Victoria maneou a cabeça e apontou para frente para que começássemos a andar, ela queria ir até o Starbucks e fomos, fez o pedido e esperou eles chegarem antes de iniciar a conversa.

– Isabella... - iniciou, mas eu logo a interrompi.

– Bella, por favor. - digo baixo.

Ela assente e prossegue angustiada.

– Sei que você trabalha para a BNW e está com Edward. - ela sussurra. - Ele me ligou ontem do seu celular, mas quando atendi pensando que era você, escutei a voz dele e desliguei na mesma hora. Então provavelmente ele deve saber o que está acontecendo.

Beberiquei o meu Latte enquanto ela saboreava o Frappuccino.

Era preocupante o que ela acabou de me dizer, ele ficou com o meu celular ontem o dia inteiro. Edward iria embora daqui a dois dias e eu não podia estragar tudo. O peso da minha missão contra o peso do meu amor, eu estava em uma balança que me puxava dos dois lados, sem nenhuma chance de escapatória.

– Ele vai se perguntar porque falei com você ou melhor como consegui seu número. - ela disse devagar, estava em desespero por dentro, mas não mostrava.

Observando a linda mulher de cabelo cor de fogo percebi que ela era parecida comigo, não, não me refiro a aparência, me refiro ao simples fato de ela explodir apenas por dentro, olhando para aquela bela mulher você não via rachaduras, nem falhas, ela estava intacta por fora, mas ao olhar em seus olhos ou simplesmente notar o quanto ela forçava cada palavra como se sublinhasse via que estava abalada por dentro, acho que é medo. Sim, ela tinha medo.

Mas seria medo de Edward? O que ele havia feito com essa mulher para ela estar com medo de ele saber que eu sabia dela e falava com ela?

– Tem algo que você sabe que ele faria de tudo para que você não me contasse? Perguntei devagar notando cada centímetro de seu corpo e como reagia enquanto conversávamos.

Victoria assentiu, preferiu apenas assentir do que dizer e isso significava medo para mim, ela tinha medo de me contar.

– Edward não vai lhe fazer mal, não importa o que aconteceu entre vocês, se ele é um homem perigoso você precisa me contar, Victoria.

Victoria voltou a beber seu frappuccino.

– Você não o conhece. - murmura.

Balanço a cabeça.

– Acho que no momento o conheço o bastante para estar aqui falando com você. Precisa confiar em mim. Conte-me o que eu preciso saber sobre ele.

Ela fica pensativa e continuo a pressioná-la.

– Ele nem sabe onde você está, não fala mais com você... Seja lá o que ele fez com você antigamente isso não vai voltar a acontecer.

Ela continua calada bebericando o café.

– Por favor. Se é tão grave assim pra você precisa me dar a chance de escapar. - jogo essa, era uma estratégia é claro... E ela caiu.

– Edward é perigoso, Bella. Ele. Não. É. Bom. Os Cullen tem que livrar a barra dele todas as vezes que ele surta, você tem ao seu lado um homem com um passado tão sujo que nem poderia ser comparado a lixo. Um homem surtado, psicótico, explosivo... Ele está se fingindo de bom perto de você para depois acabar com sua vida assim como você quer acabar com a dele.

Ela soltou as palavras e eu senti cada uma delas me acertar em cheio.

– Ele deve confiar em você e pode estar sendo verdadeiro. Mas quando lhe contar o que é e o que fez, você vai ter se arrependido de ter estado ao lado dele e depois...

O celular dela quase gritou, o toque era um pop que não consegui identificar o cantor e nem a letra, ela olhou o visor e depois olhou para mim.

– Ele já sabe! Ele sabe que estou com você! Ele vai vir atrás de mim, Bella. -

Victoria se levantou rapidamente pegando o café, peguei o meu já havíamos pagado então corri atrás dela.

– Espere!

Mas ela não queria esperar, ela queria correr e correr bem rápido, achou a lixeira mais próxima e jogou seu celular lá.

– Bella, por favor, eu não posso mais lhe dizer nada e nem ver você. Se ele me achar... - ela balançou o cabelo de fogo rapidamente fazendo tudo ser um borrão laranja e vermelho enquanto corria até seu carro.

Corri atrás dela relutando em deixá-la.

Quando ela entrou no carro colocou os óculos escuros e engatou a marcha. Virou seu lindo rosto assustado para mim.

– Faça uma coisa quando souber de tudo, grave, grave tudo e depois fuja. Destrua esse canalha por mim.

E então acelerou jogando seu lindo esportivo a toda no asfalto quente.




Fiquei ali olhando para o meu café inacabado, a coisa era pior do que eu imaginava. Se Victoria que parecia intacta por fora estava quebrada daquela forma, como eu ficaria agora que estou amando o psicopata?

Eu teria que fugir dele também? O que ele fez de tão ruim a Victoria para ela agir desta forma?

Voltei ao Volvo e fiquei andando com ele pela estrada, eu iria fazer Edward falar nem que seja o forçando, senti as lágrimas arderem em meus olhos, mas as impedi de cair, eu não iria chorar.

Os prédios passavam diante da janela escurecida do Volvo, enquanto eu pesava o pé sob o acelerador sem me importar. Charlie me daria uma bronca se visse como estou dirigindo com imprudência, mas só assim para eu afugentar essa angustia por ter meia-resposta sempre que exigia resposta completa. Eu sei que ele era louco, sei que é perigoso, mas eu precisava saber o porque disso, sua história, sua vida, quem ele é de verdade.
Estacionei em frente a minha casa e ao sair, percebi que ele me aguardava olhando-me da janela com frieza.

Ao entrar, fechei a porta com força.

– Onde você estava?

Não respondi a pergunta apenas segui em frente andando de um lado a outro, tirando as sapatilhas aos chutes e subindo as escadas.

