Falling in Love escrita por Susannah Grey


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que tenho decepcionado muito vocês, já vai fazer duas semanas que o capitulo tá pronto, mas meu computador tá sem internet desde a ultima vez que postei --'. Estava tentando achar um que estivesse com internet pra poder postar, e aqui estou eu. Espero que tenham muita paciência comigo, estou muito feliz porque meus leitores só aumentam. As coisas na escola não estão muito bonitas, mas vou escrever sempre que puder e postar também!
Não vou prender mais vocês aqui, então.... Boa leitura!



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– E o que ele disse quando te segurou? - perguntou Belle. Ela estava me enchendo de perguntas sobre o que realmente tinha acontecido no meu segundo confronto com Chris, ela tinha ficado tão interessada quanto eu na conversa que tivemos com Ashley e Phillipe sobre ele.

– Ele disse que não ficaria assim. Deve tá achando que eu to atrás dele. - comentei me esticando na espreguiçadeira.

Depois que almoçamos fomos pra área da piscina na parte de trás da minha casa, ela era enorme e o jardim era estonteante. Eu levaria pelo menos um dia inteiro pra conhecê-lo por completo. Eu e Isabelle estávamos na espreguiçadeira, Belle no sol e eu embaixo de um guarda-sol. Liam estava nadando na piscina.

– E não tá? - Belle perguntou duvidosa

– Não, eu não estou atrás daquele energúmeno!

– Acho que você está tentando se enganar. - abri a boca pra argumentar quando ela me cortou. - Mas vamos mudar de assunto. Porque você não toma um solzinho? Tá muito branca você, daqui a pouco desaparece.

– Você sabe o que eu acho de tomar sol.

– "Não vou fritar no sol pra depois ter um câncer de pele" - zombou Belle tentando imitar minha voz, mostrei-lhe a língua. - Você é muito dramática!

– Só sou realista. - me defendi

– Realista demais! Pelo menos vai entrar na piscina?

– Mais tarde talvez. - falei baixinho. Meu celular começou a tocar, olhei na tela e vi a foto da minha mãe. - Oi mãezinha!

– Amy? Já tá em casa?

– Já sim mãe, cheguei tem mais ou menos uma hora e meia. To na piscina com Belle e Liam.

– Gostou da escola nova?

– Gostei sim! Acertei 98% da prova deles, vou entrar no ultimo ano mesmo, poderia convalidar algumas matérias, mas preferi fazer logo tudo, pelo menos eu reviso.

– Parabéns filha! - minha mãe estava animada no telefone. - Já preencheu sua ficha de matricula?

– Já.

– Rápida... - ela fez uma pausa, escutei-a falando em inglês com uma pessoa que estava perto dela e depois voltou a falar comigo. - Amy, não se esqueça do jantar na casa do governador hoje viu? Vamos sair de casa às sete horas da noite. Um jantar formal, por isso nada de calça, shorts ou saias, só vestidos. Entendeu? Avise pra Isabelle, que se eu a conheço bem vai querer ir com uma calça e uma regata ou um vestido muito justo com um belo decote. Liam tem que ir com camisa e calça social, não precisa nem terno nem gravata, isso só seu pai. Vocês não precisam ir de longo, só eu. - me segurei para não rir, quando minha mãe começava a dar ordens nos mínimos detalhes era porque estava nervosa. - Eu e seu pai vamos chegar seis horas mais ou menos, comece a se arrumar antes porque você demora muito. Tudo bem?

– Ok mãe, pode ficar tranquila que vai dar tudo certo. - Isabelle começou a rir o que me fez rir um pouco.

– Eu sei. Tenho que desligar agora, nos vemos mais tarde. Beijo filha, te amo!

– Beijo mãe, também te amo! - disse e desliguei a chamada, coloquei o celular de lado e comecei a passar protetor solar.

– Deixe-me adivinhar, tia Scar tá nervosa pro jantar com o governador? - perguntou Isabelle e tomou o protetor da minha mão e começou a espalhar nas minhas costas.

