O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara


Capítulo 6
Queria Saber Como Ele É


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para vocês :)
Me desculpem a demora. Boa leitura.
Escritora: @germangielover
Tradutora: @ClaraAlonso_FC



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Angelica abriu a porta para Thiago. Os dois entraram na casa e fecharam a porta. O pequeno pendurou sua mochila em um ganchinho ao lado da porta. O que levava em sua mochila? Uma blusa de frio e um pouco de dinheiro. A pesar de ter apenas 5 anos gostava de ser independente. Claro, o dinheiro quem o dava, era Angie, mas desde pequeno pretendia ajudar Angie, segundo ele, com seus gastos. Era a única pessoa que tinha e ele assumia a responsabilidade sobre ela.

– Então, eu não digo a minha mãe que você me deixou sozinho e você não diz que não fiquei onde deveria ficar. Trato feito? – Perguntou Thiago estendendo a mão aberta para sua avó.

Angelica sorriu e colocou a mão na cintura.

– E porque devo aceitar? – perguntou ela.

– Porque convém a nós dois.

Angelica rio e pegou em sua mão.

– A quem puxou toda essa esperteza? – perguntou ela brincando sem esperar resposta.

– Ao papai. – Respondeu o pequeno com simplicidade.

Angelica o olhou com seriedade mas com amor ao mesmo tempo. Desde de manhã tinha notado que seu neto estava pensativo, mais que o normal.

– Vovó, porque a mamãe não gosta de falar do papai?

O silencio tomou conta por um tempo.

– Não é que ela não goste meu amor. É que... Não sabe o que dizer a respeito.

– Não o conhecia antes?

– Sim mas... - respondeu Angelica tentando achar as palavras adequadas – é algo complicado.

Thiago simplesmente assentiu com a cabeça e se sentou no sofá cabisbaixo. Sua avó o imitou sentando-se ao seu lado. Parecia que o pequeno queria dizer-lhe algo.

– Sabe – começou – Hoje uma garota disse que meu pai sempre estará comigo. Aqui.

Thiago apontou para o seu coração e logo abaixou a mão de novo.

– Ah, sim... Não se apaixonou por essa garota né?

– Não! Ela é bem mais velha que eu.

Angelica riu

– Eu sei que papai está no meu coração, mas que queria saber como ele é, conhecer ele.

Angelica observou a seu neto com amor e um pouco de tristeza. Ele não tinha culpa de nada, o que ele pedia era para poder conhecer o seu pai, como toda criança normal iria querer.

– Bom, se é isso que quer, diga a Angie.

– Você acha? – Perguntou ele

– Sim.

Thiago abraçou sua avó com força fazendo-a sorrir. Quando de repente Angie parou na frente deles.

– Mamãe, posso falar com você um segundo? – Perguntou serio.

Angelica e Thiago se separaram de imediato. O menino pulou do sofá e foi até Angie, pegou na sua mão e disse:

– Mãe, Me leva para conhecer meu pai?

– É... Hoje não Thiago. Hoje não posso – respondeu Angie tentando evitar

– Mas você me prometeu que me levaria – respondeu Thiago elevando o tom de voz

– Mas hoje não, talvez...

– Mas mamãe! EU QUERO VÊ-LO!

– VOCÊ NÃO ENTENDE THIAGO! NÃO VOU TE LEVAR PARA CONHECE-LO! SÓ TE PROMETI PARA ME DEIXAR EM PAZ E PARA QUE DORMISSE DE UMA VEZ!

O pequeno observou sua mãe com tristeza e raiva. Seus olhos se encheram de lagrimas. Angie nunca tinha gritado com ele, sempre falava com ele com carinho e paciência.

– Bom – respondeu ele com raiva – se você não me leva, vou sozinho.

Dito isso Thiago pegou sua pequena mochila, pendurada ao lado da porta e saiu batendo a porta. Angie ficou elétrica, seu coração batendo a mil por hora. Observava a entrada, esperando que seu filho voltasse, estava entardecendo e não podia ter ido tão longe.

– Cedo ou tarde ele vai o encontrar Angie. – Disse Angelica pela segunda vez a sua filha, colocando-se de pé.

– Se não fosse por você talvez seria um pouco mais tarde. – Disse a loira pegando seu casaco

Angie saiu e fechou a porta. Com atenção observou a rua, não havia nenhuma alma vagando por ali. “Não pode ter ido tão longe” Pensou enquanto começava a caminhar, pouco a pouco sua preocupação ia se aumentando por não saber como estava seu filho. Angie caminhou por varias quadras e não viu nenhum rastro de Thiago por lugar algum. Com esforço, por causa do orgulho, ligou para sua mãe.

– Pega o carro, preciso que o procure pela praça e lugares próximos. Eu vou procura-lo no parque – disse a sua mãe enquanto observava as pessoa caminhando no parque.

– Está bem, tchau filha. Te aviso se o encontrar.

– Obrigada. Respondeu Angie desligando o telefone.

Agora seu passo era rápido, quase um trote. Já quase anoitecia e Thiago continuava sem aparecer, “Não devia ter gritado com ele, eu morro se algo tiver acontecido com ele por minha culpa.” A mulher seguiu caminhando, cada vez mais rápido, com a esperança de que seu filho estivesse em algum lugar do parque.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Hoje vou postar mais 2 capítulos ainda :D para compensar os dois dias sem postar.
Fiquem atentos.
Beijos.
Comentem.



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