A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 17
XVI. O Sentimento mais puro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Espero que gostem do capítulo, ele é o último ainda calmo desse fim de temporada. A partir do próximo as coisas vão realmente esquentar. O final de temporada será postado ao vivo no grupo do face no dia 14/06, os capítulos 17 e 18 serão postados um seguido do outro. Ao longo dessas duas semanas soltarei alguns spoilers no face, então quem ainda não participa do grupo essa é a hora: https://www.facebook.com/groups/479210868793110/

Ah! Antes que eu me esqueça... Onde está escrito Loo, leia-se Lu (com o som do u prolongado)

Agora chega de papo e vamos ao capítulo ^^



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XVI. O sentimento mais puro

O dia amanheceu trazendo calmaria ao planeta. Algumas nuvens ainda encobriam o céu, porém o Sol prevalecia esquentando levemente o chão úmido. O cheiro de terra molhada predominava e a brisa gelada causava arrepios agourentos.

Os primeiros raios de luz da manhã ainda eram fracos quando o homem se mexeu com dificuldade. Seus olhos pareciam grudados, mas conseguiu, finalmente, abri-los. A claridade o machucou por alguns segundos, mas logo conseguiu acostumar-se. Sentia-se cansado, sabia que se os fechasse novamente acabaria caindo em sono profundo. Forçou-se a acalmar sua mente confusa e observou tudo a sua volta. Estava em um quarto pequeno, as paredes eram feitas de madeira e havia uma janela sobre a sua cabeça, era de onde vinha a claridade. A sua esquerda uma mulher dormia toda encolhida em uma poltrona.

Respirou fundo e tentou sentar-se. Primeiramente sentiu-se completamente fraco, mas então, com sua insistência conseguiu elevar seu tronco. Levou a mão ao seu rosto e notou a longa barba. Seu coração agitou-se, nunca deixava sua barba chegar àquele tamanho. Então olhou assustado para as próprias mãos. Seus dedos não eram tão finos, eram?

Com a boca estranhamente seca olhou em direção à mulher encolhida na poltrona. Observou-a atentamente até que percebeu.

– Sandra? - a voz praticamente não saiu, entretanto o sono leve da mulher permitiu-lhe escutar o som ao longe.

Abriu os olhos preguiçosamente sentando-se na poltrona, porém quando focou nos profundos olhos azuis do homem sentiu seu coração perder-se em suas próprias batidas. Os olhos imediatamente encheram-se d'água e ela jogou-se em cima do companheiro envolvendo-o em um forte abraço.

– Sandra? - repetiu com a voz igualmente fraca.

Sandra afastou-se limpando suas próprias lágrimas, rapidamente pegou a jarra de água e serviu Malaki que bebeu avidamente todo o conteúdo. Sua companheira o olhava emocionada, não podia acreditar que ele estava acordado.

– O que aconteceu? Onde nós estamos? - perguntou o homem deixando a jarra de lado para limpar as lágrimas de sua amada.

A mulher se recompôs e respirou fundo antes de começar as explicações.

– Estamos na Vila Elementar.

– Oh! - Malaki piscou seus olhos rapidamente, eles pareciam secos e estranhos.

– Você se lembra de quando partiu da nossa vila para desculpar-se com seus antigos vizinhos?

Malaki fechou seus olhos forçando sua mente para o passado. As memórias estavam intactas, pelo menos aquelas anteriores a sua viagem. Lembrou-se da sua conversa com Sandra sobre sua decisão de voltar à vila em que nasceu para reparar os danos que causou quando era um jovem inconsequente. Lembrou-se quando conversou com o filho e pediu que cuidasse de sua mãe enquanto estivesse fora. Suas memórias acabam quando ele entrava na floresta logo no inicio da sua viagem.

– Lembro-me de nossa despedida, depois disso mais nada. O que aconteceu?

– Acho que não aceitaram as suas desculpas. - murmurou sua companheira. - Você foi torturado por um longo tempo, caiu na inconsciência e continuou assim mesmo sem agressões físicas. Seu corpo estava tão fraco que foi dado como morto. O justiceiro estava passando nessa vila, ao que parece você não foi o único a sofrer com a violência. Ele lhe trouxe para cá para ser curado.

– Porque eu não me lembro de nada disso?

– Ao que parece a tortura foi tão forte e por tanto tempo que sua própria mente se fechou para proteger-se. Você caiu em um sono profundo.

O homem ficou em silêncio tentando compreender tudo o que a companheira acabara de falar. Então estalou seus olhos.

– Por quanto tempo estive... Dormindo?

Os olhos de Sandra ficaram úmidos novamente.

– Por tempo demais. - sussurrou.

Malaki a puxou para um forte abraço consolando-a.

– Me perdoe. Eu deveria saber que eles não veriam minha oferta de paz com bons olhos.