– Tá, como sempre. Jantar formal. Como se os outros também não fossem. - comentei sarcástica. Levantei da espreguiçadeira e fiquei em pé na frente de Belle. - Você vem?

– Vou. Pode ir na frente.

Dei de ombros e andei até a borda da piscina. A área externa da casa era bem grande, em volta da piscina tinha espreguiçadeiras com mesinhas para quem quisesse tomar sol e mesas com um guarda-sol cada uma, para quem não quisesse se queimar, que era o meu caso.

– A água tá boa? - perguntei pra Liam que emergia perto da ponta que eu estava, pude perceber que ele não tocava no chão, a piscina era funda, então dava pra entrar de cabeça sem me preocupar em me bater no fundo.

– Tá ótima. Nem muito fria e nem muito quente. Agradável pro tempo. - ele piscou e mergulhou novamente, nadando pro outro lado, onde ficou me esperando. Pulei na piscina e comecei a nadar num ritmo lento, aproveitando a água que estava realmente muito boa, entre morna e fria. Adorava a sensação dela passando pelo meu corpo enquanto eu nadava. Alcancei Liam em minutos. - Pensei que ia parar, você costumava ser mais rápida nadando. - ele comentou provocando e começou a nadar rápido pra longe como se apostasse uma corrida na água, deixei-o ir na frente me segurando na borda da piscina, quando ele estava a cerca de 6 metros de distancia dei impulso na parede da piscina e o alcancei em menos de um minuto. Enquanto passava por ele pude perceber que ele tentou me alcançar, mas não conseguia, podia também escutar Belle rindo do lado de fora. Cheguei do outro lado, dei um impulso na parede por baixo d'água para voltar. Consegui chegar à outra extremidade sem respirar, quando emergi estava ofegante.

– Ainda acha que estou lenta? - perguntei sorrindo de lado para Liam, que me olhava espantado, enquanto recuperava o ar.

– Você tem muito fôlego! Essa piscina é maior que a da sua outra casa. - ele disse incrédulo, dei de ombros. Não entendia onde ele queria chegar. - Você não conseguia fazer a volta toda sem respirar pelo menos uma vez e aqui você faz sem respirar nenhuma! Como você consegue?! - eu ri alto

– Sabe que eu não sei.

– Como não? - ele continuava incrédulo, consegui recuperar o fôlego.

– Simplesmente não. Não penso no que vou fazer, só faço. Flui pelo meu corpo oras. - dei de ombros novamente e comecei a boiar. Fechei meus olhos, me prendendo a sensação do sol esquentando as pontas dos meus dedos. Fui tirada do meu transe quando um ser nada delicado, chamada Isabelle pulou pra dentro da piscina espalhando água pra todo lado, inclusive em mim. – Você poderia jogar menos água, quem manda ser gorda assim? – perguntei rindo e tirando a água que tinha entrado no meu ouvido por causa dela.

– Primeiro não sou gorda, sou gostosa. Tem diferença. – Liam riu enquanto eu revirei os olhos sorrindo. Nem se acha ela, pensei sarcástica. – Segundo você que ficou perto de onde eu pulei. – ela disse dando língua

– Ok, me desculpe vossa senhoria, mais algum comentário? – perguntei segurando a gargalhada

– Sou sua senhoria, é? Então você vai ter que pintar minhas unhas do pé essa semana. – ela começou a rir e eu joguei água no rosto dela rindo também. Liam, que estava nos observando, ficou sério e negou com a cabeça, como se não acreditasse que tínhamos feito aquilo. Eu olhei pra Isabelle e ela me olhou, entramos em um acordo silencioso. Gritamos juntas:

– Atacar! – e começamos a jogar água em Liam, que pego de surpresa não conseguia parar de rir.

Ficamos na piscina até às 5 horas da tarde, quando saímos pra tomarmos banho e nos arrumarmos para o jantar. Liam e Belle foram para seus quartos enquanto eu fui para a cozinha falar com Samantha, ia pedir a ajuda dela para eu me arrumar, estava vestindo um roupão para não molhar a casa, meu cabelo estava todo puxado para frente pra não pingar. Cheguei lá e só encontrei a Maggie limpando a cozinha, ela percebeu que eu me aproximava e se virou.

