Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey! Eu sei que demorei mas: Meu cachorro comeu meu capítulo, tá essa não desculpa não pegou porque escrevo o capítulo no computador e...não tenho cachorro, mas enfim, voltando aqui. Obrigada por quem comentou e favoritou, mas peço que comentem mais hehe

Espero que gostem desse capítulo.



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Pov’s Leon

–Droga! –Exclamei pela milésima vez. Diego havia me trancado em um quartinho, com o piso cimentado e paredes brancas, porém imundas, lá era frio, muito frio.

Havia uma porta de madeira, a qual eu socava sem parar, em uma tentativa de escapar, mas parecia impossível, aquilo parecia uma prisão.

–Droga! –Gritei mais uma vez, eu ia de encontrão com a porta, tentando derruba-la, meu ombro doía, tenho certeza que machuquei. Tentei derrubar aquela porta diversas vezes, até usei técnicas do futebol americano, mas nada adiantava.

–Me deixa em paz Diego, seu desgraçado! –Gritei, eu queria que ele ouvisse, mas não ouve resposta.

Eu decidi me sentar um pouco, eu ofegava demais e podia sentir o suor escorrer por minha face, ótimo agora estou cansado e com sede, e tenho certeza que Diego não me dará água.

–Minha mãe e Violetta devem estar pirando agora. –Disse para mim mesmo em um sussurro.

Começou a entrar um pouco de sereno por um pequeno buraco do alto da parede, eu poderia tentar pedir ajuda por ali, mas era muito alto e pequeno. Eu tentei dormir um pouco, pois estava cansado, mas o chão gelado e duro, cheio de buracos, não me permitiu isso.

–Eu posso não ser a melhor pessoa do mundo, posso não ser o melhor filho, namorado, ou amigo do mundo, mas eu não merecia um Diego na minha vida.

A porta se abriu, e revelou um Diego sério, muito sério, ele me encarou com raiva e eu permaneci sentado no chão úmido.

–Decidiu acabar com essa sua vingança sem nexo ou vou ter que ficar aqui por mais tempo? –Perguntei irônico.

–Por mim você poderia ficar trancado aqui, mas não sou um cara tão mal. –Ele disse e soltou uma risada sarcástica. –Vamos ver quanto tempo você dura Leoncito. –Ele disse e ameaçou sair.

–Diego. –O chamei e ele olhou para mim meio relutante. –Toda essa tortura que você tem feito comigo nos últimos tempos, foi por causa da Stephie? –Perguntei.

–Não diga o nome dela. –Ele disse, era possível perceber o ódio em sua voz.

–É por causa dela? –Repeti a pergunta.

–E se for?

–Se for isso, você com certeza é mais idiota do que eu pensei. Entenda que eu nunca a roubei de você.

–Ela me trocou, me trocou por você, e você devolveu os sentimentos. –Diego gritou.

–Não foi bem isso... -Diego me interrompeu.

–Cala a boca, tenho coisas a fazer. –Ele disse e saiu batendo a porta com força, apenas pude o ouvir trancando a fechadura.

Diego queria fazer uma “vingança” sem nexo.

Quando eu morei no México, conheci Stephie, com o tempo começamos a namorar, e eu assumo que eu era completamente apaixonado por ela, mas eu vim para a Argentina, e nosso namoro acabou.

Depois de um pequeno tempo reencontrei Stephie aqui na Argentina, ela fez uma espécie de intercâmbio, eu ainda nutria sentimentos por ela, mas eu não queria reatar nosso relacionamento. Um dia decidi apresenta-la ao Diego, na época eu e ele éramos amigos, só que eu não esperava que eles fossem se gostar.

Com isso os dois começaram a namorar, eu decidi não interferir, eu até apoiava os dois, e ficava com eles, tentando não deixar transparecer meus sentimentos.

Quando eu finalmente superei a Stephie, ela decidiu terminar com o Diego e vir atrás de mim, eu não correspondi, mas um dia acabamos nos beijando e Diego viu, para ele isso foi a gota d’água.

Ele se declarou “meu inimigo” e paramos de nos falar, quer dizer, eu tentei conversar com ele, e explicar toda a história, mas o mesmo não quis nem me ouvir.

E quando ele descobriu que eu não estava com Stephie e ela voltaria para o México, nossa ele quase me matou, disse que eu era o culpado, e que eu tinha acabado com a vida dele e tudo mais.

Não pensem que foi por minha culpa que o Diego se tornou um cara “mal” pode-se dizer assim, ele sempre foi desse jeito, com um gênio difícil. Mas ele piorou com a história da vingança.

Pude perceber que escureceu, através do pequeno buraco que tinha na parede. Estava muito frio, eu encolhi as pernas e os braços, mas isso não era o suficiente, comecei a tossir e espirrar, ótimo, agora eu ficaria doente.

Talvez fosse isso que Diego quisesse que eu acabasse morrendo ali, pois eu não entendo o que ele pretende me deixando trancado em um minúsculo quarto, apesar de tudo o que Diego fez, eu não acreditava que ele seria capaz de acabar com a vida de alguém.

–Não aguento mais você tossindo, não consigo dormir seu desgraçado. –Gritou um homem (Provavelmente um capanga do Diego), eu estava com olhos pesados, e com muita dor de cabeça, por isso nem vi quando ele entrou no quartinho. Só comigo e com o cara, o quartinho já ficava quase cheio.

