A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 31
IX. De volta para você


Notas iniciais do capítulo

Eu literalmente fiquei sem fôlego escrevendo este capítulo, então espero que vocês gostem ;)



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De volta para você

As duas pedras brilhavam intensas na lâmina da espada de Louis. O artefato parecia ter vida própria lançando-se em direção às espadas dos guerreiros da Guarda Real. O elementar era guiado puramente pelos seus extintos que no momento gritavam para acelerar o passo.

A destreza do descendente dos justos era extraordinária, abaixava-se para desviar de algum golpe superior ao mesmo tempo em que rodava sua espada para desarmar outro oponente. Seu ataque atingia facilmente a perfeição e enquanto os guerreiros corriam para ataques desesperados e desleixados Louis defendia-se e rebatia com a calma que não existia em sua mente e coração.

Quando a oportunidade surgiu ele tratou logo de atravessar o Portal. Tanto esforço para encontrar uma verdadeira tropa o esperando.

Rosnou furioso iluminado pelos primeiros raios de Sol da manhã.

***

Isaac assustou-se quando a porta atrás de si abriu. Ainda era cedo e não havia movimentação no castelo.

– Princesa? – perguntou receoso ao vê-la com as mesmas roupas do dia anterior e com a expressão vazia, os olhos vidrados em seu mais forte azul deixavam claro que algo estava errado.

Ela nada respondeu apenas caminhou pelo corredor. Isaac assustou-se novamente quando a porta atrás de si bateu ao fechar-se sozinha.

O ancião sentiu os pelos de seu corpo arrepiarem e apressou-se a seguir sua protegida.

Anna mal conseguia enxergar o caminho que seguia. Sua mente estava transtornada. Agora se lembrava com perfeição, se fechasse os olhos podia rever em suas memórias toda a destruição que causou no passado. Ela era Caos! O Caos das lendas! Estava enojada, mais do que isso, estava apavorada. Sentia o sentimento ruim crescendo em seu peito querendo ganhar espaço, querendo ganhar razão. Não podia permitir que Caos renascesse. Não podia sujar novamente suas mãos de sangue.

Com o corpo trêmulo de um frio que nada tinha a ver com a temperatura do castelo ela seguiu diretamente para a sala das armas. Era uma sala que possuía um sistema de segurança repleto de armadilhas. As janelas, que preenchiam metade das paredes, se sofressem algum dano imediatamente liberavam grades impedindo que qualquer um entrasse ou saísse do ambiente. Na porta o sistema era diferente possuindo uma tranca quase impossível de ser arrombada. Toda essa proteção para impedir que artefatos importantes fossem roubados. Lá estavam espadas dos antigos reis e rainhas, armaduras de guerreiros importantes, pinturas de batalhas...

Assim que Anna chegou em frente a porta forçou sua entrada com seus poderes. Isaac arregalou seus olhos quando assim que a princesa adentrou a sala a porta trancou-se às costas dela.

– Princesa?! Princesa Anna! Abra a porta! – chamou forçando a maçaneta. – Céus! Princesa!

O desespero fez-lhe suar e seu tom elevado chamou a atenção dos já acordados hospedes que correram em direção à sala.

– Tio? O que está acontecendo? – perguntou Maximiliano preocupado, estava cansado, havia passado boa parte da noite tentando acalmar sua companheira que achava ter feito grande besteira, pelo jeito sua aflição não era exagerada.

– Algo está errado. Acho que ela está presa em uma de suas memórias... Ela não responde. Simplesmente se trancou na sala e não permite a entrada.

– O que tem na nesta sala? – a voz de Aurora não passava de um sussurro, estava apavorada e lágrimas já brotavam de seus olhos.

– É a sala das armas, então...

– Oh não! O que foi que eu fiz?

Max imediatamente segurou o rosto de sua companheira entre suas mãos.

– Fique calma. Você só estava tentando ajudar, não se culpe por isso. – não sabia por que estava repetindo aquelas palavras, havia passado as ultimas horas as reproduzindo e nenhum efeito surtiu. Porém a curandeira engoliu o choro.

O guerreiro soltou-a e direcionou suas palavras para os dois.

– Tentem arrombar a porta, se não funcionar gritem esperneiem, mas impeçam que ela cometa qualquer loucura.

– O que vai fazer? – Aurora segurou o pulso de seu companheiro antes que ele desse as costas e partisse em disparada.

– Louis está vindo, não sei onde ele está neste momento, mas vou encontrá-lo. Ele é o único que pode salvá-la.

– O portal está fechado! – alertou Isaac assustado.

– Não por muito tempo. – sorriu antes de disparar pelo corredor.

Dentro da sala Anna estava parada, com os olhos azuis arregalados, em frente a duas urnas de vidro. Dentro de uma delas um arco e três flechas, na outra uma espada quebrada pela metade, em sua lâmina ainda havia resquícios vermelhos.