– Procurando alguma coisa Senhorita Emily. – perguntou uma voz autoritária atrás de mim, Evelyn. Percebi que Maggie encolheu os ombros. Não gostei dessa mulher. Olhei para ela que passava por mim indo para a minha frente.

– Estou procurando a Samantha, por acaso a senhora a viu? – perguntei falando num inglês mais fluente e educado que consegui. Não iria dar motivos pra ela falar alguma coisa a meu respeito para os meus pais, já que governantas basicamente só faziam isso, observava tudo que estava acontecendo, falava tudo de errado para os patrões e se metiam no meio pra concertar.

– Ela está na lavanderia da casa, lavando algumas roupas de cama. É alguma coisa que eu possa ajudar? – percebi que Maggie se apressava ao fazer as coisas pra sair logo de perto da governanta.

– Não senhora, mas gostaria que a avisasse que eu estarei esperando por ela no meu quarto daqui à uma hora. Poderia informa-la? – perguntei em um tom de desafio. Queria deixar claro que não gostava dela, mas não daria motivos pra ela reclamar de mim. Seria sempre educada e pretenciosa com ela.

– Claro senhorita, irei agora mesmo. – percebi um feixe de raiva em seus olhos. Sorri, pelo visto ela não gostava de mim tanto quanto eu não gostava dela.

– Obrigada. – disse e virei-me para a saída. – Agora se me der licença tenho que tomar um banho e me arrumar.

Antes que ela dissesse alguma coisa me retirei. Não gostava de conversar muito tempo com pessoas que eu não ia com a cara, e ela era uma dessas pessoas.

Cheguei ao meu quarto e fui direto para o banheiro, desenrolei-me do roupão e fui para o chuveiro tomar um banho quentinho por causa do frio causado pelo vento que circulava na casa, como meu corpo estava molhado o vento só o tornava ainda mais frio.

Fiquei cerca de 40 minutos no banho, quando saí me enrolei em uma toalha e prendi meu cabelo molhado em outra, para que ele secasse mais rápido naturalmente. Fui para o closet e abri o armário dos vestidos, pela quantidade que tinha ali podia deduzir com toda certeza que minha mãe compraria mais vestidos em breve. Não fazia a menor ideia do que usar, peguei três vestidos: um vermelho solto cujas alças prendiam no pescoço e uma faixa prata destacava a cintura; um azul Royal cujo busto era revestido em renda da mesma cor, a saia era pregueada e tinha uma faixa do mesmo tecido do vestido com uma flor azul e preta; e um preto, cujo busto e alças eram de renda e a saia era em camadas aleatórias. Todos os vestidos desenhavam bem o busto e eram soltos da cintura pra baixo, todos ficavam acima do joelho.

Coloquei-os em cima da cama e voltei para o closet, fechei o armário dos vestidos e abri dos sapatos. Escutei alguém batendo na porta.

– Pode entrar! – respondi em inglês do closet mesmo, ainda tentando escolher o sapato.

– Amy, precisa de mim? – perguntou Samantha entrando no quarto. Apareci na porta do closet e a vi parada na porta do meu quarto.

– Quero sua ajuda pra me arrumar. Creio que meu cabelo não vá me ajudar muito. – comentei sorrindo e soltando-o da toalha.

– Ele é bem maior molhado. – escutei-a comentando baixinho quando voltei pra dentro do closet. – Já decidiu qual dos três vai usar? – ela perguntou aumentando o tom voz, referia-se aos vestidos.

– Ainda não. – peguei a escova no armário do banheiro e comecei a desembaraçar meu cabelo. – Que cor de sapato aconselha?

– Pensei em um preto, fechado e com salto. – depois de um tempo ela completou. – Se você gostar, claro. – percebi uma hesitação na voz dela. Ela ainda estava com um pé atrás sobre mim, resolvi acabar logo com essa vergonha.

