A garota das fotos escrita por Menina Estrela


Capítulo 58
Capítulo 58 - Seis Meses de História


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEEEEEEEEE! Awwwwn que saudade de vcs! Perdão, perdão, perdão mil perdões pela demora! É q aconteceu tanta coisa... E eu tava sem net hihihi só voltou hj! Enfim, obrigada a todas vcs e a vc (o único garoto q eu acho q a acompanha a história), por terem me cobrado. Sério, sem isso nem sei se o capítulo saía hj...
OMG OMG OMG OMG OMG OMG OMG OMG OMG GENTEEEEEEEEEEEEEEE PARA TUDO! 4 RECOMENDAÇÕES! 4 4 4 4 4 4 4 4 (amo esse número), nem sei como agradecer!
Primeiro, a Rebekah. Awwwwn maravilhos é tu, e perfeita são suas palavras! Sério, tem como não amar? Sua recomendação foi tipo... TUDOOOOOO! Aiiiinnnn me abraça me abraça me abraça, q honra! Sério msm, q honra! Vc disse coisas tão bonitas sobre mim... Às vezes as pessoas não entendem o impacto que o elogio delas tem sobre mim. E o que vc disse... É mesmo muita honra.
Agora tem a linda da Lav! Só o nome já é perfeito (nem vou dizer q é o mesmo q o meu kkkk) "Não se trata de uma fanfic. Se trata de A Garota Das Fotos. Não se trata d uma escritora. Se trata de Menina Estrela" OMG XESUIS! CASA COMIGO? CASA? Receber recomendação de uma escritora como vc é mais do que um sonho! Esse inicinho mexeu comigo, pergunta a Anna como eu pirei quando li! Sério vc tem o dom de deixar as pessoas felizes e animadas! E acredite, idiota sou eu pq simplesmente AMO conversar com vc, com TODAS as letras
Tem tbm a Garota Turísta... Apaixonei! Sério, que recomendação era aquela? Eu mereço tudo isso? Sua linda! Sério ~xorei~ e ~xonei~ (eu tinha feito um agradecimento super foda mas o nyah me avacalhou aqui) Vc é simokesmente linda, me apaixonei pela pessoa q vc é, e pelo q a Anna diz de vc... Conversa comigo? Cade tu? Quero ter altos papos! Se algum dia tiver como eu te agradecer pela recomendação me avisa!
E Téh... Awwwn Téh, se algum dia por um milagre eu publicar um livro seu nome vai estar lá, "para Téh". Sim leitoras lindas, e leitor divoso, agradeçam a Téh, a recomendação dela me motivou bastante a continuar pq ela é muito diva! AAAAAAAAAAAHHHHHHHH muito muito (infinitos muito) obrigada!
Capítulo dedicado a Queen (por ter me mandado as mensagens hj, vc me motivou muito msm), dedicado a mia, Garota Arco Íris, Garota Turísta, Lav, Lost, uma garota qualquer, Andrezsah, Rebekah, e não sei se já agradeci (acho q já) ao Gui ( de qualquer forma agradeço de novo se for o caso, vc é um fofo) e a Myllene. Se tiver esquecido de alguém podem me puxar a orelha, peço perdão desde já!
Espero que gostem e lembrem-se: Ainda falta o epílogo e o capítulo de agradecimentos
Ps: Tô sentindo falta de algumas de vcs... poucas aindam conversam comigo. Cade tu Bia? Deb? Clara? Pamy? Panda? Chloe? Clarisse? Júlia? Yukia? Sucodemim? Fernanda? E todas as outras lindas q me abandonaram? :3



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Erick

As coisas ficaram digamos... Diferentes.

Dois meses depois do namoro de Sean e Claire começar, eles brigaram. Foi uma briga séria, eles ficaram separados por um tempo, mas depois Sean deu seu jeito e eles reataram.

Thomas finalmente criou vergonha na cara e pediu Amelia em namoro. Foi um dia bem engraçado aquele, eu me lembro bem. Nem parece que se passaram seis meses, nem que o ano já estava acabando.

