My Frist Love escrita por Rina


Capítulo 6
"– Ah, sim Jack, eu não te contei que tinha uma noiva."


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :v
que venham as pedras e tijolos e outros objetos pesados -q



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Dês daquele dia as coisas entre Hiccup e Jack ficaram tensas. Hiccup tentava a todo o custo não se encontrar com Jack de jeito nenhum, os manuscritos eram entregues por fax na editora e Hiccup os devolvia da mesma forma e corrigia tudo sozinho, sem nem ao menos conversar com Jack antes. Perguntava-se se realmente havia acontecido algo entre eles, quer dizer, Jack não faria nada enquanto ele estivesse bêbado, não? Jack o atacava mesmo em seu juízo normal, quanto mais nesse estado tão vulnerável. Hiccup fazia de tudo para lembrar, mas só de pensar nas possibilidades ele já ficava suficientemente embaraçado. Hiccup nunca havia tido uma relação amorosa com alguém, quer dizer. Sim já havia, mais era coisa antiga e adormecida para Hiccup. No seu primeiro ano do ensino médio havia um garoto que ele gostava de observar de longe na biblioteca, se lembrava daquele fato, mas não recordava seu rosto e nome. Hiccup havia se confessado para ele e eles namoraram por algum pouco tempo. (Para quem acha que depois da confissão do Hiccup foi tudo um mar de rosas, está muito enganado.) O fato era que os pais de Hiccup haviam descoberto a relação do menino, e ele foi forçado a se mudar para bem longe sem nem dar um adeus. Hiccup o amou por muito tempo e não teve outra relação com ninguém, e acabou entrando em profunda depressão. Era até vergonhoso recordar assim depois de tanto tempo, mas para Hiccup já era um sentimento adormecido, mesmo que nunca fosse concordar, ele tinha uma indesejada noiva, e ele ia se casar mesmo que contra a vontade. Finalmente despertou-se por completo depois de ouvir cinco chamadas seguidas no celular, encarou o numero desconhecido no visor. Não demorou muito para o numero retornar a chamada e o moreno automaticamente atendeu.

“Hiccup? Demorou para atender!” – Ele conhecia muito bem aquela voz, seus olhos ficaram arregalados ao escutar. Depois da reclamação veio uma alta gargalhada nervosa. – “Parece que você ficou surpreso não é?” – Continuou a gargalhar.

“M-Meri.” – Deu um suspiro aliviado. – “Quanto tempo... Você já voltou da França?”

“Hm? Para falar a verdade o meu vôo é daqui a algumas horas...” – Deu outra risada nervosa. – “Hey Hiccup... Eu... Me desculpa” – Ela deu outra risada nervosa e um suspiro em seguida.

“Hm? O que foi Meri?” – Ela tentava buscar ar para responder.

“Eu te amo” – Ela se calou, sua respiração havia parado abruptamente.

“Meri, eu...” – O moreno foi cortado pela ruiva.

“Eu te amo desde quando éramos pequenos Hiccup!” – O moreno sentiu seu rosto ferver, embora fossem noivos por fachada, nunca ao menos pensou em sentir algo por ela. – “Não me responda agora, eu quero apenas que você saiba disso...”

“Meri, que horas você vai chegar?” – Tentou recuperar-se do susto.

“Ás uma da tarde, por quê?” – questionou.

“Eu vou buscá-la no aeroporto, ai a gente pode sair para comer e conversar, o que acha?” – Hiccup escutou os gritinhos de animo da garota.

“E-eu, estarei esperando!!” – E desligou sem mais nem menos.

Hiccup tentava entender porque se ofereceu para sair com ela, de fato não sentia nada por Merida, nunca sentiu e não tinha intenção nenhuma de sentir justo agora. Tentou esquece-se, mas como sua mãe havia lhe dito, Merida ia morar com ele depois do casamento e ele ia ter que aprender a amá-la mais cedo ou mais tarde ou ao menos se acostumar com sua presença. Quando eram jovens, Merida era uma garota irritante, mas agora ela era uma mulher formada. Talvez ela tivesse mudado seu comportamento. Dez anos é muito tempo. Colocou comida para o dorminhoco banguela, que dormia tranquilamente ao lado da sua cama e arrumou os documentos para ir para a editora, estava um pouco atrasado graças à ligação, correu para o elevador sem se importar ao ver um dos visinhos entrar também, estava tão concentrado nos papeis que nem notou quem era.