***

Todo o barulho no corredor despertou também a soberana da Lua. Saltou da cama e assustou-se quando não encontrou seu companheiro dormindo. A janela do quarto estava aberta e as cortinas balançavam com o vento gélido do início da manhã. A insatisfação amargou sua boca. Argos estava estressado e a estava deixando de lado, sabia que seu amado estava tendo terríveis pesadelos na última semana, mas ele não a deixava ajudar em vez disso abria suas asas e voava pela madrugada.

As vozes voltaram a bradar no corredor e Isis preocupou-se ao reconhecer a voz de Isaac. Sem segundos pensamentos colocou rapidamente seu penhoar e correu porta afora.

– O que está acontecendo? – perguntou assim que avistou o segurança de sua filha forçando seu corpo contra a porta da sala das armas.

– É minha culpa majestade, é minha culpa! – em toda a sua vida Aurora nunca se sentira daquela maneira.

A culpa lhe corroia e seus pensamentos eram preenchidos pelas horríveis possibilidades futuras. Louis nunca a perdoaria, a profecia de seu tio Thalles não se concretizaria e não sabia as terríveis consequências que sua interferência no curso da vida traria.

– Se acalme Aurora! – bradou Isis fazendo a curandeira engolir o choro. – Agora me explique o que é a sua culpa.

– A princesa... Ela... Ela me pediu para curar sua mente. Eu não deveria ter cedido, mas eu queria ajudá-la! Queria que ela se lembrasse. Mas acho que apenas causei mais confusão em sua cabeça...

– Ela se trancou na sala das armas minha rainha, não conseguimos abrir a porta. – completou Isaac.

– Está me dizendo que minha filha recuperou a memória de quando ela era Caos?

– A senhora sabe? – por um momento o guerreiro parou se forçar a porta e olhou sua soberana com espanto. – E rei Argos?

– Argos tem medo que ela recupere a memória e perca o controle, lutar contra a própria filha acabaria com ele. É isso que está acontecendo? Anna perdeu o controle? – as mãos da rainha tremiam, mas estranhamente sua voz permaneceu calma.

Isis olhava diretamente para o rosto molhado por lágrimas de Aurora.

– Eu não sei o quanto de sua memória eu trouxe de volta. – respirou fundo para se acalmar. – Ela pode estar presa dentro de uma de suas memórias e isso estaria entrando em conflito com seu caráter.

– Ou ela recuperou toda a memória.

As duas mulheres voltaram seus olhares para Isaac.

– Então ela não perderá o controle, pelo que me lembro da lenda ela tornou-se boa e salvou o povo.

– Sim minha rainha, mas a última memória que ela tem é de se seu companheiro morto em seus braços.

Isis engoliu em seco e ordenou que os dois se afastassem da porta e com a força de descendência em seu sangue usou o poder do vento contra a porta.

– Impossível! – bradou ao ser ajudada por Isaac e Aurora a se levantar, a ventania havia batido na porta e voltado contra a rainha.

– Ela está usando seus poderes também. – constatou Aurora. – Anna já era poderosa no passado mesmo sem descendência elementar, agora que ela é a princesa da Lua seus poderes com toda a certeza estão maiores.

Os três uniram-se na tentativa de abrir a porta. Revezavam ataques e gritos, mas a porta parecia cada vez mais emperrada.

***

Enquanto os três lunares esforçavam-se para impedir a princesa de cometer uma loucura, a luta diante do portal tomava imensurável proporção. Mathias, o chefe da Guarda Real, fora chamado em sua casa em sua noite de folga, para ajudar a conter o jovem guerreiro que tentava furar o bloqueio.

Quando chegou à batalha compreendeu a dificuldade dos seus subordinados em deter o homem.

– Não é justo lutar contra oponentes menos capacitados que você. – bradou após observar as pedras vermelha e rosa brilhando na espada de Louis.

Os guerreiros da Guarda Real estavam em frangalhos. A maioria deles estava jogada ao chão sem forças para lutar, alguns tentavam ajudar os feridos e poucos se mantinham em pé. Agradeceram aos céus quando o chefe chegou.

O descendente dos justos ergueu seu olhar para Mathias. Sentia-se furioso e seus poderes gritavam para correr daquela luta e seguir seu caminho. O seu objetivo ainda não sabia, mas se sentia impelido para a direção do castelo.

– Não escolhi lutar, eles escolheram. – apontou para homens e mulheres ao chão. – E não será sábio da sua parte me enfrentar! – bradou furioso. – Que me lembre tio Davi não é dos melhores guerreiros.

Mathias franziu o cenho. Apenas anciões elementares, como Aurora, tratavam os elementares puros por família. Com o passar dos anos a descendência sanguínea prevalecia nos tratamentos interpessoais. Aquele elementar era muito jovem para chamar seu avô de tio.