Ryan... Bom, o pivete continuava solteiro, acabou tendo uns rolos, mas não se interessou de verdade por ninguém.

E eu e Alicia, como posso dizer, sempre tentando recuperar o tempo perdido mesmo após seis meses de namoro. Eu já observei que a Claire não se sente confortável com isso, mas qual é cara, ela e o Sean não foram nada discretos. Tudo bem que eles nem chamaram tanta atenção com o namoro, mas só porque o pessoal da escola estava muito ocupado com o do Thomas com a Amelia.

Lucas largou Brenda. Tenho que admitir, eu teria feito o mesmo. A garota não era nem um pouco divertida, ficava séria o tempo todo e só sabia reclamar. Enquanto o garoto esperto continuava o mesmo garoto esperto de sempre. Mas cada vez mais travesso.

Nossa mesa na escola continuava a mesma de sempre. Ou mais ou menos assim. O que não continuava o mesmo era o meu relacionamento com meu tutor.

Sério, eu tive vontade de mandá-lo para o inferno depois de ele ser grosso com Alicia. Não sei, ele era muito protetor e disse que não confiava nela, mas com ajuda do Lucas eu me acalmei um pouco.

Ah, tem outra. Não gosto nem de lembrar do dia que Ryan soube que a Hannah estava doente. Estávamos só eu, Thomas e Claire na casa, e foi uma tremenda confusão. Ele ficou irado, chamou todo mundo de traidor e ainda por cima quebrou uma das jarras da mãe da Claire. Uou, me lembro que ele quase partiu pra cima do Thomas e eu tive que segurá-lo. Foi preciso mais do que diálogo e tempo pra ele perdoar, e isso só aconteceu depois que ele visitou a tia. Foram longos seis meses esses, eu garanto.

Ah, teve também aquele bendito trabalho voluntário. Eu me lembro de ter tentado escapar, mas quando soube que Sean não poderia ir e que Julius estaria lá achei melhor acompanhar a Claire. Ela ainda era uma das pessoas mais importantes da minha vida e eu não queria arriscar. Então, de última hora, acabamos nos alistando eu, Alicia e Amelia, além de Claire e Thomas que já tinham se alistado antes.

Foi até que um dia bom. Julius se contentou em não caçar mais encrenca e eu até que gostei de ficar com as crianças. Joguei bola com alguns, corri com outros, convenci uns sete a tomar banho (trabalho mais difícil da minha vida até hoje), e até dei uma de “comadre” com duas garotinhas. Era bom ver o sorriso como resultado.

É isso aí, mesmo com altos e baixos nós íamos levando a vida. Mesmo com as brigas, eu estava cada vez mais confiante de querer Alicia para o resto da vida. E assim eu fui levando, apesar de tudo, eu fui.

Thomas

Que ótimo. Que ótimo. Que ótimo.

Eu iria matar a Amelia. Sério, aonde eu tava com a cabeça quando pedi ela em namoro? Ah claro, foi por livre espontânea pressão do Lucas e da galera inteira. Até a minha mãe! Ela ficou insistindo, falando que uma hora ela iria cansar e iria desistir e eu acabei cedendo.

Tá bem que eu gosto dela, gosto de curtir, a gente se dá bem, mas alguém me explica porque toda mulher demora tanto tempo pra se arrumar? Alguém me diz Jesus, por quê?

Peguei a mania da Claire de “respira, inspira”. Tentei relaxar e me mexi no sofá da casa dela. Não sou do tipo que se deixa intimidar, puxei muito da minha mãe que aliás, estava ficando melhor. Os médicos disseram que ela ainda tinha que fazer alguns exames e que ainda corria o risco de morrer, mas eram bem menores agora que ela estava tomando uns remédios. Provavelmente eu só teria que ficar o resto do ano letivo morando com minha tia. O que de certa forma me incomodava já que eu pretendia me mudar para cá. Depois de tanto tempo aqui, não conseguia me imaginar mais muito tempo longe.

_ Estou descendo meu bem. – Amelia cantarolou antes de descer as escadas.

