O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara


Capítulo 12
Não Muda Nada


Notas iniciais do capítulo

Opa!!! Mais um capítulo! Pessoinhas, me perdoem pela demora... Na segunda fui no médico, estava cansada e chateada com os resultados da minha consulta... Nada de mais, não se preocupem... E deixei pra terça, onde meu computador deu problema e hoje só consegui postar agora porque fiquei o dia todo sem internet kkkk..
Enfim, sem mais delongas, boa leitura!
Escritora: @germangielover
Tradutora (eu): @ClaraAlonso_FC



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Angie se jogou no sofá e respirou fundo. Sua vida nunca tinha sido tão complicada como nesse momento. Faz dois dias que havia prometido a Violetta, dizer toda a verdade para German, mas até agora não tinha tomado coragem para fazer isso. Thiago estava na escola, depois de organizar uma papelada, Angie tinha conseguido inscrevê-lo em uma escola perto de onde moravam. Angelica tinha saído para fazer compras e Angie estava com o assunto dando voltas em sua cabeça, desesperando-se cada vez mais.

De repente a campainha tocou. Angie suspirou, sem vontade de levantar, arrastando os pés, abriu a porta. No mesmo segundo que viu quem estava na porta seu coração acelerou.

– German? – perguntou a mulher. – O que faz aqui?

– Quero falar com você. – respondeu German seriamente.

Sem saber o que responder, Angie chegou para o lado e deixou German entrar. Depois que ele entrou, ela fechou a porta e se sentou no sofá. German caminhava de um lado para o outro, evitando o olhar dela. Angie apenas o via passear pela sua sala. “Para que ele veio?” pensou ela.

– Precisa de alguma coisa? – perguntou ela ao vê-lo tão indeciso.

German parou e virou para Angie. Tomou o fôlego devagar e disse:

– Sim. Preciso saber por que não me disse que tínhamos um filho.

Nesse momento, Angie sentiu como se jogassem um balde de água fria em suas costas. Seu rosto ficou pálido e sua expressão com um tom de surpresa.

– Como você soube? - gaguejou Angie enquanto ficava de pé.

– Não importa como eu soube. O que importa é que eu não soube por você. A mãe do meu filho.

Angie sentia a culpa corroendo-a por dentro. Queria fugir do olhar de Greman, mas não podia, era o mesmo que uma força a obrigava a permanecer enganchada ao olhar de German. No rosto dele não havia raiva e tão pouco rancor, apenas compreensão. De certa maneira, isso aliviou Angie, mas por outro lado, a fez sentir culpada.

– Por que não me disse? – perguntou ele paciente, olhando-a nos olhos com amor.

Angie engoliu seco e respondeu:

– Porque eu não encontrei nenhuma maneira... Tinha medo que você ficasse com raiva de mim ou que arruinasse sua vida colocando mais um peso em suas costas.

German suspirou, frustado com tudo aquilo. Quando ia entender que ela não era um peso para ele? Nem ela e muito menos o filho que agora eles tinham.

– Nada disso é um peso Angie.

Ela suspirou e abaixou o olhar. Agora ele sabia e já não tinha mais nada que dizer. Não podia entender como ele nem sequer gritou ou reclamou por tudo isso ter sido escondido por tanto tempo. Era estranho que ele estivesse tão tranquilo pelo fato de como ela imaginou que ele iria agir.

– Agora que nós dois sabemos, será mais simples dizer ao Thiago. – Angie acrescentou sentado de novo.

German assentiu com a cabeça e sentou ao seu lado. De repente um sorriso se formou em seu rosto e não pode evitar de rir de si mesmo. Angie, curiosa, virou-se e o observou, perguntando o que lhe causa tanta graça. German observando o rosto curioso de Angie, disse:

– É incrível como faz poucos dias que pensava que tinha perdido tudo e agora tenho um filho lindo. Igual a mãe.

Angie corou e abaixou a cabeça, com um pouco de vergonha.

– Fisicamente é igual a mim, mas é igual você em muitas coisas. – disse ela evitando o olhar dele.

– Em que coisas? – perguntou ele com vontade de saber.

– Bom... É teimoso do mesmo jeito em algumas coisas. É decidido com o que quer. Uma vez que se decide nunca muda sua opinião. É muito esperto e inteligente, sabe persuadir. E bom, tem... Tem seu...

Do nada, Angie se virou e se encontrou com o rosto de German. Neste, estava desenhado um grande sorriso, refletindo a alegria que lhe causava em saber que Thiago e ele não eram tão diferentes, mesmo que nunca tivessem se conhecido. Angie sem poder evitar (como sempre) sorriu de volta e disse:

– Seu sorriso. Tem seu sorriso.

German riu.

– Agora entendo porque pareceu tão esperto desde a primeira vez que eu o vi.

Angie riu um pouco sem vontade enquanto voltava a evitar o olhar de German. Ambos continuaram em silencio por alguns segundos até que Angie perguntou:

– Violetta te disse né?

– Não. – respondeu ele negando com sua cabeça. – Acho que não desligou o celular e eu escutei toda a conversa.

