Dramione escrita por The Dark Passenger


Capítulo 5
Capítulo IV -Um Pequeno Refúgio


Notas iniciais do capítulo

Eis aqui mais um capitulo. Espero que tenha ficado bom,tive pouco tempo pra escrever... não reclamem que ficou curto, foi só o que deu pra fazer! REVIEWS!



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Malfoy deixava um rastro de sangue no chão branco encoberto pela neve. O sangue em sua roupa cristalizava, e fumaça se formava de minha respiração. A temperatura caíra repentinamente. A primeira coisa que pensei foi em dementadores, mas não era possível. Bellatriz poderia ter nos matado sem ajuda, mas nos deixou ir. Se ela o fizera, por que os enviaria para nos seguir? Talvez quisesse que os levássemos até a Toca. Bem, isso não aconteceria.

Após dois minutos voando em alta velocidade, decidi que se continuasse nos mataria. Voava com instabilidade, e quase derrubara Malfoy várias vezes.Pousei com a maior suavidade que consegui em um campo isolado coberto por uma fina camada de neve, que caía sobre nós. Deitei o garoto ensanguentado no solo e vasculhei minha pequena bolsa enfeitiçada que trazia comigo. Tinha certeza que uma barraca estava guardada nela. Achei-a. Era a mesma que dividira com Gina na Copa Mundial de Quadribol. Montei-a e levei Malfoy para dentro, com um simples feitiço de levitação que tinha certeza que Ron não conseguiria realizar. Ron...

Deitei Malfoy na parte de baixo da única beliche. Rasguei sua camisa com um puxão e vi que os cortes formados pelo feitiço de Belatriz eram longos e profundos. Sussurrei o feitiço que fecharia as feridas e reporia um pouco do sangue perdido. Ele estava com uma palidez cadavérica que ressaltava os cabelos quase brancos. Os olhos estavam fechados, mas ele respirava, podia ver seu peito marcado subir e descer. Senti algo estranho. Preocupava-me com ele. Mas sabia que estava a salvo. Pelo menos por enquanto.

Virei-me e sai da barraca. Lancei sobre nós todos os feitiços de proteção que conhecia e voltei para dentro. Procurei por roupas para me trocar, e achei dois pijamas, os que eu e Gina usamos. O meu era mais como uma camisola, parecida com a que colocaram em mim enquanto estive desacordada, com a diferença de que era muito menos revelador e era de um rosa perolado. O outro era uma blusa branca masculina, que reconheci como sendo de Harry,e uma calça larga de moletom.Gina cultivara o hábito de entrar escondida no dormitório dos meninos e furtar algumas peças de roupa de Harry. Ela dizia que gostava do cheiro que as roupas dele emanavam. Apesar de Malfoy ser mais alto e magro, serviria.

Tomei um banho no precário banheiro. Não havia água quente. Quando estava suficientemente limpa, vesti a roupa e um casaco de lã verde. Prendi o cabelo em um rabo-de-cavalo frouxo e fui cuidar de Draco. Peguei as roupas que pertenciam à Harry e parei ao lado da cama, hesitante. Sentia certo constrangimento em ter de trocar as roupas de Malfoy, de limpar o sangue seco de seu corpo. Vê-lo tão vulnerável parecia errado. Não condizia com a imagem que tinha dele. A arrogância e o cinismo o faziam parecer forte.

Comecei, deixando de lado os pensamentos sobre ele. Peguei um pano e um pote com água fresca, umedeci-o e o esfreguei primeiro pelos braços. A pele parecia papel, deixava transparecer todas as veias azuladas. Lentamente, os braços se livraram do sangue. Retirei de seus ombros os restos de sua camisa rasgada limpei o tórax, abdome e as costas. Com dificuldade, consegui vestir a camiseta nele. Recusei-me a lavá-lo na parte inferior de seu corpo, então as pernas só foram limpas até metade das coxas. Rasguei a calça suja que ele usava e a substituí pela de moletom. Ele agora parecia quase dormir, a não ser pelo rosto, que conservava o sangue que tivera tanto trabalho para retirar. Esfreguei suavemente o pedaço de tecido por sua testa, seu nariz, seu queixo e nos lábios. Agora sim, parecia dormir. Não, ele estava muito sereno para estar dormindo, parecia estar em coma.

Observei-o. Quando não estava fazendo caretas de nojo, seu rosto era bonito. Os traços eram harmoniosos. O nariz comprido era meio arrebitado, o que suavizava suas feições. Os lábios pálidos, duas linhas retas, pareciam ter sido feitos especialmente para torná-lo ainda mais desejável. Possuía uma beleza clássica, como a das estátuas gregas dos deuses, com seus corpos esguios, mas ao mesmo tempo fortes, e os traços finos e delicados, mas definidos e memoráveis. Os olhos estavam fechados, mas sabia que sua cor era um azul acinzentado que jamais vira. Mesmo parecendo um cadáver, achei que ele conservava um tipo diferente de beleza. Afastei-me. Não devia pensar esse tipo de coisa. Malfoy nunca repararia em mim, e mesmo que eu desejasse que reparasse, Ron ainda estava lá. Ele era meu namorado, ele precisava de mim.

Sentei-me em uma uma pequena mesa e comecei a pensar. Precisava encontrar Harry, decifrar a pista e encontrar Ron. O mais depressa possível. Adormeci quase imediatamente, imaginando os olhos vazios de estátuas ganhando vida em tons frios de azul.


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Notas finais do capítulo

Ok pessoas, sei que demorou MUITO pra postar esse capitulo, mas estou trabalhando em mais uma fanfic pra vocês! É sobre A Menina que Roubava Livros, e está lixosa(mentira, quando eu postar quero que vocês leiam). Bem, até o próximo capitulo.



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