Franzi a testa desgostoso da demora. Queria deixar claro para ela a minha impaciência. Mas convenhamos, ela estava linda, só não a deixaria saber disso.

_ Da próxima vez me avisa que eu monto uma barraca. – provoquei.

_ Pode deixar, vou ser mais generosa e te emprestar um quarto de hóspedes. – ela piscou – Mãe, já estamos indo!

_ Ela não te ouviu. – retruquei – É melhor ir lá pessoalmente falar com ela.

_ Te quero aqui às onze! – a Sra. Jay gritou me contrariando.

_ OK, vou estar de volta as duas, bye! – ela disse e me puxou correndo para fora de casa.

_ Você não tem juízo. – resmunguei enquanto entrávamos no carro.

De vez em quando eu cedia minha moto para dirigir o carro dela. Amelia não era muito fã da minha direção então fizemos esse acordo. Ela se esticou relaxada no banco e se virou para mim. Sorrimos um para o outro e então me lembrei porque estava com ela até hoje e não pretendia largá-la por um bom tempo. Talvez quem sabe, nunca.

Ela se aproximou de mim e nos beijamos. Foi como na nossa primeira vez. Como se fosse nosso primeiro beijo. Amelia me dava aquela sensação de um recomeço a cada dia. Como se todas as coisas fossem novas mesmo que provadas mais de uma vez. Aquela garota era um sonho... E um pesadelo.

_ Festaaaa! – ela gritou animada me soltando – Na praiaaaaa! Uhu!

Ri ainda mais. Eu também gostava de seu espirito jovem e sabia que futuramente, eu e ela aprontaríamos poucas e boas.

Alicia

_ Já posso abrir? – implorei.

_ Ainda não. – Erick disse – Mas vai poder em breve.

Fiquei muito, muito ansiosa. Mais do que poderia imaginar. Erick havia surgido há pouco tempo em minha casa e me chamado para um passeio. Fiquei assustada quando ele vendou meus olhos, mas deixei para saber onde isso iria dar. Ele não me disse onde estávamos indo, mas eu desconfiava que estávamos no parque, ou em qualquer outro lugar com grama. Meus pés sentiam a maciez pelo qual percorriam.

Ele me parou subitamente.

_ Espera. – ele disse.

E me segurando forte, me arrastou até um acento.

_ Ok, sei que estamos no parque e estou sentada no balanço, mas pra quê? – perguntei pedindo mais informações.

Ele suspirou.

_ Que garota sem graça. – e dizendo isso me tirou a venda.

Ele tinha um sorriso lindo no rosto, o tipo de sorriso que te faz sorrir também. Sabe aquela sensação de estar apaixonada? Que tudo que você vê, pensa e ouve te lembra a uma pessoa em especial? Que só de pensar em amor a imagem dela vem em mente? E que, por mais idiota que essa pessoa seja, ou por mais estúpido seja o que ela disse, você não consegue parar de sorrir? E depois sorri de novo, mais tarde, lembrando do sorriso daquela pessoa. E depois para e pensa no efeito que ela causa em você. Cara, aquela altura eu não estava mais apaixonada, eu estava amando. Amando Erick.

Ele me balançou com cuidado. Senti a leve brisa bater em meu rosto, e tive uma sensação de leveza indescritível. Erick me deixou parar e me abraçou por trás. Eu simplesmente adorava quando ele fazia isso.

_ Se lembra do dia em que nos encontramos aqui? – ele perguntou – Há mais de seis meses, quando Claire nem desconfiava que já tínhamos dado nosso primeiro beijo? E bem aqui, nesse balanço?

Suspirei. Eu me lembrava muito bem. Como esquecer? Havia sido tudo tão involuntário, sem sentido. Chegou um momento em que simplesmente precisávamos da presença um do outro e de repente... Nos beijamos. Não posso dizer que não gostei, seria mentira. Mas também seria se eu dissesse que foi o melhor da minha vida. Eu não senti as borboletas, não senti o choque elétrico, nem o sentimento que eu sentia agora. Depois daquele beijo o meu sentimento finalmente se intensificou, e pude ver o quanto o amava. Tivemos que mentir para Claire no dia. Foi exatamente o mesmo dia que nos encontramos na sorveteria, e ela claro, desconfiou. Mas éramos espertos, mesmo com o coração saltitante por dentro, não deixamos nada transparecer. Mesmo me sentindo culpada, aguentei.

