Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 6
Don't let me go


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas;
Desculpe a demora, é que como estou viajando, não tenho tempo para escrever muito.
Aliás quero agradecer a todos os comentários e pedir desculpas, também, por não responde-los. Bom, sem mais delongas----Brega kkk--- vamos lá.
Boa leitura
=D
Beijos



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"Picture you're the queen of everything

Far as the eye can see

Under your command

I will be your guardian

When all is crumbling

I'll steady your hand"

(Never say never)

The Fray

Anabelle's part

Eu estava prestes a cometer um grande erro, mas que escolha eu tinha.

–Eu... -Repeti. -Eu aceito.

Depois que respondi a proposta de Austin, o clima daquele salão melhorou. Ouvi minha mãe e a mãe e Eva suspirarem aliviadas e os nossos pais se cumprimentaram e esboçavam sorrisos largos. Procurei alguém que eu conhecesse, e que de preferência não esboçasse um sorriso falso para mim. Loly me encarava com um expressão triste.

–Parabéns pelo noivado, Anna.

–Obrigada Loly, mas agradeceria mais se você não estivesse sendo tão falsa, todos nós sabemos que você é apaixonada pelo Austin, não precisa me parabenizar por uma coisa que você queria fazer.

–Ah, obrigada por entender Anna, eu sei que deve estar sendo difícil para você, mas imagina para todas nós, ter que abrir mão do Austin... -Ela suspirou.

–Claro.

Loly não era feia, era meio gordinha e tinha cabelos loiros e curtos e olhos verdes, parecidos com os meus. Ela era filha de algum empresário rico que vivia no interior de Dinerstow, uma cidade "litorânea". Ela e a mãe visitavam o Senhor Mcguinner, pai e marido, nos finais de semana.

–A propósito, me desculpe pelo soco.

–Imagina. -Falei, tomando um pouco de ponche. -A maioria das garotas desse baile gostariam de me dar esse soco, você só cumpriu o que elas gostariam de fazer.

Uma ex-namorada de Austin estava lá, ela era alta e ruiva, cabelos longos e ruivos, olhos meio azuis e meio verdes. Ela era linda, mas ele estava "de saco cheio" dela. Sarah, era o nome dela. Ela me encarava com raiva, provavelmente ela ainda o amava, e muito provavelmente ela era a das que mais sentia raiva de mim.

–Você sabe onde Emma está? -Perguntei.

–Eu estava conversando com ela minutos antes de você aceitar o pedido, depois ela sumiu. -Loly deu de ombros e devorou um canapé.

–Obrigada, vou procurá-la.

Sorri para Loly e sai de sua vista, atravessei todos os cômodos possíveis da minha casa, até retornei para o quarto do meu irmão, na esperança que ela estivesse lá. Nada. Fui para o meu quarto. Nada. O jardim! Desci rapidamente as escadas e atropelei os pés de algumas pessoas que me encaravam feio mas logo que reconheciam que era a noiva feliz, sorriam e falavam que tudo bem. Fui para o jardim e encontrei Emma sentada em frente a cascata de água que caia na piscina. Ela estava com lágrimas nos olhos.

–O que foi, Emma? -Me sentei ao seu lado, ignorando o fato do meu vestido estar sendo estragado.

–Anna! -Ela agarrou meus ombros, sua maquiagem estava borrada e ela parecia uma louca falando. -Você tem que me prometer que nunca, eu disse NUNCA, se apaixonará pelo Austin, que fará tudo para se separar dele!

–Emma...

–Prometa! -Vociferou.

–Eu não posso prometer isso, Emma...

–Você está se apaixonando por ele! -Ela se levantou da piscina e eu me levantei também.

–Não, claro que não.

–Então prometa! -Ela se aproximou de mim, eu estava a poucos passos da piscina. -Prometa Anna.

–Emma.

Ela me empurrou piscina adentro, mesmo sabendo que eu não sei nadar. A angústia de estar quase morrendo, da água consumindo meus pulmões e retirando a minha vida de uma maneira tão estúpida. Tentei "nadar", não deu. Emma fizera o favor de me empurrar para a parte funda da piscina, sem chance de sobrevivência.

