A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 29
VII. Tranquem o Portal!


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Capítulo novo na área e cheio de emoções :D Antes de iniciarem o capítulo gostaria de avisar que também estou postando essa história no Wattpad, lá ainda estou nos primeiros capítulos porém eles possuem algumas modificações em relação a revisão e continuidade da história. Então esclareci algumas questões que não estavam claras ;) Então acompanhem por lá também: http://www.wattpad.com/myworks/31667242-a-lenda-da-lua-a-origem



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VII. Tranquem o Portal

– Muito bem princesa, primeiro deve se habituar ao peso de sua espada. – instruiu Aurora entregando-lhe uma espada leve e fina, era destinada aos iniciantes.

Se as coisas saíssem do jeito que imaginava Anna não teria problemas com ela e demonstraria, assim como com o arco e flecha, a mesma destreza que possuía na vida passada.

Anna segurou o cabo com hesitação e fez força para erguê-la, imaginando que seria muito mais pesada a força foi exagerada e Aurora teve que desviar rapidamente para não perder a ponta do nariz.

– Céus! Perdoe-me! Achei que fosse mais pesada!

Maximiliano, que estava há bons 20 metros de distância junto dos outros dois homens apenas observando o treinamento, gargalhou divertido. Não era apenas Louis que possuía aquela doce juventude exalando de seus poros, Anita passava pela mesma experiência.

– Não há problemas querida, você ainda está aprendendo. – sorriu amável.

A curandeira surpreendia-se cada vez que ouvia a própria voz tão doce. Talvez fosse o desejo inconsciente de dar a Anna o amor e a compreensão que a jovem não teve quando se tornou Caos, talvez o medo de Aurora do passado se repetir fosse maior do que ela mesma podia admitir.

– Agora que sabe que ela é leve imagine-a como uma extensão de seu braço. Troque-a para o outro braço, sinta com qual você sente-se mais segura.

– Não deveria treinar com os dois braços? Para, em caso de uma luta, não depender do braço bom?

– Absolutamente, prometo que chegaremos lá. Por enquanto é importante começarmos com o que você melhor se adapta para corrigir sua postura e seus reflexos. Quando compreender perfeitamente e sua mente trabalhar sem se preocupar com qual pé deve colocar na frente treinaremos com o outro braço e inverteremos todas as posições. Terá dificuldades para adaptar a mudança, mas tenho certeza que logo as superará. Nossa espécie é guerreira por natureza. O uso de espadas está impregnado em nosso sangue. Principalmente no sangue elementar.

Anna assentiu concentrada em cada palavra que saía da boca da mais nova amiga. Aurora instruiu pacientemente, mas não pode evitar o pequeno desapontamento quando a princesa não se mostrou tão boa com a espada. Ela tinha as mesmas dificuldades de qualquer iniciante e nada aconteceu por todo o tempo em que esteve golpeando o ar ao imitar os ataques que a mais velha a ensinara. Todavia em um descuido jovial Anita novamente usou de muita força ao trazer a espada junto ao peito em um movimento de devesa, instintivamente levou a mão livre para evitar o choque com seu ombro e acabou por cortar a palma de sua mão.

A ferida não foi grave e nenhum dos mais velhos destinou grandes preocupações ao incidente. Porém quando Anna olhou sua mão enchendo-se de sangue e o mesmo pingando ao chão sentiu seu mundo girar em memórias sangrentas. Seu coração disparou alucinado enquanto seus olhos tornavam-se azuis diante de Aurora.

A curandeira arregalou seus pequenos olhos e observou com espanto a expressão da princesa mudar para um desespero latente.

– Céus! Porque isso está acontecendo! Pare, por favor! – pediu Anita em desespero, as lágrimas manchando sua face, seu corpo estagnado e seus olhos fixados no sangue manchando a grama de vermelho.

Ela parecia ter sido levada para outro local, a sua volta ouvia gritos de desespero e rugidos animalescos. Seu olfato só captava o cheiro de corpos sendo queimados e horrorizou-se quando escutou a própria risada. Tentou erguer a cabeça para descobrir tudo o que estava acontecendo a sua volta, mas sua força era infrutífera e tudo o que enxergava era o sangue molhando e molhando o chão.

