A Minha Seleção escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Destino nos Desenhos


Notas iniciais do capítulo

Oiee queridas leitoras!!!

Como vão vocês???
Vejo que temos bastante leitoras (eu sei que vocês estão ai leitoras fantasmas) e fico, de certa forma, agradecida com isso.

Aproveitem o cap, que é narrado pelo Zack. Eu sei que vocês esperam ansiosamente por um capitulo narrado ou pelo Principe ou pela Princesa, mais fiquem calmas... Ele um dia vai chegar...

Beijocas!!



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Depois do anuncio de quem iria para o castelo o meu telefone não parou de tocar. Não conseguia sair de casa sem que alguém me impedisse, falando que alguém que poderia ser da realeza não poderia ir trabalhar. A cada 10 minutos a campainha tocava e alguém vinha perguntar coisas para mim. Isso estava enchendo!

Tirando o fato de eu não conseguir mais ter privacidade estava tudo correndo bem. Tudo menos a falta que ela me fazia. Ahm May... Como eu poderia ter deixado ela ir embora? Porque eu não corri atrás dela naquele dia? Como eu pude ser tão besta a ponto de não ter coragem de me jogar nos pés dela para conseguir ela de volta?

Eu não tinha as respostas que precisava. A minha cabeça não conseguia pensar em mais nada alem dela. Bom, há um lado bom em ir para A Seleção. Eu poderia ver ela, linda, todos os dias, sem precisar fingir ver a Jane.

Ahm! E é por isso que em me escrevi na Seleção. Meu pai descobriu que eu não ia ver ela e quase me deu uma surra e, se não fosse pela minha mãe, ele me tirava de casa. Mais meu pai conseguiu uma solução muito rápida para isso e ela se chamava A Seleção.

A Princesa Angeline é linda. Mas não é nada comparada a May. Tenho certeza que ela não tem personalidade o suficiente para tirar a linda morena da minha cabeça. E eu tenho certeza que May também se vê assim em relação ao príncipe. Eu sei que ele não vai fazê-la se esquecer de mim.

– Está pronto? – um homem que estava de pé perto da porta me perguntou. Eu havia arrumado a minha mala ontem a noite e não tinha colocado tantas roupas. Eles falaram que não seria necessário, que no castelo eu teria tudo o que eu quisesse.

– Sim. – respondi ao homem de cabelos grisalhos e sorriso amarelo que estava na minha frente. Ele usava um casaco bem pesado e uma bota preta parecida com a minha.

Então saímos da minha casa em direção a um carro preto que estava parado na porta. Eu já tinha andado de carro uma vez, mas nada comparado com o que eu estava andando agora. Ele era comprido e, por dentro, tinha varias bebidas e comidas. Ofereceram-me varias coisas para comer mais eu rejeitei a maioria. Não estava com fome.

Chegamos no aeroporto na hora exata segundo Harry, que era o meu “mordomo”. Ele fez com que a gente saísse bem mais cedo da minha casa e estava certo quando disse que o transito iria estar um terror. Bem, nós chegamos a tempo.

Estava sentado em uma cadeira azul na sala de embarque particular dos selecionados. A maioria das pessoas já havia chegado e eu ainda não vi sinal de May.

– Entrem e esperem. – uma mulher falou a duas meninas que estavam paradas na porta. Logo percebi que May era a menina da direita. Ela estava linda com um vestido branco e um casaco preto que vinha até os joelhos, como o vestido. Seus cabelos estavam soltos e ela parecia estar com maquiagem.

– Meu Deus! – a menina ao lado de May reclamou. Ela tinha cabelos escuros, quase pretos e olhos azuis de se espantar. – Eles vão nos deixar aqui plantados? Eu não consigo mais ficar com esse salto aqui!

May riu e se sentou na cadeira em frente a minha, sem perceber. Logo o meu olhar encontrou o dela e sua expressão ficou seria. Ela engoliu a seco e senti as lagrimas se formando em seus olhos. Mais ela não chorou. Ela simplesmente desviou o olhar e sorriu para a menina do seu lado.

– Nossa! – falou o menino do meu lado, que era um loiro muito bem vestido. Seus cabelos estavam arrumados para trás e ele parecia ser muito educado. A sua roupa era de veludo, um terno, e parecia esquentar bastante, o que era bom já que aqui fazia muito frio. – As Selecionadas esse ano estão muito boas. Uma mais linda do que a outra!

O garoto do meu lado direito se inclinou para frente e sorriu na direção da nossa conversa.

– Sorte do príncipe! – ele se pronunciou cruzando as pernas. – Ele vai ter quinze garotas totalmente maravilhosas correndo atrás dele.

– E a princesa terá a nos! – falou um garoto que havia acabado de entrar na sala. Se eu achava que o garoto do meu lado estava chique esse cara deveria ser um lorde! A roupa dele tinha cheiro de flores daqui onde eu estava sentada. Mais ele não parecia nada simpático. – Sou Andrew Sulivan, dois.

– Sou Ky Mattgomery, três. – respondeu o garoto do meu lado direito.

