A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 32
X. Não é mais um sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Mais um capítulo para vocês e desta vez também tem trilha sonora ;) Achei que a música combinaria com o momento, me digam o que acharam no final.



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Não é mais um sonho

Daniel e Mathias continuavam segurando com firmeza o descendente dos justos, todavia Louis não fazia nenhuma força para soltar-se. A exaustam apoderou-se de seu corpo e sentia que poderia perder a consciência a qualquer momento. Finalmente suas feridas abertas começavam a doer, já que a sujeira não deixava que se fechassem. Dentro de seu corpo seus ossos luxados e quebrados curavam-se de maneira dolorosa. Todavia sua mente pouco reparava na dor física, seus pensamentos estavam focados em sua companheira. Tinha vontade de lutar com os dois guerreiros que o prendiam e correr para sua Anita. Verificaria com seus próprios olhos se ela estava realmente bem ou não.

– Meu rei! Por favor! Deixe que Louis se explique! Não tome nenhuma decisão precipitada! – pediu Isaac assim que entrou no salão ao lado de seu sobrinho.

Mathias rosnou-lhe irritado. Sempre teve grande respeito pelo ancião, mas não era possível que ele compactuasse com aquela afronta e ainda mais defendesse um golpista. Os pensamentos de rei Argos eram tão raivosos quanto os do Chefe da Guarda, porém como pouco sabia da situação anterior a sua chegada tudo o que pensava era que não deixaria ninguém, seja ele quem for, se safar de um ataque a sua filha dentro de uma das salas mais seguras do castelo.

– Não se intrometa Isaac! – rugiu rei Argos. – Ou o próximo a passar pela minha lâmina será você! Falhou no seu dever! Não pense que não será punido por isso!

Antes que o protetor da princesa pudesse se defender a voz rouca de Louis se fez ouvir. Apesar do notório cansaço ela soou profunda e cortante.

– Você não é metade do homem que seu avô foi.

– Louis... – ofegou Maximiliano em um sussurro, não era uma boa hora para provocar o soberano. – Não seja imaturo.

Argos quase fez sua espada trabalhar, porém o amargo em sua boca pelas verdadeiras palavras o impediram. Sabia muito bem que ultimamente estava sobrecarregado e consequentemente negligenciando seus poderes provindos tanto da família dos sábios quanto da família dos perseverantes. Seu avô, o primeiro rei da Lua, nunca se deixaria levar pelo desespero. Pelos céus! Eles receberam o poder no pior momento da história da espécie. Lunares não existiriam se Argos Primeiro não tivesse se mantido firme junto a Agnes no inicio do conturbado reinado. Lembrava-se da serenidade com a qual seu avô se comportava, nunca o vira se deixar abalar por malfeitores. Nunca deixou sua ira transparecer. Sempre tratou a todos com severidade, mas nunca com raiva.

Apesar da verdade o rei não admitira sua falha tão facilmente. E a amarga verdade só deu mais forças a sua irritação.

– Cale-se garoto! Nada sabe sobre meu avô! É jovem demais para entender os acontecimentos passados!

Louis quase riu com a colocação “jovem demais”. Será que o rei não percebeu que quem agia como um jovem imprudente era ele próprio?

– O primeiro rei sempre colocou sua família em primeiro lugar. Mesmo quando fomos atacados antes da abertura do portal ele não permitiu que sua companheira grávida lutasse. Ele colocou-se em sua frente bravamente e impediu qualquer olho vermelho de se aproximar. – narrou com propriedade. – E agora você prefere punir-me antes de verificar se sua filha passa bem. Seus avós sentiriam vergonha.

A provocação não surtiu efeito, pois Argos estava chocado demais com as palavras daquele garoto. Conhecia aquela história, seu próprio avô a contou, porém não era o tipo de história de conhecimento popular.

– Como sabe sobre isso? – não conteve a pergunta.

Mathias e Daniel também estavam espantados, mas não apenas com a estranha sabedoria do estranho e sim com a ousadia em afrontar seu rei.

– Caos não foi a única a renascer. – foram as palavras certas para desestruturar completamente Argos.

Ele não permitiria que ninguém machucasse sua menina. E daí que ela foi o terrível Caos no passado? Ela não o era mais. Agora ela era apenas uma doce criatura que sofria com cruéis pesadelos. Foi então que notou nos cinzentos olhos do homem aquela mesma velhice que encontrava nos olhos de sua filha quando os mesmos mudavam de cor. Não lhe interessou quem ele foi no passado, apenas ergueu sua espada e lançou-a em direção ao guerreiro.

Louis fechou seus olhos e esperou resignado pelo golpe, mas ele não veio. O que sentiu foram braços rodeando seu pescoço e o cheiro fresco e familiar de sua companheira. No mesmo momento toda a tempestade que parecia acontecer dentro de seu peito acalmou-se. Seu corpo relaxou e sua mente tornou-se pacífica. Queria retribuir o abraço, mas seus braços ainda eram segurados por dois guerreiros completamente espantados pela atitude da princesa.