Eu nada respondi, o frio estava me deixando com tremedeira, o chão antes úmido, já se encontrava molhado. Eu tossi mais uma vez, e o homem pareceu se enfurecer, levei logo um chute na barriga, e acabei desabando no chão.

Infelizmente tossi mais uma vez, desta vez levei dos chutes, tossi mais uma vez, e levei um chute no pescoço, por eu estar deitado não tive muito como me defender.

–Para, por favor. –Pedi, eu não queria me rebaixar, mas era preciso.

–Então vê se fica quieto. –Disse o homem, o cara era um armário.

–Não posso evitar. –Eu disse baixinho. –Pode me ver um copo de água?

–Não. –Ele disse e fechou a porta com brutalidade.

Se eu tossia, tossia baixinho, tentei achar uma parte do chão que não estivesse molhada, mas não existia, eu tinha sede, mas o frio ocupava minha mente, eu acabei me deitando no centro do quartinho, todo encolhido.

Senti algumas lágrimas escaparem, eu não queria chorar, eu estava lá apenas há algumas horas, e já estava pirando, imagina passar dias aqui. Posso estar exagerando, mas eu posso ser durão e tudo mais, porém eu estava preocupado, preocupado em adoecer ali, preocupado no que poderia acontecer com minha mãe, o que poderia acontecer com Violetta.

Com fortes dores na barriga, e possivelmente hematomas naquela região, eu acabei dormindo. Eu tive um sonho, era Violetta, ela falava que ficaria tudo bem comigo, ela acariciava meu cabelo, como se fosse uma mãe cuidando de um filho, mesmo longe, ela me protegia.

Sonhei com minha mãe, ela chorava comigo, e depois novamente apareceu Vilu, que me olhava com pena, e também chorava. Eu acabei acordando, ainda estava escuro, possivelmente era de madrugada, até tentei pegar no sono novamente, mas não consegui.

Nem estou me reconhecendo, tenho que ser forte, e tentar escapar daqui, talvez o medo de perder as duas pessoas que eu mais amo no mundo, me abalou tanto que fiquei “fraco”, eu diria sensível.

Não posso ser um covarde, não posso ser tratado com um nada por um psicopata e seus brutamontes, simplesmente não posso. Tenho que tirar forças de sei lá onde, mas não vou ser oprimido por esses caras, já me basta ter que ter implorado para o capango do Diego parar de me chutar.

Eu não sou um cara fraco, não sou, não vou chorar ao invés de me esforçar para sair, não vou.

–Olá Bela adormecida. –Era Diego que entrava no quartinho. –Trouxe um copo d’água para você.

Eu peguei o copo muito rápido, e bebi em uma golada só, minha garganta até doeu, mas a sede era tanta que eu ignorei isso.

–Pode me dar mais? –Perguntei.

–Não. –Diego respondeu rindo. Com estávamos somente nós dois no quartinho, eu praticamente voei em cima de Diego, eu o prensei o no chão e o socava, não era tão forte, mas acho era o suficiente para deixa-lo zonzo.

–Idiota! Covarde! Desgraçado! –Eu gritava a cada soco, eu sempre quis dar uma surra nele. Até sei lá de onde eu levei um murro, mas o murro, o maior da minha vida, era nada mais nada menos que o capanga armário do Diego.

–Não sabe se defender sozinho seu covarde! –Gritei.

–Ele está ficando maluco. –Diego disse e deu risada.

–Deixe-o mais alguns dias e aqui e o moleque vai pirar. –Respondeu o capanga armário.

–Ai que vocês se enganam, eu sempre fui maluquinho. –Eu disse e dei risada, o capanga armário virou um soco em minha cara, ele dava risada, eu tentei levantar, mas ele colocou o pé em minhas costas e forçou meu corpo contra o chão molhada, eu soltei um grunhido de dor.

–Vê se aprende a não mexer com as pessoas erradas. –Ele disse e me soltou, os dois ficaram me encarando por um tempo, para ver se eu me manifestava, mas não, fiquei caído no chão, eu queria levantar, mas dessa vez meu corpo estava fraco, eu não conseguiria durar por muito tempo assim.

–Vamos. –Ordenou Diego que saiu com o capanga.

Eu fiquei naquela posição, por horas, com o corpo dolorido, com frio e com dor de cabeça, eu sabia que as coisas não estavam bem, sabia que se continuasse assim eu não iria resistir, é duro, eu sei.

Passei um dia trancado, mas o local era tão desumano que acho que ninguém aguentaria, sem contar que eu estava de shorts e camiseta, deveria fazer uns oito graus, o que me dava a entender que estávamos bem longe de Buenos Aires, e isso me assustava.

–Acredite em si próprio Leon. –Falei para mim mesmo. Talvez realmente estivesse ficando louco

“Os loucos às vezes se curam. Os imbecis nunca.”

Essa frase era muito sábia para o momento que eu vivia. Posso estar machucado, posso estar doente e fraco, e eu sou o louco da história, mas o Diego...O Diego é o imbecil.

“Os loucos às vezes se curam. Os imbecis nunca.”

Oscar Wilde


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Peço que comentem, por favor, eu to carente de reviews haheuae Não consegui revisar o capítulo, então desculpem caso tenha algum erro. :D Até logo :D