– Adorei a ideia, já sei até qual vai ser. – terminei de pentear meu cabelo, ele já estava quase seco, estava formando os cachos. Passei meu perfume e o desodorante. Coloquei a escova no lugar e peguei o sapato no closet. Mostrei-o pra Sam. – Gostou?

– Quem tem que gostar é você. – ela estava tímida, diferente de antes.

– Quero sua opinião. – disse firme. Ela hesitou antes de responder.

– Achei perfeito. – ela logo desviou os olhos do sapato que eu tinha nas mãos e olhou para os vestidos. Fui até ela, coloquei o sapato no chão e perguntei o que estava me incomodando.

– O que ela disse?

– O que? Quem disse o que? – ela estava ficando nervosa

– Sei que Evelyn disse alguma coisa pra você estar assim, o que ela disse? – ela hesitou um pouco, abriu a boca pra responder, mas logo a fechou. – Pode confiar em mim, quero ser sua amiga. Afinal de contas, vamos praticamente morar juntas, né? – ela assentiu e respirou fundo como se tomando coragem.

– Ela disse que nós empregados não podemos ter nenhum tipo de amizade com os patrões, e se perceber que eu estou me aproximando de você vai me demitir. A questão é que eu preciso do dinheiro pra pagar minha faculdade como já te disse. – ela falou muito rápido, sinal de que estava nervosa. O que ela disse só me fez gostar menos ainda de Evelyn.

– Não se preocupe com ela. Eu mesmo não gosto dela e acho que ela já percebeu isso. Quero ser sua amiga e ela não pode te demitir por isso. – percebi que os ombros dela ficaram menos tensos. – Está mais tranquila pra me ajudar? Meus pais já devem estar chegando, já são – olhei no meu celular que estava em cima do criado-mudo. – 6:07 da noite. Tenho que estar pronta às 7 horas.

– E vai dar tempo?! – ela perguntou meio desesperada, o que me fez sorrir.

– Sempre dá, mas se não der não tem problema. É só um jantar com o governador. – ela arregalou os olhos quando mencionei a ultima parte, ri alto da cara que ela fez. – Vou separar as joias que vou usar e vestir alguma coisa, só enquanto meu cabelo seca. – voltei para o closet. – Você sabe fazer trança? – perguntei lá de dentro

– Só a tradicional e a escama de peixe, por quê? – ela perguntou entrando atrás de mim no closet.

– Quero sua ajuda pra fazer uma trança no meu cabelo, é uma espécie de escama de peixe, só que folgada. Ela vai ficar bem cheia por causa dos meus cachos. Tenho uma foto dela da ultima vez que a fiz no meu celular. Pode pegar ele pra mim, por favor? – ela assentiu e saiu, fui para o banheiro e coloquei uma blusa tomara-que-caia grande e folgada que eu tinha, só pra não ficar de toalha enquanto eu me arrumava. Voltei ao closet ao mesmo tempo em que Sam entrava com meu celular.

– Seus pais já chegaram, sua mãe veio aqui me perguntar se você estava pronta. Disse que estava se arrumando. – ela disse me entregando meu celular. Desbloqueei e digitei a senha, fui pra galeria procurar a foto da trança que eu disse.

– Obrigada, se ela soubesse que ainda não fiz nada me mataria. – disse sorrindo. – Aqui, achei. – mostrei-lhe a foto. – Minha mãe quem fez, meu cabelo ainda estava curto nessa época, acho que agora ele está melhor pra fazer. Você consegue?

– Acho que sim. Seu cabelo era onde quando ela fez?

– Na cintura quando molhado, seco ele subia uns quatro dedos.

– Agora ele fica na cintura seco e molhado quase na bunda. Como consegue?

– Sei lá, eu gosto dele grande. – comentei rindo. – Está quase seco, vou pegar os brincos e o anel e guardar minha pulseira da sorte, vou ficar com esse do coração e meu colar favorito, será que fica bom? – perguntei

– Creio que só com o vermelho, não daria pra ver o colar com o preto e o azul, por causa da renda.

