O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara


Capítulo 14
É Uma Promessa


Notas iniciais do capítulo

Olá, não tenho muito a dizer. Bom capítulo a vocês.
Escritora: @germangielover
Tradutora: @ClaraAlonso_FC



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German tinha levado Thiago para dar uma volta pelo parque e Angie tinha ficado em casa. Era tão estranho vê-lo de novo. Ver que passeava com seu filho e convivia com ele, que o amava como se o conhecesse a anos. O coração da loira havia se comovido extremamente quando viu German carrega-lo e como sorria. Continuava amando German, mas uma coisa era o dever de cuidar de seu filho e outra coisa era que estivessem juntos. A preocupava se Thiago resolvesse perguntar de sua separação ou que se iludisse que eles pudessem voltar a ficar juntos, pois Angie não pensava ter alguma coisa com German.

A loira estava sentada na mesa, brincando com sua comida. Não tinha fome. A única coisa que passava por sua cabeça era se German colocaria seu filho contra ela. Foi então que as palavras de Violetta vieram em sua cabeça: “Ele te ama e nunca te faria algo que lhe causasse dor. Papai mudou, não é o mesmo German faz anos, desde que você se foi ele mudou muito.”

– Tomara que seja verdade. – disse ela para si mesma.

Angie continuou brincando com a colher enquanto um sorriso desenhava em seu rosto sem consentimento, se lembrava dos bons momentos em que viveu com German.

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– Papai corre! – gritava o pequeno a German ao qual estava com patins.

– Espera Thiago! Não sei como usar esses...

De repente German se desmontou no chão e ficou ali inerte. O pequeno parou rapidamente e patinou até onde estava seu pai. Quando chegou até ele, pulou no chão e o sacudiu.

– PAPAI! PAPAI! Fala comigo! Diz alguma coisa! – gritava o pequeno angustiado.

Em um movimento rápido German se sentou e pegou seu filho pela cintura para lhe fazer cócegas.

– Não, para! Para! Para! – exclamava o pequeno se retorcendo em meio as gargalhadas.

Os dois riam enquanto German continuava fazendo cócegas em seu filho. Quando o menino já não conseguia mais, German parou e observou o pequeno rir. Seu coração se comoveu. Poderia permanecer o resto de sua vida o observando. Tinha a beleza de sua mãe e o caráter de seu pai. Jurava que poderia dar vida por ele. Thiago tinha devolvido a felicidade de German, o pequeno era a luz de seus olhos, junto com sua filha. Os dois eram sua vida e seu maior tesouro.

– Papai, me enganou. – disse Thiago enquanto ficava de pé.

– Eu sei. – respondeu German tirando os patins e colocando no chão – mas se eu não fizesse isso você não ia me esperar e... Não sei usar essa coisa.

Thiago riu e ajudou seu pai a tirar os patins. Quando ficou de pé, tirou seus sapatos de uma mochila que o filho levava nas costas. Colocou os patins na mochila e calçou seus sapatos. German pegou na mão de seu filho quando percebeu que ele se incomodou.

– O que foi? – perguntou o homen olhando para o rosto de seu filho.

– É que... Já sou homem pai. Já posso me cuidar sozinho.

German soltou uma gargalhada. “Muito astuto para sua idade.” Pensou ele. Atendendo aos desejos de seu filho, caminharam sem pegar na mão. Mas se mantendo próximos, porque se o pequeno se perdia, Angie com certeza matava German. Caminharam por um bom tempo, vendo as arvores, as pessoas e como as folhas caiam lá de cima.

– Papai. – disse Thiago cortando o silencio – posso te perguntar uma coisa?

– Claro meu amor. – repondeu German abaixando o olhar até seu filho.

Thiago parou e pegou a mão de seu pai o fazendo girar. German se agachou para ficar na mesma altura que seu filho e o escutou com atenção.

– Papai, você ainda ama a mamãe?

A pergunta veio de surpresa para German. Ele suspirou, sem saber como responder para seu filho. O surpreendia a capacidade de compreensão do pequeno a pesar da pouca idade. Olhando nos olhos verdes do pequeno, Geman se lembrou de Angie e como ele se perdia em seus olhos cada vez que a olhava.

– Eu a amo mais do que você imagina. – respondeu com absoluta certeza.

O menino sorriu simpaticamente.

– Então porque não estão juntos? – perguntou o pequeno coçando a cabeça em sinal de duvida.

German engoliu seco. De novo seu filho havia o deixado sem palavras. O primeiro dia com ele e tinha que explicar coisas tão complicadas. Não queria nem pensar em como seria quando ele perguntasse como se fazem os bebês.

– Você sabe muito dessas coisas não? – respondeu German com outra pergunta.

–Sim. Tive uma namorada a algum tempo. – respondeu o menino com simplicidade.

– Como? Sua mãe sabe disso?

– Não. E você não vai dizer a ela. Aliás, não estamos falando disso, estamos falando de você e mamãe.

German Supirou

– Bom, as vezes os adultos cometem erros e metemos os pés pelas mãos. Esses erros não são tão fáceis de de corrigir e isso acaba separando as pessoas.

– O que fizeram? – perguntou o pequeno começando a se interessar.

– Bom... Sua mãe não fez nada. Fui eu. Eu... machuquei sua mãe, muito feio o que eu fiz e... Ela tem raiva de mim.

O pequeno pensou por alguns minutos e disse:

– Porque não pede desculpa e faz alguma coisa romântica para ela?