– Não me peça perdão. O errado na história não foi você e sim quem lhe aplicou tanta violência.

Ele assentiu apenas apreciando o perfume de sua companheira. Podia não lembrar de todo o tempo que esteve afastado, porém não podia evitar a saudade em seu coração sendo acalentada pelo corpo de sua companheira.

– E Max?

Sandra afastou-se somente para mostrar seus brilhantes e orgulhosos olhos.

– Você ficará tão orgulhoso. Max tornou-se um bom homem, nunca deixou abater-se pela sua falta e sempre cuidou de mim assim como lhe prometeu. - Malaki sorriu. - Ele tem o senso de humor da sua família. Porém é muito mais ajuizado.

– Fico feliz por isso. - gargalhou.

– E eu aliviada. - resmungou Sandra, então sorriu. - Ele encontrou sua companheira á pouco tempo. Ela é uma elementar, você pode acreditar? Oh! Falando nisso... Michaella é a elementar do equilíbrio e o pai de Louis é o elementar da justiça, Augusto.

Malaki arregalou seus olhos.

– Quantas histórias eu perdi...

– Não se preocupe, lhe contarei tudo. Estamos vivendo uma situação bem delicada no planeta, ignorância não é uma boa escolha no momento.

– Ouvirei tudo com muita atenção, mas será que tem algo para eu comer? Sinto como se meu estômago tivesse grudado em minhas costas.

Sandra sorriu antes de jogar seus braços ao redor do pescoço de seu companheiro e beijá-lo cheia de saudades.

***

Não muito distante dali Anna estava sentada na cama, seus joelhos virados para a cabeceira e suas pernas encostadas na lateral do corpo de seu companheiro que ainda dormia. Com seus dedos fazia trilhas suaves no peito de Louis enquanto seus olhos o fitavam com carinho. Seus pensamentos perderam-se nas lembranças dos últimos dias. Como o tempo podia ser relativo! Foram quase 90 anos sendo o Caos, vivendo sempre com o coração cheio de mágoas, irritada com tudo, com os pensamentos sempre frios e calculistas. 90 anos sem sequer um sorriso verdadeiro. Quase um século significava um grande borrão vermelho em suas memórias. Cada assassinato parecia igualmente sangrento, cada incêndio cruel tal qual o anterior. Tantas desgraças pareciam apenas uma repetindo-se incansavelmente em sua cabeça perturbada.

Comparando tudo o que vinha vivendo nos últimos meses sentia como se todos aqueles anos valessem apenas algumas semanas.

– Qual o problema? - a voz rouca e ainda sonolenta a tirou de seus devaneios.

Anna sorriu acalentada pelo sentimento que preencheu seu coração. Levou sua mão direita ao rosto de Louis e o acariciou contornando sua bochecha, subindo para a testa para enfim infiltrar-se nos cabelos castanhos.

– Estava apenas pensando. - deu de ombros.

– Está acordada há muito tempo? - bocejou espreguiçando-se, porém rendeu-se a cama quente e continuou aproveitando o carinho que sua companheira fazia em seus cabelos.

– Tempo suficiente para ver os primeiros raios da manhã iluminarem o quarto e escutar seus pais saindo para as suas atividades.

– Hum... - ronronou fechando os olhos e fazendo Anna soltar um riso divertido. - Em que estava pensando? Parecia chateada.

– Estava pensando em você.

Louis abriu seus olhos alarmado.

– Fiz algo errado?

A jovem riu achando graça do inocente desespero nos olhos de seu amado.

– Na verdade eu fiz coisas erradas e você me colocou no caminho certo.

– Não me assuste Anita. - aliviou-se o elementar.

Agora se sentia bem acordado e não podia evitar admirar a beleza de sua companheira. Os cabelos escuros e revoltos contornando o rosto jovem de pele clara e os olhos profundamente azuis esquentavam seu coração.

– Tenho medo daquilo que minha irmã possa ter se tornado. Não sei como ajudá-la, não sei se será possível ajudá-la. Eu apenas não posso...

– Desistir dela. - completou Louis. - Não deve desistir. Ela e sua irmã, sua única família.

– E eu sou responsável por ela ter crescido achando que o alimento da vida é a raiva e a violência.

– Você a criou Anita e a conhece melhor do que ninguém. Quando encontrá-la saberá tocar seu coração.

A jovem não tinha tanta certeza disso. As imagens de um passado não tão distante invadiram sua mente a lembrando de como a irmã tinha sede de sangue, uma sede que ela instigou a mais nova. Como se lesse os pensamentos de sua copanheira Louis aconselhou com delicadeza.

– Você deveria parar de pensar sobre o seu passado.

Anna deu um sorriso triste.

– Não posso Loo. Meu passado vai manchar minha alma por todo o tempo que ela existir.

O elementar suspirou.

