O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara


Capítulo 13
É Igual Ao Meu


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora... Ultimamente estou muito cansada mas aqui está ;)
Boa Leitura.
Escritora: @germangielover
Tradutora: @ClaraAlonso_FC



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– Papai, quer que eu passe essa camisa um pouco mais? – perguntou Violetta já histérica na porta.

– Vilu, não tem como deixar essa camisa mais lisa do que já está! Por que não nos acalmamos um pouco? Você está me deixando mais nervoso. – respondeu German arrumando as mangas.

Havia chegado a hora. German tinha ficado de chegar de manhã para dizer toda a verdade para Thiago. German sentia que o coração batia a mil e as mãos suavam. Quase como se estivesse no hospital, esperando seu filho nascer. A noite anterior não conseguiu dormir pensando em Thiago. O pequeno o havia causado um imenso carinho desde a primeira vez que o viu mesmo sem saber o motivo de tamanho carinho. Agora que sabia que sabia que era seu pequeno não podia esperar para abraça-lo e tê-lo em seu braços.

Violetta virou-se e observou seu pai. Ele respirava ofegante e esfregava suas mãos, estava muito nervoso. Sem poder evitar Violetta sorriu. Não via seu pai tão feliz desde que Angie havia ido. Agora era outro. De manhã havia o escutado tocar piano, coisa que só fazia quando estava feliz. De repente a porta se abriu e uma loira os observou parados na porta.

– Entrem. – disse a eles sorrindo.

– Mãe, o que seu amigo faz aqui? – perguntou se sentando no colo de sua mãe.

– Bom meu amor, German, Violetta e eu queremos te dizer uma coisa.

O pequeno observou Violetta e depois German. German o olhava com o olhar carregado de amor e carinho. O pequeno sorriu e German sorriu de volta. Violetta riu baixo. “O mesmo sorriso.” a garota pensou.

– Thiago, sua mãe e eu nos conhecemos faz muito tempo – começou German chegando para a borda do sofá, que estava em frente de Thiago e Angie.

– E você é muito importante para nós. – continuou Violetta com um sorriso.

– Sim. Bom, vocês também são importantes. Se não tivessem me encontrado eu estaria morando no parque.

Angie, German e Violetta riram do comentário.

– Sim, isso é importante, mas o assunto é um pouco mais relevante que isso. – continuou German vendo seu filho.

– O que é relevante? – perguntou Thiago curioso.

– É algo importante, meu amor – respondeu Angie – como o que temos para te dizer.

– Venha Thiago. – German o chamou.

O pequeno o obedeceu e se dirigiu até onde German estava. O homem estava morrendo de nervoso por dentro, a emoção e alegria o embargava fazendo que a tarefa de falar ficasse ainda mais difícil. Quando o pequeno chegou ao seu lado, German o pegou e colocou em seu colo. Thiago com curiosidade, pegou a foto em suas mãos e a observou.

– Este é você? – perguntou apontando para German mais jovem na fotografia.

– Sim, e essa é sua mãe. – continuou apontando para Angie.

A foto mostrava Angie sentada no sofá ao lado de German, ambos estavam muito juntos. Os dois estavam se olhando um no rosto do outro, com um sorriso desenhado no rosto de cada um. Nenhum dos dois havia notado que Violetta tinha tirado a foto e por isso em seus rostos havia o reflexo de seus verdadeiros sentimentos. O amor que sentiam um pelo outro.

– Mamãe não mudou nada. – apontou o pequeno mostrando a foto para Angie.

Angie sorriu com nostalgia. Não se lembrava desse dia mas se via que estava feliz. Com certeza mais feliz do que tinha estado nestes últimos seis anos. German sorriu ao ver Angie suspendendo a foto em suas mãos.

– Sua mãe e eu parecemos felizes nessa foto não é? – perguntou German.

– Sim. Tem a mesma cara de bobo que tem quando a olha.

Violetta riu do comentário e sentou ao lado de Angie para abraça-la com força enquanto a loira ficava corada.

– Bom, sua mãe e eu, tivemos uma historia, e parte dessa história é você.

O pequeno desceu do colo de German e virou-se para olha-lo, tinha um olhar curioso. German não disse uma palavra, apenas observou seu filho e sorriu. O pequeno procurou nos olhos de German alguma resposta. Não entendia o que estava acontecendo. German com carinho pegou as mãozinhas de seu filho e se aproximou dele.

– Thiago. – disse com a voz tremula. – Eu sou seu pai.

O pequeno o olhou com os olhos arregalados como pratos. Ainda duvidando virou-se para sua mãe que sorria com lágrimas brotando em seus olhos. O menino virou-se para seu pai e se lançou em seus braços dando um grande abraço nele.

– Não acredito! – gritava enquanto se separava do seu pai – Conheci meu pai! Mãe, ele é meu pai!

Angie sorriu enquanto sentia que Violetta apertava sua mão, dando força a ela. Ambas se olharam e sorriram. Agora estavam mais unidas que nunca. German de sua parte não queria mais soltar o pequeno, quando ele se separou German beijou sua testa e sorriu.