Anna que não pensara duas vezes antes de proteger seu companheiro do descabido ataque de seu pai notou que havia conseguido evitar aquela covardia. Soltou-se do pescoço de Louis para olhá-lo diretamente nos olhos. Sentiu os olhos nadarem em lágrimas ao vê-lo tão ferido, mas ainda assim a felicidade era imensurável por tê-lo vivo em sua frente.

O justiceiro finalmente abriu seus olhos e por um momento estranhou os olhos castanhos a sua frente, mas então se encantou como se estivesse apaixonando-se mais uma vez pela mesma mulher.

– Seus olhos... – sussurrou encantando tentando em vão soltar seus braços para poder segurar o rosto de sua companheira entre suas mãos.

Anna irritou-se por tratarem seu companheiro como um criminoso. Os olhos imediatamente tornaram-se azuis e um rosnado saiu de seus lábios.

– O que estão fazendo?! Soltem-no agora! – ordenou.

Daniel que notara com assombro a conexão entre companheiros do jovem casal não ousou desobedecer a sua princesa e imediatamente soltou Louis. Mathias foi mais teimoso.

– Mathias! – rosnou Anita.

– Desculpe princesa, mas não é sábio deixar o homem que derrotou quase toda a guarda ao infringir as ordens de vosso pai solto.

– Solte-o Mathias. – desta vez quem ordenou foi a rainha tomando pela primeira vez a frente de seu companheiro.

Mathias hesitante soltou o braço de Louis e olhou para seu rei. Imediatamente Anna foi enlaçada em um forte abraço.

Argos estava paralisado sem saber o que dizer. Por muito pouco não acabara machucando sua filha. Se não fossem Isis e Aurora ele teria terminado o golpe sobre a princesa. Não compreendia a compaixão de Anna. Porque ela o protegia? Será que sua raiva era tão grande que tapava-lhe os olhos?

– Ele tentou te matar. – sussurrou o rei sentindo suas estruturas desabando diante de tamanha confusão.

A princesa soltou-se de seu companheiro e se virou para seu pai.

– Não papai. Ele salvou minha vida.

– Esses olhos azuis são de alguém que eu não conheço e, portanto não confio.

Anna tentou não se magoar com a colocação de seu pai. Então suavemente deixou que seus olhos tomassem a cor castanha.

– Eu sou a mesma pessoa por trás dos meus olhos pai, independente de sua cor. Mas eu repito para o senhor, Louis salvou minha vida.

Isis aproximou-se de Louis e tocou-lhe suavemente o braço.

– Venha, você precisa esclarecer a luta com a Guarda Real com Mathias.

– Mas... – o justiceiro olhou desolado para sua amada que manteve os olhos no pai.

– Eu compreendo seu sentimento, mas agora meu companheiro precisa de uma conversa franca com sua filha.

Com um suspiro Louis abaixou a cabeça e tocou o peito com o punho fechado inclinando levemente o tronco em uma reverência.

– Sim minha rainha.

– Agora ele demonstra algum respeito. – resmungou Mathias levando Maximiliano a risada.

Aurora imediatamente deu-lhe uma cotovelada e arrastou o companheiro junto com todos os outros para que pai e filha tivessem um pouco de privacidade.

Anna caminhou letamente até seu pai.

– Pai? – chamou-lhe com carinho. – Sei que desde que meus pesadelos começaram tem sido duro para o senhor. Mas não precisa mais se preocupar.

– Um pai nunca deixa de se preocupar com seu filho.

– Nem todo pai teme que seu filho recobre memórias de uma vida passada e volte a ser o cruel Caos.

Argos engoliu em seco apenas observando o rosto tão sereno de sua filha. Lá estava o olhar maduro, mas desta vez ele não aparecia através do profundo azul e sim através do castanho. O rei não sabia o que pensar ou sentir, apenas aguardou que sua Anita falasse tudo o que tinha a dizer.

– O senhor não precisa mais ter este medo. Porque eu me lembro papai, lembro-me de tudo. Tenho consciência de tudo o que fiz, o porquê fiz e como parei de fazer. E eu garanto ao senhor que nunca mais me tornarei aquela criatura sem controle. – emocionada com suas tristes memórias deixou que algumas lágrimas escorressem pelas suas bochechas, mas não parou de falar. – As circunstâncias eram outras. Naquela época tudo era tão... Sofrível. A vida não existia, éramos apenas sobreviventes da violência e da fome. E apesar de ter tido uma família grande eu não fui criada rodeada de amor. Não havia tempo para abraços, piadas ou histórias antes de dormir. Nem mesmo tempo para lições de caráter havia. O mais próximo disto eram as histórias da vovó Lena sobre os elementares. Meus familiares não tinham tempo para dar carinho e não posso culpá-los por isso, estavam mais preocupados em manter a família viva.

