Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 51
Capítulo 50




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Em menos de uma hora eu e Henry já haviamos feito o almoço e comido tudo. Lavamos a louça, na verdade eu lavei e ele secou. Mais uma vez lembrei-me de Ian. Essa era a nossa função na casa de Susan. Depois subimos até o solário mais uma vez e vimos a cidade de Londres que desta vez estava toda apagada graças a claridade do Sol. Aos poucos o sol foi se pondo e eu e Henry ficamos ali olhando a beleza das cores do céu. Era um tom violeta misturado com laranja que eu nunca havia visto em minha vida. Era maravilhoso.
– Fazia tempo que eu não via esse por do sol tão lindo. – disse Henry enquanto me abraçava mais forte. Ele estava sentado de pernas abertas e eu estava sentada no vão entre elas.
– Você não vem muito aqui? – Disse eu olhando para ele. Ele estava com os olhos vidrados em frente. Pude até ver o brilho do por do sol em seu olhar.
– Na verdade, fazia muito tempo que não vinha. Desde... – Ele parou.
– Desde o que? – perguntei.
– Desde quando eu comecei a namorar com Priscila. – Estremeci ao lembrar de Priscila e ao lembrar que eles namoravam. Me desvincilhei um pouco dos braços dele. Me senti culpada por tudo aquilo. Tentei me manter natural para que Henry não percebesse a minha mudança.
– Hm... Porque? – Eu perguntei mesmo sem querer saber, mas só para não perder o ritmo da conversa.
– Bom, Priscila não é o que podemos chamar de garota que faz esse tipo de programa. – Ele deu de ombros e pude perceber a tristeza em seu tom de voz. Queria dizer alguma coisa, mas não sabia o que. Ele continuou a falar. – Mas tudo bem, não é? Ela foi a mulher que escolhi, – estremeci de novo. – devo aceitar isso. – Olhei para ele e dessa vez ele estava olhando para mim também. Forcei um sorriso. “Ela foi a mulher que eu escolhi”, mas era eu quem estava em seus braços agora. Quem ele havia beijado a noite toda e quem ele ainda beijava agora. – Tudo seria tão mais fácil... – disse ele beijando a minha nuca.
– O que seria mais fácil? – disse, mas dessa vez não o olhei.
– A minha vida, isso tudo. A fama e a minha vontade de não ser famoso o tempo todo. - Ele pegou em meu queixo e me obrigou a virar e olhá-lo. – Tudo isso seria tão mais fácil se eu pudesse escolher você, Lua. – Eu olhei para ele sem entender. Abri a boca para falar algo, mas depois fechei. Não sabia se seria certo falar isso, mas queria dizer que ele podia, ele podia me escolher. Eu também escolheria ele. Entretanto não tive coragem de dizer isso, não tive coragem de dizer nada. Apenas fiquei olhando-o, esperando que ele me explicasse o porque dele não poder me escolher. Será que ele queria? Será que se ele pudesse ele realmente me escolheria? Eu queria fazer todas essas perguntas para ele e queria que ele me respondesse. Mas antes que eu pudesse questioná-lo e antes que ele pudesse dizer alguma coisa ouvimos o barulho de um carro parando na frente do orfanato. Levantamos e fomos ver quem era. Só conseguimos ver uma garota e um garoto parados na frente do orfanato. Uma garota ruiva e um garoto loiro. Priscila e Ian. Meu corpo gelou e olhei para Henry. Nos olhamos por um bom tempo até que a garota ruiva olhou para cima e o seu olhar cruzou com o meu e depois parou em Henry. Ela me encarou mais uma vez e depois começou a gritar:
– Henry, meu amor, dá para você abrir a porta desse lugarzinho para mim? Você sabe que não toco em lugares públicos e o Wilker não está aqui para poder abrir para mim. – Quem era Wilker? E eu não lembrava de Priscila ter uma voz tão irritante e tão enjoada quanto essa que eu estava ouvindo agora. Apesar dela estar falando com Henry ele não mexeu nenhum músculo e mal olhava para ela. Ele estava olhando para Ian que, graças a Priscila, também nos viu lá em cima. Assim que me viu Ian sorriu aliviado e retribui o sorriso. Não conseguia falar nada e fiquei feliz por ele não ter começado a gritar como Priscila.- Amor, Henryzinho? Você está me ouvindo? Por favor, desça. – Henry não respondia e percebi que Priscila estava começando a ficar irritada. Até que ela olhou para mim de novo – Criatura, seja lá quem você for, você pode trazer o MEU namorado aqui embaixo e abrir a porta para mim? – Não sei direito o porque, mas Priscila deu um enfâse desnecessário ao falar “meu namorado” como se tivesse alguma possibilidade de alguém não saber que os dois namoravam. Percebi então que eu e Henry não podíamos ficar parados, sem falar nada, enquanto Ian e Priscila estavam lá embaixo nos esperando.
– Pode deixar, Priscila. Já estamos descendo. – Forcei um sorriso e Priscila não se esforçou para fazer o mesmo. Ela apenas olhou para mim satisfeita e tirou seu óculos de sol. Olhei para Henry e o peguei pelo braço. – Vamos, Henry. Precisamos descer. – Ele me olhou e depois me seguiu escada abaixo. Antes de chegarmos ao andar de baixo ele me pegou pela cintura e colocou sua boca em minha orelha.
– Seja lá o que aconteça lá embaixo e talvez essa seja a minha última oportunidade de ficar com você a sós, eu quero te agradecer por tudo o que você fez por mim ontem e hoje. Nunca ninguém fez nada parecido com tudo isso por mim. – Eu olhei para ele e depois ele me puxou para mais perto. – Lembre-se: Eu sempre serei a sua Estrela e você sempre será a minha Lua. Não importa quanto tempo demore a nos encontrar de novo. - Ele passou a sua mão em meus braços e pela primeira vez percebeu a minha pulseira. Ele pegou o pingente em seus dedos e sorriu para mim. – Eu posso ter esse beijo? – Sorri de volta e o beijei. Por um momento estranho sabia que esse não seria o nosso último beijo, mas o beijei como se fosse. Assim que nos soltamos um do outro ouvimos a voz de Priscila e logo vimos Ian e ela entrando na sala. Alguém havia aberto a porta para eles, ou Ian, cansado de ouvir os gritos histéricos de Priscila, resolveu abrir por conta própria. Assim que nos viram Priscila correu para os braços de Henry e o beijou. Automaticamente virei o rosto para não ver aquela cena.


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