– Responda a pergunta porra!

Ele me seguia, para todos os lados e eu não respondia. Edward perdeu a paciência e segurou meu braço me parando.

– Acordei e você não estava lá, meu carro não estava lá fora e seu celular estava debaixo do travesseiro. Onde você foi?

Encarei seu belo rosto frio que estava tomado por pura raiva, ele estava muito bravo e eu não conseguia falar, não por pirraça é porque minha voz ficou presa na garganta em algum momento depois que ele gritou porra.

Mas consegui recuperar a voz assim que ele grunhiu.

– Eu fui dar uma volta só isso. Fui ao shopping tomar café. - respondi e puxei meu braço.

Edward balançou a cabeça firmemente.

– Você tem que fazer melhor do que isso, Isabella. - disse bem baixo.

Prestei atenção em seus lindos traços, ele queria que eu olhasse para ele e sentisse e visse o que ele queria que eu visse e sentisse. Mas não consegui fazer isso por tempo suficiente porque me aconteceu algo que em muito tempo não acontecia...

Abaixei minha cabeça.

– Se você sabe o que está acontecendo então porque ainda me pergunta?

A pergunta saí em um sussurro, como se minha voz se recusasse a competir com a dele, como se minha raiva se recusasse a liderar a batalha.

Edward riu baixo de modo irônico.

– Quero ouvir da sua boca... Vamos me diga! - exigiu. - O que está planejando, Bella?

Balancei a cabeça fortemente.

– Não estou planejando nada!

A voz dele se tornou um trovão.

– Mentira! Dá pra você ser franca comigo pelo menos uma vez na vida?

Voltei a andar entrando no quarto e ele entrou também e fechou a porta com força, tanta força que ela protestou não se fechando completamente.

– Não me dê as costas! Eu pensei que estávamos nos dando bem, que finalmente as coisas estavam se acertando e se encaixando, mas você não deixa seu trabalho de lado de forma alguma.

Ele balança a cabeça.

– Sei que estava com Victoria... - ele começa.

Ergui a cabeça e o encarei com raiva.

– Não faça nada contra ela! - gritei. - Se encostar um dedo nela, vou garantir que...

Edward riu, realmente riu.

– Você não sabe de nada... Não pode fazer nada. Não sei como você chegou até ela, mas independente de como, vocês se encontraram... Victoria foge de mim há muito tempo.

Olhar para ele estava ficando mais difícil a cada segundo, assim como seu olhar me tirava o folego, quando aquele olhar ficava frio e ameaçador era ruim respirar... Mil vezes pior.

– Você a deixou com medo. - minha voz está trêmula. - Por que ela tem medo de você?

Edward deu de ombros.

– É assim que deve ser. O medo é necessário para poder manter seus segredos intactos. É necessário para fazer as pessoas se renderem ao seu poder. Ela sabe quem eu sou e o melhor jeito de mantê-la calada é fazê-la ter medo de mim.

Estreito o olhar sobre ele.

– Eu não tenho medo de você. - digo... Mas ele sabe que é uma mentira, principalmente quando ele ficava assim eu gelava por dentro.

– Deveria ter e sabe disso. - resmunga. - Isabella...

Ele sussurra meu nome com leveza como se não estivesse bravo.

– Você tem que se decidir. O que eu fiz por você até agora foi sincero e puro... Fui eu, apenas eu. Mas você não quer abrir mão do seu trabalho quando está comigo, eu não estou aqui como um dos filhos Cullen estou aqui como Edward, o Edward que você está trazendo à tona. Eu gostaria muito de abrir o jogo com você como abriu ontem comigo, queria lhe dizer tudo de uma vez e parar de segredos, mas não consigo...

Ele sacode a cabeça e leva as mãos ao cabelo.

– Edward, é isso que eu sou... Não consigo decidir porque eu nunca tive que decidir antes. Você consegue, consegue sim... Você não quer, isso é diferente de não conseguir. Me conte de uma vez!

Ele passou por mim como um furacão indo até a porta.

– Não, Bella eu não posso... Não posso. Você é uma repórter. Você me odeia.

Corro atrás do furação sem me importar que ele possa me sugar na tempestade.

– Não, eu não te odeio. Pare, Edward... - eu o puxei pela camisa. - Eu não vou mais procurar Victoria, estou passando a melhor semana da minha vida com você, eu não te odeio e eu vou... Tentar. Vou largar o trabalho, vou dar um jeito, eu prometo.

Edward parou.

– Não faça promessas que não vai cumprir. - ele comprimi as palavras sobre os lábios. - Não me prometa nada.

Eu estava estragando tudo, não... Não... De novo não!

– Tudo bem, eu não prometo. Vou tentar, vou tentar... Deixo tudo isso para trás, só fica por favor. - peço.

Edward suspirou alto pensando, ele não disse nada por longos minutos e aquilo estava me angustiando... Eu não queria que ele desistisse de mim, eu não queria que ele fosse embora... Ele não podia ir, não agora.

– Temos reserva em um restaurante ás dez podemos ir ao cinema antes... - ele sussurra.

Meu sorriso é evidente, assenti rapidamente. Nós iriamos sair então estava tudo bem. Ufa essa foi por pouco.

Tenho medo de perdê-lo... Essa missão se tornou pessoal demais, eu preciso do segredo não para Jane, mas eu precisava para mim... Para eu saber porque eu queria saber.


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Notas finais do capítulo

Será que ela vai estragar tudo novamente? Bella quer o trabalho, mas quer Edward também e agora o que ela vai fazer? Vai desistir da missão pra ser o que ele quer e precisa?
Hmm... Aguardem o próximo capítulo!

Até lá!

XOXO

Shelly Stewart.