Agoniada com o sofrimento de sua princesa Aurora segurou os braços da mais nova e a sacudiu levemente.

– Princesa! Olhe para mim! – ordenou no seu mais poderoso tom elementar.

Como se uma força externa puxasse sua cabeça Anita finalmente conseguiu desviar o olhar e fitar os severos olhos da curandeira. Imediatamente caiu em pranto derrubando a espada no chão e seu corpo sobre Aurora.

Gentilmente a mais velha aconchegou-a em seu peito e maternalmente murmurou palavras de consolo. Os três homens aproximaram-se com cautela. Isaac e Daniel já estavam acostumados com as crises da princesa e por muitas vezes foram eles a consolar a menina. Já Max possuía um olhar pensativo, perguntava-se se com seu amigo as memórias também foram tão agressivas. Repleto de compaixão ajoelhou-se ao lado da princesa e sem nada dizer limpou-lhe a ferida com o lenço que carregava em seu bolso da calça.

Trêmula e com o choro controlado Anna afastou-se, sua expressão tomada pela vergonha que as crises lhe traziam. Então tentando desviar um pouco da atenção murmurou baixinho.

– Me desculpe, sujei sua calça.

Aurora deu de ombros sem se importar e segurou a mão machucada de Anna, aos poucos o corte foi se fechando e o sorriso da curandeira se abrindo conforme a princesa se tornava novamente aquela menina inocente e cheia de curiosidades. O que ela não sabia é que uma idéia com conseqüências não muito boas se formava na mente jovem e desesperada. Mas antes que pudesse estornar o que pensava trombetas soaram altas na direção do centro da cidade. Era o fogo que espalhava-se pelas grandes estruturas do Posto de Mensagens.

***

Com as mãos sujas de terra e com a doce brisa da manhã balançando seus cabelos platinados a rainha Isis ajudava no cultivo das ervas medicinais nos fundos do Posto de Saúde. Não era sua obrigação, todavia era um de seus pequenos prazeres do dia. Principalmente pela tensão que a Lua vivia naquele período precisava de uma atividade que aliviasse e clareasse seus pensamentos. Os trabalhadores adoravam sua presença e a tinham não apenas como governante, mas também como amiga.

Sua mente estava tão relaxada e vazia que não pode evitar o espanto ao avistar ao longe a fumaça subindo pelos céus. Ofegou temerosa assim como o casal de trabalhadores que assim como ela tratavam das ervas.

– Peçam para que os curandeiros estejam preparados. – o tom austero os fez assentir e seguir imediatamente para as dependências do posto.

Isis limpou rapidamente as mãos em uma pequena toalha enquanto deixava que suas asas crescessem em suas costas. Com uma pequena corrida deu um impulso para os céus em sua maior velocidade.

Das alturas observou com pesar o desespero dos trabalhadores e dos moradores dos arredores do Posto de Mensagens. Muitos corriam para longe assustados, os que estavam mais calmos tentavam orientar os histéricos e tirar as crianças do perigo, já os mais corajosos tiravam de suas próprias casas os estoques de água para tentar apagar o fogo.

A rainha pousou no mesmo momento em que os defensores e os guerreiros chegavam. Observou com orgulho os defensores tomando a frente da situação afastando o povo do perímetro. Não compreendeu a presença dos guerreiros, mas também não se preocupou em tentar descobrir o porquê. Caminhou rapidamente até o líder dos defensores, Samuel.

– Sam, algum controlador de águas veio?

– Não minha rainha, Igor e Bryan estão na Vila do Leste controlando os problemas da seca.

– Então deixe essa responsabilidade comigo, preocupe-se apenas em tirar qualquer um que esteja preso no prédio e os feridos. Os curandeiros já estão avisados e preparados para receber os feridos pelas chamas.

– Sim minha rainha. – Samuel reverenciou-a antes de coordenar seus homens.