– Você está certa. Mas não deve entristecer-se ou incomodar-se com os erros que cometeu. Apenas lute para a sua felicidade. Você sendo feliz fará com que aqueles ao seu redor sejam felizes também e é desse jeito que você vai pagar os seus erros. É assim que fortalecerá o bem e equilibrará o que você desequilibrou.

Ela sorriu emocionada e não pode evitar que seus sentimentos fossem demonstrados em forma de palavras.

– Eu amo você Loo. - Louis ergueu o tronco sentando-se de frente a sua amada, olhou-a diretamente em seus olhos e escutou comovido a sincera declaração. - Caos era apenas uma menina assustada que teve que assumir a responsabilidade de cuidar de sua irmã em um mundo cada vez mais violento e cruel. Eu afastei todo e qualquer sentimento que pudesse me enfraquecer. Agarrei-me a raiva, pois a raiva me deixava corajosa. Agarrei-me a arrogância, pois ela me fazia sentir superior. Agarrei-me ao sangue para que eu nunca mais fosse a fraca da situação. Fiquei completamente cega. Então você chegou e me tratou com tanta gentileza... Céus! Você foi o único a perguntar se eu estava com fome! Nem mesmo minha irmã perguntava-me isso. Sua honestidade e doçura derreteram todos os sentimentos que antes me controlavam. Você desperta o melhor que há em mim Louis e por isso eu o amo com todo o meu coração.

O elementar beijou as bochechas de sua companheira retribuindo o olhar emocionado. Puxou-a para mais perto colando seu peito ao dela.

– Eu amo você Anna. Amo o que você realmente é. Essa mulher corajosa, determinada, inocente e curiosa. Você é bondosa Anita. Nunca pense o contrário. E acredite quando digo que você ainda trará muito mais alegrias do que as tristezas que trouxe no passado. Acredite nisso com a mesma força com a qual me ama.

Anna assentiu sem conseguir evitar as lágrimas. Sentiu os lábios secando-as e então voltando para a sua boca. O beijo foi profundo tal qual a grandeza de seus sentimentos. As mãos concentraram-se em puxar um ao outro para mais perto em uma tentativa vã de fusão. Algo no interior de seus corpos agitava-se incontrolável. A necessidade de uma maior aproximação, mesmo que seus corpos estivessem colados, era incontrolável.

Com as respirações agitadas afastaram seus rostos apenas por um instante. Olharam-se com reconhecimento, olharam-se com paixão, trocaram juras de amor sem que qualquer palavra fosse dita. Então voltaram a colar um lábio no outro. Desta vez com mais calma, com mais carinho. As mãos antes afoitas também se acalmaram e deslizavam lentamente adentrando as roupas, tocando pele com pele.

Anna sentiu-se arrepiar com os lábios descendo pelo seu pescoço e os dedos suaves desamarrando o laço do vestido preso em seu pescoço. As pontas dos dedos seguiram por todo o caminho de sua coluna fazendo-a soltar um suspiro de satisfação. Retribuiu o carinho não tendo pressa em tirar a camisa do companheiro, a cada botão que desabotoava beijava a pele exposta.

Louis sentiu seu abdome contrair quando ela chegou ao último botão. As pequenas e delicadas mãos subiram por todos os seus músculos até chegar aos seus ombros e empurrar a camisa para baixo de suas costas. O elementar aproveitou a proximidade para puxá-la ainda mais perto juntando pele com pele.

O calor de seus corpos acalmava a agitação anterior que voltava a querer apressá-los. A ansiedade crescia assim como o desejo. Louis subiu sua mão até a nuca da jovem a obrigando a olhá-lo nos olhos. E assim sem nunca desconectar um o olhar do outro a deitou completamente na cama. As ações que seguiram não foram planejadas ou pensadas, apenas sentidas. Seguiram seus extintos e seus desejos. Sem timidez, sem reservas. Livraram-se completamente de qualquer tecido que impedia o completo toque de suas peles. Serpentearam seus corpos em uma dança lenta e carinhosa. Entregaram-se pela primeira vez deixando que suas almas se abraçassem tornando-se apenas uma.

O sentimento era tão puro que impedia a aproximação de qualquer energia negativa lançada em suas direções. Sequer a notariam, mesmo que essa energia viesse de um par de olhos completamente vermelhos que os observava, através da janela, do topo de uma árvore escondidos entre as folhas.

Lágrimas ciumentas escorriam pela face de Aline que segurando o rosnado e a frustração correu em direção ao grupo de seus seguidores.

***

Os olhares dividiam-se entre desconfiança e ojeriza. Ninguém estava realmente feliz. A mudança não era uma escolha, se quisessem viver teriam que seguir os elementares. Quando lhes foi dito sobre o futuro próximo poucas foram as reclamações, aos seus olhos os elementares estavam fazendo de tudo para salvar a vida da população, por isso aceitaram resignados a nova organização hierárquica, o abandono de suas casas e de seus bens materiais. Entretanto não podiam aguentar calados que a responsável por todas aquelas mudanças caminhasse entre eles sem qualquer punição. Era um absurdo!