Nunca considerei aquele nosso primeiro beijo. Pelo menos não realmente. Só quando Erick me surpreendeu na casa de Amelia que eu finalmente senti. E de uma só vez vieram as borboletas, o choque elétrico e tudo que era incluído no pacote do amor.

_ É claro que eu me lembro. – sussurrei.

Ele aproximou seu rosto do meu, ainda por trás, e aproximou sua boca do meu ouvido.

Senti um arrepio gostoso.

_ Eu te amo. – ele disse.

_ Eu também.

Lucas

Eu gostava da minha situação atual. Um pouco diferente do que eu imaginava para o final do meu ano, mas dava para o gasto. Ou mais que isso. Tudo bem, eu definitivamente amava minha situação atual.

No início, quando me aproximei da galera, foi mais por motivação de Sean. Depois, fiquei pelas amizades. E no fim, por Claire. Tá, tá, eu sei, fui estúpido, mas depois com o tempo percebi que nós dois não éramos pra acontecer. Ela era para Sean e Sean era para ela. E além do mais ele era meu primo e depois veio Brenda... Nossa, aquela garota era um saco. Como a aguentei por tanto tempo não faço ideia.

_ Deixa eu fazer meu solo! – Ryan pediu, desesperado para se exibir com sua guitarra de brinquedo.

Era um videogame e a galera estava aproveitando pra fazer barulho. Como sempre, estávamos na casa de Claire. Com a exceção de Thomas e Amelia, e Erick e Alicia que deviam estar namorando, todos estávamos nos divertindo bastante, fazendo bagunça.

_ Ai, Ryan! – Claire reclamou levando as mãos aos ouvidos – Isso é uma tortura! Que droga de solo é esse?

Ele fez uma careta e tocou mais forte. Sean não aguentou de tanto rir e já estava no chão, quase rolando. Tirei a guitarra da mão dele, boquiaberto.

_ Meu. Deus. – falei pausadamente para causar impacto – Você conseguiu assinar o atestado de óbito dos meus ouvidos. Parabéns. – peguei em sua mão, mas ele fez careta.

_ Você não faz melhor na bateria. – ele provocou.

Ri. É claro que eu fazia.

_ Sai dessa, garoto. Eu faço aula desde os dez anos.

Ele fez biquinho.

_ Eu te desafio. Com todas as letras. – acrescentou.

_ Desafio aceito.

Fui para a bateria e ele ficou parado me olhando com desdém. Tirei seu sorrisinho do rosto quando consegui cinco estrelas.

_ Sorte de principiante. – ele disse com uma careta.

_ Seria, se eu fosse um. – retruquei – Admite cara, seu som é de um gato parindo um bezerro.

_ Gatos não tem bezerros. – ele disse incrédulo.

_ E Ryan’s não tocam bem. – continuei.

_ Me dá as baquetas, vou te mostrar...

_ Não, não, não! – Claire apareceu tomando as baquetas da sua mão – Já chega por hoje, não quero ver a polícia por um bom tempo. Você conhece nossos vizinhos.

Ryan tentou discutir, mas não conseguia. Sean tomou a dianteira e puxou Claire pela mão para cima. Se não fossem para o quarto, iriam para o terraço. Eles geralmente ficavam por lá. Já eu e Ryan demos um jeito de recuperar as baquetas. A guitarra também era uma boa pedida. Mas arrasamos mesmo, quando pegamos o microfone. Agora sim, ao invés do som de um gato parindo um bezerro, tínhamos o som de dois.

Claire

Aquilo era... Um sonho. Um sonho muito bom do qual eu não queria acordar nunca. Foi tão difícil eu e Sean chegarmos aqui. Sabe, juntos mesmo, oficialmente como namorados. Oh Deus, momentos como aquele eu queria imortalizar para sempre, e foi o que fiz virando a câmera para ele.

