Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 50
Capítulo 49




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450489/chapter/50

Henry e eu ficamos nos beijando por um bom tempo até a minha barriga roncar. Não havia comido nada desde ontem à noite e já passava das 17h da tarde quando descemos para a cozinha do orfanato. Assim que as crianças nos viram vieram nos abraçar, dessa vez algumas até me abraçaram. A menininha loira ficou no meu colo por um bom tempo e depois saiu para brincar com as outras crianças. Depois de alguns minutos, Henry e eu estávamos a sós novamente na cozinha. Olhei para ele, que estava procurando algo na geladeira, ele me olhou de volta e sorriu. Sorri de volta.
– Então, o que você quer comer? – disse ele sem me olhar. Estava com o corpo todo virado para a geladeira.
– Hm. Não sei. O que tiver ai para mim está bom. – Realmente não ligava para o que iamos comer. Com a fome que estava poderia comer até...
– Papinha pronta de neném. – Disse Henry levantando a mão que segurava um potinho pequeno. – É isso que tem nessa geladeira. – Ele olhou para mim com cara de travesso – Vai encarar?
– Hmmmm delícia. Adoro papinha de neném. – disse eu enquanto chegava mais perto dele e pegava o potinho de sua mão. – Ele olhou para mim e depois para o potinho.
– Você não vai comer isso mesmo né? – Ele me olhava com uma cara de nojo com espécie de desconfiança.
– Porque não? É uma delícia. De verdade. – Na verdade, eu nunca havia colocado uma coisa dessa na boca. Nem mesmo quando eu era pequena, mas estava gostando da expressão de Henry com aquela cena. – Aonde tem uma colher?
– Ali. – disse Henry apontando para uma gaveta do outro lado da cozinha. Ele me olhava sem acreditar enquanto me dirigia à gaveta. Quando peguei uma colher, voltei para o balcão e me sentei. Olhei para o potinho que dizia que a papinha tinha sabor de frango. Bom, não deveria ser tão ruim. Abri o potinho. Enquanto fazia isso Henry chegava mais perto de mim sem acreditar no que via. O cheiro da papinha me deu náusea, mas enfiei a colher no potinho e peguei uma boa parte. Olhei para Henry, que estava sentado do outro lado do balcão, e coloquei a colher em sua direção. – Quer um pouquinho?
– Eca. Esse negócio tem um cheiro horrível. – Usando sua mão esquerda, ele empurrou a colher para a minha direção. – Primeiro as damas, por favor.
– Mocinha. – Assim que falei, lembrei de Ian. Henry sorriu para mim. Olhei para a colher e para Henry. Fechei os olhos e enfiei a colher na minha boca. Aquilo era realmente horrível e acho que Henry percebeu isso ao ver a careta que fiz, pois ele começou a rir. O som da risada dele. Demorei um tempo até engolir aquela massa paposa que estava em minha boca. Não sabia dizer que tipo de frango era aquele da papinha, mas com toda a certeza não era o frango que estava acostumada no Brasil. Depois que engoli toda a papinha que estava na minha boca olhei para Henry e enfiei a colher mais uma vez no potinho. Ele me olhou incrédulo.
– Nossa, você gostou? Vai comer tudo mesmo?
Olhei para ele e sorri.
– Na verdade, agora é a sua vez. – E antes que ele pudesse contrariar, enfiei a colher em sua boca. A minha careta pode ter sido horrível, mas a de Henry foi bem pior. Ri da situação, mas logo coloquei a mão na boca para tapar a risada. Sabia que teria volta.
– Isso é realmente horrível. – Ele finalmente olhou para mim. – Não sei como as crianças gostam disso. - Olhei para ele e começamos a rir. – Bom, acho melhor a gente comer algo de verdade. Vou preparar alguma coisa. – Enquanto dizia isso Henry levantou e foi em direção à geladeira novamente, mas dessa vez ele tirava comida de verdade de lá. Enquanto Henry pegava as coisas, peguei o meu celular que estava em meu bolso. Ian havia me mandado mais mensagens, mas não tive coragem de ler nenhuma. Resolvi apenas mandar uma mensagem para ele e acalmá-lo.
“Ian, meu amor...” – Apaguei. Não conseguiria chamá-lo assim depois da noite que tive com Henry. Parecia injusto demais.
“Ian, eu estou bem. Não se preocupe. Estou em um orfanato. Quando chegar em casa explico tudo. Tente acalmar Susan. Eu sei que você consegue. Beijos, Luna.”
Li e reli a mensagem antes de enviar. Parecia fria demais para o que eu estava acostumada a mandar para Ian e eu esperava que ele não percebesse isso, pois parecia o melhor a se fazer depois da última noite. Depois de me certificar de que a mensagem estava boa o bastante para acalmar Ian, enviei. Assim que fiz isso, olhei para Henry. Ele já estava cortando os tomates e resolvi ajudá-lo. Levantei e cheguei perto dele. Assim que parei ao seu lado ele se virou para mim e sorriu. Pegou em minha cintura e me beijou. Henry e eu nos beijávamos muito, percebi, mas eu me sentia bem assim. Peguei em sua nuca e o beijei mais uma vez. De repente a menininha loira entrou na cozinha e gritou:
– A tia Luna e o tio Henry se beijam. Eles não são amigos. Eles são namoradinhos. – Henry e eu nos olhamos e depois olhamos para a menininha. Ela correu para o colo de Henry e começamos a rir. Henry e eu, namoradinhos. Eu imaginei como isso seria bom... Se fosse verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Me Apaixonei Por Uma Estrela" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.