Isis não perdeu tempo e logo tinha seus braços balançando com suavidade no ar trazendo a água flutuando em uma dança suave e poderosa. Não era uma guerreira como seu companheiro ou até mesmo como sua tão jovem filha, não gostava de violência e nunca teve a ambição de ao menos aprender a lutar. Contudo tinha pleno domínio de seus poderes elementares e podia os usar tanto para proteger-se quanto para ajudar a quem precisasse, ela gostava muito mais da segunda opção.

Como o fogo estava muito forte notou que não seria tão fácil acabar com ele. Sentindo toda a movimentação e barulho a sua volta olhou para o céu límpido. Respirando fundo balançou seus braços com mais força, desta vez trazendo uma grande ventania, por um momento as labaredas dobraram de tamanho.

– O que mamãe está fazendo?! – Anna exclamou assustada assim que chegou a confusão.

– Isaac, leve a princesa para o castelo. – ordenou Aurora antes de correr para junto da rainha. Havia compreendido o que Isis tentava fazer e não era um movimento rápido de se executar.

Anita protestou, mas logo era levada por Isaac e Daniel de volta para o castelo. A confusão a volta era grande demais.

Maximiliano ajudou a afastar algumas crianças curiosas que queriam ver as poderosas elementares em plena ação. Notou que o rei já havia chegado ao local e estava junto aos guerreiros inquirindo uma mulher loira. Torceu os lábios desaprovando a atitude, Argos deveria estar ajudando sua esposa a controlar o incêndio.

Para o guerreiro não foi surpresa quando a chuva torrencial iniciou-se bem acima do Posto de Mensagens apagando, finalmente, o fogo. As duas haviam conseguido.

Isis sorriu para Aurora que fez uma leve reverência. Foi no momento de comemoração e alívio que um zunido metálico cortou o ar em direção as costas da rainha. Ainda atento a tudo a volta Maximiliano percebeu o ataque e em um movimento rápido tirou a própria espada da cinta e a girou bloqueando e derrubando o pequeno punhal diretamente ao chão.

Em segundos Argos tinha sua companheira em seus braços de maneira protetora. Pelo aquele pequeno momento que viu o projétil perto de atingi-la sentiu seu mundo ruir. Olhou com imenso agradecimento ao homem que julgou, em um primeiro momento, deveras irritante e insolente, e agora acabara de salvar sua amada.

Não adiantava correr atrás do autor do ataque, ele já havia se escondido entre a multidão.

– Mathias! – o Chefe aproximou-se atento. Argos manteve o tom baixo. – Leve Nilce até o Posto de Comando para que ela faça um retrato dos responsáveis por esta afronta.

– Sim meu rei. – reverenciou-lhes antes de partir.

Argos voltou seu olhar para o desolado Theodor. O homem estava em prantos ao ver seu tão dedicado trabalho, por tantos séculos, completamente destruído. Era um homem de confiança que se dedicava com afinco a importante função de comandar o Posto de Mensagens.

– Theo... Venha cá. – pediu pesaroso.

Theodor caminhou passando a mão no rosto tentando limpar suas lágrimas, mas só o que conseguiu foi misturá-las com a fuligem e sujar ainda mais suas bochechas.

– Sim meu rei?

– Quero que reúna os velocistas e os mande até as grandes vilas e também aos vilarejos. Quero que eles avisem sobre o ataque e que peçam para que todos aqueles que mandaram mensagens ou requerimentos na ultima semana os mandem novamente. E que garantam que este ataque covarde não atrasará suas reivindicações.

– Mas senhor, não temos mais um local para processar os documentos ou armazenar as mensagens. – olhou com tristeza para a fumaça escura que saía do prédio destruído.

– Reconstruiremos um novo Theodor, enquanto isso concentraremos o trabalho no castelo. Daremos um jeito meu amigo. – sorriu Isis com doçura.

– Sim minha rainha, nós daremos. Mandarei os velocistas imediatamente. – deu um sorriso esperançoso e se foi.

– Acho que devemos ir também. – murmurou Aurora ao entrelaçar seus dedos ao de Max.

– Não antes de agradecê-los devidamente.

As palavras de Argos os pegaram de surpresa.

– Passarão a noite de hoje no castelo e não aceito recusas. – completou abraçando ainda mais forte a cintura de Isis contra o seu corpo. O medo de perdê-la ainda não havia acabado.