Com o rosto tomado pelas lágrimas aproximou-se de seu pai e segurou o rosto que tantas vezes lhe pareceu severo demais, mas também tantas vezes lhe sorriu com a doçura que somente um pai observa sua filha.

– O senhor não percebe que eu nunca me tornaria Caos novamente? O senhor e a mamãe me criaram com tanto carinho, me ensinaram o certo e o errado, foram os exemplos em minha vida! Eu nunca trairia seus ensinamentos. Nunca trairia o amor que me deram! Eu preferiria morrer a entrar novamente na escuridão de minha própria mente, o senhor não sabe como é solitário e doloroso lá.

Comovido com o discurso sincero Argos puxou Anna para seu peito e fechou seus olhos imaginando-a como a menininha que chorava por ter ralado os joelhos após correr pelos pomares do castelo. Consolou-a e foi consolado pelo abraço forte e acolhedor. Por fim afastou-se segurando-a nos braços para desta vez ele mesmo dar-lhe suas explicações. Não podia deixar que sua filha duvidasse da confiança que sentia nela.

– Anita, querida, entenda que meu medo era ter que lutar contra você. Eu não teria forças para erguer minha mão... Hoje quando se jogou em frente a minha espada... Céus Anna! Nunca mais faça isso! Eu quase a atingi! Se não fosse sua mãe e Aurora...

O medo latente nos olhos de seu pai sensibilizou a princesa que encolheu seus ombros.

– Eu não podia permitir que mais uma vez alguém que eu amo tirasse a vida de meu companheiro, eu não suportaria.

– Eu não estou entendendo, eu vi aquele rapaz tentando atacá-la e agora me diz que é seu companheiro?

– Louis é o jovem guerreiro das histórias pai. Apesar de que ele não era tão jovem na época, ele já tinha seus dois milênios de idade. Ele era quem salvaria a todos, estava no meio do ritual quando minha irmã mais nova movida pelo ciúme o matou. O resto da história o senhor conhece. – suspirou com os olhos brilhantes e apaixonados. – Ele me salvou no passado quando me trouxe de volta a sanidade e salvou-me novamente hoje quando impediu que eu tirasse minha própria vida. O senhor só entrou no momento errado, se tivesse esperado mais alguns segundos... Bem, talvez o senhor não gostasse também do que fosse ver.

– Eu senti falta deste sorriso travesso. – não pode evitar o tom divertido, mas logo torceu seus lábios enciumado. – Eu espero que ele se mostre um melhor homem do que o insolente que se mostrou nos últimos minutos.

Anna sorriu com doçura.

– O que mais o senhor espera do companheiro de sua filha além de invadir o castelo lunar para salvá-la dela mesma?

– Eu espero que ele a trate com respeito.

– Acredite papai, ele foi o primeiro a fazê-lo.

Com tudo resolvido entre pai e filha os dois seguiram para o escritório onde encontraram Isis, Mathias e Daniel. A rainha sorriu aliviada ao perceber a leveza entre os dois.

– Então? – perguntou o rei sentando-se no sofá ao lado de sua companheira, segurou-lhe a mão com carinho em um mudo pedido de desculpas pelos últimos meses, mais tarde esclareceria as coisas e pediria seu perdão.

– No final da tarde Louis acompanhará Mathias até a guarda para pedir desculpas por tê-los atacado. Ele explicará que sua descontrolada fúria era apenas para salvar Anna. – explicou Isis. – Não cabe punição a ninguém.

– Eu concordo.

– Mathias está preocupado que a guarda perca o respeito por você querido.

– E porque isso aconteceria?

– Bem, tecnicamente está perdoando um guerreiro que derrubou quase a guarda inteira.

– A guarda interia? – espantou-se Argos.

– Ele é um guerreiro assustadoramente bom majestade. – completou Daniel. – E acredito que ele se conteve para não matar nenhum guerreiro.

– Bem isso é interessante... Mas creio que os guerreiros não direcionaram seus problemas com egos feridos para mim, mas preocupo-me com a falta de guerreiros para a proteção do povo.

– Aurora e Maximiliano se ofereceram a ajudar assim como Louis, pelo menos até os guerreiros se recuperarem. Isso deve levar no mais tardar dois dias.

– Eu posso ajudar também. – propôs Anna e antes que seu pai pudesse argumentar contra deixou que seus olhos ficassem azuis. – Eu posso controlar agora papai. E eu sei exatamente do que sou capaz de fazer como guerreira. – tornou a deixá-los castanhos juntamente com um sorriso.

– Acho que não posso amarra-la dentro do castelo. – resmungou Argos contrariado, todavia cedeu ao pedido da filha.