Austin's part

–Onde está Anabelle? -Minha mãe perguntara pela trigésima vez.

–Não sei, confesso que agora estou preocupado, normalmente que some desse jeito sou eu. -Ri pelo nariz.

–Vá procurá-la Austin. -Ela mandou e eu obedeci, sem hesitar.

Perguntei a família dela, ninguém sabia de nada. Percorri cômodos e salões, sendo seguido pelos irmãos de Anna. Richard me olhava feio, eu definitivamente sabia que ele me odiava por eu estar casando com a irmã dele, irmã na qual ele é apaixonado. O jardim, ela só pode estar em uma parte externa da casa. Sai da casa empurrando algumas pessoas, me desculpando. Avistei Emma, que sorria de modo estranho, ela encarava a piscina. O movimento da água estava intenso,mas não tinha ninguém lá dentro,porém me aproximei mais da piscina, sem Emma me ver, e avistei o corpo de Anabelle boiando.

–Você ficou louca?! –Gritei para Emma, que antes ria agora estava com uma expressão gélida.

–Ela caiu.

–Cala a boca, sua maluca.

Tirei o terno, a camisa e os sapatos e pulei piscina adentro. Os irmãos de Anna correram para dentro da casa avisar a todos que Anabelle precisava de um médico ou de uma ambulância. Nadei até o corpo desacordado de Anna, puxei-a para mais perto de mim e levei-a até a superfície. Depositei seu corpo na borda da piscina, Emma sumiu, e uma multidão desesperada invadiu a região do jardim.

–Ela está desacordada, doutor Ferihmer! -Ele me olhou ao ouvir seu nome.

–Não tenho o que fazer, estou sem equipamentos!

–Tem sempre uma ambulância perto do bar22, Kito e Gina foram buscar. -Uma voz falou.

–Ela não tem muito tempo! -Gritei.

Respiração boca a boca. Nada. Ressusitação. Nada. Anna não pode morrer, não agora. Ouvi o barulho de carros, a ambulância. Carreguei Anna novamente, a maca estava na frente da porta da frente, o doutor Ferihmer me seguiu e entrou na ambulância, Kito me impediu de entrar, e os três ficaram lá dentro por horas. Conforme as horas foram passando, a multidão foi diminuindo, até sobrar apenas nossas famílias, uns amigos e um grupo de curiosos.

–Meu Deus, como ela caiu? -Peter apareceu atrás de mim, depois de muito tempo, ele estava com uma cerveja na mão.

–Me dá. -Tomei a cerveja em um gole só.

–Cara, você tá bem?

–Não, Emma jogou Anabelle lá dentro, se ela morrer a culpa é dela.

–Calma cara, Anna vai ficar bem, vocês dois se merecem.

–Cala a boca, Peter.

–É a mais pura verdade. -Ele se interrompeu, Kito abriu uma das portas da van e saiu, esboçando um sorriso.

–ELA ESTÁ VIVA. -Gritou.

Eu abracei Peter e tomei mais uma cerveja que estava na mão de uma mulher atrás de mim.

–Me larga cara. -Ele se soltou.

–Foi mal,é que...

–Ela quer te ver. -Kito se virou para mim.

Devolvi o copo vazio para a mulher, que quando olhei era Sarah. Dei de ombros e segui Kito entrando na van. Anna estava deitada na maca, corpo pálido e expressão calma. Estava muito estreito que acabei tropeçando em um inalador, fazendo com que este caísse, atraindo olhares feios.

–Vou deixar os dois sozinhos, Kito e Gina, vamos. -Ele empurrou os dois van para fora.

Anna olhava para o teto, depois para mim. Minutos, torturantes, se seguirão até que ela, finalmente, abriu a boca.

–Soube que você salvou a minha vida. -Ela riu pelo nariz. -Quem diria, Austin Monville salvando a minha vida.

–Não sou esse monstro que eu sei que você...

–Devagar, Austin, meu cérebro ainda estão tentando digerir o que aconteceu.

–Eu vou tentar resumir para você. Emma tentou te matar e eu salvei a sua vida.


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