Eles estavam cercados, os Pirriots atacavam com bolas de energia negra, grudentas e plasmáticas. Gregor mantinha a cúpula para afastar o gás, Bruno atirava entre os olhos dos monstros, Sarah disparava esferas de luz e Marcela. Oh não, Marcela havia sido capturada. A garota tinha sumido, e Sarah logo percebeu. Pulou em cima do Perriot que havia capturado Marcy e assim libertou a menina, deixou sem peso sobre o humanoide defeituoso e ouviu um grito, o grito de Marcela.

A garota estava desesperada, Sarah precisava ser levada em segurança para sua casa, para o Rei. Mas Sarah tinha como escapar, e usou o melhor pensamento que poderia. Lembrava das noites em que dormiu com Marcela, em que a menina com jeito de durona ficava abraçada com ela e de como ela adormecia enquanto acariciava seu cabelo. Logo, Sarah acertou uma rajada de luzes para todos os lados, conseguindo executar mais da metade dos Perriots que estava os atacando. Marcela correu para segurar a garota, que havia desmaiado. Ela a levou no colo, mesmo os garotos se oferecendo para leva-la, ela sabia que era dever dela levar a menina que amava nos braços e eles não iriam impedir isso.

Chegaram nos campos seguros e logo encontraram Felipe na entrada, com Sarah ainda desacordada.

– O que houve? - perguntou Felipe apontando para Sarah.

– Ela salvou a todos, conseguiu disparar feixes de luz branca para todas as direções e matar quase um exército inteiro de Perriots, mas isso lhe custou um pouco de energia - disse tranquilamente Gregor.

Eles andaram por longo tempo, Sarah acordou e prosseguiu ao lado de Marcela, estava meio distantes, não davam as mãos.

– Ei - disse Marcela.

– O que foi? - perguntou Sarah.

– Vem cá - disse Marcela estendendo a mão - vem ficar aqui comigo - Sarah sorriu, segurou a mão da garota.

Sarah ficava boba quando Marcela falava essas coisas em voz alta.

Passou-se algumas horas então.

– Precisamos descansar - disse Gregor.

– Concordo - disse Bruno se tacando no chão de bruços.

– Eu fico na ronda, dormi enquanto não chegavam - disse Felipe.

– Amém, eu estou um tanto cansada - disse Marcela.

Bruno dormiu da maneira que caiu no chão, de bruços. Gregor apoiou a cabeça em suas costas e dormiu rapidamente. Marcela deixou e puxou Sarah para cima de si. Sarah apoiou a cabeça nos peitos de Marcela e abraçou seu corpo.

– Ei - sussurrou Marcela.

– Oi - disse baixinho Sarah.

– Eu... eu te amo - disse Marcela.

– Você o que? - assustou-se Sarah.

– Eu disse que eu te amo, não fique me ficar fazendo repetir - pediu Marcela.

– Bobinha - disse Sarah e Marcela ria - eu também te amo.

Marcela sorria feito criança. Sarah chegou perto de seus lábios, mas beijou seu queixo.

– Só falta você lutar por mim um pouco mais - disse Sarah, e voltou a deitar-se em Marcela.