Anita comemorou trazendo novamente a juventude às suas feições.

– E onde está Louis agora?

– Foi se limpar para que Aurora cure suas feridas. – respondeu a rainha segurando o riso pela expressão enciumada de seu companheiro.

Enquanto os soberanos tratavam dos últimos detalhes com Mathias e Daniel Anna correu animada para a cozinha e pediu para Asuka uma bandeja repleta de quitutes. A cozinheira não sabia o que havia acontecido naquela conturbada madrugada, mas não se importava, apenas agradecia por sua princesa ter novamente a leveza e alegria que tinha quando criança. Tinha o pressentimento de que muita colisa iria mudar e a esperança de que mudassem para melhor.

Com a bandeja em mãos correu em direção aos quartos de hospedes e logo encontrou Aurora saindo de seu quarto.

– Aurora! – chamou sorrindo. – Será que pode me ensinar a curá-lo? Tenho sua descendência em meu sangue, minha mãe nunca ensinou-me, pois ela também não aprendeu.

A curandeira sorriu amistosa para a alegre menina em sua frente.

– Quando estou curando alguém eu imagino a sua dor, então penso nela desaparecendo pouco a pouco. Imagino a ferida aberta e então a imagino se fechando.

– Apenas isso?

– Não há um grande mistério por trás dos poderes provindos das pedras elementares. Basta senti-los, a manipulação é quase natural.

A princesa assentiu com afinco, uma aprendiz dedicada, pensou Aurora.

– Mas vá com calma Anna, não deve tentar curar todas as feridas de uma só vez. Se sentirá cansada. Faça pausas e se sentir que não conseguirá me chame.

– Tudo bem, obrigada Aurora.

– Não há de quê, princesa. Louis está na terceira porta a direita.

A jovem de longos cabelos escuros apressou seus passos e sem cerimônias adentrou ao quarto. O sorriso trêmulo em seu rosto deu lugar a careta de choro ao avistar seu companheiro.

Lá estava ele, sentado sobre a cama usando apenas uma calça de tecido leve. Seu torso estava inteiramente arroxeado e seus braços cobertos por cortes de diferentes profundidades os quais Louis tentava secar com a toalha, trabalho vão já que mal a encostava em sua pele. Sua atenção estava voltada para seus ferimentos, mas imediatamente notou a presença de sua companheira o observando.

Ergueu o rosto e notou as lágrimas em sua Anita, apressou-se em levantar, contudo não pode evitar torcer os lábios em dor.

– Não se mexa! – ordenou a princesa apressando-se em deixar a bandeja sobre a cama limpar as lágrimas indesejadas.

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Empurrou-o com delicadeza de volta para cama e se posicionou entre suas pernas. Com o toque tão suave quanto de uma pena levou seus dedos ao rosto do justiceiro. Como foi instruída concentrou-se nos cortes e inchaços nas maças do rosto de seu amado. Observou com alegria a pele mudando da cor rocha, para um tom esverdeado, então para o amarelo até sumir na cor natural da pele morena enquanto sentia a desconhecida e revigorante energia fluir na palma de sua mão.

Louis observava com fascínio o rosto de sua Anita. Lá estavam os desconhecidos, mas apaixonantes, olhos castanhos. Havia mais mudanças além da cor dos olhos, Anna não estava exatamente igual a que era no passado. Podia facilmente notar os traços de rei Argos e da rainha Isis descendidos pela genética. Aquilo só o encantou ainda mais. Aquela era sua Anita sem o sofrimento da infância, sem a dor da perda, era a feição de uma menina cheia de sonhos e desejos. Era a feição que sempre desejou ver em seu rosto.

Lentamente deslizou suas mãos pela cintura de sua companheira e a puxou para mais perto.

– Você tem noção de quanto tempo estive te procurando? – falar alto parecia um sacrilégio naquele momento.

Anna estava cansada de chorar, mas não pode evitar a emoção. Deixou que suas mãos segurassem completamente o rosto de seu companheiro.

– Sonho com seus olhos desde que completei oito anos. Eles estavam sempre em meio aos meus pesadelos, sempre me salvando da completa escuridão. Sentia a sua falta sem ao menos saber quem era você.

– Não é mais um sonho Anita, eu estou aqui. – puxou-a escorregando suas mãos para o topo das costas de Anna a colando ao seu corpo para então juntar seus lábios aos dela.

Mantiveram-se parados apenas sentindo um o toque do outro, sentindo as respirações pesadas e as lágrimas molhando suas bochechas. E com a com a voz rouca de emoção Louis completou.

– Você está aqui.


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Notas finais do capítulo

Bom, a partir do próximo capítulo entramos na metade final da temporada e as coisas vão tomar outro rumo, pois Louis e Anna se prepararão para assumir a realeza ;)



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