Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Olá meninas;
Sejam bem-vindas a essa nova história. Esse novo padrão de escrita é totalmente diferente as histórias puramente românticas que eu escrevo, então eu espero não decepcioná-las.
Boa leitura
=D
Beijos



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"Settle down, it'll all be clear
Don't pay no mind to the demons
They fill you with fear
The trouble it might drag you down
If you get lost, you can always be found"

(Home)

Phillip Phillips

Anabelle's part

-Ler Shakespeare me faz lembrar desse casamento ridículo ao qual eu sou a protagonista. -Dizia a Emma, joguei o livro para longe da minha cama.

-Lê logo e não reclama.

-Eu não entendo o por quê você não poderia casar com aquele estrume, afinal sempre foi apaixonada por ele.

-Primeiro: Austin não é um estrume. Segundo: Eu nunca me apaixonei por ele, só gosto um pouquinho da presença dele. Terceiro: Eu não sou uma Cartore.

Emma é minha melhor amiga, vamos juntas para todos os lados. Ela sempre fora apaixonada pelo imbecil do Austin Monville, que agora está comprometido comigo. Não estamos noivos, ainda, porém minha mãe e a dele já estão cuidando de tudo para que esse problema do noivado seja solucionado.

Ele não era o tipo de cara que eu escolheria para viver o resto da vida, não era magrelo e alto, nem tinha olhos castanho-claro que eu tanto admirava na espécie humana. Austin fazia mais o cara desejado pela maioria da população feminina de Vacancyville, seus olhos eram escuros e o seu cabelo bem preto e formava um topete alto e bagunçado, seu corpo era atlético e tinha uma tatuagem que ia do ombro até um pouco á cima do cotovelo esquerdo, e ele também usava um brinco preto na orelha direita. Todos esses detalhes do seu físico eram o suficiente para ele conseguir meu ódio.

-O que você e o resto dessas garotas veem nele? -Perguntei a Emma com um sorriso torto e expressão confusa.

-Austin é incrível, quando ele começa a conversar com você as palavras dele cantam nos ouvidos de qualquer pessoa, é maravilhoso a maneira como ele toca violão...

-Ele já tocou para você?

-Não, mas já ouvi ele fazendo uma apresentação no parque da cidade.

-Exibido.

-Ana, você tem que ser mais simpática com ele. Eu vi o jeito que você o tratou algumas semanas atrás quando anunciaram o seu casamento para todos os cidadãos.

-Emma, eu levei um soco de Loly-pumpum na escola!

Loreine era conhecida por todos como Loly-pumpum, ela é a que mais ama e se descabela por Austin. Ela tem esse apelido por ser alérgica a feijão, na sétima série ela soltou vários "gases" no meio da sala de aula, fazendo com que aquela cena fosse inesquecível para todos que estudavam naquela escola.

-Eu sei, eu vi o roxo que ela deixou no seu olho esquerdo. -Ela disse, contendo os risos.

-Meninas! -Minha mãe invade meu quarto com um sorriso enorme estampado em seu rosto. -Trouxe os vestidos que encomendei com Gate!

-Vestidos? Para quê vou usar vestidos? -Pergunto.

-Você se esqueceu do baile de sábado? -Minha mãe pergunta para mim com uma cara nada simpática.

-Sim, coisas que são irrelevantes são esquecidas automaticamente.

-Anna, vou te dizer pela última vez. O baile de máscaras promovido pelos Gelberk na época da primavera.

-É mesmo, o baile da família de Emma. -Ri, como se essa fosse a atual coisa mais importante na minha vida. -Desculpe Emma, é que as coisas desse casamento que estou sendo obrigada a participar me tornaram uma pessoa ocupada e esquecida.

-Imagine. Agora prove seu vestido. -Emma respondeu.

-Não, como o baile é só daqui três dias, vou deixar para experimentar depois.

-Como quiser, agora Emma, será que você poderia nos dar licença só um instante?

-Claro, senhora Cartore. -Emma pegou uma das caixas e saiu, fechando a porta atrás dela.

-Anna. -Começa minha mãe. -Você tem que me prometer que desta vez não vai colocar tudo a perder, promete?

-Mãe...

-Anabelle! -Ela me repreende. -Por favor, eu sei que ultimamente eu não ando sendo a melhor mãe do mundo...

-E não está nem perto disso.

-Eu sei, mas o que quero que você saiba é que isso será melhor para todos, até para a própria cidade.

-Para todos?

-Sim.

-E para mim?

-Você e Austin ser acostumarão com o tempo.

-Mãe, esse casamento não vai dar certo.

-Você ainda não se casou, então fique quieta. -Ela estende uma caixa branca lacrada por um laço de fita azul claro. -Este é os seu vestido.

-Obrigada.

-Não quer vê-lo?

-Não.

-Tudo bem, esteja pronta em três dias. -Disse ela, se levantando da minha cama desorganizada e encaminhando-se até a porta. -Anabelle, nunca se esqueça de que eu te amo.

-Eu sei disso, mamãe. -Eu sorrio e ela fecha a porta atrás de si, ouço seus saltos batendo na escada e deito na cama.

Era meio da primavera e eu já estava de férias da escola, ano que vem seria meu último ano. Me inclinei em direção a caixa delicada e abri, lá dentro se encontrava um vestido longo branco com detalhes em preto e luvas pretas também e uma máscara fabulosa com brilhantes e detalhes em preto. Me levantei e caminhei até o closet, coloquei o vestido sobre o meu corpo, ficou perfeito.

-Que bom que gostou. -Dizia Austin me olhando de cima a baixo pelo reflexo do espelho. -Ficou lindo em você, por que não o veste?

-Não o visto, porque um parasita me impede de experimentar.

-Se o problema sou eu, então feche as portas e se vista.

Fechei a porta do closet com força, minha vontade era de rasgar aquele belo trabalho feito com seda, mas me contive. Me despi e vesti o vestido. Ele era fabuloso, porém não conseguia fechar atrás então conclui que teria de pedir para que ele fechasse para mim.

-Feche, por favor?

-Com prazer, senhorita Cartore. -Ele se levanta do meu sofá branco e caminha na minha direção.Suas mãos apertam levemente a minha cintura, ele pega o zíper e fecha sem muita dificuldade. -Vire-se.

E eu obedeço.

-Fabuloso. -Dizia minha irmã ao entrar no quarto. -Anna, você ficou perfeita.

-Obrigada, Ághata. -Sorri docemente para ela.

Ághata era minha irmã mais nova, tinha treze anos e só não foi oferecida pelos meus pais porque eles tiveram o bom senso de concluir que ela era nova demais para se casar. Ela era três anos mais nova que eu, acabei de fazer dezesseis neste fim de ano e me casaria com dezoito.

-O que faz no quarto da minha irmã? Que eu saiba vocês dois não se dão muito bem! -Dizia ela, repreendendo a presença de um homem no quarto de uma jovem, que na consciência de minha irmã, não sabia se defender.

-Vim lhe entregar isto, é para ser usado com o vestido.

Austin estendera na minha direção uma caixa vermelha com o tamanho de necessário para caber um colar.


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Notas finais do capítulo

O look dela será postado futuramente.