Rosnou e sem mais palavras atacou o intruso.

Mathias podia ser um bom guerreiro para a Guarda Real, podia ser um ótimo chefe, mas não era páreo para Louis. A luta tornou-se infinitamente mais equilibrada do que quando o justiceiro lutava contra os outros guerreiros, todavia não foi suficiente para detê-lo completamente.

O Chefe da Guarda usou seus poderes elementares jogando uma série de bolas de fogo diretamente em Louis que se defendeu com tranquilidade congelando cada bola. Irritado ajoelhou-se no chão largando sua espada para que pudesse enfiar suas mãos na terra para controlar a flora local. O chão tremeu antes que Mathias fosse imobilizado por grossas raízes.

O descendente dos justos estava prestes a correr quando o sábio conseguiu libertar-se colocando fogo nas raízes. Imediatamente jogou-se sobre Louis com a mão direita em punho acertando-o em cheio. A luta tornou-se braçal com o justiceiro na vantagem.

Foi então que mais um corpo juntou-se aquela briga. Era Max que em um ato quase suicida jogou-se sobre o amigo separando-o de Mathias. Prendeu-lhe ao chão e antes que Louis se soltasse gritou.

– Louis! Controle-se! Louis! – finalmente o guerreiro notou que o adversário mudou de repente.

– Max?

– Você está se deixando levar por sua juventude, controle seus extintos. – exigiu em tom baixo. – Anna precisa de você. Ela está no castelo. Corra.

Não foi preciso pedir duas vezes para que Louis levantasse e saltasse para abrir suas asas e voar a toda a velocidade em direção ao castelo.

Mathias que ofegava pela pausa na luta imaginou por um momento que Maximiliano estava lhe ajudando, mas quando ele apenas deu passagem para o intruso seguir seu caminho rugiu irado e tentou persegui-lo.

Max interviu encostando a espada, que Louis esquecera no chão, no pescoço do Chefe da Guarda Real.

– Este é um ato de traição! – rugiu mais furioso do que amedrontado pela lâmina em sua garganta.

– Deixemos que rei Argos decida por isso. – retrucou Maximiliano com um sorriso em seus lábios.

– Você morrerá junto ao seu amigo! A importância de suas famílias não será empecilho ao rei.

– Não é sábio deferir uma sentença antes de conhecer todos os lados da história. Acredite meu amigo, um dia se ajoelhará diante dos justos.

Horrorizado com a sentença clara de golpe ao reinado Mathias conseguiu usar sua espada para desvencilhar-se da ameaça de Maximiliano que ainda sorrindo correu e jogou-se no ar imitando seu amigo para se por a voar em direção ao castelo. Em poucos segundos os já recuperados guerreiros seguiam voo em perseguição.

***

As majestosas asas subiam e desciam com lentidão fazendo com que o corpo de rei Argos planasse por cima das poucas nuvens do amanhecer. Estava física e mentalmente exausto já que dormia pouquíssimas horas por noite. Os problemas com os rebeldes nunca antes tiveram tanta importância, a diferença, agora, não era a maior ameaça vinda deles, pois ela continuava tendo o mesmo valor de quando assumiu o reinado, o que os tornavam mais perigosos era a fraqueza de seus soberanos.

Argos temia que sequestrassem e machucassem sua amada filha, este era o medo que povoava seu coração desde o momento em que soube da gravidez de sua companheira, porém, depois de tudo o que o Senhor do Destino lhe contara, seu maior medo era que a princesa recuperasse a memória ancestral e se juntasse com os rebeldes. Não conseguiria lutar contra sua pequena Anna. Doía-lhe o coração apenas em imaginá-la como Caos.

Engoliu o gosto amargo em sua boca e notando que o Sol já clareava as terras da Lua decidiu que já era hora de voltar à realidade e trancar novamente seus pensamentos angustiados. Por alguns segundos deixou que o voo fosse rasante em direção as nuvens, assim que as atravessou controlou o voo baixo.

A velocidade que até então era lenta como a de um passeio tornou-se de repente acelerada. Os cansados olhos castanhos avistaram um lunar em voo rápido em direção ao castelo, alguns metros atrás dele vinha outro e um pouco mais atrás uma tropa de guerreiros em perseguição.

– Mas o que significa isso! – rugiu batendo suas asas.

Avistou o primeiro lunar jogar-se contra uma janela do castelo, não precisou de uma segunda olhada para notar que aquela sala era a sala das armas. O homem que vinha logo atrás, Maximiliano, teve que parar no ar devido às grades de proteção que caiam com a quebra da janela.