– Absolutamente! Tia Calixa é muito escandalosa e Aurora não quer competir, então eu realmente prefiro mudar os ares.

O rosto da curandeira pintou-se de vermelho enquanto rei e rainha os olhavam espantados.

– Céus Maximiliano! Você realmente precisa aprender a controlar sua língua!

O choque de Isis rapidamente derreteu-se em um riso divertido.

***

A doce cozinheira balançava seus quadris conforme misturava o cozido de carnes e legumes para o almoço. Tinha a preocupação estampada no rosto enquanto escutava Náthalie contar sobre o fogo ao norte.

– Tenho medo Asuka, os rebeldes estão cada vez mais violentos. – disse a camponesa torcendo levemente o pano que usava para enxugar a louça.

– Ora minha criança, nosso rei e rainha superarão este momento e controlarão as revoltas. Além do mais ainda não sabemos se o fogo ao norte foi realmente um ataque rebelde. – o tom hesitante de Asuka deixava claro que nem ela acreditava nas próprias palavras.

Náthalie suspirou.

– Temo por nossa princesa, ela anda tão triste e aparenta tanta fraqueza.

– Ela não tem se alimentado direito, reparei. – concordou a cozinheira.

– Se algo acontecer aos seus pais não acho que ela conseguirá assumir esta responsabilidade.

– Não diga isso Náthalie!

– A idéia parece-me tão ruim para mim quanto para você Asuka, mas não posso evitar o pensamento.

– Então o mantenha dentro de sua cabeça. Não jogue essas terríveis palavras ao vento, pois elas podem criar força. – repreendeu com veemência.

A jovem apenas assentiu e sentou-se em uma das cadeiras da ampla cozinha. Recaíram em um silêncio tenso pelos minutos seguintes quebrado apenas quando Anna adentrou o local seguida de seus seguranças.

Náthalie levantou-se rapidamente para reverenciar Anita e ganhou um sorriso educado da mesma.

– Asuka, por favor, faça um chá calmante para nossa princesa. – pediu Isaac.

– Claro! O que foi que aconteceu?

– O Posto de Mensagens pegou fogo Asukinha. – explicou a mais nova. – Mamãe estava tentando apagá-lo, mas ele só aumentou!

– Foi só por um instante, princesa, sua mãe estava juntando as nuvens para que a precipitação acabasse com o incêndio. Foi um movimento muito inteligente e ousado, faz milênios que não vejo algo assim. – explicou o ancião.

– E porque Aurora correu até ela?

– Porque ela percebeu o que a rainha estava tentando fazer e foi ajudá-la.

Anna suspirou resignada.

– Eu deveria ter ficado e ajudado também.

– E ajudaria como? Do jeito que anda se alimentando não iria conseguir erguer nem uma gota d’água. – repreendeu Asuka constrangendo imediatamente a morena.

Anita tinha grande carinho pela cozinheira e o sentimento era completamente recíproco. Quando criança e corria pelos corredores do castelo vivia atrás da cozinheira para que ela lhe fizesse as adoradas guloseimas de maçãs. Com a nostalgia ganhando seu coração ela deu um sorriso doce e pediu dengosa.

– Se você fizer aquela sua torta especial juro que comerei uma inteirinha sozinha.

Os olhos de Asuka brilharam com o recém apetite e logo tirou a panela do fogo para não queimar o almoço. Limpou rapidamente as mãos no avental e foi até a dispensa atrás dos ingredientes.

Enquanto Anita e Isaac acompanhavam o movimento animado de Asuka Daniel e Náthalie trocavam um longo e silencioso olhar. Não demorou para que os três tagarelas notassem o clima entre os dois e com uma troca de olhar decidiram por dar um empurrãozinho ao casal.

– Ora! Mas acabaram-se as maçãs. Náthalie querida, será que pode buscar nos pomares alguns sacos de maçã?

A camponesa limpou a garganta sentindo as bochechas tingirem-se de vermelho e darem ainda mais destaque aos profundos olhos verdes e cabelos cor de cenoura.

– Sim, claro Asuka.