– Então é ele mesmo que vou usar. – Sam saiu do closet, provavelmente pra pegar os outros vestidos pra guardar. Fui pro meu porta-joias escolher qual eu iria usar e guardar minha pulseira. Escolhi um anel de ouro com um cristal em formato de coração e outros dois cristais em cima, um de cada lado do coração. Meu pai tinha me dado esse anel no meu aniversário de 16 anos, tinha escrito “I Love You” dentro dele. E peguei dois brincos pequenos, também de cristal. Guardei meu relógio, minha pulseira da sorte, os brincos e o anel que eu usei quando fui conhecer minha escola. Fiquei com o colar que tinha a foto de meus amigos e dos meus pais e a pulseira com um pingente de coração, coloquei os brincos e o anel e voltei pro quarto ao mesmo que Sam voltava pro closet segurando os vestidos preto e azul nos cabides.

– Já estou indo fazer a trança, pode me esperar sentada na sua penteadeira, e se quiser ir adiantando a maquiagem fique a vontade. – ela disse quando passou por mim.

– Penteadeira? – não me lembrava de ter uma.

– Seu pai comprou hoje pela manhã, está do outro lado da cama. – ela gritou de dentro do closet.

Olhei em volta do quarto e consegui distinguir um móvel diferente ali. Ela tinha um espelho grande e um abajur pra ficar mais claro pra quando eu fosse me maquiar à noite, como agora. Tinha várias maquiagens arrumadas em cima da estante, ela tinha duas gavetas que quando eu abri-as pude ver que tinha mais maquiagem ali. Obra da minha mãe, com certeza.

Comecei a me maquiar, primeiro a base, depois o corretivo e o pó. Decidi fazer uma maquiagem mais escura, preta nos olhos e um batom da cor das minhas unhas e do meu vestido, vermelho sangue. Passei a sombra preta, escurecendo-a mais no final. Passei o delineador e o lápis, deixando o delineador bem demarcado. Para finalizar os olhos passei o rímel, que deixou meus cílios maiores do que eles já eram.

Isabelle tinha razão, eu estava mesmo muito branca. Meu rosto praticamente só tinha cor nos olhos, onde já tinha passado a maquiagem. Passei um pouco de blush pra ficar um pouco corada e antes que eu pudesse passar o batom Sam chegou.

– Vai estar muito frio lá fora. Acho melhor você se agasalhar. – ela comentou, percebi que ela estava com um sobretudo preto na mão. – Achei que ficaria bom. O que você acha?

– Quando eu colocar o vestido eu decido. Já são quinze pras sete. – disse olhando no meu celular que estava em cima da penteadeira. – Você consegue fazer a trança em dez minutos? – perguntei tentando não parecer preocupada.

– Posso tentar.

– Vai na fé. – disse sorrindo mais porque estava nervosa do que por achar alguma coisa engraçada.

Ela colocou minha franja pra frente e puxou o restante do cabelo pra trás, prendeu a parte de cima e começou a fazer a trança mantendo o volume do cabelo e puxando-a pro lado direito, do jeito que eu queria. Ela terminou em 13 minutos. Observei a trança pronta, estava linda!

– Como sabia que eu iria usá-la de lado se na foto tá pra trás? – perguntei levantando e pegando o vestido vermelho.

– Não sabia, só achei que ficaria mais bonito. – ela disse dando de ombros. Tirei o blusão que eu estava e coloquei o vestido vermelho. Estava tentando fechar o zíper de trás quando Sam segurou minha mão. – Pode deixar que eu fecho. – respirei fundo e ela fechou o zíper. – Nem sabia que tinha, não dá nem pra ver o zíper. Gostei do acabamento do vestido. – ela comentou. Puxei as alças do vestido pra cima, passei a da direita por baixo da trança e dei um laço.

