Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 52
Capítulo 51




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Estranhamente me senti mal por ver outra beijando os lábios de Henry que não fosse eu. Mas antes que eu pudesse pensar nisso, Priscila o soltou. Tão rápido que mal pude acreditar. Ela tinha Henry Montez ao lado dela, e não estou dizendo “Henry Montez, o famoso cantor da 4street”, mas sim, “Henry Montez, o garoto maravilhoso e de coração tão bom quanto o timbre de sua voz”, entrentanto, apesar de ter tudo isso Priscila parecia não perceber ou não se importar. As duas opções pareciam absurdas. Assim que se soltou de Priscila Henry me olhou. Talvez esperando que Ian fizesse o mesmo comigo ou eu fizesse o mesmo com Ian, mas eu sabia que isso não aconteceria e tentei passar isso pelo olhar para ele. Não sei se conseguiria beijar outro na frente de Henry. Ele deve ter entendido o meu olhar, pois gesticulou um pedido de desculpas enquanto eu me aproximava de Ian que apenas me abraçou tão forte que mal consegui respirar.
– Você está bem? – Disse ele me medindo de cima a baixo, tentando encontrar algo que pudesse mostrar o contrário.
– Estou sim, Ian. – Tentei sorrir para ele e acalmá-lo. Ele me analisou por alguns segundos e depois sorriu de volta e me abraçou mais uma vez.
Priscila começou a reclamar que aquele lugar era horrível e que queria sair de lá antes que os “pestinhas” aparecessem e sujassem “toda a sua saia de seda que foi feita especialmente para ela por um estilista famoso”. Revirei os olhos e olhei para Henry que riu ao ver a minha expressão. Ri junto e depois desviei o olhar. Doia demais estar tão longe dele depois do que passamos juntos.
– Acho melhor a gente ir também. – disse Ian olhando para mim. – Consegui acalmar Susan, mas não o suficiente para ficarmos mais tempo fora do que você já ficou. Além do mais, só você sabe como acalmá-la de verdade. – Olhei para Ian e assenti. Sabia que não podia ficar mais ali. A minha presença não fazia mais sentido depois da chegada de Priscila. Aquilo tudo havia acabado. Agora Henry seguiria sua vida como antes e eu deveria fazer o mesmo. Porém, antes que eu pudesse me despedir de Henry e de Priscila as crianças entraram na sala. Priscila ficou com uma cara assustada, como se tivesse vendo qualquer coisa que não fossem apenas crianças inocentes. A menininha loira sorriu ao me ver novamente e fez uma careta ao olhar para Priscila. Assim que ela saiu correndo em direção ao Henry, Priscila começou a pedir que ela ficasse longe de sua saia de seda. A menininha loira nem ligou para Priscila e depois me olhou.
– Você já vai embora, Tia Luna? – a peguei no colo.
– Vou sim, meu amor. Mas prometo que volto sempre que puder para brincar com você, tá bom? – Ela sorriu e me deu um beijo na bochecha.
– Você volta com o Tio Henry? – Eu olhei para Henry e ele estava me olhando sorrindo. Antes que eu pudesse responder, Henry disse:
– Claro, Thabata. Eu e a tia Luna voltaremos sempre juntos. – Henry piscou para mim e pedi à Deus que Ian e Priscila não percebessem e felizmente, eles não perceberam.
– Bom, vamos? – Disse Ian passando as mãos em minhas costas. Os olhos de Henry acompanharam as mãos de Ian e ficaram alguns segundos olhando para ela pousada em minha cintura.
– Vamos. – Thabata desceu do meu colo e olhei para Henry por alguns segundos, ele me olhou de volta e nossos olhos se encontraram. – Bem, acho melhor eu ir andando. Vou deixá-los a sós. – Olhei para Henry e também para Priscila dessa vez. Pude jurar que ouvi uma “Aleluia” sair de sua boca lotada de gloss rosa. Ignorei-a e fui em direção à Henry. Abri os braços para abracá-lo, mas no meio do caminho acabei desistindo e apenas estendi a mão direita. Com a sua mão esquerda ele tocou em minha mão e olhei para a tatugem dele. A mesma que havia revelado Henry para mim. – Obrigada. – disse eu olhando em seus olhos. Ele sorriu.
– Eu é quem agradeço. – Ele pegou minha mão mais forte e me puxou para abraça-lo. – Eu é quem agradeço por tudo. – sussurrou em meu ouvido. Sorri e soltei-me de seu abraço.
Sem olhar para trás, dei a mão para Ian e sai do orfanato Santa Claus. Queria olhar uma última vez para Henry, mas sabia que teríamos outras oportunidades.


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