– Sou Chistopher Parkson, três. – respondeu o garoto de terno de veludo. Sabia que ele era um três. Senti-me meio inferior, já que eu era um quatro.

– Zack Tyler, quatro. – vi que Andrew me olhou com nojo e eu respondi contando até dez na minha mente. Imagine quando ele souber que ele terá que ajudar os pobres quando for, se for, príncipe.

– Selecionados! Prestem atenção! – falou uma mulher pequena o bastante para ser comparada com uma anã. Ela vestia um vestido preto e carregava uma pasta. Percebi que havia um pequeno microfone ligado em seu ouvido. – Nós vamos entrar em um avião agora, então por favor prestem atenção. – vi que May revirou os olhos e respirou fundo para não responder alguma coisa bem rude a ela. Com toda a certeza ela estava pensando: “ Mais o que tem de difícil em entrar em um avião? Você entra e pronto!”. Sorri com esse pensamento. – Os meninos vão seguir para o lado esquerdo e as meninas para o direito. Eu vou acompanhar as meninas e o Raphael vai acompanhar os meninos. Façam uma fila e sejam organizados. Vamos em frente!

Então todos fizemos o que ela pediu. Antes de seguir o meu caminho pude ver o olhar de May. Ela estava nervosa.

Uma certa vez ele me disse que nunca, na vida todinha dela, ela iria andar de avião. Ela mencionou isso quando eu perguntei a ela aonde queria ir passar a nossa lua de mel. Abaixei a cabeça e segui pensando em nossos momentos felizes.

Enquanto o avião subia pude ver o quanto May tinha razão. Eu nunca, na minha vida todinha, queria ter andado de avião.

***

A viagem foi, de certa forma, rápida. Duas horas no máximo. O mais legal de andar de avião é como você pode ver tudo pequenininho depois de um tempo no ar. Parece que você pode voar.

Sentei-me ao lado de Chis, como ele queria que eu o chamasse. Ele até que era legal para um três, o que prova que o preconceito é uma coisa idiota demais. Contei a historia da minha família, emitindo apenas May. Contei até sobre Jane.

– Nossa! – ele exclamou quando eu acabei de falar. – Acho que meu pai nunca faria isso comigo. Na verdade ele é bem correto, mais não chega a me obrigar a fazer coisas que eu não quero. Acho que ele quer que eu faça a coisa certa sozinho.

Ele ma contou que tem mais três irmãos, todos homens. Falou até que viu uma noticia que a nobreza pode dar um baile para as famílias depois que algumas pessoas forem eliminadas, o que o deixou animado. Ela fala que é muito ligado ao irmão mais novo, Travis.

– Ele muito parecido comigo, o que me deixa feliz. – ele falou depois de todas as risadas que demos. Ele era bem humorado e tinha bastante chance de ser o escolhido. – As pessoas sempre nós perguntam se somos irmãos gêmeos e se ele é anão.

Gargalhei com isso.

– Não ria! – ele falou balançando de leve a cabeça para os lados. – Quando você conhecer ele você vai saber exatamente do que eu estou falando!

Depois de mais um tempo falando de coisas comuns da nossa vida uma voz vinda da cabine de som nos interrompeu:

– Por favor senhores, apertem os cintos. Nós estamos chegando no Palácio a cerca de cinco minutos. Começando a aterrissagem.

Respirei fundo e preparei a minha cabeça para o que vinha a seguir: O frio na barriga.

***

Sabia que o Palácio era grande, mais nunca havia imaginado algo assim. A melhor parte de tudo isso é poder usufruir a isso. Serio, é muito grande. Enquanto subíamos a escadaria, acompanhados de Raphael, pude pensar na cara de May. Tenho certeza que ela ficaria bem mais impressionada do que eu.

Teve uma vez que eu fui até a prefeitura da Califórnia com o meu pai, para resolver algumas coisas sobre a nossa livraria. E, nossa! Eu fiquei tão impressionado que cheguei ficar passando as pontas dos dedos pelas paredes para ver se a riqueza pegava. Mais isso nem se comparava com a prefeitura.

Aqui tinham mais de 10 lustres com cristais só no Hall de entrada, e havia mais de 30 vasos, todos de flores muito caras. Minha mãe ficaria louca com isso aqui! Ela ama flores e sempre quis estuda-las mais profundamente.

A escada tinha corrimões de Ouro. Pelo menos parecia ouro.

– O andar dos selecionados é o segundo. – falou Raphael com a sua voz grossa. Ele era negro e tinha cabelos ralos, como os caras do exercito, o que o deixava ainda mais ameaçador. – O primeiro andar tem coisas comuns, como a livraria publica e a sala de confecção de roupas. Nele é permitida a visita de vocês. O único andar que, por hipótese alguma, vocês não poderão ir é o terceiro, que pertence à família real. Nele vocês só entram se estivem acompanhados de alguém que tenha autoridade para autorizar a entrada de vocês lá. E, por favor, não insistam para ver a princesa.

Alguns meninos riram mas eu, com toda a certeza, não levei na brincadeira. Acho que seria a maior caretice do mundo ir “ver” a princesa no seu quarto. Primeiro que você não tem intimidade para isso e segundo que ela é uma princesa!