Angie logo pensou “Ela fez de propósito sabendo que eu não conseguiria contar ou foi apenas uma simples coincidência?”

– Então... Falando de Thiago... Quero te ajudar economicamente com tudo o que nosso filho precise. – acrescentou German para mostrar seu apoio a Angie.

Por dentro, um sentimento de emoção o invadia de novo. Nunca pensou em dizer “nosso” de novo na frente de Angie, e muito menos se referindo a “nosso filho”. Agora tinham algo que os mantinham unidos, algo que os tinha atado pelo resto de suas vidas.

– Obrigada. – respondeu Angie com simplicidade, se girando para vê-lo, desta vez com um olhar de gratidão. – Pode vê-lo quando quiser. Não penso em te afastar dele.

Depois disso tudo ficou em silêncio.

– E de você? Pensa em me afastar de você? – perguntou German. Esta duvida o corria por dentro.

Angie ficou em silencio sem saber o que responder. Tinha tantas perguntas que a torturavam por dentro, mas não queria saber a resposta. Porque havia a enganado? Porque a tratava tão bem? “Ele pensa que pode vir e flertar comigo como se nada tivesse acontecido?” perguntou ela incomodada.

– É... German – respondeu ela começando a ficar com raiva – Mesmo que você e eu tenhamos um filho, isso não muda nada.

– Sim, muda, e muito – respondeu ele se aproximando da loira – esse pequeno, é fruto do nosso amor, Angie. Depois do nascimento de Violetta, esse é o dia mais feliz da minha vida.

Angie ficou em silêncio, sem mesmo saber o que sentir. Lagrimas de raiva começaram a se acumular em seus olhos. Ela ficava impressionada que ele dissesse tudo isso quando nem se quer a pediu perdão por se aproveitar dela. Seu coração queria acreditar mas a razão não a deixava fazer isso.

– Não German. – interrompeu ela retendo as lágrimas. – Thiago é uma lembrança sobre o porque você e eu não estamos juntos. Preferiu uma mulher que conheceu através de negócios, do que sua querida cunhada que a única coisa que queria era seu bem e o de Violetta.

As palavras de Angie estavam carregadas de raiva e sarcasmo. Desde que havia fugido para Madrid havia decidido não falar de German, e assim havia feito, até agora. Toda a raiva que ela tinha contida ali, estava soltando agora, frente a causa de sua dor. Sem poder suportar mais, a mulher ficou de pé e deu as costas para German.

– Está se equivocando, não foi assim. – negou German ficando de pé.

Se havia algo que não suportava ver, era ver Angie chorar. Ainda incomodada ela cruzou os braços e se virou.

– Ah é? – perguntou a loira com um sorriso sarcástico. – Então como foi?

German tinha dor no olhar. Reconhecia que havia cometido muitos erros e que a maior culpa era toda sua. Mas se Angie o deixasse explicar, talvez as coisas poderiam ser diferentes. German abriu a boca para explicar tudo, quando de repente a porta se abriu. Era Angelica.

– Desculpe... Eu... Pensei que estava sozinha. – se desculpou ela vendo sua filha.

– Não tem problema, mamãe. – respondeu Angie limpando as lágrimas que ainda estavam em seus olhos. – German já está de saída.

German abaixou a cabeça e saiu. Nessas condições, não podia falar com Angie. Angie tinha que se acalmar. German caminhou até a porta mas antes de ir voltou até Angie.

– Quando vamos dizer a ele? – perguntou em voz baixa.

– O mais breve possível. – respondeu ela ainda sendo fria com ele.

– Venho amanhã, de manhã.

Angie assentiu com a cabeça sentindo o olhar de Angelica sobre eles. German suspirou e se aproximou um pouco mais da loira, fazendo que a distancia entre eles se encurtasse. Devagar se inclinou e beijou o rosto de Angie com delicadeza. Com o contato ela fechou os olhos, involuntariamente. Seu coração batia forte enquanto uma espécie de corrente elétrica percorria seu corpo. Lentamente ele se separou do rosto da loira e murmurou em seu ouvido:

– Até amanhã.

Angie engoliu seco enquanto via German sair, fechando a porta. Depois que já não escutava mais seus passos, soltou todo o ar que tinha contido, ainda assim seu coração continuava batendo sem controle. Só uma caricia, só um gesto de carinho já a deixava aos pés de German. Mesmo depois de tanto tempo, German ainda causava um efeito nela que era impossível de se controlar. Angelica, vendo sua filha distraída, se aproximou dela.

– Você disse a ele? – perguntou tentando chamar a atenção de Angie.

– Ele já sabia, escutou minha conversa com Violetta. – respondeu ela sem tirar o olhar da porta.

– Bom... Agora tudo será mais fácil.

Angie girou para sua mãe, ainda pensando em German e em como ele havia tentando esclarecer tudo.

– Assim espero, mamãe. Assim espero.


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Notas finais do capítulo

Então, nas notas do capítulo anterior eu disse que ele seria importante... E foi não é mesmo?
Violetta e suas "espertezas" !!! Se não é ela, sabe-se lá quanto tempo Angie iria enrolar essa história!
Enfim, até a próxima ;) Beijooos.
Comentem o que acharam!



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