– E também tem uma irmã. – comentou German enquanto as lagrimas de felicidade caiam pelo seu rosto. – A Violetta.

O pequeno se virou para Violetta e correu até seus braços. Violetta o apertou entre seus braços e beijou sua cabecinha enquanto ria.

– Tenho mais irmãos? – perguntou o pequeno ansioso.

– Bom, quer mais irmãos além de mim? – perguntou Violetta rindo. O pequeno sorriu e pegou a mão de seu pai para leva-lo até onde Violetta e Angie estavam sentada. German se sentou no meio delas e Thiago sentou no colo de seu pai. O pequeno pegou as mãos de Angie e Violetta e com um grande sorriso (idêntico ao de seu pai) disse:

– Acho que a Santa se adiantou.

– Por que diz isso meu amor? – perguntou Angie acariciando o rosto de seu filho com a mão que estava livre.

– Porque eu pedi isso a ela. Conhecer meu pai e poder ter uma família feliz.

Todos sorriram e se abraçaram. German passou sua mão por trás da cintura de Angie a puxou para ele. Ela sentia seu coração batendo a mil novamente sem controle. Ele notou, sorriu e colou suas bochechas. Quando Thiago se separou, todos fizeram o mesmo, Angie ainda nervosa.

– Amo vocês. – disse o pequeno com ternura.

– Eu também campeão. – respondeu German retirando sua mão de trás de Angie. – e sempre vamos estar com você, nunca vai ficar sozinho. Te prometo.

O pequeno sorriu e saiu pulando até chegar ao colo do seu pai para abraça-lo de novo. Angie os observou com ternura. German estava de olhos fechados enquanto abraçava Thiago e o pequeno tinha um sorriso de orelha a orelha. Isto era certo, sempre havia sido.

– Bom, vou os deixar. – imterroupeu Violetta ficando de pé. – tenho que resolver alguns assuntos.

– Tão rápido? – perguntou Thiago se separando de seu pai e aproximando de Violetta.

– Sim. Mas prometo que volto, é muito importante o que tenho que fazer.

O pequeno assentiu e compreendeu a situação com rapidez e se lançou para abraçar Violetta pela cintura, já que ele mal conseguia alcança-la. Violetta sorriu, sentindo que seu coração explodia de felicidade. Tinha um irmãozinho, o que sempre havia desejado. A garota se inclinou e beijou a cabeça de seu irmão e depois murmurou em seu ouvido:

– Preciso que me ajuda com um coisa, mas não diga nada a ninguém.

O pequeno sorriu com um ar de cumplice e assentiu a cabeça. Pegou na mão de sua irmã e acompanhou-a até a porta. Angie se colocou de pé. German fez o mesmo e buscou seu olhar. Dessa vez ela não desviou seu olhar. Nos olhos de German havia um brilho, esse brilho que só tinha quando a via, o brilho que Angie pensou que nunca mais voltaria a ver desde que Esmeralda tinha chegado na casa. German sorriu e estendeu seus braços. Angie o observou hesitante, sem saber se deveria se aproximar ou não.

– Vamos, um abraço não mata ninguém. – disse German brincando.

Angie o observou novamente. Ele sorriu. Esse sorriso que a deixava de pernas bambas. Nervosa, se aproximou e afundou seu rosto em seu pescoço. German a abraçou, pela cintura. Se sentia... Acomodado. Angie nunca havia se sentido tão segura como se sentiu nesse momento, sentia isso apenas nos braços de German. Como se pertencesse a ele. Não ia negar mais... O amava com a mesma intensidade, mas a desilusão continuava ali. Angie pigarreou e se separou de German incomodada. Ele a olhou e entendeu que não estava pronta. Ainda não havia lhe explicado a verdade, mas para isso tinha tempo. Agora tinha um filho e queria saber cada detalhe dele.

– Papai, papai! – exclamou o pequeno enquanto voltava correndo para os braços de seu pai, - podemos ir tomar um sorvete? Também posso te mostrar minha bicicleta ou meu carrinhos, ou também podemos ir assistir um filme.

German sorriu e levantou seu filho para coloca-lo em seus ombros. Angie viu aquela cena com ternura.

– Faremos tudo isso e muito mais campeão. – respondeu German caminhando até a porta. – Claro, se sua mãe deixar.

German se virou e viu Angie, ela sorriu de lado e assentiu com a cabeça.

– Você também pode vir mãe.

– Não meu amor, está tudo bem. – respondeu a loira se sentando no sofá – Você e seu pai tem muito o que por em dia.

Thiago assentiu com a cabeça e riu para si mesmo. Seus pais o olhavam com curiosidade.

– O que foi? – perguntou German descendo o garoto e colocando-o no chão.

O pequeno o observou por alguns segundo e se virou para sua mãe.

– Seu sorriso. – disse o pequeno apontando para German. – É igual ao meu.


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Notas finais do capítulo

Acho que a reação do Thiago foi perfeita não é mesmo? Espero que gostem.
Beijos e até a próxima.
Comentem.



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