– Aqui é aonde as refeições acontecem. Por favor sejam pontuais em todas as refeições, pois se a princesa quiser eliminar vocês pelo atraso, ela estará certa. – nós estávamos em um salão gigante que tinha como fundo uma janela muito grande com cortinas vermelhas. A vista para fora era de um jardim muito bonito, que eu resolvi que iria visitar depois. Haviam três mesas de jantar. Uma era pequena, aonde cabiam no maximo sete pessoas, e onde possivelmete a família real come. As outras duas era exatamente iguais. Duas mesas grandes que tinham toalhas diferentes, uma azul e a outra rosa. Elas significavam aonde as meninas iriam se sentar e aonde os meninos comeriam.

– Aqui é o Salão Principal, aonde a maioria das festas acontecem. A entrada aqui é permitida, desde que não estejam preparando algum evento. Mais eu tenho certeza que os senhores não vão querer ficar aqui. Não há nada da mais nessa sala. – esse salão era grande e haviam varias cadeiras e mesas arrumadas. Gostei do lugar pois em seu teto haviam desenhos muito bonitos. Pareciam aqueles vitrais que tem nas igrejas.

Andamos mais um pouco pelo castelo e fomos apresentados a alguns guardas e criados. Depois de um tempo andando Rafaphel abriu uma porta bem grande que ainda ficava no térreo. Surpreendi-me quando vi que haviam varias pessoas, em fila, nos esperando.

– Aqui é o Salão dos Homens. Vocês poderão ficar a vontade aqui e, como o próprio nome diz, só é permitido homens aqui. Mas hoje vamos usar o local para que vocês possam cuidar da sua beleza. Esses profissionais cuidaram de vocês. – ele apontou para a fila de pessoas na nossa frente. A cada nome que era chamado um profissional se aproximava e te levava para a mesa indicada. Eu fui um dos últimos e acabei ficando na mesa 7.

– Olá eu sou Thalia, sua cabeleleira. – falou a mulher que me puxou. Ela era branca e tinha sardas em todos os lugares. Seus cabelos eram loiros o que deixavam um pouco apagados. Ela era alta e tinha olhos castanhos. – O que o senhor gostaria de fazer hoje?

– Algo que não mude o meu jeito. – respondi ainda um pouco tímido. Cabeleireira? Mais pra que eu iria ter uma cabeleireira? – A propósito, eu me chamo Zack.

– É um prazer. Posso cortar um pouquinho aqui? – perguntou me indicando o lugar. Ela parecia que sabia o que fazia, então deixei ela fazê-lo. Quando vi nos já havíamos terminado.

– Posso olhar? – perguntei a ela. No meio do corte ela me fez fechar os olhos, o que me deixou um pouco irritado. Eu era curioso demais para ter que fechar os olhos.

– Pode. – ela respondeu e eu imediatamente abri os olhos. Eu não estava muito diferente. Agora, em vez de meus fios estarem em cima da minha testa, como costumavam ficar, estão para cima em um topete não muito alto. Na verdade eu estava até bem.

– Nossa! – exclamei arregalando os olhos. – Sou eu mesmo?

– Acho que sim querido! – ela respondeu sorrindo de orelha a orelha. Me perguntei se essa não é a única chance de emprego que ela teve em 10 anos. Me perguntei até se ela tinha uma família para cuidar assim como May e se tinha um namorado secreto também. Ex-namorado. É, eu sempre esqueço.

– Obrigada. – disse me levantando e apertando as mãos macias dela. Ela parecia uma boneca de perto. – Vou te ver mais vezes?

– Eu sou sua cabeleireira! – ela exclamou sorrindo. Seus olhos se desviavam um pouco para cima quando ela sorria o que era um pouco engraçado. – Vamos nos ver bastante!

– Então até mais!

Sai andando até o lugar onde estavam os outros caras que já haviam acabado. Não tinham muitos meninos, o que me deixou satisfeito. Não queria ser chamado de vaidoso só porque mudei o corte de cabelo.

Sentei-me em uma cadeira meio afastada dos outros garotos. Eu não conhecia nenhum deles, o que me deixou um pouco “tímido”. Raphael estava parado na porta, passando os olhos por todo o salão.

Eu estava entediado, então resolvi ir até o Salão Principal. É lógico que se eu falasse que iria até lá Raphael não deixaria, então dei a desculpa de ir até o banheiro. Ele hesitou mais acabou cedendo.

Andando pelos corredores do Palácio ele até parecia normal. Não passava muitas pessoas por aqui e eu segui até o Salão Principal sem que ninguém me parasse. Quando consegui achar o lugar, que estava vazio, imediatamente olhei para cima.

Os desenhos eram lindos. Eles brincavam entre si e se entrecruzavam. Os anjos flechavam alguns humanos que já estavam se beijando e depois tinham um filho que viravam anjos e etc.

– São lindos não é? – perguntou uma voz desconhecida atrás de mim. Gelei ao me virar e dar conta de quem eu estava olhando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Odiaram???

Eai, quem será essa voz misteriosa???

Beijocas!!



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