Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 2
Head up, smililing


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas;
Desejo á todos uma boa virada de ano e um ótimo 2014 pra todos nós. Comentem se gostaram do primeiro capítulo e vejam o que eu posso melhorar.
Boa leitura
=D
Beijos



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"Tell me are you feeling strong

Strong enough to love someone

And make it through the hardest storm

And bad weather"

(Shine a light)

Mcfly

Anabelle's part

Aqueles poucos dias antes do baile haviam passado rápido. Hoje, quando acordei, meu quarto estava cercado de maletas e pessoas muito maquiadas e perto delas se encontrava a minha mãe, sentada na poltrona azul-piscina que ficava na frente da minha penteadeira.

–Querida, está na hora de acordar, o baile começa daqui a pouco.

–Que horas são? -Pergunto coçando os olhos.

–São uma hora da tarde, o baile começa ás seis e meia.

–Mãe! -Gritei com raiva, me levantei da cama e expulsei toda aquela gente que se enfiara no meu quarto. -Me deem licença, por favor.

–Sim, meu bem.

–Esse baile será como qualquer outro que já participei.

–Você se engana tão facilmente, meu amor. Esse baile é praticamente uma festa que antecede ao seu noivado, todos naquele salão precisam saber que vocês serão o casal mais feliz de toda Vancancyville! -Ela suspira e seus olhos brilham.

Casal mais feliz de toda Vancancyville? –Pergunto, arqueando a sobrancelha.

–Anna, levante e vá tomar um banho.

(~.~)

Depois de horas sendo maquiada, lavada, secada e, finalmente, vestida, o relógio já determinava quase seis e quarenta e cinco. Meus pais estavam no andar de baixo me esperando, todos tão ansiosos, tão felizes. Desci, os saltos me incomodavam um pouco e eu pisava na parte da frente do meu vestido, o que me deixava irritada.

–Está maravilhosa! -Dizia meu pai.

–Obrigada.

Ditos todos os elogios, partimos para a mansão da família Gelberk. Assim que o motorista freou levemente na frente dos portões pretos, sem vontade alguma de sair do carro, levantei a saia e me obriguei a andar até o salão decorado de rosas vermelhas e enormes lustres elegantes. Me desfiz dos braços de minha mãe e fui a procura de Emma.

Percorri algumas salas, corredores estreitos e mal iluminados. Nada de Emma. Parei em uma sala que me chamara atenção, iluminada por apenas um luxuoso lustre e uma decoração antiga, haviam várias meninas cercando e falando com alguém que eu supostamente já sabia quem era. Quando me viu, saltou do sofá e correu na minha direção, pegou meus braços e me puxou, me levando para longe de todas aquelas pessoas que estavam presentes no baile.

Quando finalmente paramos, me dei conta de que estava no telhado da casa dos Gelberk. A vista era maravilhosa, no horizonte da parte de trás da casa se encontravam duas grandes e altas colinas bem longe da cidade e sendo iluminadas por um pôr do sol maravilhoso.

–Não queria que perdesse isso. -Disse Austin.

Ele se virou para mim e sorriu, o primeiro sorriso sincero que eu vejo em seus lábios avermelhados. Seus olhos negros eram totalmente enigmáticos para mim, era como um vazio que se iluminava a partir do início de uma conversa. Esse mesmo par de olhos encarou o meu pescoço.

–Você está usando o colar. -Falou, acariciando o meu pescoço. -Ele fica belíssimo em você.

–Obrigada, não consegui agradecer, quando vi meu irmão já estava com as mãos em volta do seu pescoço.

–Eu me lembro. -Falou entre risos. -"Pensa que vai comprar o amor da minha irmã através de jóias?!" ou "Não vê que ela está sofrendo, seu hipócrita!"

–Peço desculpas, eu tentei convencê-lo de que estava errado e que você não estava me comprando. -Ri baixinho.

–Mas, ele está certo. Está evidente que nós dois não estamos felizes, que nos odiamos a cada tentativa de nos aproximar mais realizada pelos nossos pais. -Suspira. -Você sabe que eu poderia ter qualquer garota que eu quisesse, não é?

–Não, de toda Vacancyville eu sou a única que nunca suspirou por você. Sinto muito.

–E é exatamente essa solução, Anabelle! -Exclama. -Você não deve se apaixonar por mim!

–Como é? -Aquela situação estava me deixando confusa.

–Annabelle, olhe para mim. Nós vamos nos casar em dois anos, nenhum de nós quer isso, então o que temos que fazer é nos apaixonar por alguém.

–Austin... -Comecei, tentando entender a loucura que ele acabara de dizer.

–Anna, vai dar certo. Meu pai me disse uma vez que se um casal prometido se apaixonar por outras pessoas, o casamento é anulado, mas se um dos dois ainda ama o parceiro o casamento permanece.

–Continua. -A ideia não perecia tão ruim.

–Nesses dois anos nós continuaremos como noivos, mas temos um acordo de encontrar alguém. Concorda? -Assenti de imediato. -Então, nas vésperas do casório avisaremos que nós nunca vamos nos apaixonar e que estamos de casamento marcado com outras pessoas.

–Casamento marcado?

–Sim, para o casamento dos prometidos ser anulado, cada um deve estar de casamento marcado com pessoas aleatórias.

–Entendi. -Respirei fundo. -Então agora temos um acordo, senhor Monville?

–Creio que sim. -Ele estende sua mão e eu a aperto. -Então temos esse prazo de dois anos para encontrar alguém, já tem uma pessoa em mente?

–Não, e você?

–Sim, e você a conhece. -Ele faz uma breve pausa desnecessária para ver se eu conseguia adivinhar quem era. -Emma Gelberk.

–Ótima escolha, Emma é apaixonada por você.

–Eu sei disso desde que Loly-pumpum mandou recados para todos da escola dizendo que me amava.

–Me lembro disso. -Falei, contendo os risos. Uma música alta começara a tocar e eu me lembrei da dança. -Austin, temos que descer!

–Por que? Aqui está tão bom.

–A dança que minha mãe programou para ás oito horas.

–Oh não, aquela dança.

–Sim, uma valsa totalmente diferencial. -Rimos, lembrando dos ensaios fracassados.

Descemos as pressas do telhado, o smoking preto de Austin parecia pouco amassado e meu vestido impecável. Toquei em meu cabelo, Gate fez cachos finos em meus cabelos, porém alguns fios loiros já estavam lisos novamente, ignorei-os e coloquei para trás da orelha. Quando estávamos no primeiro andar da casa, todos estavam a nossa espera, mas o olhar era de despreocupação e não de raiva.

–Os pombinhos devem namorar depois do casamento. -Disse Eva, irmã de Austin, em tom irônico.

–Quieta, Evanna. -Falou.

–Cabeça erguida e sorriam. -Ouvi minha mãe sussurrar em meu ouvido.

Um violinista começou a tocar, vários casais se juntaram e nós dois trocamos olhares. Austin me puxou para dançar, rostos bem perto, sua mão em minha cintura e a minha mão em seu ombro. Exatamente como havíamos ensaiado.

"Just paint the picture of a perfect place

They've got it better than what anyone's told you

They'll be the King of Hearts, and you're the Queen of Spades

And we'll fight for you like we were your soldiers"

(All the right moves)

One republic


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Notas finais do capítulo

O vestido e tudo mais
http://www.polyvore.com/baile_de_mascaras/set?id=108493100