***

Dentro da sala a princesa tinha a espada quebrada em suas mãos. Havia quebrado o vidro de proteção enquanto mantinha a porta lacrada com seus poderes. Seus olhos azuis estavam vidrados enquanto sua mente perdia-se em lembranças passadas. Doía-lhe tanto cada vez que ouvia, em sua cabeça, a própria doentia risada ao acabar com mais uma vida. Sua consciência gritava enlouquecida que precisava impedir que tudo aquilo acontecesse de novo, mais do que isso, gritava por saber que mesmo que não voltasse a ser Caos não conseguiria viver com toda aquela terrível verdade de sua alma.

Ergueu os braços segurando com as duas mãos o cabo da espada. Apontou-a para o próprio peito e munida de seu próprio desespero forçou seus braços em direção ao seu coração.

Estilhaços de vidro soaram no ambiente e Anna caiu de costas ao chão.

Louis não percebeu as grades caindo e trancando-o dentro do cômodo, sequer escutou os cacos de vidro se quebrando ou os sentiu ferindo sua pele já bastante maltratada pela recente luta. Apenas impulsionou seu corpo para dentro e recolheu suas asas para então cair sobre Anita segurando-lhe os braços sobre a cabeça.

Anna, sem perceber, ainda forçava seus braços tentando golpear-se, porém a força de Louis era muito maior e ele continuou impedindo que sua amada machucasse a si mesma.

O guerreiro mal podia acreditar que finalmente havia encontrado sua companheira. Seu coração acelerado parecia querer sair por sua boca. Nada conseguiu dizer enquanto fitava os olhos azuis que tanto desejou reencontrar. Porém não havia reconhecimento da parte de Anna, pelo menos ele não o enxergava, havia somente aquela estranha opacidade enquanto o pequeno corpo tentava acabar com a própria existência.

O que Louis não sabia era que assim que reconheceu os olhos acinzentados de seus sonhos, finalmente, todas as memórias da princesa estavam finalmente voltando, porém em linha cronológica. Quando chegou à lembrança de seu companheiro e tudo o que viveram juntos, o modo como ele a resgatou na Floresta Escura e a protegeu sem julgamentos, suas doces palavras sempre a incentivando a superar seu passado e consertar seus erros, Anna sentiu seu corpo formigar e suas forças se esvaíram. A espada caiu ao chão e a porta abriu-se com um estrondo.

Não houve tempo para Louis notar o reconhecimento de Anita, pois foi arrancado bruscamente por braços poderosos e arrastado para longe da princesa. Resignou-se finalmente deixando a exaustão o dominar. Seus pensamentos em sua companheira e seus olhos opacos. Aquilo o magoou mais do que podia descrever em palavras.

Nenhum dos dois havia percebido a confusão do lado de fora da sala. No breve momento em que estiveram perdidos em memórias uma grande discussão acontecia entre Mathias e Maximiliano, Aurora e Isaac tentavam acalmá-los enquanto a rainha ainda tentava desesperadamente abrir a porta junto a dois outros guerreiros, Daniel e Yuri, que chegaram com o Chefe da Guarda. Quando rei Argos chegou rugindo para que todos se calassem a única a falar foi Isis.

– Anita está na sala das armas. – o desespero da rainha impediu que qualquer outra palavra fosse proferida.

Rei Argos puxou sua companheira para longe da porta e usou seus poderes. Para seu completo desespero e medo a porta não se abriu. Mais uma vez tentou e mais uma vez não funcionou. Foi apenas na terceira tentativa que a porta se abriu.

Argos viu vermelho quando avistou o desconhecido homem sobre sua filha a prendendo no chão em um claro ataque. Rugiu furioso o pegando pelos ombros e o jogando para longe. Em segundos Mathias e Daniel seguravam Louis pelos braços e o arrastavam para um dos grandes salões do castelo. O rei seguiu os guerreiros assim que sua companheira correu para acudir sua filha.

Isis ajoelhou-se ao chão ao lado de Anna e a ajudou a sentar-se. Os olhos da princesa voltaram ao tom castanho, sua expressão era notoriamente confusa e seu corpo inteiro tremia.

– Anita, você está bem querida?

– Yuri, avise os guerreiros que tudo está resolvido. – pediu Isaac antes de puxar seu sobrinho em direção ao salão. Aquilo se tornara uma grande confusão e Louis sofreria consequências que não merecia.

Aurora aproximou-se com cautela e ajoelhou-se ao lado da princesa. Anna ergueu seu olhar para a curandeira.

– Meus lábios estão tão azuis quanto meus olhos? Sinto como se estivesse congelando.

Milênios podiam ter passado, mas a anciã nunca esqueceria as primeiras palavras que disse para Caos.

– Não querida, definitivamente não estão. – sorriu emocionada.


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Notas finais do capítulo

Como foi esse reencontro? Ficou dentro das expectativas ou não?



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