– Só falta o batom agora. – voltei pra penteadeira e peguei meu batom vermelho sangue. Passei-o desenhando a boca, ele era um dos meus favoritos, porque ele não saía com facilidade e ainda deixava a boca brilhando, dois em um: batom e brilho. – Pronto! Gostou?

– Você está linda! Quando digo que parece uma boneca de porcelana não acredita. – ela comentou baixinho, eu ri. Sentei-me na cama e calcei o sapato.

– Obrigada! – estava indo pra porta quando me lembrei de que não tinha pegado nenhuma bolsa. – Esqueci da bolsa! – estava indo pro closet quando ela passou na minha frente.

– Eu pego. – ela entrou no closet. Virei-me pra cama e vi o sobretudo que ela tinha separado. Vesti-o e me olhei no espelho da penteadeira, estava lindo! – Fica melhor fechado, e quando você estiver na casa do governador você tira.

– Boa ideia! Pelo menos fica no suspense. – sorri de lado e pisquei o olho pra ela enquanto fechava ele. Ela me entregou uma bolsinha preta com alça dourada, ficaria perfeita com o conjunto. Coloquei meu batom, o lápis de olho, meu celular e minha chaves dentro dela.

– Sua mãe está chamando. Já são 7:05. – disse Sam segurando a porta do meu quarto aberta.

– Ela vai me matar!

Saí quase correndo do meu quarto, quando passei por Sam percebi que só estava uns 3 centímetros mais alta que ela mesmo com o salto. Percebi que Liam e Belle já tinham descido, desci as escadas o mais rápido que meu sapato permitiu. Só espero que meu cabelo não tenha soltado, pensei comigo mesma.

Cheguei na sala e vi que todos estavam lá, menos meu pai. Mamãe estava linda, ela usava um vestido longo vinho, com um corte até o joelho e um decote discreto, ela estava com um salto preto bem simples, a maquiagem leve só destacando o azul dos olhos dela. Seu cabelo estava preso em um coque bem arrumado.

– Está atrasada! – ela disse assim que me viu, vi Belle e Liam rindo.

– Desculpa, tive um imprevisto com o cabelo.

– Se tivesse cortado quando eu mandei não teria tido. – ignorei o comentário dela, ela só estava nervosa, eu não iria começar uma discursão por causa disso.

– Cadê papai? – perguntei

– Foi pegar o carro, ele liberou Andrew hoje. Ele disse que quer dirigir.

– A senhora está linda. – elogiei me aproximando dela e dos meus amigos. Escutei meu pai buzinando do lado de fora.

– Obrigada. Agora vamos que seu pai chegou. – ela disse já saindo porta afora.

– Nem está ansiosa, né? – disse Isabelle quando cheguei do lado dela. – Quando cheguei aqui ela me mandou voltar e pegar um casaco. – ela disse revirando os olhos e voltou-se pra Liam. – Você tem sorte por ser homem, uma camisa e uma calça social ficam ótimas! Agora nós mulheres temos que colocar várias coisas. Porque eu não podia ficar com minha calça? – Isabelle bufou, o que me fez rir. Ela estava usando um vestido preto estilo bonequinha, com o tórax coberto de tela preta, ela estava fechando o sobretudo rosa por cima do vestido, ela estava com um sapato alto fechado preto com uma corrente dourada na frente, ela estava da altura de Liam com esse salto, eu ainda estava mais baixa que eles. Ela tinha prendido o cabelo em uma trança lateral, com a frente solta. Ela estava linda.

– Vão na frente, vou fechar a porta. – disse pegando a chave na bolsa. Isabelle e Liam passaram por mim e foram pro Jeep. Enquanto trancava a porta pude ver com o canto do olho que alguém me observava do jardim na lateral da casa que estava toda iluminada. Virei-me para ver quem era e meus olhos encontraram os castanhos de Will, um calafrio percorreu minha espinha. Desviei os olhos e fui para o carro, logo meu pai deu partida.