– Bom Di... – Hiccup arregalou os olhos ao notar quem era.

– Vai continuar me ignorando? O encurralou na parede do elevador. – Porque você continua fingindo que eu nem existo Hic? – Sussurrou no ouvido do menor.

– J-Jack... Você esta perto demais... – O rosto do moreno ferveu, o maior sorriu sarcástico.

– Você não sai desse elevador até responder a minha pergunta. – Se aproximou ainda mais, segurando o rosto do moreno pelo queixo.

– Jack você... Nós... Nós fizemos... – Não completou a frase seu rosto já estava mais vermelho que um tomate. Estava completamente embaraçado e desviava o olhar para o chão. Jack por sua vez deu uma risada debochada livrando o menor.

– Então era por isso? – Continuou a gargalhar. – Droga, você fica tão adorável embaraçado. – O menor fez um bico irritado. – Não...

– O que? – O encarou.

– Eu não fiz nada com você. A blusa você mesmo quem tirou no bar, e subiu na mesa e começou a dançar feito um louco. Foi difícil cuidar de você, naquele estado... – Sentiu o rosto enrubescer.

– Jack... – Encarou o chão.

– Hm...

– Obrigada. – Olhou para o lado escondendo a vermelhidão. Jack o abraçou com força.

– Você fica muito fofo assim sabia? – Jack falou saindo do elevador.

– Para onde você vai? – Arqueou a sobrancelha.

– Te levar para a editora. – Entrou no carro.

– O que?! Você estava me seguindo? – Gritou irritado.

– Entra logo no carro... – Falou dando risada.

– Acontece que eu tenho um compromisso depois do trabalho. – Cruzou os braços. – Preciso do meu carro.

– Eu te levo para esse “compromisso”. – Pois aspas em compromisso.

– Jack! – Continuou insistindo.

– Entra logo droga. – Falou sem paciência.

Hiccup entrou emburrado no carro. Não demorou muito para chegarem à editora. Jack falou para Hiccup ligar para ele quando acabasse suas atividades. Quando chegou deparou-se com Rapunzel furiosa, a editora estava um caos total, folhas estavam espalhadas para todos os cantos.

– Punzie... O que aconteceu aqui? – Pareceu preocupado, a mulher rosnou.

– Isso é coisa daquele escritorzinho de merda com quem eu trabalho, ele me encheu de manuscritos, o que eu vou fazer. São muitos com o prazo atrasado. – Gritava enquanto bagunçava os cabelos longos descontroladamente.

– E-eu posso ajudar, se a senhora quiser... – Falou murmurando sem vontade.

– Sério Hittie! – Abraçou o moreno com força. – Pode começar por esse aqui! –Jogou uma pilha de folhas em sua mesa. – Muito obrigada! Mesmo!

– Droga. – Resmungou. – Vai ser um dia bem longo.

Começou a corrigir os manuscritos cegamente e quando terminou deu por si que já eram quase duas da tarde. Entrou em desespero discando o numero de Jack, que já o esperava na frente da editora e os dois partiram para o aeroporto. Lá estava a garota de cabelos ruivos e cacheados, batendo os pés no chão inquietamente.

– Hiccup... – Sentiu-se contente ao ver o moreno, mas seu sorriso sumiu ao ver o grisalho ao lado dele. – Está atrasado! – Gritou ficando alterada. – Porque tinha que me dar falsas esperanças Hiccup! – Começou a se descontrolar. – Nós vamos nos casar! Porque não leva isso a serio. – Berrou. – Ora, então você o trouxe?

– Vocês se conhecem? – Encarou Jack por um minuto. – Ah, Merida esse é Jack Frost, o escritor com quem trabalho e meu vizinho também...

– Eu sei muito bem quem ele é, Hiccup, só quem não sabe é você! – Irritou-se saindo de perto dos garotos, estava furiosa, não por ele ter se atrasado e sim por ele ter trazido o Jack Frost.

– O que ela quis dizer com isso? – Olhou para Jack que tinha uma expressão indecifrável. – Ah, sim Jack, eu não te contei que tinha uma noiva. – O grisalho apertou os punhos.

– Eu já sabia... – Segurou o pulso do menor. – Vamos.

– Hm? Está machucando. – Jack continuou a arrastar o menor até o carro.

– Vamos pra casa... – E continuaram a viagem no silencio ensurdecedor.


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