Murmúrios conspiratórios iniciaram-se quando avistaram o jovem guerreiro de mãos dadas com Caos. Aquela era Caos! Tinham certeza! Ela podia estar com a expressão mais suave, porém aqueles que conseguiram escapar de suas garras sabiam exatamente quem ela era. Não havia dúvida, Caos era apenas uma cobra dançando hipnoticamente diante do filho elementar para no momento certo dar o bote. Não enxergavam a personalidade inocente de Anna, apenas enxergavam a causadora do mal. E se os elementares se mostravam absortos eles mesmos fariam algo.

A chefe da guarda elementar observava atentamente toda a movimentação. Milhares de pessoas estavam reunidas em grandes grupos perto da entrada da Vila Elementar onde os elementares preparavam-se para criar o portal. Algumas famílias ainda carregavam seus pertences para os devidos lugares enquanto alguns voluntários ajudavam com o transporte dos poucos doentes e feridos que realmente não podiam se locomover por si sós. Max estava prestes a seguir o caminho do posto de saúde quando notou a feição irritada da companheira.

O loiro lançou seu olhar para um grupo de membros da guarda e estrangeiros que começavam uma movimentação em direção a Louis. Notou o olhar perigoso do amigo que segurava sua companheira fortemente contra o seu peito. A menina estava tão assustada, será que não percebiam?

– Terei que interferir. - grunhiu Aurora antes de seguir em direção ao grupo revoltoso e se por em seu caminho.

Maximiliano não podia deixar a companheira agir sozinha. Sabia que ela era poderosa suficiente para colocar todos aqueles marmanjos no chão, entretanto uma luta naquele momento não era algo conveniente. Posicionou-se ao seu lado e esperou que ela falasse, se fosse o caso tentaria apaziguar os ânimos.

– O que vocês pensam que estão fazendo? - bradou ela chamando a atenção da população condescendente.

– É uma afronta que ela esteja viva e andando entre nós como se fosse merecedora de tal ato! Ela é o Caos que devastou nosso planeta! - rugiu o estrangeiro chamado Benedikt.

– Coloque-se em seu lugar guerreiro! - rosnou irritada Aurora.

Os pertencentes a guarda instintivamente deram um passo para trás. Sua noção de hierarquia era muito maior que as dos estrangeiros, na verdade aqueles vindos das vilas mais distantes não tinham nenhum respeito por hierarquia. Benedikt deu alguns passos em direção à mulher de pequena estatura, achava uma piada que uma criatura como ela fosse considerada alguém de cargo superior.

– E qual é o meu lugar? - perguntou lentamente com um sorriso malicioso.

Seus olhos negros como a noite a fitavam perigosamente. Aurora sorriu, estava louca para colocá-lo no chão. Max segurou o rosnado querendo o mesmo que a companheira. Entretanto antes que qualquer um dos três pudesse agir um profundo e poderoso rosnado ecoou.

Ele vinha das costas da filha da curandeira. Era rei Argos que estava profundamente irritado com tal disparate diante da pureza da cerimônia para a abertura do portal. O rosnado furioso colocou todos os revoltos de joelhos ao chão enquanto Aurora e Max abaixavam suas cabeças em respeito.

– Seu lugar é ajoelhado diante de seu rei. - disparou Argos olhando severo para Benedikt.

O estrangeiro até tentou argumentar, porém seu corpo não parava de tremer com a força da voz de seu rei.

– Não me obrigue a derramar sangue antes de tão bonita cerimônia Benedikt.

Abel mantendo sua voz calma e respeitosa não pode evitar opinar diante daquela situação.

– Como pode defendê-la meu rei, sendo ela a causadora de todas essas desgraças?

– Você tem certeza que a causadora do mal no planeta é ela?

O guerreiro arregalou seus olhos em confusão. Antes tinha certeza que ela era Caos, mas agora, não tinha mais.

– Acha que instigar a raiva contra uma pessoa é benévolo? Acha que derramar o sangue por vingança é um ato justo? Prestem atenção no que estão fazendo antes de querer usar suas espadas. O mal é criado no coração de cada um, é alimentado com cada pensamento vingativo, irritado ou invejoso. E vocês acham que o que está acontecendo com o planeta é culpa apenas de uma menina?

Ninguém ousou retrucar as palavras de rei Argos. Ninguém ali tinha aquele direito.


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Notas finais do capítulo

Próximo post só no dia 14 após a postagem no facebook! Acompanhem ao vivo, venham conversar comigo e com os outros leitores :D Ah! E preparem as unhas e separem os lencinhos!

Beijos e até dia 14.