Há algum tempo, Sean e eu pegamos essa mania. Sempre que eu estava com a câmera tirava fotos dele de surpresa e ele de mim. Sean era um príncipe, era perfeito para mim, eu só tinha medo de um dia acordar e descobrir que não era princesa para ele.

_ O que foi? – ele perguntou baixinho.

Estávamos no terraço, abraçados. Ele me segurava pela cintura enquanto eu sentava sobre suas pernas e encostava a cabeça em seu peito.

_ Você acha que nós temos um futuro? – perguntei com um suspiro.

_ Como assim? – ele me encarou sério. Parecia notar, mas não entender a profundidade da pergunta.

_ Quero dizer... Um futuro juntos. – completei com dificuldade.

Ele me encarou sério.

_ Eu fiz algo errado? – perguntou confuso – Te maltratei, porque se for, desculpa, eu nunca quis...

_ Não! – interrompi com pressa – Não é isso, eu só fico pensando se algum dia aparecer alguém melhor...

_ Pra você? Você me largaria? – ele franziu as sobrancelhas preocupado.

Senti certa tensão e uma nota de tristeza em sua voz. Ele tinha mesmo medo de que eu o largasse?

_ Não Sean, uma garota melhor pra você. Você me largaria? – perguntei.

Ele inesperadamente riu.

_ Senhorita Clarice, eu seria o maior idiota de todos os tempos se alguma vez sequer pensasse em deixar você. Eu te amo, pensei que tivesse deixado isso claro.

Suspirei e me alinhei ainda mais a ele.

_ Eu te amo. – murmurei e ele me beijou.

Eu não queria parar. Queria senti-lo, agarrá-lo e não soltar mais. Nunca, nunca mais.

Ele começou a cantar uma música. A nossa música, e eu o acompanhei. Depois de meia-hora ali, pensei que fosse adormecer. Já não eram poucas as vezes em que dormia nos braços dele. Sean me dava conforto, segurança, um motivo para acordar no outro dia. Ele me dava tudo. Só de imaginá-lo, por um pequeno momento que fosse, eu já perdia o fôlego. Bom, isso era no início do nosso relacionamento, mas apenas se intensificou com o tempo, mas ficou bem mais fácil de controlar depois de me conformar que Sean era definitivamente meu. E eu tinha orgulho de chamá-lo de namorado e ele parecia ter também.

_ Meu Deus, o que é isso? – ele exclamou assustado encarando a saída.

_ Essa não. Eles encontraram os microfones. – levei a mão a testa e fiz um som de lamento.

Sean riu.

_ Esses dois... Não dá pra saber quem é mais criança, Lucas ou Ryan. – falei brincando, mas com um ar fraterno. Eu também amava aqueles dois bobalhões.

_ Claire. – Sean chamou – Posso te fazer uma pergunta meio... Nada a ver?

Estranhei, mas minha curiosidade automaticamente falou mais alto.

_ Claro.

_ Eu nunca vi os amigos de Ryan virem aqui, nem ele sair com eles. Qual o problema? – Sean perguntou.

Oh. Era isso.

_ Minha casa é meio que nosso antro de encontro, certo? – ele confirmou com a cabeça – O do Ryan e dos amigos dele é na casa de Mattew. Mas eles quase nunca saem, e Ryan geralmente sai quando não estamos aqui. – expliquei.

_ Ah. – ele disse simplesmente – Acho que podemos descer e arrancar o microfone deles. – Sean sugeriu.

_ É uma boa.

Nós rimos, e descemos juntos a escada.

Ryan

Me joguei na cama exausto. É, eu tinha que admitir, tocava e cantava muito mau. Mas as garotas ainda me queriam, isso era o importante.

Ri comigo mesmo. Há muito tempo as garotas não me importavam. Eu não sei, acho que fiquei... Decepcionado. A partir de agora eu só queria curtir, como Thomas uma vez me disse que fazia.

Sabe, Thomas era um cara legal. Um dos meus primos preferidos apesar de ter escondido pra mim sobre tia Hannah. Ela era de longe a minha tia preferida. Certo, eu sei, devemos amar todos iguais, mas não podia fazer nada se meu coração se sobressaía às vezes.

