O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara
Notas iniciais do capítulo
Capítulo para vocês :)
Me desculpem a demora. Boa leitura.
Escritora: @germangielover
Tradutora: @ClaraAlonso_FC
Angelica abriu a porta para Thiago. Os dois entraram na casa e fecharam a porta. O pequeno pendurou sua mochila em um ganchinho ao lado da porta. O que levava em sua mochila? Uma blusa de frio e um pouco de dinheiro. A pesar de ter apenas 5 anos gostava de ser independente. Claro, o dinheiro quem o dava, era Angie, mas desde pequeno pretendia ajudar Angie, segundo ele, com seus gastos. Era a única pessoa que tinha e ele assumia a responsabilidade sobre ela.
– Então, eu não digo a minha mãe que você me deixou sozinho e você não diz que não fiquei onde deveria ficar. Trato feito? – Perguntou Thiago estendendo a mão aberta para sua avó.
Angelica sorriu e colocou a mão na cintura.
– E porque devo aceitar? – perguntou ela.
– Porque convém a nós dois.
Angelica rio e pegou em sua mão.
– A quem puxou toda essa esperteza? – perguntou ela brincando sem esperar resposta.
– Ao papai. – Respondeu o pequeno com simplicidade.
Angelica o olhou com seriedade mas com amor ao mesmo tempo. Desde de manhã tinha notado que seu neto estava pensativo, mais que o normal.
– Vovó, porque a mamãe não gosta de falar do papai?
O silencio tomou conta por um tempo.
– Não é que ela não goste meu amor. É que... Não sabe o que dizer a respeito.
– Não o conhecia antes?
– Sim mas... - respondeu Angelica tentando achar as palavras adequadas – é algo complicado.
Thiago simplesmente assentiu com a cabeça e se sentou no sofá cabisbaixo. Sua avó o imitou sentando-se ao seu lado. Parecia que o pequeno queria dizer-lhe algo.
– Sabe – começou – Hoje uma garota disse que meu pai sempre estará comigo. Aqui.
Thiago apontou para o seu coração e logo abaixou a mão de novo.
– Ah, sim... Não se apaixonou por essa garota né?
– Não! Ela é bem mais velha que eu.
Angelica riu
– Eu sei que papai está no meu coração, mas que queria saber como ele é, conhecer ele.
Angelica observou a seu neto com amor e um pouco de tristeza. Ele não tinha culpa de nada, o que ele pedia era para poder conhecer o seu pai, como toda criança normal iria querer.
– Bom, se é isso que quer, diga a Angie.
– Você acha? – Perguntou ele
– Sim.
Thiago abraçou sua avó com força fazendo-a sorrir. Quando de repente Angie parou na frente deles.
– Mamãe, posso falar com você um segundo? – Perguntou serio.
Angelica e Thiago se separaram de imediato. O menino pulou do sofá e foi até Angie, pegou na sua mão e disse:
– Mãe, Me leva para conhecer meu pai?
– É... Hoje não Thiago. Hoje não posso – respondeu Angie tentando evitar
– Mas você me prometeu que me levaria – respondeu Thiago elevando o tom de voz
– Mas hoje não, talvez...
– Mas mamãe! EU QUERO VÊ-LO!
– VOCÊ NÃO ENTENDE THIAGO! NÃO VOU TE LEVAR PARA CONHECE-LO! SÓ TE PROMETI PARA ME DEIXAR EM PAZ E PARA QUE DORMISSE DE UMA VEZ!
O pequeno observou sua mãe com tristeza e raiva. Seus olhos se encheram de lagrimas. Angie nunca tinha gritado com ele, sempre falava com ele com carinho e paciência.
– Bom – respondeu ele com raiva – se você não me leva, vou sozinho.
Dito isso Thiago pegou sua pequena mochila, pendurada ao lado da porta e saiu batendo a porta. Angie ficou elétrica, seu coração batendo a mil por hora. Observava a entrada, esperando que seu filho voltasse, estava entardecendo e não podia ter ido tão longe.
– Cedo ou tarde ele vai o encontrar Angie. – Disse Angelica pela segunda vez a sua filha, colocando-se de pé.
– Se não fosse por você talvez seria um pouco mais tarde. – Disse a loira pegando seu casaco
Angie saiu e fechou a porta. Com atenção observou a rua, não havia nenhuma alma vagando por ali. “Não pode ter ido tão longe” Pensou enquanto começava a caminhar, pouco a pouco sua preocupação ia se aumentando por não saber como estava seu filho. Angie caminhou por varias quadras e não viu nenhum rastro de Thiago por lugar algum. Com esforço, por causa do orgulho, ligou para sua mãe.
– Pega o carro, preciso que o procure pela praça e lugares próximos. Eu vou procura-lo no parque – disse a sua mãe enquanto observava as pessoa caminhando no parque.
– Está bem, tchau filha. Te aviso se o encontrar.
– Obrigada. Respondeu Angie desligando o telefone.
Agora seu passo era rápido, quase um trote. Já quase anoitecia e Thiago continuava sem aparecer, “Não devia ter gritado com ele, eu morro se algo tiver acontecido com ele por minha culpa.” A mulher seguiu caminhando, cada vez mais rápido, com a esperança de que seu filho estivesse em algum lugar do parque.
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Espero que tenham gostado. Hoje vou postar mais 2 capítulos ainda :D para compensar os dois dias sem postar.
Fiquem atentos.
Beijos.
Comentem.