– Dan, porque não ajuda Náthie? – opinou Anna escondendo o sorriso.

Daniel teve um sorriso esticando-se em seu rosto com a idéia de alguns momentos sozinho com a camponesa, todavia assim como o sorriso cresceu ele morreu. Era o protetor de Anita e tinha que ficar colado nela, caso contrário ganharia mais uma bronca de rei Argos.

Como se lesse os pensamentos do guerreiro foi a vez de Isaac interferir.

– Eu estou assumindo meu posto Daniel, agora vá.

Envergonhado ele apenas assentiu e seguiu com Náthalie pela porta dos fundos.

– Ah como é gostosa de se viver esta etapa do amor! – comentou Asuka sonhadora.

– A etapa mágica das descobertas. – concordou Isaac.

Anna ficou um pouco incomodada com a conversa dos mais velhos e remexeu-se na cadeira. Neste momento um pequeno fleche dos olhos cinzentos apareceu em sua mente juntamente com uma boca em um biquinho, pode escutar perfeitamente a música assobiada. Sem perceber ela mesma assobiou a mesma música.

Isaac a olhou espantado ao reconhecer a antiga cantiga. Notou os olhos da princesa em sua cor azulada. Anna ofegou quando a visão borrada mudou bruscamente para a imagem de sua mãe ferida.

Seus lábios tremeram ao ter novamente a cozinha diante de seus olhos.

– Porque eles estão demorando tanto?

– Há muito que resolver minha querida, o Posto de Mensagens é um local de extrema importância para o reino. – explicou Isaac de maneira amável.

– Não aconteceu nada com minha mãe, não é?

Nenhum dos dois conseguiu responder aquela pergunta.

***

As batidas de seu coração pareciam sincronizadas com as batidas de seus pés ao chão. Corria em sua maior velocidade, todavia seus pensamentos eram lentos e assustados. A mensagem que deveria dar ao rei era tão valiosa que se quer fora documentada, o medo de uma interceptação por parte dos rebeldes era grande demais.

Rei Argos ficaria furioso, tinha certeza. Ainda mais depois do que acabara de acontecer no Posto de Mensagens. Um sentimento de revolta instalou-se em seu coração. Aquele era seu local de trabalho! Seus grandes amigos trabalhavam lá e agora muitos deles estavam feridos e assustados. Ele mesmo podia estar naquela mesma situação se não estivesse cumprindo seu turno no Portal. E foi lá que recebeu a importante mensagem trazida por um dos informantes do planeta.

O velocista não demorou a chegar ao castelo e logo foi acompanhando para as dependências. Tímido adentrou a grande sala de estar e observou a princesa praticamente pendurada em sua mãe que a abraçava com surpresa. Acenou acanhado para a senhora Aurora e senhor Maximiliano, seus conhecidos de longa data e observou apavorado a expressão séria de rei Argos. Respirando fundo limpou a garganta chamando a atenção de todos.

– Meu rei, trago notícias do planeta. – disse após reverenciá-los.

– E onde está a mensagem?

– Não foi documentada meu rei. – murmurou encolhendo seus ombros.

Argos trincou seus dentes já imaginando que seu dia estava prestes a piorar e sequer a hora do almoço havia passado.

– Fale. – exigiu irritado.

– O Continente Isolado foi completamente dominado por lunares. Estão se titulando como divindades para as pequenas civilizações. Já a Grande Ilha foi dominada por olhos vermelhos e os humanos estão morrendo. No Grande Continente os humanos estão sendo escravizados.

O altíssimo rosnado silenciou qualquer exclamação de horror com as notícias. Argos caminhava de um lado para o outro rosnando incansavelmente. Isis apenas abraçou com mais força sua filha como se a protegesse de qualquer explosão que pudesse vir.

– Pois se querem ficar no planeta assim será! Mas também não voltarão! – rugiu. – A partir de hoje ninguém mais atravessa o Portal! Quem está no planeta continuará no planeta e quem está na Lua continuará na Lua! Tranquem o Portal!


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Notas finais do capítulo

Sim as coisas esquentaram :D Estamos quase no reencontro, ele acontecerá no capítulo 9 ;)



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