Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 7
Stay


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas;
Bom, mais um capítulo postado para vocês, comentem e perguntem sobre qualquer dúvida ou opinião.
Boa leitura
=D
Beijos

PS: Para quem gostar de saber quem eu imagino ou está próximo de ser o Austin e a Anna o/

Austin: http://www.designscene.net/wp-content/uploads/2011/05/Boys-by-Girls-by-Cecilie-Harris-and-India-Hobson-MaleModelSceneNet-05a.jpg

Anna: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ6JcMQD3ywzCrbdLEN7VlQ5lcoRvpvwtxkb7IjpjypAjxIdeU2

Aprovaram?



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"And I've always lived like this

Keeping a comfortable distance

And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness

Because none of it was ever worth the risk"

(The only exception)

Paramore

Anabelle's part

Bom, agora eu realmente não tinha mais ninguém para contar meus segredos e aflições. Emma foi embora. Não tinha mais uma melhor amiga para me apoiar com essa história boba de casamento. Não tinha mais um irmão, já que aparentemente ele estava apaixonado por mim, e esse pensamento me deixava agoniada. Tinha umas amigas na escola, mas todas elas se viraram contra mim, por causa desse casamento. Tinha apenas Loly e a ruiva, Sarah, que aparecera na minha vida de um jeito muito estranho.

–Oi Anna. -Ela entrou no quarto de hospital em que eu estava trancafiada, seguida por Loly. -Eu sei que não tenho nenhuma intimidade com você e você acha que eu te odeio. Bom, eu não morro de amores por você, mas eu sei o que você está sentindo, já passei por isso. Casamentos forçados não são tão incomuns assim.

–Por isso se separou de Austin? Achei que ele tivesse terminado com você por minha causa.

–Austin é um tolo. Continuo apaixonada por ele, mas isso não vem ao caso. Enfim, felizmente, minha família não fez toda essa propaganda que a família de vocês está fazendo. Meu casamento foi no interior de Jonesburd, bem longe daqui e por isso não sofro tanto com meu "marido", ele vive lá e eu aqui.

–Sinto muito.

–Está tudo bem, ele é só dois anos mais velho que eu e nós quase nunca nos vimos, só em datas comemorativas e feriados longos. Mas não vim falar sobre isso, eu e Loly vimos quando Emma te jogou na água.

–Sentimos muito, depois de tudo o que aconteceu eu a encontrei indo para casa a pé, fui lá e dei um tapa na cara dela. -Loly falou rindo fraco. -Quando as aulas começarem, a escola inteira estará contra ela, menos as amiguinhas falsas que juntaram para te machucar.

Estava boquiaberta.

–Como sabe de tudo isso? -Perguntou Sarah, tirando as palavras da minha boca.

–Eu fazia parte delas, mas elas planejavam te machucar feio e eu percebi que você não merecia isso.

–Isso é mal. -Falei, tentando entender o quão esse casamento estava me fazendo mal.

–Eu queria que ele saísse mais desse quarto. -Sarah falou rindo pelo nariz.

–Ele quem? -Arqueei a sobrancelha. Avistei Austin deitado numa poltrona bege numa posição desconfortável, dormindo. -Como assim, ele nunca sai daqui?

–Ás vezes sim, para pegar uma bebida ou ele é expulso pelo seu irmão, mas ele sempre volta e acaba passando a noite aqui. A família dos dois vem sempre, mas ele é quem fica mais aqui.

–Ah. -"Como assim Austin passa a noite aqui?"

–Eu acho, Anna, que ele gosta muito de você, mas gosta de verdade. O relacionamento mais longo dele foi comigo, dois meses, e ele nunca se importou de verdade.

–Ele só está sendo gentil.

Fui interrompida por uma pessoa, minha mãe, batendo na porta e abrindo-a com uma bandeja em mãos e um sorriso estampado no rosto.

–Oi mãe. -Falei.

–Anabelle! Você dormiu por dias, eu te trouxe algumas coisas para comer e preciso falar sobre um assunto delicado. Meninas? -Ela sorriu educadamente e as duas saíram do quarto acenando rápido para mim. -Querida, o assunto é Emma. Ela foi presa e daqui há umas duas semanas irá para um sanatório por tentativa de assassinato e homicídio doloso.

–O QUE?!

–Seu pai e eu reunimos provas e testemunhas que afirmavam que Emma tentou realmente te matar, meu bem. -Ela acariciou meu rosto. -Sinto muito.

–Mãe, você não pode deixar isso acontecer, querendo ou não Emma é minha amiga e eu gosto dela.

–Ela era sua amiga. -Austin se intrometeu na conversa. -Olá senhora Cartore, Anabelle.

–Boa tarde, Austin. -Minha mãe falou. -Se quiser ir para casa, agora que Anna já acordou eu fico com ela.

–Não, fiquei aqui durante dias esperando ela acordar, não vou embora agora. -Ele riu fraco e sorriu para mim.

–Bom, se insiste, eu vou voltar para casa e resolver algumas coisas pendentes. -Mamãe se aproximou de mim e me deu um beijo na testa e deixou a bandeja que segurava em cima da minha coxa, coberta por um lençol. -Você, cuide bem dela.

–Claro, afinal já vou fazer isso nos próximos anos. -Eles riram e minha mãe saiu porta a fora.

Austin estava com uma camisa listrada e uma calça branca, usava chinelos pretos e a cara estava cansada. O seu cabelo estava despenteado, como nunca estava e seus olhos pretos agora pareciam brilhar ao me ver acordada. Ele se aproximou cautelosamente de mim, encostou na cama e pegou uma maçã.

–"Afinal vou fazer isso nos próximos anos"? -Ri fraco.

–Sim, casamento daqui a menos de um ano minha cara, hoje é dia 31, ceia de ano novo hoje, é isso que a sua mãe tem de pendente para fazer.

–Ah. -Suspirei. -Eu já recebi alta?

–Provavelmente, você só dormiu esse tempo todo por causa de pressão baixa, desde aquele noivado horrível. -Ele mordeu a maçã mais uma vez. -Sinto muito por Emma.

–Tudo bem, afinal, não é sempre que Vacancyville tem uma notícia como essa: "A noiva indefesa é quase morta pela melhor amiga". Imagino o que deve estar saindo nos jornais.

–Eles exibiram essas notícias só no começo da semana, agora o assunto será o julgamento de Emma e a pergunta se você participará ou não. -Ele deu várias mordidas de uma vez só e jogou fora os restos mortais da fruta. -Coma.

–Não quero. Obrigada.

–Não é uma pergunta, é uma ordem. -Ele falou sério e estendeu uma tigela de banana fatiada.

–Austin.

–Você precisa ficar forte para hoje a noite, primeiro por causa da ceia e segundo porque nós voltaremos para aquela casa.

–O que?!

–Sim, mas eu prometo cuidar de você. -Ele se deitou ao meu lado e passou os braços pelo meu ombro.

–Austin.

–Sim?

–O que significa isso? -Arqueei a sobrancelha.

–Estou te mostrando que você tem sim futuro comigo e estou te fazendo acreditar que nós dois valemos a pena.


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