German ficou surpreendido e ficou de pé, cruzando os braços. O homem olhava seu filho com uma expressão de divertimento.

– E no que você pensou? – perguntou procurando saber quais eram as cartas de seu filho.

– Bom... Não sei. Talvez um jantar romântico, como nos filmes! Mas não muito meloso, mamãe não gosta de coisa muita melosa. Podem ver um filme, comprar flores pra ela. As flores e os chocolates nunca falham. Também pode fazer aquelas músicas a noite! Como se diz mesmo?...

– Serenata? – respondeu German com expressão divertida.

– Sim, isso! Bom, já sabe... Então, o que acha?

German sorriu. Seu filho era um cupido.

– Parecer ser bom, filho. Mas entre sua mãe e eu, as coisas são... complicadas.

– Não tem que ser. Vocês fazem ficar complicadas. – respondeu ele cruzando os braços igual seu pai.

Quando o pequeno dizia parecia ser tão fácil que inclusive German quis sair correndo e dizer tudo para Angie, sem se importar se ela iria querer escutar ou não.

– Bom, mas porque meu filho está me aconselhando em assuntos amorosos quando eu sou praticamente um Don Juan. – respondeu German se agachando de novo.

– Não é o único Don Juan da família, pai.

German voltou a rir e abraçou seu filho. O pequeno afundou seu rosto no pescoço de seu pai e o apertou o mais forte que pôde. Thiago amava quando German o abraçava, nunca havia sentido o que era ter um pai antes. Via seus amigos abraçar seus pais e ele só desejava saber como era aquilo. Agora que sabia, queria continuar ao lado de seu pai para sempre... E apresenta-lo aos seus amigos, claro.

– Pai, tem que reconquistar a mamãe. – suplicou o pequeno se separando – assim voltamos a ser uma família. Juntos e felizes.

German ficou feliz. Thiago queria mesmo vê-lo com sua mãe. German não tinha nenhum problema com ela, amava Angie e queria continuar pra sempre ao seu lado. Vendo seus filhos crescerem. Mas ela não queria ceder de maneira alguma.

– Thiago. – respondeu German – Prometo que vou reconquistar Angie, nem que seja a ultima coisa que eu faça. É uma promessa.

O pequeno sorriu e abraçou seu pai de novo. Tinha todo o dia para passear e contar coisas de suas vidas. Este era apenas o começo de suas histórias juntos.

A noite caia sobre a cidade. German e Thiago tinham passeado o dia todo mas tinham concordado de voltar a noite. Thiago estava cansado, não tinha energia para mais nada, quando entrou em casa, foi direto para sofá e la mesmo pegou no sono de imediato. Minutos depois de se deitar o telefone tocou. O pequeno se levantou reclamando e respondeu sonolento.

– Oi.

– Thiago? É você? – perguntou uma voz feminina do outro lado do telefone.

– Vilu? – perguntou o pequeno identificando sua voz.

– Sim, sou eu. Se lembra do favor que pedi para me fazer?

– Sim.

– Bom, preciso que acompanhe Angie para pegar uma fantasia de mulher maravilha e aproveitando você pega o seu.

Thiago bocejou e perguntou:

– Porque precisa de uma fantasia?

– NÃO dirá nada a Angie? – perguntou Violetta

– Não, não se preocupe. Pode me contar, mas que seja rápida, porque acho que vou cair.

Violetta riu do outro lado e respondeu.

– Vai ter uma festa a fantasia no Studio e...

– O que é Studio? – interrompeu o pequeno coçando os olhos.

– Já vai saber. O importante é que preciso que papai e Angie estejam vestidos iguais.

Thiago sorriu.

– Para que? – perguntou ele maliciosamente.

Violetta sorriu.

– Te explico na festa. Mas preciso que faça isso pra mim, pode ser? E preciso que seja segredo entre você e eu, entendeu?

– Claro. – respondeu ele – sou um tumulo.

– Perfeito. – respondeu ela.

De repente Thiago escutou passos descendo pela escada.

– Tenho que ir. Farei o que puder. Tchau.

Rapidamente o pequeno desligou o telefone e correu para cozinha para pegar um copo de leite, quando Angie entrou na cozinha e o viu sentado na mesa tomando seu leite. Ela sorriu e se sentou ao seu lado.

– O que foi? – perguntou a ele ao vê-lo acordado na sua hora de dormir.

– Estava com sede. – respondeu ele com simplicidade enquanto sorria com um bigode de leite sobre seu lábio.

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– É serio que eu tenho que usar isso? – perguntou German vendo o traje que Violetta havia arrumado para ele – sou obrigado a ir a festa? É só para egressos não?

– Sim. – respondeu Violetta pegando a fantasia e entregando para German. – Fica bem em você pai.

German olhou para a fantasia incomodado. Era uma fantasia de Superman, que ficava um pouco apertada, mostrando seus músculos. Se sentia estranho em usar isso na frente de tantas pessoas.

– Está bem. – respondeu ele de má vontade – mas se suas amigas se traumatizarem não vai ser minha culpa.

Violetta soltou uma gargalhada. Se ele soubesse que Angie iria o ver assim, provavelmente não ia convencê-lo a usar. “Esta tudo bem até agora.” Pensou Violetta “Operação Germangie em andamento.”


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Notas finais do capítulo

"Operação Germangie em andamento." Eu particularmente amei essa expressão... Violetta e Thiago são terríveis, então imaginem só eles unidos para fazerem German e Angie ficarem juntos! Pois é! kkkkkk Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.
Comentem.



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