Deitado agora na cama, pude refletir um pouco. Minha irmã estava lá em baixo se despedindo de Sean e Lucas já havia ido embora. Parei para pensar como minha vida mudou. Antes, Erick era um camarada, e eu tinha uma quedinha por Alicia. Mas Erick virou um idiota e Alicia se apaixonou por ele. Tudo bem, o cara ainda era meu amigo. Erick,é o garoto mais foda que eu já conheci. Depois de Thomas claro.

Por falar nisso, tinha Amelia. Gatinha, mas muito sem lógica. Também tinha Lucas. Certo, certo, de novo vamos pular essa porque Lucas é um babaca. Como assim ele me venceu na guitarra? E ainda tinha Sean e Claire. O segundo maior motivo para eu não querer uma namorada.

Entendam bem, Sean era muito legal, engraçado, gente boa e até combinava com a minha irmã, mas ver os dois juntos era no mínimo nojento. Desculpa, não tô bancando o garotinho anti-garotas, garotas são demais, mas só quando estão comigo. Observar os outros é... Argh.

E por último tinha Claire, claro. Eu a amava muito, mas implicávamos demais. Acho que esse é só o meu status natural. Um dia eu ainda bancaria o irmão mais velho dela, é tipo... Uma espécie de sonho. É, eu sonho pequeno.

Opaaaa! Desci as escadas correndo. Eu sempre dava um jeito de ir pro quarto dos meus pais quando eles não estavam porque lá tinha uma televisão maneira. E apesar de estar tarde agora era hora de...

_ BOB ESPONJAAAA!

Sean

Parte de mim não queria ir embora. Nunca. Queria ficar com Claire assim para sempre. Juntos, sentindo a respiração ofegante um do outro, trocando beijos cada vez mais urgentes.

Antes de ficarmos juntos, cheguei a pensar que nunca existiria um “nós”. Era tão difícil, como se o mundo inteiro conspirasse contra nós dois! Achei injusto, mas segui em frente.

Eu nunca havia notado realmente em Claire, até o dia do caça-bandeira. Ela foi excepcional e muito inteligente. Se não fosse por Amelia poderíamos ter ganhado. Aliás, por falar em Amelia, de vez em quando eu ria quando lembrava de nossos tempos juntos. Éramos sempre tão... Desesperados. E eu não sentia falta daquilo, nem um pouco pra ser sincero.

_ Você precisa mesmo ir? – ela perguntou.

_ Quais as possibilidade de eu poder ficar? – era uma pergunta retórica.

Claire sabia a resposta.

_ Te amo então. – ele disse.

Me deu um último beijo e me empurrou para longe. Sorri como um bobo, e fui para casa com aquele mesmo sorriso que se intensificava cada vez mais à medida que o tempo passava. Eu estava completamente apaixonado por aquela garota. Como podia nunca tê-la notado antes? A ideia de ter passado tanto tempo sem ela era simplesmente ridícula. Mas a resposta estava ali o tempo todo. As aparências.

Eu era um imbecil até me apaixonar de verdade e poder ver as coisas de outro ângulo. Olhava muito mais as aparências do que a personalidade, que era o que eu realmente importava. E suas ações, claro.

Claire não era a garota mais linda do mundo, mas era a garota mais linda aos meus olhos. Era isso o que importava. Ela tinha uma beleza diferente, especial.

_ Eu tô ficando maluco! – resmunguei rindo para mim mesmo ao me jogar na cama.

Foi difícil dormir. Mas naquela noite eu só tinha certeza de uma coisa: eu queria Claire, para sempre, e só havia um jeito de garantir isso.

Sim, talvez demorasse um pouco. Seis meses talvez não fosse o suficiente. Mas quando completássemos dois anos de namoro eu já tinha certeza do que fazer.


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Notas finais do capítulo

U.U OIEEEEEEEEEEE DE NOVOOOOOOOOOOO falem comigo? me perdoem pela demora? Amo vcs