– Sim senhorita mistério, porque não me deixou ver seu vestido? Posso pelo menos saber a cor? – perguntou Belle sarcástica

– É vermelho. Nem me liguei que você ainda não tinha visto. Esse é um dos que eu trouxe do Brasil, só que nunca usei lá e quando comprei estava sozinha, me apaixonei por ele na hora que vi na vitrine. – disse e Isabelle fingiu uma cara de espanto.

– Você comprou sem mim? É melhor voltarmos pra você trocar o vestido e não acabar fazendo seus pais passarem vergonha. Qualquer coisa eu finjo que sou a filha e você a amiga. Que tal? – ela perguntou sorrindo, Liam riu dela.

– Você não conseguiria ser eu. Cof Cof. – fingi que torcia e comecei a rir da cara que Belle fez. Fez-se silêncio dentro do carro e eu aproveitei pra pedir uma coisa para meu pai que eu já queria há algum tempo. – Pai, eu estava pensando, o senhor tinha prometido que quando eu fizesse 17 anos me ensinaria a dirigir, e quando eu tivesse a idade que a lei me permitisse dirigir o senhor me daria meu próprio carro, e eu não precisaria de motorista. Agora que já tenho 17, sei dirigir e moramos em um país cujos adolescentes a partir dos 16 anos já podem dirigir, eu vou ter meu próprio carro? – perguntei esperançosa

– Você não gostou do Andrew pra tá querendo se livrar dele? – meu pai perguntou, pude perceber que ele estava sorrindo.

– Não é isso, eu gostei dele, só que eu queria ter meu próprio carro pra não depender de ninguém pra quando eu quiser sair. – ele assentiu. – Vou poder tirar minha carteira e ter meu carro? – perguntei animada

– Com duas condições. – meu pai disse, esperei pra ouvi-las. – Primeira, eu escolho seu carro.

– Tudo bem. – começava a ter esperança, no fundo eu sabia que ele escolheria um carro grande, só esperava que fosse bonito. Qualquer um pra mim estava bom, mesmo que eu tivesse minhas preferencias. – Qual a segunda?

– A segunda é que Will vai te levar pra escola pela manhã e te pegar quando acabar a tarde, o resto do dia e nos fins de semana o carro é seu. – despenquei

– O que? Como assim Will vai me levar e me pegar? Eu nem conheço aquele menino direito! – protestei

– Ele vai começar a faculdade no mesmo dia que sua escola começa. Ele sabe dirigir, já tem carteira e conhece a cidade, duas coisas que você ainda não. Eu já estava pensando sobre o carro, nessa condição claro, ele precisa de uma carona pra faculdade, e como sua escola começa às 8 e a faculdade dele as 8:30, ele te deixa na escola e vai pra faculdade e quando sua aula acabar ela vai te pegar. Caso ele não possa ou se atrase você liga pro Andrew, já até conversei com o pai dele. Concorda com os termos?

– Fazer o que, né? Melhor do que nada. Obrigada pai. – disse, realmente estava triste por causa da condição, mas estava feliz por ter um carro.

– Amanhã de manhã vou dar uma olhada nos carros e se algum chamar minha atenção e eu achar apropriado pra você já compro. Tudo bem? – ele perguntou parando na frente de um portão e buzinando num interfone que tinha ali, ele fez um “bip” e o portão abriu. Meu pai entrou.

– Tudo bem. O que o senhor achar melhor pra mim está ótimo. – disse pondo fim ao assunto e observando as arvores pouco iluminadas pelos postes que tinha dos dois lados da estrada.

Seguimos o caminho iluminado, sempre subindo. A subida tinha várias curvas, a maioria delas perigosa pra se fazer em alta velocidade. Quando chegamos ao topo pude ver a casa do governador, instintivamente os pelos dos meus braços se eriçaram isso era como um sexto sentido que só acontecia quando alguma coisa importante ia acontecer, seja boa ou ruim. Esse era um sinal de que esse jantar teria surpresas.


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Notas finais do capítulo

Posso dizer que muitas coisas irão acontecer nesse jantar, guardo muitas surpresas... Como prometido o próximo capitulo será um P.O.V. Chris, algumas explicações virão nesse capitulo.
Mereço reviews?



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